O documento descreve os principais conceitos do ciclo hidrológico e da circulação atmosférica, incluindo: 1) O ciclo hidrológico envolve a evaporação, condensação e precipitação da água impulsionada pela energia solar; 2) A circulação atmosférica é influenciada pelos centros de alta e baixa pressão que se formam em diferentes regiões e estações do ano; 3) A distribuição da precipitação em Portugal é irregular no espaço e no tempo.
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Geografia a 10ºano
1. Geografia A. By: Miss Manson.
• Processo de circulação contínua da água entre os oceanos, a atmosfera
e os continentes, por efeito da energia solar, que permite a passagem
da água de um estado físico a outro.
Ciclo hidrológico
• Evaporação das águas superficiais, da água libertada pela respiração e
pela transpiração dos seres vivos.
Evapotranspiração
• Passagem do estado gasoso ao estado liquido.
Condensação
Pressão atmosférica – Força exercida pela
atmosfera por unidade de superficie.
2. Suporte e vida
A água é um componente essencial dos sistemas naturais e
um recurso imprescindível para a vida humana e para a
maioria das actividades econónicas.
Actividades
económicas:
Agricultura:
Depende do
abastecimento de
água doce para rega,
sendo o sector que
mais água consome.
Indústria:
A água tem inúmeras
aplicações, desde a
incorporação nos
produtos até à
utilização nos
sistemas de limpeza
e refrigeração.
3. A água é utilizada na produção de energia,
na construção e em muitas actividades de
turismo e lazer, sendo um factor de
acessibilidade.
A água é um factor condicionante do
desenvolvimento económico e do bem-
estar social. Daí a necessidade de se
adaptarem políticas que garantem a sua
preservação e gestão sustentável.
4. A água na Terra
• Dos recursos hídricos existentes, apenas
uma parte se encontra disponível, os
oceanos contém mais de 97% da água
que existe na Terra e mais de metade da
água doce encontra-se nas calotes
polares e nos glaciares. As águas
continentais, repartidas por lagos, cursos
de água, solo e toalhas freáticas,
representam menos de 1% da água do
planeta.
5. A água em movimento
•A atmosfera, pela capacidade de absorção,
transporte e libertação da água é o
elemento fundamental nas transferências
de água entre os oceanos e os
continentes, através do ciclo hidrológico.
6. Ciclo Hidrológico
• Processo de circulação da água entre os oceanos, a atmosfera e os
continentes, por efeito da energia solar, que permite a passagem
da água de um estado físico a outro.
7. A energia solar provoca a
evaporação da água presente
nos oceanos e nos continentes,
que passa, para a atmosfera sob
o estado gasoso. Este processo
quando ocorre sobre os
continentes, dá-se o nome de
evapotranspiração.
9. A água na atmosfera
•A humidade da atmosfera
provém da evaporação e da
evapotranspiração. A
capacidade do ar de absorver
e reter vapor de água depende
da temperatura. (slide
seguinte)
10. Quanto mais elevada é a
temperatura do ar, maior é a sua
capacidade de absorver e reter o
vapor de água.
Quanto mais baixa é a
temperatura do ar, menor é a sua
capacidade de absorver e reter o
vapor de água.
11. O arrefecimento do ar
provoca a condensação do
vapor de água presente na
atmosfera formando
nuvens e tronando possível
a ocorrência de
precipitação.
12. Os factores que mais influenciam o clima
português
Inverno - Baixas pressões
subpolares, as massas de ar frio
polar e os anticiclones de
origem térmica formados sobre
o continente
Verão – As altas pressões
subtropicais (o anticiclone dos
Açores), as massas de ar
quente tropical e as depressões
barométricas que se formam
sobre o continente.
13. Tanto no Inverno como
no Verão, faz-se sentir
a influência dos ventos
de Oeste.
14. Deslocação latitudinal dos centros de
pressão
• Inverno mais a sul
• Verão mais a norte
Maior humidade = Ar mais pesado
Menor humidade = Ar menos pesado
15. Centro de baixas pressões
(depressão barométrica):
A pressão diminui da periferia
para o centro. O movimento do ar,
à superfície, é convergente e o
movimento vertical é ascendente.
Ao subir, a temperatura do ar
diminui, o que provoca a
condensação do vapor de água,
formando-se nuvens que podem
originar precipitação (mau
tempo).
