SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 108
Baixar para ler offline
Esclerose	
  Múl+pla	
  
• É uma das doenças neurológicas mais
comuns e antigas que atingem os adultos
jovens
– Relatos da doença desde o séc. XIV
• Descoberta em 1868 – Jean Martin Charcot
(neurologista francês)
	
“Nas EM, existem lesões inflamatórias (placas)
típicas que aparecem como áreas circunscritas
de perda de mielina disseminadas pelo SNC,
principalmente na substância branca.	
  
Esclerose	
  Múl+pla	
  	
  
• doença	
  neurológica	
  desmielinizante	
  autoimune	
  crônica	
  	
  
• provocada	
  por	
  mecanismos	
  inflamatórios	
  e	
  
degenera+vos	
  que	
  comprometem	
  a	
  bainha	
  de	
  mielina	
  	
  
– que	
  revestem	
  os	
  neurônios	
  das	
  substâncias	
  branca	
  e	
  
cinzenta	
  do	
  sistema	
  nervoso	
  central.	
  	
  
	
  
• 	
  O nome vem de múltiplas áreas de
cicatrização, ou tecido esclerótico, que
caracterizam o processo da doença.
• Os axônios tbm tornam-se irreversivelmente
lesados como consequência da inflamação, mesmo
no início da doença: incapacidades, déficits
neurológicos persistentes
	
  
se estende até a
entrada da raiz dos
nervos cranianos e
espinhais !
demarcação !
Placas
• (placa esclerótica)
• Nos	
  portadores	
  de	
  esclerose	
  múl+pla	
  as	
  
células	
  imunológicas	
  invertem	
  seu	
  papel:	
  
– 	
  ao	
  invés	
  de	
  protegerem	
  o	
  sistema	
  de	
  defesa	
  do	
  
indivíduo,	
  passam	
  a	
  agredi-­‐lo,	
  produzindo	
  
inflamações.	
  
– 	
  As	
  inflamações	
  afetam	
  par+cularmente	
  a	
  bainha	
  
de	
  mielina	
  	
  
• bainha	
  mielina	
  e	
  os	
  axônios	
  lesionados:	
  pelas	
  
inflamações,	
  as	
  funções	
  coordenadas	
  pelo	
  
cérebro,	
  cerebelo,	
  tronco	
  encefálico	
  e	
  medula	
  
espinhal	
  ficam	
  comprome+das.	
  
• 	
  Desta	
  forma	
  surgem	
  os	
  sintomas	
  Mpicos	
  da	
  
doença,	
  	
  
• Os	
  surtos	
  (desmielinização)	
  :	
  surgimento	
  de	
  um	
  novo	
  
sintoma	
  neurológico	
  ou	
  piora	
  significa+va	
  de	
  um	
  
sintoma	
  “an+go”,	
  com	
  duração	
  mínima	
  de	
  24	
  horas.	
  	
  
	
  
	
  
• Para	
  ser	
  considerado	
  um	
  novo	
  surto	
  é	
  necessário	
  que	
  
ocorra	
  um	
  intervalo	
  mínimo	
  de	
  30	
  dias	
  entre	
  eles	
  	
  
– caso	
  contrário,	
  considera-­‐se	
  o	
  sintoma	
  do	
  mesmo	
  surto	
  
em	
  andamento.	
  
• 	
  A	
  recuperação	
  	
  de	
  surtos:	
  total	
  ou	
  parcial	
  
(remielinização).	
  	
  
• Embora amplamente difundidas, certas áreas são
mais afetadas (>	
  sintomas)
– Região periventriculares
– Justacorticais
– infratentoriais
– Pedúnculos cerebelares
– Tronco encefálico
– Localização posterior ou lateral na Medula espinhal
• As lesões tendem a ser simétricas e têm
uma distribuição perivenosa (em torno de
pequenas veias e vênulas), contendo
linfócitos e macrófagos.
ETIOLOGIA	
  
• Sua	
  e+ologia	
  não	
  é	
  bem	
  compreendida,	
  
envolvendo	
  fatores	
  gené+cos	
  e	
  ambientais.	
  	
  
• 	
  interações	
  entre	
  esses	
  vários	
  fatores	
  :	
  
diferentes	
  apresentações	
  da	
  EM	
  e	
  diferentes	
  
respostas	
  aos	
  medicamentos	
  	
  
	
  
Etiologia
	
  
Desconhecida!!!
• Autoimune?
• Suposições:
– Fatores ambientais
– Fatores genéticos;
– vírus (pesquisadores sugerem que este seria o
gatilho para uma resposta imunológica,-- nem
todos com doença).
EPIDEMIOLOGIA	
  
• Segunda	
  principal	
  causa	
  de	
  incapacidade	
  
funcional	
  em	
  adultos	
  jovens	
  em	
  paises	
  
desenvolvidos,	
  
– 	
  precedida	
  apenas	
  pela	
  e+ologia	
  traumá+ca	
  
• É	
  a	
  doença	
  desmielinizante	
  mais	
  prevalente	
  do	
  
SNC	
  
• acomete	
  usualmente	
  adultos	
  jovens,	
  dos	
  18	
  aos	
  
55	
  anos	
  de	
  idade,	
  sendo	
  mais	
  rara	
  após	
  os	
  50	
  
anos	
  
• 	
  mais	
  comum	
  no	
  sexo	
  feminino	
  3:1;	
  	
  
• no	
  Brasil,	
  a	
  prevalência	
  da	
  doença	
  é	
  de	
  15	
  para	
  
cada	
  100.000	
  habitantes	
  
QUADRO	
  CLÍNICO	
  
• O	
  quadro	
  clínico	
  de	
  cada	
  surto	
  é	
  variável	
  e	
  pode	
  
apresentar	
  mais	
  de	
  um	
  sintoma.	
  	
  
	
  
• Alguns	
  pacientes	
  apresentam	
  piora	
  dos	
  sintomas	
  na	
  
ocorrência	
  de	
  
– 	
  febre	
  (FENÔMENO	
  DE	
  UHTHOFF)	
  
– ou	
  infecções,	
  frio	
  extremo,	
  calor,	
  fadiga,	
  exercício	
  nsico,	
  
desidratação,	
  variações	
  hormonais	
  e	
  estresse	
  emocional	
  
– no	
  geral	
  são	
  situações	
  transitórias.	
  
• 	
  	
  Atenção	
  especial	
  às	
  infecções,	
  pois	
  agravam	
  o	
  quadro	
  
clínico	
  do	
  paciente	
  desencadeando	
  sintomas	
  que	
  podem	
  
ser	
  considerados	
  surtos	
  mas	
  nestas	
  situações	
  é	
  
considerado	
  “falso	
  ou	
  pseudo-­‐surto”.	
  	
  
	
  
• O	
  quadro	
  clínico	
  se	
  manifesta,	
  na	
  maior	
  parte	
  
das	
  vezes,	
  por	
  surtos	
  ou	
  ataques	
  agudos,	
  
podendo	
  entrar	
  em	
  remissão	
  de	
  forma	
  
espontânea	
  ou	
  com	
  o	
  uso	
  de	
  cor+costeroide	
  
• Os	
  sintomas	
  podem	
  ser	
  graves	
  ou	
  parecer	
  tão	
  
triviais	
  que	
  o	
  paciente	
  pode	
  não	
  procurar	
  
assistência	
  médica	
  por	
  meses	
  ou	
  anos.	
  
	
  
Neurite	
  óp+ca,	
  diplopia,	
  paresia	
  ou	
  alterações	
  sensi+vas	
  e	
  motoras	
  de	
  
membros,	
  disfunções	
  de	
  coordenação	
  e	
  equilíbrio,	
  dor	
  neuropá+ca,	
  
espas+cidade,	
  fadiga,	
  disfunções	
  esfincterianas	
  e	
  cogni+vo-­‐
comportamentais,	
  de	
  forma	
  isolada	
  ou	
  em	
  combinação,	
  são	
  os	
  principais	
  
sintomas	
  
	
  
Sintomas:
	
  
Algumas manifestações pouco comuns
podem surgir:
hemiplegia;
Neuralgia do trigêmeo e paralisia facial;
Com maior frequência pode surgir uma
história mal definida de incapacidade
funcional, precedendo os sintomas
definitivos	
  
• Alterações cognitivas são evidenciadas
em cerca de 60% dos pacientes de
Esclerose Múltipla;
– A maioria desses apresenta uma deficiência
discreta, enquanto que 10 a 20% tem uma
deficiência significativa.
– Funções cognitivas mais freqüentemente
comprometidas são a memória, concentração,
discernimento ou raciocínio.
– Raramente há deterioração da função
intelectual.
• “Inicialmente, a resolução do déficit é
completa, mas com o tempo, conforme
a evolução da doença, a recuperação
das crises se torna parcial e os
pacientes passam a apresentar
incapacidades permanentes	
  
• SINAL	
  DE	
  LHERMITTE:	
  sensação	
  de	
  choque	
  
elétrico	
  que	
  irradia	
  pelas	
  costas	
  e/ou	
  MMII	
  
após	
  a	
  flexão	
  do	
  pescoço	
  
• diferentes	
  formas	
  clínicas/variações	
  
fenoMpicas	
  	
  
– Devido a grande variabilidade da
localização anatômica, do volume das
lesões e da seqüência de tempo em que
elas sugem	
  
Os	
  dois	
  lados	
  da	
  doença	
  	
  
• SURTO	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  X	
  	
  	
  	
  	
  	
  PROGRESSÃO	
  
• SURTO	
  processos	
  inflamatório	
  focal	
  agudo	
  
• PROGRESSÃO	
  neurodegeneração	
  difusa	
  crônica	
  
• Os	
  sintomas	
  presentados	
  podem	
  ser	
  definidos	
  
em	
  uma	
  SÍNDROME	
  CLINICA	
  ISOLADA	
  ou	
  em	
  uma	
  
SÍNDROME	
  CLINICAMENTE	
  ISOLADA	
  
MULTIFOCAL	
  
• SÍNDROME	
  CLINICA	
  ISOLADA:	
  
– Instalação	
  subaguda	
  de	
  déficits–	
  motores,	
  visuais	
  ou	
  
sensi+vos	
  -­‐-­‐-­‐	
  com	
  duração	
  superios	
  a	
  24hs.	
  Os	
  
sintomas	
  ocorrem	
  na	
  ausência	
  de	
  febre	
  ou	
  infecção	
  
• SÍNDROME	
  CLINICAMENTE	
  ISOLADA	
  
MULTIFOCAL:	
  
– Múl+plos	
  sintomas	
  visuais,	
  piramidais,	
  cerebelares	
  e	
  
de	
  tronco.	
  O	
  defict	
  cogni+vo	
  pode	
  estar	
  presente,	
  
sendo	
  comumente	
  em	
  padrão	
  disexecu+vo	
  
FORMAS	
  CLÍNICAS	
  DA	
  EM:	
  
Síndrome	
  Clinicamente	
  Isolada	
  
(Clinically	
  Isolated	
  Syndrome	
  -­‐	
  CIS)	
  
• consiste	
  na	
  primeira	
  manifestação	
  clínica	
  que	
  
apresenta	
  caracterís+cas	
  de	
  desmielinização	
  e	
  
suges+va	
  de	
  esclerose	
  múl+pla,	
  mas	
  incapaz	
  
de	
  cumprir	
  os	
  critérios	
  de	
  disseminação	
  no	
  
tempo	
  por	
  neuroimagem	
  ou	
  líquor.	
  	
  
Formas	
  clínicas	
  da	
  EM:	
  
• classificada	
  com	
  critérios	
  clínicos	
  caracterizados	
  pela	
  
ocorrência	
  de	
  surtos	
  e	
  progressão:	
  
	
  
• Forma	
  Remitente	
  Recorrente	
  (EMRR)	
  ou	
  surto	
  remissão	
  :	
  
– sendo	
  a	
  forma	
  mais	
  comum,	
  70	
  a	
  80%	
  dos	
  casos	
  	
  
• Primariamente	
  Progressiva	
  (EMPP)	
  :	
  	
  
– a	
  progressão	
  da	
  doença	
  ocorre	
  desde	
  o	
  início,	
  com	
  velocidade	
  
variável.	
  Ocorre	
  em	
  10-­‐15%	
  dos	
  casos.	
  
• Secundariamente	
  Progressiva	
  (EMSP):	
  	
  
– ocorre	
  em	
  15	
  a	
  20%	
  dos	
  casos.	
  
• EM	
  progressiva	
  recidivante	
  (EMPR):	
  	
  
– forma	
  mais	
  rara	
  ,	
  ocorre	
  em	
  5%	
  dos	
  casos.	
  
	
  
Cerca	
  de	
  70%	
  dos	
  pacientes	
  com	
  a	
  forma	
  remitente-­‐recorrente	
  irão	
  evoluir	
  para	
  a	
  
forma	
  secundáriamente	
  progressiva	
  em	
  torno	
  de	
  10	
  a	
  20	
  anos/	
  irá	
  ocorrer	
  acúmulo	
  
de	
  incapacidades	
  
Forma	
  primariamente	
  progressiva	
  
	
  
• Dificuldade	
  progressiva	
  para	
  deambular	
  
– 	
  Síndrome	
  piramidal	
  (principalmente	
  mmii)	
  
– 	
  Ataxia	
  
– 	
  Sintomas	
  cerebelares	
  
Acúmulo	
  progressivo	
  de	
  incapacidades	
  sem	
  surtos	
  definidos	
  desde	
  o	
  início	
  do	
  
quadro;	
  representa	
  10%	
  dos	
  casos	
  de	
  EM	
  
DIAGNÓSTICO	
  
• O	
  diagnós+co	
  de	
  EM	
  é	
  complexo,	
  uma	
  vez	
  que	
  não	
  
existe	
  marcador	
  ou	
  teste	
  diagnós+co	
  específico:	
  
diagnós+co	
  de	
  exclusão	
  
• Critérios	
  clínicos	
  e	
  radiológicos	
  
• Exames	
  complementares	
  
– RM	
  
– ESTUDO	
  DO	
  LCR	
  
– POTENCIAL	
  EVOCADO	
  
• vários	
  modelos	
  foram	
  esquema+zados	
  e	
  propostos	
  a	
  
fim	
  de	
  orientar	
  e	
  facilitar	
  o	
  diagnós+co	
  dessa	
  doença.	
  	
  
• Atualmente,	
  os	
  critérios	
  de	
  McDonald,	
  descritos	
  em	
  
2001	
  e	
  revisados	
  em	
  2005,	
  2010	
  e	
  2017,	
  são	
  mais	
  
frequentemente	
  u+lizados	
  	
  
• documentação	
  de	
  dois	
  ou	
  mais	
  episódios	
  
sintomá+cos,	
  que	
  devem	
  durar	
  mais	
  de	
  24	
  horas	
  
e	
  ocorrer	
  de	
  forma	
  dis+nta,	
  separados	
  por	
  
período	
  de	
  no	
  mínimo	
  um	
  mês	
  
– ou	
  seja,	
  disseminados	
  no	
  tempo	
  e	
  no	
  espaço	
  
– 	
  Exames	
  radiológicos	
  e	
  laboratoriais,	
  em	
  especial	
  a	
  
ressonância	
  magné+ca	
  (RM),	
  podem,	
  em	
  conjunto	
  
com	
  as	
  evidências	
  clínicas,	
  ser	
  essenciais	
  para	
  compor	
  
o	
  diagnós+co	
  e	
  excluir	
  outras	
  doenças	
  de	
  
apresentação	
  semelhante	
  	
  
Critérios	
  de	
  McDonald	
  revisados	
  em	
  
2017	
  
• não	
  são	
  necessários	
  exames	
  adicionais	
  
quando	
  o	
  paciente	
  apresenta	
  dois	
  ou	
  mais	
  
surtos;	
  
• 	
  entretanto,	
  qualquer	
  diagnós+co	
  de	
  EM	
  pode	
  
contar	
  com	
  RM	
  e	
  u+lizar	
  a	
  presença	
  de	
  
bandas	
  oligoclonais	
  (imunoglobulina	
  G	
  -­‐	
  IgG)	
  
no	
  líquor	
  em	
  subs+tuição	
  à	
  demonstração	
  de	
  
disseminação	
  da	
  doença	
  no	
  tempo.	
  	
  
critérios	
  McDonald	
  (2017)	
  
• disseminação	
  no	
  espaço	
  
– RM	
  por	
  ≥	
  1	
  lesões	
  hiperintensas	
  em	
  T2,	
  
sintomá+cas	
  ou	
  assintomá+cas,	
  que	
  são	
  
caracterís+cos	
  de	
  EM,	
  em	
  dois	
  ou	
  mais	
  das	
  
seguintes	
  quatro	
  áreas	
  do	
  sistema	
  nervoso	
  
central:	
  	
  
• periventricular,	
  	
  
• cor+cal/justacor+cal,	
  infratentorial	
  e	
  medula	
  espinhal.	
  
• disseminação	
  no	
  tempo	
  
– presença	
  simultânea	
  de	
  lesões	
  captantes	
  de	
  
gadolíneo	
  e	
  lesões	
  não	
  captantes	
  em	
  qualquer	
  
exame	
  de	
  RM,	
  	
  
– ou	
  nova	
  lesão	
  hiperintensa	
  em	
  T2	
  ou	
  captante	
  de	
  
gadolínio	
  quanto	
  comparada	
  a	
  um	
  exame	
  de	
  RM	
  
prévio,	
  independentemente	
  do	
  momento	
  em	
  que	
  
foi	
  realizado.	
  	
  
• EDSS,	
  de	
  Expanded	
  Disability	
  Status	
  Scale)	
  	
  
– estadiamento	
  da	
  doença,	
  
– monitoramento	
  do	
  paciente.	
  	
  
– permite	
  quan+ficar	
  o	
  comprome+mento	
  neuronal	
  dentro	
  
de	
  oito	
  sistemas	
  funcionais:	
  
• 	
  piramidal,	
  	
  
• cerebelar,	
  	
  
• tronco	
  cerebral,	
  
• 	
  sensi+vo,	
  	
  
• vesical,	
  	
  
• intes+nal,	
  
• 	
  visual,	
  	
  
• Mental	
  
• 	
  outras	
  funções	
  agrupadas.	
  	
  
– O	
  escore	
  final	
  da	
  escala	
  pode	
  variar	
  de	
  0	
  (normal)	
  a	
  10	
  
(morte),	
  sendo	
  que	
  a	
  pontuação	
  aumenta	
  0,5	
  ponto	
  
conforme	
  o	
  grau	
  de	
  incapacidade	
  do	
  paciente	
  
EDSS:	
  Progressão	
  da	
  incapacidade	
  
Caracterís+cas	
  do	
  Líquor:	
  
	
  
• Celularidade	
  <	
  50	
  celulas/mm3	
  	
  
– Predominancia	
  de	
  linfomononucleares	
  
• 	
  Proteínas	
  
– 	
  Elevação	
  discreta	
  ou	
  moderada	
  
• 	
  Testes	
  imunológicos	
  
– 	
  Teste	
  nega+vo	
  para	
  agentes	
  infecciosos	
  
– 	
  Elevação	
  de	
  gama-­‐globulina	
  (índice	
  de	
  IgG)	
  	
  
– Presença	
  de	
  bandas	
  oligoclonais	
  
• Anormalidade	
  do	
  LCR	
  	
  
– presença	
  de	
  bandas	
  oigoclonais,	
  preferencialmente	
  
usando	
  método	
  de	
  focalização	
  isoelétrica	
  	
  
– e	
  /	
  ou	
  presença	
  de	
  índice	
  elevado	
  de	
  IgG.	
  	
  
– A	
  pleocitose	
  deve	
  ser	
  inferior	
  a	
  50	
  células	
  /	
  mm3	
  
• Um	
  PEV	
  com	
  aumento	
  da	
  latência	
  mas	
  boa	
  
preservação	
  da	
  forma	
  do	
  potencial,	
  
– 	
  pode	
  ser	
  usado	
  para	
  suplementar	
  a	
  informação	
  
obje+va	
  clínica,	
  	
  
– ou	
  fornecer	
  evidência	
  obje+va	
  de	
  uma	
  segunda	
  lesão.	
  
Diagnóstico:
	
  
Observação: A RM pode evidenciar áreas
com pontos brilhantes indefinidos em
indivíduos saudáveis;
Gadolínio:
• realçar lesões,
• destacar se a doença está em estado
ativo	
  
• Nota:	
  A	
  LEMP	
  é	
  uma	
  infecção	
  oportunista	
  causada	
  
pelo	
  vírus	
  JC	
  (vírus	
  John	
  Cunningham	
  ou	
  vírus	
  polioma)	
  
que	
  acomete	
  pacientes	
  imunocomprome+dos	
  e	
  pode	
  
ser	
  fatal	
  ou	
  resultar	
  em	
  incapacidade	
  grave.	
  
• 	
  O	
  teste	
  do	
  vírus	
  JC	
  posi+vo	
  não	
  determina	
  
necessariamente	
  o	
  desenvolvimento	
  de	
  LEMP,	
  uma	
  
vez	
  que	
  o	
  vírus	
  é	
  amplamente	
  difundido	
  na	
  população.	
  	
  
• São	
  pacientes	
  que	
  apresentam	
  um	
  risco	
  
significa+vamente	
  maior	
  de	
  desenvolver	
  LEMP:	
  	
  
– presença	
  de	
  an+corpos	
  an+-­‐JCV,	
  mais	
  de	
  2	
  anos	
  de	
  
tratamento	
  com	
  natalizumabe	
  ou	
  fingolimode	
  e	
  terapia	
  
anterior	
  com	
  imunossupressor.	
  	