Centros de altas pressões
(anticiclones):
A pressão aumenta da
periferia para o centro. O
movimento vertical do ar é
descendente e, à superficie é
divergente. Ao descer, a
temperatura do ar aumenta,
não se dando a condensação
do vapor de água. Os centros
de altas pressões associam-se
a céu limpo e tempo seco.
Centros de baixas e altas pressões
16. • Origem dos centros de baixas pressões
(depressões barométricas)
Térmica – O aquecimento
do ar, pelo contacto com a
superficie da Terra muito
quente, torna-o menos
denso, provocando a
ascensão. Acontece, no
Verão, no Interior dos
continentes e na Península
Ibérica.
Dinâmica – A ascensão é
provocada pela
convergência de ar
proveniente da direcções
opostas. Os centros de
baixas pressões subpolares
formam-se deste modo,
resultando do encontro das
massas de ar frio
provenientes das regiões
polares com as massas de ar
quente tropicais.
17. • Origem dos centros de altas pressões
(Anticiclones)
Térmica – O
arrefecimento do ar,
pelo contacto com a
superficie da Terra
muito fria, torna-o mais
denso e pesado. É o
acontece no Inverno, no
Interior dos continentes
e sobre a Península
Ibérica.
Dinâmica – Resultam
do movimento
descendente do ar frio
que se encontra a maior
altitude. As altas
pressões tropicais
formam-se deste modo.
18. • Centros Barométricos (1013 HPA)
Centros de baixas pressões (depressões)
• Inferior a 1013 HPA
• Movimento do ar à superficie = Convergente
• Movimento vertical do ar = Ascendente
• A pressão diminui da periferia para o centro. Ao subir a
temperatura do ar diminui, provocando a condensação do vapor de
água, fomentando nuvens originando precipitação = mau tempo
Centros de altas pressões (anticiclones)
• Superior a 1013 HPA
• Movimento vertical do ar à superficie = Divergente
• Movimento vertical do ar = Descendente
• A pressão aumenta da periferia para o centro. Ao descer, a
temperatura do ar aumenta, não se dá o vapor de água. Os centros
de altas pressões associam-se a céu limpo e tempo seco.
19. PN / PS – Zonas geladas (Altas pressões polares)
Equador – Zonas Quentes (Baixas pressões equatoriais)
Zona Temperada (Baixas Pressões)
Zonas Quentes (Altas pressões subtropicais)
20. Conclusão (slide anterior)
• Os centros barométricos medem a
temperatura de cada zona.
• Os centros barométricos podem ser:
Origem dinâmica
Origem Térmica: - Invernos = altas pressões
- Verões = baixas pressões
21. A circulação geral da Atmosfera
Equador – Devido à elevada
temperatura, o ar sobe,
formando-se baixas
pressões. Em altitude, o ar,
já mais frio, dirige-se para as
regiões subtropicais.
Regiões subtropicais – O ar
desce, originando altas
pressões e, à superfície,
diverge em direcção ao
equador e às latitudes
médias (40º a 60º N e S)
Latitudes Médias – O ar
tropical encontra-se com o
ar que vem dos pólos,
provocando um movimento
ascendente e a formação de
baixas pressões.
Pólos – Devido às baixas
temperaturas, formam-se
altas pressões, por isso, o ar
diverge à superfície, a partir
dessas duas regiões.
22. A circulação geral da atmosfera origina ventos
contantes ou dominantes que sopram durante
todo o ano com a mesma direcção:
Alísios – Ar que se
desloca das altas
pressões subtropicais
para as baixas
pressões equatoriais.
Ventos de Oeste – Ar
que se desloca das
altas pressões
subtropicais para as
baixas pressões
subpolares, sentido
influenciado pelo
movimento de rotação
da Terra, de Oeste no
hemisfério morte.
Ventos polares – Ar
que se desloca das
altas pressões polares
para as baixas
pressões subpolares.
23. A Frente polar do hemisfério norte
Frente Fria
• é o ar frio que avança, introduzindo-se como uma
cunha por baixo do ar quente, obrigando-o a subir.
Frente Quente
• É o ar quente que avança, sobrepondo-se ao ar
frio.
24. Perturbações Frontais
Uma perturbação frontal é constituída por um
sector de ar tropical quente, entre dos sectores de
ar polar frio (anterior e posterior), verificando-se
uma dupla ascensão dinâmica do ar:
Frente Fria – Efeito da
interposição do ar frio
por baixo do ar quente.