  
DIAGNÓSTICO	
  DIFERENCIAL	
  
• Doenças	
  vasculares	
  	
  
– Fístulas	
  arterio-­‐venosas	
  espinais	
  
– 	
  Vasculite	
  do	
  SNC	
  
– 	
  Hemangioma	
  cavernoso	
  
– 	
  CADASIL	
  
• 	
  Lesões	
  da	
  fossa	
  posterior	
  e	
  medula	
  espinal	
  
– 	
  Malformação	
  de	
  Arnold-­‐Chiari	
  	
  
– Ataxias	
  ou	
  mielopa+as	
  não-­‐hereditárias	
  
– 	
  Doenças	
  neoplásicas	
  da	
  medula	
  espinal	
  
• Transtornos	
  do	
  metabolismo	
  
– 	
  Esclerose	
  combinada	
  sub-­‐aguda	
  da	
  medula	
  	
  
– Leucodistrofias	
  Doenças	
  	
  
• auto-­‐imunes	
  
– 	
  LES,	
  
– 	
  doença	
  de	
  Sjogren,	
  
– 	
  doença	
  de	
  Behçet,	
  	
  
– sarcoidose,	
  
– 	
  síndrome	
  do	
  an+corpo	
  an+-­‐fosfolípide	
  
• 	
  Infecções	
  	
  
– Mielopa+a	
  associada	
  ao	
  HIV,	
  HAM/TSP,	
  sífilis	
  	
  
• Síndromes	
  gené+cas	
  
– 	
  Ataxias	
  e	
  paraplegias	
  hereditária	
  
– s	
  Doenças	
  mitocondriais	
  
EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO
	
  
“ O prognóstico geral é
variável e o curso da
doença geralmente é
imprevisível	
  
Fatores	
  prognósOcos:	
  
	
  
• 	
  (variáveis	
  associadas	
  a	
  maior	
  tempo	
  –	
  melhor	
  
prognós+co)	
  
– 	
  Sexo	
  feminino	
  	
  
– Menor	
  idade	
  de	
  início	
  	
  
– Sintoma	
  inicial:	
  Neurite	
  óp+ca	
  e	
  não	
  trato	
  longo	
  	
  
– Recuperação	
  completa	
  após	
  o	
  1o.	
  surto	
  	
  
– Tempo	
  longo	
  entre	
  1o.	
  e	
  2o.	
  surto	
  	
  
– Menor	
  número	
  de	
  surtos	
  nos	
  primeiros	
  5	
  anos	
  	
  
• Qualquer	
  imunização	
  não	
  aumenta	
  o	
  risco	
  de	
  
surtos	
  em	
  portadores	
  de	
  EM	
  
 TRATAMENTO	
  	
  
	
  
• O	
  tratamento	
  da	
  EM	
  pode	
  ser	
  complexo,	
  
envolvendo	
  ação	
  coordenada	
  de	
  múl+plos	
  
profissionais	
  da	
  saúde,	
  com	
  o	
  uso	
  de	
  condutas	
  
medicamentosas	
  e	
  não	
  medicamentosas.	
  	
  
• Quanto	
  mais	
  cedo	
  o	
  tratamento	
  é	
  iniciado,	
  
maior	
  a	
  chance	
  de	
  modificar	
  o	
  curso	
  natural	
  
da	
  doença	
  em	
  longo	
  prazo	
  
– 	
  reduzindo	
  o	
  número	
  de	
  surtos,	
  de	
  lesões	
  e	
  de	
  
sequelas	
  neurológicas.	
  	
  
Tratamento	
  
	
  
• não	
  curam	
  a	
  doença.	
  	
  
• Seu	
  obje+vo	
  é	
  reduzir	
  a	
  possibilidade	
  de	
  um	
  novo	
  surto	
  e,	
  
portanto,	
  o	
  acúmulo	
  de	
  incapacidades	
  e	
  a	
  piora	
  na	
  
progressão	
  clínica	
  
	
  
• Existem	
  medicações	
  u+lizadas	
  somente	
  durante	
  os	
  surtos	
  
(pulsoterapia	
  com	
  cor+costeróides);	
  	
  
• outras	
  são	
  u+lizadas	
  de	
  maneira	
  conMnua	
  (como	
  os	
  
fármacos	
  modificadores	
  da	
  doença:	
  injetáveis	
  ou	
  orais),	
  
independentemente	
  dos	
  sintomas	
  apresentados;	
  
• 	
  ou	
  ainda	
  há	
  medicamentos	
  que	
  buscam	
  somente	
  aliviar	
  
sintomas	
  como	
  dor,	
  desequilíbrio,	
  espas+cidade,	
  urgência	
  
urinária,	
  fadiga	
  etc.	
  
Tratamento	
  medicamentoso	
  	
  
	
  
• O	
  obje+vo	
  é	
  a	
  melhora	
  clínica	
  
– com	
  aumento	
  da	
  capacidade	
  funcional,	
  	
  
– redução	
  de	
  comorbidades	
  
– 	
  atenuação	
  de	
  sintomas.	
  	
  
• Os	
  glicocor+coides	
  	
  
– tratar	
  os	
  surtos	
  	
  
– mostram	
  benencio	
  clínico	
  a	
  curto	
  prazo,	
  ao	
  reduzir	
  a	
  
intensidade	
  e	
  duração	
  dos	
  episódios	
  agudos	
  
• 	
  As	
  terapias	
  modificadoras	
  do	
  curso	
  da	
  doença	
  
(MMCD)	
  
– reduzir	
  as	
  células	
  imunogênicas	
  circulantes,	
  
– 	
  suprimir	
  a	
  adesão	
  destas	
  ao	
  epitélio	
  e,	
  
consequentemente,	
  reduzir	
  a	
  migração	
  para	
  o	
  
parênquima	
  e	
  a	
  resposta	
  inflamatória	
  decorrente	
  
• 	
  Existem	
  ainda	
  os	
  medicamentos	
  para	
  o	
  
tratamento	
  dos	
  sintomas	
  relacionados	
  à	
  EM.	
  	
  
Tratamento	
  do	
  surto	
  na	
  EM	
  
	
  
• surto	
  ou	
  recaída	
  da	
  EM:	
  
– 	
  o	
  surgimento	
  de	
  novos	
  sintomas	
  ou	
  piora	
  dos	
  
sintomas	
  existentes	
  com	
  duração	
  superior	
  a	
  24	
  
horas,	
  na	
  ausência	
  de	
  febre,	
  infecção	
  ou	
  qualquer	
  
outra	
  causa,	
  após	
  um	
  período	
  estável	
  de	
  pelo	
  
menos	
  um	
  mês.	
  	
  
• Assim,	
  um	
  surto	
  da	
  EM	
  só	
  é	
  diagnos+cado	
  
após	
  a	
  exclusão	
  de	
  infecção,	
  principalmente	
  
do	
  trato	
  urinário	
  e	
  respiratório,	
  e	
  a	
  
diferenciação	
  entre	
  uma	
  recaída	
  e	
  a	
  
progressão	
  da	
  doença	
  
• O	
  controle	
  dos	
  surtos	
  é	
  um	
  componente	
  
crucial	
  do	
  tratamento	
  da	
  EM.	
  
• cor+costeroide	
  em	
  altas	
  doses	
  para	
  diminuir	
  a	
  
inflamação	
  e	
  acelerar	
  a	
  recuperação	
  do	
  
paciente	
  	
  
– A	
  posologia	
  de	
  me+lprednisolona	
  intravenosa	
  é	
  1	
  
g	
  diariamente	
  durante	
  3-­‐5	
  dias.	
  	
  
Eventos	
  adversos	
  temporários	
  do	
  uso	
  de	
  
cor+costeroide:	
  
	
  
– hipertensão	
  arterial,	
  
– 	
  perturbações	
  gastrointes+nais,	
  
– 	
  palpitação,	
  	
  
– retenção	
  hídrica,	
  	
  
– dores	
  no	
  corpo,	
  	
  
– rubor	
  facial,	
  
– 	
  exacerbação	
  da	
  acne,	
  
– 	
  hiperglicemia	
  	
  
– efeitos	
  sobre	
  a	
  saúde	
  mental	
  
• excluir	
  infecção,	
  principalmente	
  do	
  trato	
  urinário,	
  
antes	
  do	
  início	
  da	
  pulsoterapia.	
  	
  
• A	
  plasmaférese	
  como	
  terapia	
  adjuvante	
  é	
  
eficaz	
  no	
  controle	
  das	
  exacerbações	
  nas	
  
formas	
  recorrentes	
  de	
  EM	
  
– após	
  não	
  responderem	
  ao	
  tratamento	
  com	
  altas	
  
doses	
  de	
  cor+costeroide	
  
Linhas	
  de	
  tratamento	
  da	
  EMRR	
  com	
  MMCD	
  	
  
	
  
• Tratamento	
  da	
  esclerose	
  múlOpla	
  de	
  
baixa	
  ou	
  moderada	
  aOvidade	
  	
  
• •	
  	
  1a	
  linha:	
  Beta-­‐interferonas,	
  gla+râmer	
  ou	
  
teriflunomida	
  ou	
  fumarato	
  de	
  dime+la	
  ou	
  
aza+oprina,	
  	
  
• em	
  casos	
  de	
  toxicidade	
  (intolerância,	
  hipersensibilidade	
  ou	
  
outro	
  evento	
  adverso),	
  falha	
  terapêu+ca	
  ou	
  falta	
  de	
  adesão	
  
a	
  qualquer	
  medicamento	
  da	
  primeira	
  linha	
  de	
  tratamento,	
  
é	
  permi+da	
  a	
  troca	
  por	
  outra	
  classe	
  de	
  medicamento	
  de	
  
primeira	
  linha.	
  	
  
• A	
  aza+oprina	
  é	
  considerada	
  uma	
  opção	
  menos	
  eficaz	
  e	
  só	
  
deve	
  ser	
  u+lizada	
  em	
  casos	
  de	
  pouca	
  adesão	
  às	
  formas	
  
parenterais;	
  (intramuscular,	
  subcutânea	
  ou	
  endovenosa).	
  	
  
• •	
  	
  2a	
  linha:	
  Fingolimode,	
  em	
  casos	
  de	
  falha	
  
terapêu+ca,	
  reações	
  adversas	
  ou	
  resposta	
  
sub-­‐ó+ma	
  a	
  qualquer	
  medicamento	
  da	
  
primeira	
  linha	
  de	
  tratamento,	
  é	
  permi+da	
  a	
  
troca	
  por	
  fingolimode.	
  	
  
• •	
  	
  3a	
  linha:	
  Natalizumabe,	
  em	
  casos	
  de	
  falha	
  
terapêu+ca	
  no	
  tratamento	
  da	
  segunda	
  linha	
  
ou	
  contraindicação	
  ao	
  fingolimode	
  indica-­‐se	
  o	
  
natalizumabe.	
  	
  
• Tratamento	
  da	
  esclerose	
  múlOpla	
  de	
  
alta	
  aOvidade	
  
• 	
  	
  1a	
  linha:	
  Natalizumabe,	
  	
  
• Para	
  virgens	
  de	
  tratamento	
  ou	
  estejam	
  em	
  qualquer	
  outra	
  linha	
  de	
  
tratamento.	
  	
  
• •	
  	
  2a	
  linha:	
  Alentuzumabe,	
  
– 	
  em	
  casos	
  de	
  falha	
  terapêu+ca	
  no	
  tratamento	
  ou	
  
contraindicação	
  presente	
  ao	
  natalizumabe	
  
• Após	
  o	
  tratamento	
  e	
  controle	
  da	
  fase	
  de	
  alta	
  a+vidade	
  
da	
  doença,	
  o	
  paciente	
  pode	
  ser	
  realocado	
  para	
  
qualquer	
  outra	
  linha	
  de	
  tratamento	
  da	
  EM	
  de	
  baixa	
  ou	
  
moderada	
  a+vidade	
  
o	
  tratamento	
  medicamentoso	
  com	
  MMCD	
  dos	
  
pacientes	
  com	
  EM	
  
	
  
Tratamento	
  dos	
  sintomas	
  	
  
	
  
• equipe	
  mul+disciplinar	
  	
  
• A+vidade	
  nsica	
  
– ,	
  alertando	
  que	
  exercícios	
  não	
  supervisionados	
  e	
  
treinamento	
  de	
  resistência	
  de	
  alta	
  intensidade	
  se	
  
associam	
  a	
  risco	
  de	
  lesões.	
  	
  
• É	
  es+mado	
  que	
  a	
  dor	
  crônica	
  afete	
  mais	
  de	
  40%	
  
dos	
  pacientes	
  com	
  EM.	
  Com	
  relação	
  à	
  dor	
  
neuropá+ca,	
  os	
  estudos	
  apresentam	
  alto	
  risco	
  de	
  
viés	
  e	
  evidência	
  insuficiente.	
  
• dor	
  usualmente	
  secundária	
  a	
  alterações	
  de	
  
mobilidade	
  e	
  postura.	
  
• funcionamento	
  intes+na?	
  
– Mul+fatorial:	
  múl+plos	
  medicamentos,,	
  dieta	
  pobre	
  
em	
  fibras,	
  sedentarismo,	
  elementos	
  
comportamentais,	
  dificuldade	
  de	
  acesso	
  ao	
  banheiro	
  
e	
  alterações	
  neurológicas	
  
• 	
  Transtornos	
  do	
  humor,	
  principalmente	
  
depressão	
  e	
  ansiedade,	
  são	
  comuns	
  e	
  são	
  muitas	
  
vezes	
  desencadeados	
  ou	
  agravados	
  por	
  uma	
  
dificuldade	
  em	
  lidar	
  com	
  a	
  doença.	
  
• O	
  funcionamento	
  cogni+vo	
  também	
  pode	
  ser	
  
afetado.	
  	
  
• A	
  labilidade	
  emocional,	
  também	
  conhecida	
  como	
  
efeito	
  pseudobulbar,	
  necessita	
  ser	
  diferenciada	
  
de	
  transtorno	
  de	
  humor,	
  pois	
  requer	
  conduta	
  
específica	
  e	
  pode	
  ser	
  debilitante,	
  comprometer	
  a	
  
funcionalidade	
  e	
  ser	
  acompanhada	
  de	
  outros	
  	
  
• Outras	
  manifestações,	
  como	
  mobilidade	
  
prejudicada,	
  tontura	
  e	
  ver+gem	
  devem,	
  se	
  
necessário,	
  ser	
  cuidadas	
  conforme	
  a	
  
manifestação	
  e	
  as	
  alterna+vas	
  disponíveis.	
  	
  
Bene]cios	
  esperados	
  do	
  tratamento	
  	
  
	
  
• ●	
  	
  Aumento	
  da	
  sobrevida	
  global	
  (considerando	
  morte	
  e	
  
surtos);	
  	
  
• ●	
  	
  Aumento	
  da	
  sobrevida	
  livre	
  de	
  surtos;	
  	
  
• ●	
  	
  Ausência	
  de	
  progressão	
  da	
  incapacidade,	
  medida	
  
pelo	
  EDSS;	
  	
  
• ●	
  	
  Ausência	
  de	
  eventos	
  adversos	
  graves,	
  
principalmente	
  infecciosos	
  (por	
  exemplo,	
  LEMP).	
  	
  
• ●	
  	
  Melhora	
  sintomá+ca;	
  	
  
• ●	
  	
  Diminuição	
  da	
  frequências	
  e	
  gravidade	
  das	
  
recorrências;	
  e	
  	
  
• ●	
  	
  Redução	
  do	
  número	
  de	
  internações	
  hospitalares.	
  	
  
8.	
  MONITORAMENTO	
  	
  
	
  
Infecções	
  	
  
	
  
• Infecções	
  ocorreram	
  em	
  71%	
  dos	
  pacientes	
  
tratados	
  com	
  alentuzumabe	
  12	
  mg	
  comparado	
  
com	
  53%	
  dos	
  pacientes	
  tratados	
  com	
  beta-­‐
interferona	
  1a	
  (IFNB-­‐1a.	
  	
  
• as	
  seguintes	
  infeções	
  devem	
  ser	
  rastreadas:	
  	
  
– •	
  	
  HPV:	
  É	
  recomendável	
  realizar	
  a	
  triagem	
  anualmente	
  
em	
  pacientes	
  do	
  sexo	
  feminino.	
  	
  
– •	
  	
  Herpes:	
  A	
  profilaxia	
  com	
  agente	
  oral	
  an+-­‐herpes	
  
deve	
  ser	
  iniciada	
  no	
  primeiro	
  dia	
  de	
  tratamento	
  com	
  
alentuzumabe	
  e	
  man+da	
  por,	
  no	
  mínimo,	
  um	
  mês	
  
depois	
  de	
  cada	
  ciclo	
  de	
  tratamento.	
  	
  
• •	
  	
  Citomegalovírus	
  (CMV):	
  Em	
  pacientes	
  
sintomá+cos,	
  a	
  avaliação	
  clínica	
  deve	
  ser	
  
realizada	
  durante	
  e	
  por	
  pelo	
  menos	
  dois	
  
meses	
  após	
  cada	
  ciclo	
  de	
  tratamento	
  com	
  
alentuzumabe.	
  	
  
• •	
  	
  Tuberculose:	
  A	
  triagem	
  para	
  tuberculose	
  
deve	
  ser	
  realizada	
  antes	
  do	
  início	
  do	
  
tratamento,	
  de	
  acordo	
  com	
  as	
  orientações	
  do	
  
Ministério	
  da	
  Saúde.	
  	
  
Critérios	
  de	
  Interrupção	
  	
  
	
  
• a	
  incapacidade	
  do	
  paciente	
  de	
  adesão	
  ao	
  
tratamento,	
  a	
  impossibilidade	
  de	
  monitorização	
  
dos	
  eventos	
  adversos	
  e	
  a	
  toxicidade	
  (intolerância,	
  
hipersensibilidade	
  ou	
  outro	
  evento	
  adverso)	
  do	
  
medicamento.	
  	
  
• O	
  tempo	
  de	
  tratamento	
  ou	
  a	
  troca	
  de	
  
medicamento	
  são	
  determinados	
  pela	
  falha	
  
terapêu+ca	
  ou	
  pelo	
  surgimento	
  de	
  eventos	
  
adversos	
  intoleráveis,	
  após	
  considerar	
  todas	
  as	
  
medidas	
  para	
  sua	
  atenuação.	
  
• Considera-­‐se	
  falha	
  terapêu+ca	
  a	
  incidência	
  de	
  
pelo	
  menos	
  um	
  surto	
  e	
  evidência	
  de	
  no	
  
mínimo	
  quatro	
  novas	
  lesões	
  em	
  T2	
  ao	
  exame	
  
de	
  ressonância	
  magné+ca	
  no	
  período	
  de	
  um	
  
ano,	
  durante	
  tratamento	
  medicamentoso	
  
adequado.	
  
• 	
  Tais	
  critérios	
  são	
  válidos	
  para	
  qualquer	
  dos	
  
tratamentos	
  preconizados.	
  	
  
Pacientes	
  de	
  ambos	
  os	
  sexos	
  que	
  planejam	
  conceber	
  e	
  
engravidar	
  devem	
  observar	
  as	
  seguintes	
  condutas	
  de	
  
interrupção:	
  	
  
	
  
– pacientes	
  masculinos	
  e	
  femininos	
  em	
  uso	
  de	
  
teriflunomida	
  devem	
  u+lizar	
  métodos	
  contracep+vos	
  
eficazes	
  para	
  evitar	
  a	
  concepção	
  devido	
  à	
  
teratogenicidade	
  desse	
  medicamento;	
  
– 	
  pacientes	
  em	
  uso	
  de	
  beta-­‐interferona-­‐1a	
  (Avonex®	
  
ou	
  Rebif®),	
  fumarato	
  de	
  dime+la	
  e	
  fingolimode	
  devem	
  
evitar	
  engravidar	
  enquanto	
  es+verem	
  u+lizando	
  estes	
  
medicamentos;	
  
• 	
  pacientes	
  que	
  planejam	
  a	
  gravidez	
  
– engravidar	
  somente	
  após	
  dois	
  meses	
  de	
  interrupção	
  do	
  
tratamento	
  com	
  fingolimode;	
  
– somente	
  após	
  quatro	
  meses	
  de	
  interrupção	
  do	
  tratamento	
  
com	
  alentuzumabe;	
  	
  
• pacientes	
  masculinos	
  e	
  femininos	
  devem	
  adotar	
  
medidas	
  contracep+vas	
  adequadas	
  em	
  uso	
  de	
  
aza+oprina.	
  	
  
• O	
  aleitamento	
  materno	
  deve	
  ser	
  suspenso	
  durante	
  
cada	
  ciclo	
  de	
  tratamento	
  com	
  alentuzumabe	
  e	
  por	
  
quatro	
  meses	
  depois	
  da	
  úl+ma	
  infusão	
  de	
  cada	
  ciclo	
  de	
  
tratamento	
  	
  
TRATAMENTO NA EM
• TRATAMENTO DE APOIO PARA ALIVIAR
OS SINTOMAS:
– Espasticidade = diazepan / toxina
botulínica
– Dor = alongamento; analgésicos;
cannabis(?)
– Complicações urinárias = antibióticos
– Complicações instestinais = laxantes
– Problemas Psicológicos = antidepressivos
TRATAMENTO NA EM
• CONDUTA GERAL
• O paciente deve ser aconselhado e
habilitados a aproveitar uma vida o mais
completa e ativa possível;
• Não existe benefício comprovado da
restrição dietética de qualquer tipo (?);
• O àlcool não é bem tolerado = devido ao
possível comprometimento cerebelar, no
entanto não há perigo no consumo
moderado.
CASOS	
  ESPECIAIS	
  	
  
	
  
Síndrome	
  clínica	
  isolada	
  de	
  alto	
  risco	
  de	
  
conversão	
  para	
  esclerose	
  múlOpla	
  	
  
	
  
• Caracteriza-­‐se	
  pela	
  primeira	
  manifestação	
  clínica	
  suges+va	
  de	
  
desmielinização	
  inflamatória	
  no	
  SNC,	
  em	
  que	
  o	
  paciente	
  apresente	
  
uma	
  ou	
  mais	
  lesões	
  Mpicas	
  em	
  T2	
  comprovadas	
  por	
  exame	
  de	
  
ressonância	
  magné+ca	
  e	
  inatribuível	
  a	
  outras	
  doenças.	
  	