Frente Quente –
Sobreposição do ar
quente ao ar frio.
25. Tipos de precipitação
Precipitações
Frontais –
Formam-se pela
ascensão do ar
quente numa
superficie frontal.
A intensidade e a
duração das
precipitações são
diferentes
consoante se trate
de um frente fria
ou de uma frente
quente.
Precipitações Convectivas –
Formam-se quando se verifica
um processo de convecção,
devido a um intenso
aquecimento do ar que se torna
menos denso e sobe, formando-
se baixas pressões. Ao subir , o
ar arrefece, provocando a
condensação do vapor de água
e a formação de que originam
precipitações abundantes e de
curta duração: Aguaceiros. Este
tipo de precipitação é frequente
nas regiões tropicais e nas
regiões temperadas, devido à
formação de depressões
barométricas no interior dos
continentes, no verão se verifica
um intenso aquecimento.
Precipitações Orográficas
– Formam-se por acção do
relevo. As vertentes das
montanhas constituem
uma barreira de
condensação, obrigam o ar
a subir, desencadeando o
processo de arrefecimento
que conduz à condensação
do vapor de água,
formando-se nuvens e
precipitação. A ocorrência
deste tipo de precipitação
é frequente nas áreas de
montanha, nas vertentes
opostas, o ar desce e
aquece, a precipitação é
menos frequente, o que
explica a secura dessas
áreas.
26. Condições para haver precipitação:
- Humidade
- O ar tem que ter movimento ascendente:
- Devido à formação de frentes =
precipitações frontais
- Devido ao relevo = precipitações
orográficas
- Aquecimento da superfície da Terra =
precipitações convectivas.
- Núcleo de condensação.
27. Ritmos e distribuição da
precipitação em Portugal:
A distribuição da
precipitação em Portugal,
caracteriza-se por uma
irregularidade temporal e
espacial.
28. Irregularidade anual e interanual:
Registam-se, em todo o território português, diferenças
na distribuição da precipitação ao longo do ano.
Os valores de precipitação mais elevados ocorrem no
final do outono, durante o inverno e no inicio da
primavera, registando-se os valores mais baixos no
verão.
As deslocações em latitude das baixas pressões
subpolares e das altas pressões subtropicais não são
iguais todos os ano, registam-se diferenças na
distribuição interanual da precipitação – de ano para
ano.
29. Irregularidade na distribuição espacial:
A precipitação diminui da Norte para Sul e do
Litoral para o Interior.
No noroeste e nas áreas de valores de
precipitação, os mais baixos no vale superior
do Douro e no Sul do país.
O contraste Norte-Sul deve-se à influência da
latitude, a perturbação da frente polar afecta
com maior frequência o Norte do país. O Sul
recebe uma maior influência das altas
pressões subtropicais, é mais seco e luminoso.
30. O relevo na distribuição da precipitação:
- Nas áreas mais elevadas do Noroeste e do Centro, nas
vertentes voltadas ao mar, as precipitações orográficas
reforçam as frontais.
- Interior Norte, a precipitação reduzida deve-se à barreira do
sistema montanhoso do Noroeste que, impede a penetração
dos ventos húmidos do Atlântico.
- Disposição da Cordilheira Central permite a penetração dos
ventos húmidos de Oeste, o contraste litoral – interior é menor.
- Serra Algarvia, registam-se valores de precipitação mais
elevadas do Sul do país.
- Regiões Autónomas, a precipitação é abundante nas áreas de
maior altitude e nas vertentes mais expostas aos ventos
húmidos.
31. Precipitação em Portugal
Regime: é muito irregular.
- diferencia-se no espaço (é diferente nas R.A.A, R.A.M e no
continente entre Norte/Sul e o Litoral/Interior.
- diferencia-se no Tempo:
- Ao longo do ano:
+ precipitação / – inverno / + Abril
Precipitação + verão
- De ano para ano:
- Anos húmidos
- Anos secos.
32. Precipitação
Média Anual:
Soma das precipitações
médias de cada mês.
Precipitação Média
Mensal:
Soma das precipitações
médias diárias a dividir
pelo número de meses.
Precipitação Média
Diárias:
Soma das precipitações
recolhidas a dividir pelo
número de recolha.