  
• Para	
  esses	
  pacientes,	
  o	
  risco	
  de	
  desenvolver	
  EM	
  varia	
  de	
  48%	
  a	
  81%,	
  
dependendo	
  do	
  número	
  de	
  lesões	
  
• 	
  Nesta	
  situação,	
  o	
  paciente	
  deverá	
  ser	
  inves+gado	
  para	
  os	
  diversos	
  
diagnós+cos	
  diferenciais,	
  incluindo	
  outras	
  doenças	
  autoimunes	
  que	
  
acometem	
  o	
  SNC,	
  doenças	
  paraneoplásicas	
  e	
  infecções	
  crônicas	
  do	
  
SNC.	
  	
  
• O	
  diagnós+co	
  de	
  acordo	
  com	
  os	
  critérios	
  de	
  McDonald	
  	
  
• Existem	
  evidências	
  de	
  que	
  a	
  u+lização	
  de	
  MMCD,	
  em	
  especial	
  os	
  de	
  
primeira	
  linha	
  de	
  tratamento,	
  podem	
  retardar	
  a	
  conversão	
  da	
  CIS	
  
(síndrome	
  clinicamente	
  isolada)	
  em	
  EM.	
  	
  
• Uma	
  vez	
  que	
  o	
  paciente	
  tenha	
  o	
  diagnós+co	
  de	
  
CIS,	
  	
  
– preconiza	
  que	
  o	
  tratamento	
  seja	
  iniciado	
  apenas	
  após	
  
a	
  confirmação	
  de	
  EM,	
  bem	
  como	
  que	
  o	
  paciente	
  seja	
  
acompanhado	
  a	
  cada	
  3-­‐6	
  meses	
  com	
  RM	
  de	
  crânio	
  ou	
  
exame	
  do	
  líquor	
  com	
  banda	
  oligoclonal,	
  com	
  o	
  
obje+vo	
  de	
  iden+ficar	
  o	
  surgimento	
  de	
  novas	
  lesões	
  
desmielinizantes	
  ou	
  lesões	
  impregnadas	
  pelo	
  
contraste	
  que	
  não	
  apresentavam	
  esta	
  caracterís+ca	
  
antes	
  ou,	
  ainda,	
  o	
  aumento	
  das	
  dimensões	
  de	
  lesões	
  
previamente	
  existentes.	
  
– 	
  Qualquer	
  das	
  alterações	
  descritas	
  configura	
  quadro	
  
evolu+vo,	
  permi+ndo	
  o	
  diagnós+co	
  precoce	
  de	
  EM	
  
Crianças	
  e	
  adolescentes	
  	
  
	
  
• A	
  EM	
  pode	
  acometer	
  crianças	
  e	
  adolescentes.	
  
– recomenda-­‐se	
  que	
  o	
  neurologista	
  solicite	
  uma	
  
avaliação	
  para	
  afastar	
  leucodistrofias.	
  	
  
• Confirmada	
  a	
  doença,	
  pode-­‐se	
  tratar	
  com	
  
– 	
  beta-­‐interferonas,	
  	
  
– fingolimode	
  (se	
  o	
  paciente	
  +ver	
  mais	
  de	
  10	
  anos	
  de	
  
idade)	
  	
  
– ou	
  gla+râmer.	
  	
  
• Inexistem	
  ensaios	
  clínicos	
  que	
  tenham	
  
incluído	
  doentes	
  desta	
  faixa	
  etária,	
  sendo	
  os	
  
melhores	
  estudos	
  de	
  segurança	
  do	
  
tratamento	
  de	
  crianças	
  e	
  adolescentes	
  as	
  
séries	
  de	
  casos	
  em	
  que	
  se	
  demonstra	
  bom	
  
perfil	
  de	
  segurança.	
  	
  
• A	
  teriflunomida,	
  o	
  fumarato	
  de	
  dime+la,	
  o	
  
natalizumabe	
  e	
  o	
  alentuzumabe	
  não	
  estão	
  
aprovados	
  para	
  uso	
  por	
  menores	
  de	
  18	
  anos	
  
GRAVIDEZ	
  
• A	
  gravidez	
  não	
  interfere	
  nega+vamente	
  na	
  
progressão	
  da	
  esclerose	
  múl+pla.	
  
• A	
  gestação	
  não	
  é	
  contraindicada	
  em	
  paciente	
  
com	
  esclerose	
  múlOpla	
  e	
  sabe-­‐se	
  que	
  a	
  
gestação	
  não	
  piora	
  nem	
  acelera	
  a	
  doença.	
  	
  
• EM	
  não	
  está	
  relacionada	
  à	
  infer+lidade.	
  	
  
– Entretanto,	
  deve	
  haver	
  um	
  planejamento	
  
adequado	
  a	
  fim	
  de	
  evitar	
  riscos	
  para	
  mãe	
  e	
  o	
  bebê	
  
 Gestantes	
  	
  
	
  
• Na	
  gestação,	
  as	
  manifestações	
  clínicas	
  da	
  
doença	
  ficam	
  mais	
  brandas,	
  com	
  redução	
  
relevante	
  da	
  taxa	
  de	
  surtos	
  principalmente	
  no	
  
primeiro	
  trimestre;	
  
• aumento	
  da	
  incidência	
  de	
  surtos	
  
imediatamente	
  após	
  o	
  puerpério.	
  	
  
• Em	
  casos	
  de	
  evolução	
  favorável	
  da	
  doença	
  (pontuação	
  
na	
  EDSS	
  classificada	
  como	
  estável	
  e	
  baixo,	
  baixa	
  taxa	
  
de	
  surtos),	
  preconiza-­‐	
  se	
  não	
  usar	
  imunomodulador	
  
nem	
  imunossupressor	
  por	
  possuírem	
  perfil	
  de	
  
segurança	
  incerto	
  na	
  gestação.	
  
• 	
  A	
  teriflunomida	
  é	
  contraindicada	
  para	
  uso	
  por	
  
gestantes,	
  assim	
  como	
  as	
  beta-­‐interferonas	
  1a	
  de	
  
marca	
  Rebif®	
  e	
  Avonex®	
  
• A	
  beta-­‐interferona	
  1a	
  produzida	
  pelo	
  laboratório	
  Bio-­‐
Manguinhos	
  é	
  classificada	
  na	
  categoria	
  de	
  risco	
  B	
  para	
  
gravidez,	
  e	
  pode	
  ser	
  u+lizada	
  sob	
  recomendação	
  
médica	
  
• Com	
  relação	
  aos	
  demais	
  MMCD,	
  seu	
  uso	
  deve	
  ser	
  
considerado	
  para	
  casos	
  em	
  que	
  a	
  evolução	
  clínica	
  da	
  
doença	
  se	
  mostra	
  desfavorável,	
  de	
  forma	
  que	
  os	
  
benencios	
  do	
  tratamento	
  para	
  a	
  mãe	
  superem	
  o	
  risco	
  
para	
  o	
  feto.	
  	
  
• As	
  evidências	
  indicam	
  não	
  haver	
  diferença	
  entre	
  mães	
  
expostas	
  ou	
  não	
  expostas	
  a	
  MMCD	
  (IFN-­‐b,	
  gla+râmer	
  e	
  
natalizumabe)	
  para	
  a	
  incidência	
  dos	
  desfechos	
  de	
  
morte	
  fetal,	
  aborto	
  espontâneo,	
  aborto	
  induzido,	
  
anomalias	
  congênitas,	
  nascimentos	
  prematuros	
  e	
  
número	
  de	
  nascidos	
  vivos.	
  	
  
• foram	
  iden+ficados	
  mais	
  casos	
  de	
  abortos	
  
induzidos	
  entre	
  mães	
  expostas	
  ao	
  gla+râmer	
  
durante	
  a	
  gestação,	
  compara+vamente	
  as	
  não	
  
expostas.	
  
• 	
  Evidências	
  sobre	
  a	
  segurança	
  do	
  uso	
  de	
  
fingolimode,	
  fumarato	
  de	
  dime+la	
  e	
  
alentuzumabe	
  em	
  mulheres	
  grávidas	
  não	
  
foram	
  iden+ficadas	
  
• Há	
  dúvidas	
  acerca	
  dos	
  riscos	
  de	
  amamentar,	
  e	
  os	
  
dados	
  disponíveis	
  na	
  literatura	
  sobre	
  o	
  assunto	
  são	
  
escassos.	
  
• 	
  A	
  beta-­‐interferona	
  1a	
  produzida	
  pelo	
  laboratório	
  Bio-­‐
Manguinhos	
  relata	
  em	
  sua	
  bula	
  que,	
  embora	
  os	
  dados	
  
da	
  literatura	
  sobre	
  a	
  transferência	
  de	
  beta-­‐interferona	
  
1a	
  para	
  o	
  leite	
  materno	
  sejam	
  limitados,	
  o	
  benencio	
  e	
  
o	
  risco	
  potencial	
  da	
  amamentação	
  devem	
  ser	
  
considerados	
  juntamente	
  com	
  a	
  necessidade	
  
terapêu+ca	
  da	
  mãe	
  com	
  o	
  uso	
  de	
  beta-­‐interferona-­‐	
  1a.	
  	
  
• Quanto	
  aos	
  demais	
  MMCD,	
  preconiza-­‐se	
  não	
  
amamentar	
  durante	
  o	
  tratamento	
  medicamentoso.	
  	
  

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a EMULTIPLA2.pdf

0402 convulsão epilepsia - Marion
0402 convulsão   epilepsia - Marion0402 convulsão   epilepsia - Marion
0402 convulsão epilepsia - Marionlaiscarlini
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOLÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOpauloalambert
 
Doencas demielinizantes
Doencas demielinizantesDoencas demielinizantes
Doencas demielinizantesJosé Moraes
 
Investigação diagnóstica das neuropatias periféricas
Investigação diagnóstica das neuropatias periféricasInvestigação diagnóstica das neuropatias periféricas
Investigação diagnóstica das neuropatias periféricasDr. Rafael Higashi
 
Esclerose múltipla apresentação
Esclerose múltipla apresentação   Esclerose múltipla apresentação
Esclerose múltipla apresentação Sú Carreiro
 
Doenças Desmielinizantes do SNC e do SNP
Doenças Desmielinizantes do SNC e do SNPDoenças Desmielinizantes do SNC e do SNP
Doenças Desmielinizantes do SNC e do SNPhihdidushd
 
Chikungunya
Chikungunya Chikungunya
Chikungunya Claupaiva
 
Chikungunya
Chikungunya Chikungunya
Chikungunya Claupaiva
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitualblogped1
 
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptx
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptxEMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptx
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptxtuttitutti1
 
Crises convulsivas na infancia
Crises convulsivas na infanciaCrises convulsivas na infancia
Crises convulsivas na infanciaHenrique Fiorillo
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idososVr Medcare
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idososVr Medcare
 
Manifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIHManifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIHsebastiaomoises
 
Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )
Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )
Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )blogped1
 

Semelhante a EMULTIPLA2.pdf (20)

0402 convulsão epilepsia - Marion
0402 convulsão   epilepsia - Marion0402 convulsão   epilepsia - Marion
0402 convulsão epilepsia - Marion
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOLÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
 
Doencas demielinizantes
Doencas demielinizantesDoencas demielinizantes
Doencas demielinizantes
 
Investigação diagnóstica das neuropatias periféricas
Investigação diagnóstica das neuropatias periféricasInvestigação diagnóstica das neuropatias periféricas
Investigação diagnóstica das neuropatias periféricas
 
Esclerose múltipla apresentação
Esclerose múltipla apresentação   Esclerose múltipla apresentação
Esclerose múltipla apresentação
 
Doenças Desmielinizantes do SNC e do SNP
Doenças Desmielinizantes do SNC e do SNPDoenças Desmielinizantes do SNC e do SNP
Doenças Desmielinizantes do SNC e do SNP
 
Esclerose múltipla
Esclerose múltiplaEsclerose múltipla
Esclerose múltipla
 
Chikungunya
Chikungunya Chikungunya
Chikungunya
 
Chikungunya
Chikungunya Chikungunya
Chikungunya
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
 
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptx
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptxEMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptx
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptx
 
Crises convulsivas na infancia
Crises convulsivas na infanciaCrises convulsivas na infancia
Crises convulsivas na infancia
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idosos
 
Delirium em idosos
Delirium em idososDelirium em idosos
Delirium em idosos
 
Cartilha sbr lupus
Cartilha sbr lupusCartilha sbr lupus
Cartilha sbr lupus
 
2 fiebre reumatica 2015.
2 fiebre reumatica 2015.2 fiebre reumatica 2015.
2 fiebre reumatica 2015.
 
Manifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIHManifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIH
 
Transtornos cerebrais 10_k
Transtornos cerebrais 10_kTranstornos cerebrais 10_k
Transtornos cerebrais 10_k
 
Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )
Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )
Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )
 
Cadernos neuralgia
Cadernos neuralgiaCadernos neuralgia
Cadernos neuralgia
 

Último

Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdfAula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptx
Aula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptxAula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptx
Aula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptxAndersonMoreira538200
 
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfSC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfTHIALYMARIASILVADACU
 
Slide sobre Estruturalismo - Disponível para Download
Slide sobre Estruturalismo - Disponível para DownloadSlide sobre Estruturalismo - Disponível para Download
Slide sobre Estruturalismo - Disponível para DownloadJordanPrazeresFreita1
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAgabriella462340
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfGiza Carla Nitz
 
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptaçõesTHIALYMARIASILVADACU
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfGiza Carla Nitz
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfGiza Carla Nitz
 

Último (20)

Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdfAula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdf
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
 
Aula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptx
Aula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptxAula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptx
Aula de Anatomia e fisiologia socorrista .pptx
 
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfSC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
 
Slide sobre Estruturalismo - Disponível para Download
Slide sobre Estruturalismo - Disponível para DownloadSlide sobre Estruturalismo - Disponível para Download
Slide sobre Estruturalismo - Disponível para Download
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
 
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
 

EMULTIPLA2.pdf

  • 2. • É uma das doenças neurológicas mais comuns e antigas que atingem os adultos jovens – Relatos da doença desde o séc. XIV • Descoberta em 1868 – Jean Martin Charcot (neurologista francês) “Nas EM, existem lesões inflamatórias (placas) típicas que aparecem como áreas circunscritas de perda de mielina disseminadas pelo SNC, principalmente na substância branca.  
  • 3.
  • 4.
  • 5. Esclerose  Múl+pla     • doença  neurológica  desmielinizante  autoimune  crônica     • provocada  por  mecanismos  inflamatórios  e   degenera+vos  que  comprometem  a  bainha  de  mielina     – que  revestem  os  neurônios  das  substâncias  branca  e   cinzenta  do  sistema  nervoso  central.       •  O nome vem de múltiplas áreas de cicatrização, ou tecido esclerótico, que caracterizam o processo da doença.
  • 6. • Os axônios tbm tornam-se irreversivelmente lesados como consequência da inflamação, mesmo no início da doença: incapacidades, déficits neurológicos persistentes  
  • 7. se estende até a entrada da raiz dos nervos cranianos e espinhais ! demarcação ! Placas • (placa esclerótica)
  • 8. • Nos  portadores  de  esclerose  múl+pla  as   células  imunológicas  invertem  seu  papel:   –  ao  invés  de  protegerem  o  sistema  de  defesa  do   indivíduo,  passam  a  agredi-­‐lo,  produzindo   inflamações.   –  As  inflamações  afetam  par+cularmente  a  bainha   de  mielina    
  • 9.
  • 10. • bainha  mielina  e  os  axônios  lesionados:  pelas   inflamações,  as  funções  coordenadas  pelo   cérebro,  cerebelo,  tronco  encefálico  e  medula   espinhal  ficam  comprome+das.   •  Desta  forma  surgem  os  sintomas  Mpicos  da   doença,    
  • 11. • Os  surtos  (desmielinização)  :  surgimento  de  um  novo   sintoma  neurológico  ou  piora  significa+va  de  um   sintoma  “an+go”,  com  duração  mínima  de  24  horas.         • Para  ser  considerado  um  novo  surto  é  necessário  que   ocorra  um  intervalo  mínimo  de  30  dias  entre  eles     – caso  contrário,  considera-­‐se  o  sintoma  do  mesmo  surto   em  andamento.   •  A  recuperação    de  surtos:  total  ou  parcial   (remielinização).    
  • 12. • Embora amplamente difundidas, certas áreas são mais afetadas (>  sintomas) – Região periventriculares – Justacorticais – infratentoriais – Pedúnculos cerebelares – Tronco encefálico – Localização posterior ou lateral na Medula espinhal • As lesões tendem a ser simétricas e têm uma distribuição perivenosa (em torno de pequenas veias e vênulas), contendo linfócitos e macrófagos.
  • 13.
  • 14. ETIOLOGIA   • Sua  e+ologia  não  é  bem  compreendida,   envolvendo  fatores  gené+cos  e  ambientais.     •  interações  entre  esses  vários  fatores  :   diferentes  apresentações  da  EM  e  diferentes   respostas  aos  medicamentos      
  • 15. Etiologia   Desconhecida!!! • Autoimune? • Suposições: – Fatores ambientais – Fatores genéticos; – vírus (pesquisadores sugerem que este seria o gatilho para uma resposta imunológica,-- nem todos com doença).
  • 16.
  • 17. EPIDEMIOLOGIA   • Segunda  principal  causa  de  incapacidade   funcional  em  adultos  jovens  em  paises   desenvolvidos,   –  precedida  apenas  pela  e+ologia  traumá+ca   • É  a  doença  desmielinizante  mais  prevalente  do   SNC   • acomete  usualmente  adultos  jovens,  dos  18  aos   55  anos  de  idade,  sendo  mais  rara  após  os  50   anos   •  mais  comum  no  sexo  feminino  3:1;     • no  Brasil,  a  prevalência  da  doença  é  de  15  para   cada  100.000  habitantes  
  • 18.
  • 19. QUADRO  CLÍNICO   • O  quadro  clínico  de  cada  surto  é  variável  e  pode   apresentar  mais  de  um  sintoma.       • Alguns  pacientes  apresentam  piora  dos  sintomas  na   ocorrência  de   –  febre  (FENÔMENO  DE  UHTHOFF)   – ou  infecções,  frio  extremo,  calor,  fadiga,  exercício  nsico,   desidratação,  variações  hormonais  e  estresse  emocional   – no  geral  são  situações  transitórias.   •    Atenção  especial  às  infecções,  pois  agravam  o  quadro   clínico  do  paciente  desencadeando  sintomas  que  podem   ser  considerados  surtos  mas  nestas  situações  é   considerado  “falso  ou  pseudo-­‐surto”.      
  • 20. • O  quadro  clínico  se  manifesta,  na  maior  parte   das  vezes,  por  surtos  ou  ataques  agudos,   podendo  entrar  em  remissão  de  forma   espontânea  ou  com  o  uso  de  cor+costeroide   • Os  sintomas  podem  ser  graves  ou  parecer  tão   triviais  que  o  paciente  pode  não  procurar   assistência  médica  por  meses  ou  anos.    
  • 21. Neurite  óp+ca,  diplopia,  paresia  ou  alterações  sensi+vas  e  motoras  de   membros,  disfunções  de  coordenação  e  equilíbrio,  dor  neuropá+ca,   espas+cidade,  fadiga,  disfunções  esfincterianas  e  cogni+vo-­‐ comportamentais,  de  forma  isolada  ou  em  combinação,  são  os  principais   sintomas    
  • 22. Sintomas:   Algumas manifestações pouco comuns podem surgir: hemiplegia; Neuralgia do trigêmeo e paralisia facial; Com maior frequência pode surgir uma história mal definida de incapacidade funcional, precedendo os sintomas definitivos  
  • 23. • Alterações cognitivas são evidenciadas em cerca de 60% dos pacientes de Esclerose Múltipla; – A maioria desses apresenta uma deficiência discreta, enquanto que 10 a 20% tem uma deficiência significativa. – Funções cognitivas mais freqüentemente comprometidas são a memória, concentração, discernimento ou raciocínio. – Raramente há deterioração da função intelectual.
  • 24. • “Inicialmente, a resolução do déficit é completa, mas com o tempo, conforme a evolução da doença, a recuperação das crises se torna parcial e os pacientes passam a apresentar incapacidades permanentes  
  • 25. • SINAL  DE  LHERMITTE:  sensação  de  choque   elétrico  que  irradia  pelas  costas  e/ou  MMII   após  a  flexão  do  pescoço  
  • 26. • diferentes  formas  clínicas/variações   fenoMpicas     – Devido a grande variabilidade da localização anatômica, do volume das lesões e da seqüência de tempo em que elas sugem  
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30. Os  dois  lados  da  doença     • SURTO              X            PROGRESSÃO   • SURTO  processos  inflamatório  focal  agudo   • PROGRESSÃO  neurodegeneração  difusa  crônica   • Os  sintomas  presentados  podem  ser  definidos   em  uma  SÍNDROME  CLINICA  ISOLADA  ou  em  uma   SÍNDROME  CLINICAMENTE  ISOLADA   MULTIFOCAL  
  • 31. • SÍNDROME  CLINICA  ISOLADA:   – Instalação  subaguda  de  déficits–  motores,  visuais  ou   sensi+vos  -­‐-­‐-­‐  com  duração  superios  a  24hs.  Os   sintomas  ocorrem  na  ausência  de  febre  ou  infecção   • SÍNDROME  CLINICAMENTE  ISOLADA   MULTIFOCAL:   – Múl+plos  sintomas  visuais,  piramidais,  cerebelares  e   de  tronco.  O  defict  cogni+vo  pode  estar  presente,   sendo  comumente  em  padrão  disexecu+vo  
  • 33. Síndrome  Clinicamente  Isolada   (Clinically  Isolated  Syndrome  -­‐  CIS)   • consiste  na  primeira  manifestação  clínica  que   apresenta  caracterís+cas  de  desmielinização  e   suges+va  de  esclerose  múl+pla,  mas  incapaz   de  cumprir  os  critérios  de  disseminação  no   tempo  por  neuroimagem  ou  líquor.    
  • 34. Formas  clínicas  da  EM:   • classificada  com  critérios  clínicos  caracterizados  pela   ocorrência  de  surtos  e  progressão:     • Forma  Remitente  Recorrente  (EMRR)  ou  surto  remissão  :   – sendo  a  forma  mais  comum,  70  a  80%  dos  casos     • Primariamente  Progressiva  (EMPP)  :     – a  progressão  da  doença  ocorre  desde  o  início,  com  velocidade   variável.  Ocorre  em  10-­‐15%  dos  casos.   • Secundariamente  Progressiva  (EMSP):     – ocorre  em  15  a  20%  dos  casos.   • EM  progressiva  recidivante  (EMPR):     – forma  mais  rara  ,  ocorre  em  5%  dos  casos.    
  • 35. Cerca  de  70%  dos  pacientes  com  a  forma  remitente-­‐recorrente  irão  evoluir  para  a   forma  secundáriamente  progressiva  em  torno  de  10  a  20  anos/  irá  ocorrer  acúmulo   de  incapacidades  
  • 36. Forma  primariamente  progressiva     • Dificuldade  progressiva  para  deambular   –  Síndrome  piramidal  (principalmente  mmii)   –  Ataxia   –  Sintomas  cerebelares  
  • 37.
  • 38. Acúmulo  progressivo  de  incapacidades  sem  surtos  definidos  desde  o  início  do   quadro;  representa  10%  dos  casos  de  EM  
  • 39.
  • 40. DIAGNÓSTICO   • O  diagnós+co  de  EM  é  complexo,  uma  vez  que  não   existe  marcador  ou  teste  diagnós+co  específico:   diagnós+co  de  exclusão   • Critérios  clínicos  e  radiológicos   • Exames  complementares   – RM   – ESTUDO  DO  LCR   – POTENCIAL  EVOCADO   • vários  modelos  foram  esquema+zados  e  propostos  a   fim  de  orientar  e  facilitar  o  diagnós+co  dessa  doença.     • Atualmente,  os  critérios  de  McDonald,  descritos  em   2001  e  revisados  em  2005,  2010  e  2017,  são  mais   frequentemente  u+lizados    
  • 41. • documentação  de  dois  ou  mais  episódios   sintomá+cos,  que  devem  durar  mais  de  24  horas   e  ocorrer  de  forma  dis+nta,  separados  por   período  de  no  mínimo  um  mês   – ou  seja,  disseminados  no  tempo  e  no  espaço   –  Exames  radiológicos  e  laboratoriais,  em  especial  a   ressonância  magné+ca  (RM),  podem,  em  conjunto   com  as  evidências  clínicas,  ser  essenciais  para  compor   o  diagnós+co  e  excluir  outras  doenças  de   apresentação  semelhante    
  • 42. Critérios  de  McDonald  revisados  em   2017   • não  são  necessários  exames  adicionais   quando  o  paciente  apresenta  dois  ou  mais   surtos;   •  entretanto,  qualquer  diagnós+co  de  EM  pode   contar  com  RM  e  u+lizar  a  presença  de   bandas  oligoclonais  (imunoglobulina  G  -­‐  IgG)   no  líquor  em  subs+tuição  à  demonstração  de   disseminação  da  doença  no  tempo.    
  • 43. critérios  McDonald  (2017)   • disseminação  no  espaço   – RM  por  ≥  1  lesões  hiperintensas  em  T2,   sintomá+cas  ou  assintomá+cas,  que  são   caracterís+cos  de  EM,  em  dois  ou  mais  das   seguintes  quatro  áreas  do  sistema  nervoso   central:     • periventricular,     • cor+cal/justacor+cal,  infratentorial  e  medula  espinhal.  
  • 44.
  • 45. • disseminação  no  tempo   – presença  simultânea  de  lesões  captantes  de   gadolíneo  e  lesões  não  captantes  em  qualquer   exame  de  RM,     – ou  nova  lesão  hiperintensa  em  T2  ou  captante  de   gadolínio  quanto  comparada  a  um  exame  de  RM   prévio,  independentemente  do  momento  em  que   foi  realizado.    
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49. • EDSS,  de  Expanded  Disability  Status  Scale)     – estadiamento  da  doença,   – monitoramento  do  paciente.     – permite  quan+ficar  o  comprome+mento  neuronal  dentro   de  oito  sistemas  funcionais:   •  piramidal,     • cerebelar,     • tronco  cerebral,   •  sensi+vo,     • vesical,     • intes+nal,   •  visual,     • Mental   •  outras  funções  agrupadas.     – O  escore  final  da  escala  pode  variar  de  0  (normal)  a  10   (morte),  sendo  que  a  pontuação  aumenta  0,5  ponto   conforme  o  grau  de  incapacidade  do  paciente  
  • 50. EDSS:  Progressão  da  incapacidade  
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 56. Caracterís+cas  do  Líquor:     • Celularidade  <  50  celulas/mm3     – Predominancia  de  linfomononucleares   •  Proteínas   –  Elevação  discreta  ou  moderada   •  Testes  imunológicos   –  Teste  nega+vo  para  agentes  infecciosos   –  Elevação  de  gama-­‐globulina  (índice  de  IgG)     – Presença  de  bandas  oligoclonais  
  • 57. • Anormalidade  do  LCR     – presença  de  bandas  oigoclonais,  preferencialmente   usando  método  de  focalização  isoelétrica     – e  /  ou  presença  de  índice  elevado  de  IgG.     – A  pleocitose  deve  ser  inferior  a  50  células  /  mm3   • Um  PEV  com  aumento  da  latência  mas  boa   preservação  da  forma  do  potencial,   –  pode  ser  usado  para  suplementar  a  informação   obje+va  clínica,     – ou  fornecer  evidência  obje+va  de  uma  segunda  lesão.  
  • 58. Diagnóstico:   Observação: A RM pode evidenciar áreas com pontos brilhantes indefinidos em indivíduos saudáveis; Gadolínio: • realçar lesões, • destacar se a doença está em estado ativo  
  • 59. • Nota:  A  LEMP  é  uma  infecção  oportunista  causada   pelo  vírus  JC  (vírus  John  Cunningham  ou  vírus  polioma)   que  acomete  pacientes  imunocomprome+dos  e  pode   ser  fatal  ou  resultar  em  incapacidade  grave.   •  O  teste  do  vírus  JC  posi+vo  não  determina   necessariamente  o  desenvolvimento  de  LEMP,  uma   vez  que  o  vírus  é  amplamente  difundido  na  população.     • São  pacientes  que  apresentam  um  risco   significa+vamente  maior  de  desenvolver  LEMP:     – presença  de  an+corpos  an+-­‐JCV,  mais  de  2  anos  de   tratamento  com  natalizumabe  ou  fingolimode  e  terapia   anterior  com  imunossupressor.    
  • 60.
  • 61. DIAGNÓSTICO  DIFERENCIAL   • Doenças  vasculares     – Fístulas  arterio-­‐venosas  espinais   –  Vasculite  do  SNC   –  Hemangioma  cavernoso   –  CADASIL   •  Lesões  da  fossa  posterior  e  medula  espinal   –  Malformação  de  Arnold-­‐Chiari     – Ataxias  ou  mielopa+as  não-­‐hereditárias   –  Doenças  neoplásicas  da  medula  espinal  
  • 62. • Transtornos  do  metabolismo   –  Esclerose  combinada  sub-­‐aguda  da  medula     – Leucodistrofias  Doenças     • auto-­‐imunes   –  LES,   –  doença  de  Sjogren,   –  doença  de  Behçet,     – sarcoidose,   –  síndrome  do  an+corpo  an+-­‐fosfolípide   •  Infecções     – Mielopa+a  associada  ao  HIV,  HAM/TSP,  sífilis     • Síndromes  gené+cas   –  Ataxias  e  paraplegias  hereditária   – s  Doenças  mitocondriais  
  • 63. EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO   “ O prognóstico geral é variável e o curso da doença geralmente é imprevisível  
  • 64. Fatores  prognósOcos:     •  (variáveis  associadas  a  maior  tempo  –  melhor   prognós+co)   –  Sexo  feminino     – Menor  idade  de  início     – Sintoma  inicial:  Neurite  óp+ca  e  não  trato  longo     – Recuperação  completa  após  o  1o.  surto     – Tempo  longo  entre  1o.  e  2o.  surto     – Menor  número  de  surtos  nos  primeiros  5  anos     • Qualquer  imunização  não  aumenta  o  risco  de   surtos  em  portadores  de  EM  
  • 65.  TRATAMENTO       • O  tratamento  da  EM  pode  ser  complexo,   envolvendo  ação  coordenada  de  múl+plos   profissionais  da  saúde,  com  o  uso  de  condutas   medicamentosas  e  não  medicamentosas.     • Quanto  mais  cedo  o  tratamento  é  iniciado,   maior  a  chance  de  modificar  o  curso  natural   da  doença  em  longo  prazo   –  reduzindo  o  número  de  surtos,  de  lesões  e  de   sequelas  neurológicas.    
  • 66. Tratamento     • não  curam  a  doença.     • Seu  obje+vo  é  reduzir  a  possibilidade  de  um  novo  surto  e,   portanto,  o  acúmulo  de  incapacidades  e  a  piora  na   progressão  clínica     • Existem  medicações  u+lizadas  somente  durante  os  surtos   (pulsoterapia  com  cor+costeróides);     • outras  são  u+lizadas  de  maneira  conMnua  (como  os   fármacos  modificadores  da  doença:  injetáveis  ou  orais),   independentemente  dos  sintomas  apresentados;   •  ou  ainda  há  medicamentos  que  buscam  somente  aliviar   sintomas  como  dor,  desequilíbrio,  espas+cidade,  urgência   urinária,  fadiga  etc.  
  • 67. Tratamento  medicamentoso       • O  obje+vo  é  a  melhora  clínica   – com  aumento  da  capacidade  funcional,     – redução  de  comorbidades   –  atenuação  de  sintomas.     • Os  glicocor+coides     – tratar  os  surtos     – mostram  benencio  clínico  a  curto  prazo,  ao  reduzir  a   intensidade  e  duração  dos  episódios  agudos  
  • 68. •  As  terapias  modificadoras  do  curso  da  doença   (MMCD)   – reduzir  as  células  imunogênicas  circulantes,   –  suprimir  a  adesão  destas  ao  epitélio  e,   consequentemente,  reduzir  a  migração  para  o   parênquima  e  a  resposta  inflamatória  decorrente   •  Existem  ainda  os  medicamentos  para  o   tratamento  dos  sintomas  relacionados  à  EM.    
  • 69. Tratamento  do  surto  na  EM     • surto  ou  recaída  da  EM:   –  o  surgimento  de  novos  sintomas  ou  piora  dos   sintomas  existentes  com  duração  superior  a  24   horas,  na  ausência  de  febre,  infecção  ou  qualquer   outra  causa,  após  um  período  estável  de  pelo   menos  um  mês.     • Assim,  um  surto  da  EM  só  é  diagnos+cado   após  a  exclusão  de  infecção,  principalmente   do  trato  urinário  e  respiratório,  e  a   diferenciação  entre  uma  recaída  e  a   progressão  da  doença  
  • 70. • O  controle  dos  surtos  é  um  componente   crucial  do  tratamento  da  EM.   • cor+costeroide  em  altas  doses  para  diminuir  a   inflamação  e  acelerar  a  recuperação  do   paciente     – A  posologia  de  me+lprednisolona  intravenosa  é  1   g  diariamente  durante  3-­‐5  dias.    
  • 71. Eventos  adversos  temporários  do  uso  de   cor+costeroide:     – hipertensão  arterial,   –  perturbações  gastrointes+nais,   –  palpitação,     – retenção  hídrica,     – dores  no  corpo,     – rubor  facial,   –  exacerbação  da  acne,   –  hiperglicemia     – efeitos  sobre  a  saúde  mental   • excluir  infecção,  principalmente  do  trato  urinário,   antes  do  início  da  pulsoterapia.    
  • 72. • A  plasmaférese  como  terapia  adjuvante  é   eficaz  no  controle  das  exacerbações  nas   formas  recorrentes  de  EM   – após  não  responderem  ao  tratamento  com  altas   doses  de  cor+costeroide  
  • 73. Linhas  de  tratamento  da  EMRR  com  MMCD       • Tratamento  da  esclerose  múlOpla  de   baixa  ou  moderada  aOvidade     • •    1a  linha:  Beta-­‐interferonas,  gla+râmer  ou   teriflunomida  ou  fumarato  de  dime+la  ou   aza+oprina,     • em  casos  de  toxicidade  (intolerância,  hipersensibilidade  ou   outro  evento  adverso),  falha  terapêu+ca  ou  falta  de  adesão   a  qualquer  medicamento  da  primeira  linha  de  tratamento,   é  permi+da  a  troca  por  outra  classe  de  medicamento  de   primeira  linha.     • A  aza+oprina  é  considerada  uma  opção  menos  eficaz  e  só   deve  ser  u+lizada  em  casos  de  pouca  adesão  às  formas   parenterais;  (intramuscular,  subcutânea  ou  endovenosa).    
  • 74. • •    2a  linha:  Fingolimode,  em  casos  de  falha   terapêu+ca,  reações  adversas  ou  resposta   sub-­‐ó+ma  a  qualquer  medicamento  da   primeira  linha  de  tratamento,  é  permi+da  a   troca  por  fingolimode.     • •    3a  linha:  Natalizumabe,  em  casos  de  falha   terapêu+ca  no  tratamento  da  segunda  linha   ou  contraindicação  ao  fingolimode  indica-­‐se  o   natalizumabe.    
  • 75. • Tratamento  da  esclerose  múlOpla  de   alta  aOvidade   •    1a  linha:  Natalizumabe,     • Para  virgens  de  tratamento  ou  estejam  em  qualquer  outra  linha  de   tratamento.     • •    2a  linha:  Alentuzumabe,   –  em  casos  de  falha  terapêu+ca  no  tratamento  ou   contraindicação  presente  ao  natalizumabe   • Após  o  tratamento  e  controle  da  fase  de  alta  a+vidade   da  doença,  o  paciente  pode  ser  realocado  para   qualquer  outra  linha  de  tratamento  da  EM  de  baixa  ou   moderada  a+vidade  
  • 76. o  tratamento  medicamentoso  com  MMCD  dos   pacientes  com  EM    
  • 77.
  • 78.
  • 79. Tratamento  dos  sintomas       • equipe  mul+disciplinar     • A+vidade  nsica   – ,  alertando  que  exercícios  não  supervisionados  e   treinamento  de  resistência  de  alta  intensidade  se   associam  a  risco  de  lesões.     • É  es+mado  que  a  dor  crônica  afete  mais  de  40%   dos  pacientes  com  EM.  Com  relação  à  dor   neuropá+ca,  os  estudos  apresentam  alto  risco  de   viés  e  evidência  insuficiente.   • dor  usualmente  secundária  a  alterações  de   mobilidade  e  postura.  
  • 80. • funcionamento  intes+na?   – Mul+fatorial:  múl+plos  medicamentos,,  dieta  pobre   em  fibras,  sedentarismo,  elementos   comportamentais,  dificuldade  de  acesso  ao  banheiro   e  alterações  neurológicas   •  Transtornos  do  humor,  principalmente   depressão  e  ansiedade,  são  comuns  e  são  muitas   vezes  desencadeados  ou  agravados  por  uma   dificuldade  em  lidar  com  a  doença.   • O  funcionamento  cogni+vo  também  pode  ser   afetado.    
  • 81. • A  labilidade  emocional,  também  conhecida  como   efeito  pseudobulbar,  necessita  ser  diferenciada   de  transtorno  de  humor,  pois  requer  conduta   específica  e  pode  ser  debilitante,  comprometer  a   funcionalidade  e  ser  acompanhada  de  outros     • Outras  manifestações,  como  mobilidade   prejudicada,  tontura  e  ver+gem  devem,  se   necessário,  ser  cuidadas  conforme  a   manifestação  e  as  alterna+vas  disponíveis.    
  • 82.
  • 83.
  • 84.
  • 85.
  • 86.
  • 87. Bene]cios  esperados  do  tratamento       • ●    Aumento  da  sobrevida  global  (considerando  morte  e   surtos);     • ●    Aumento  da  sobrevida  livre  de  surtos;     • ●    Ausência  de  progressão  da  incapacidade,  medida   pelo  EDSS;     • ●    Ausência  de  eventos  adversos  graves,   principalmente  infecciosos  (por  exemplo,  LEMP).     • ●    Melhora  sintomá+ca;     • ●    Diminuição  da  frequências  e  gravidade  das   recorrências;  e     • ●    Redução  do  número  de  internações  hospitalares.    
  • 89.
  • 90. Infecções       • Infecções  ocorreram  em  71%  dos  pacientes   tratados  com  alentuzumabe  12  mg  comparado   com  53%  dos  pacientes  tratados  com  beta-­‐ interferona  1a  (IFNB-­‐1a.     • as  seguintes  infeções  devem  ser  rastreadas:     – •    HPV:  É  recomendável  realizar  a  triagem  anualmente   em  pacientes  do  sexo  feminino.     – •    Herpes:  A  profilaxia  com  agente  oral  an+-­‐herpes   deve  ser  iniciada  no  primeiro  dia  de  tratamento  com   alentuzumabe  e  man+da  por,  no  mínimo,  um  mês   depois  de  cada  ciclo  de  tratamento.    
  • 91. • •    Citomegalovírus  (CMV):  Em  pacientes   sintomá+cos,  a  avaliação  clínica  deve  ser   realizada  durante  e  por  pelo  menos  dois   meses  após  cada  ciclo  de  tratamento  com   alentuzumabe.     • •    Tuberculose:  A  triagem  para  tuberculose   deve  ser  realizada  antes  do  início  do   tratamento,  de  acordo  com  as  orientações  do   Ministério  da  Saúde.    
  • 92. Critérios  de  Interrupção       • a  incapacidade  do  paciente  de  adesão  ao   tratamento,  a  impossibilidade  de  monitorização   dos  eventos  adversos  e  a  toxicidade  (intolerância,   hipersensibilidade  ou  outro  evento  adverso)  do   medicamento.     • O  tempo  de  tratamento  ou  a  troca  de   medicamento  são  determinados  pela  falha   terapêu+ca  ou  pelo  surgimento  de  eventos   adversos  intoleráveis,  após  considerar  todas  as   medidas  para  sua  atenuação.  
  • 93. • Considera-­‐se  falha  terapêu+ca  a  incidência  de   pelo  menos  um  surto  e  evidência  de  no   mínimo  quatro  novas  lesões  em  T2  ao  exame   de  ressonância  magné+ca  no  período  de  um   ano,  durante  tratamento  medicamentoso   adequado.   •  Tais  critérios  são  válidos  para  qualquer  dos   tratamentos  preconizados.    
  • 94. Pacientes  de  ambos  os  sexos  que  planejam  conceber  e   engravidar  devem  observar  as  seguintes  condutas  de   interrupção:       – pacientes  masculinos  e  femininos  em  uso  de   teriflunomida  devem  u+lizar  métodos  contracep+vos   eficazes  para  evitar  a  concepção  devido  à   teratogenicidade  desse  medicamento;   –  pacientes  em  uso  de  beta-­‐interferona-­‐1a  (Avonex®   ou  Rebif®),  fumarato  de  dime+la  e  fingolimode  devem   evitar  engravidar  enquanto  es+verem  u+lizando  estes   medicamentos;  
  • 95. •  pacientes  que  planejam  a  gravidez   – engravidar  somente  após  dois  meses  de  interrupção  do   tratamento  com  fingolimode;   – somente  após  quatro  meses  de  interrupção  do  tratamento   com  alentuzumabe;     • pacientes  masculinos  e  femininos  devem  adotar   medidas  contracep+vas  adequadas  em  uso  de   aza+oprina.     • O  aleitamento  materno  deve  ser  suspenso  durante   cada  ciclo  de  tratamento  com  alentuzumabe  e  por   quatro  meses  depois  da  úl+ma  infusão  de  cada  ciclo  de   tratamento    
  • 96. TRATAMENTO NA EM • TRATAMENTO DE APOIO PARA ALIVIAR OS SINTOMAS: – Espasticidade = diazepan / toxina botulínica – Dor = alongamento; analgésicos; cannabis(?) – Complicações urinárias = antibióticos – Complicações instestinais = laxantes – Problemas Psicológicos = antidepressivos
  • 97. TRATAMENTO NA EM • CONDUTA GERAL • O paciente deve ser aconselhado e habilitados a aproveitar uma vida o mais completa e ativa possível; • Não existe benefício comprovado da restrição dietética de qualquer tipo (?); • O àlcool não é bem tolerado = devido ao possível comprometimento cerebelar, no entanto não há perigo no consumo moderado.
  • 99. Síndrome  clínica  isolada  de  alto  risco  de   conversão  para  esclerose  múlOpla       • Caracteriza-­‐se  pela  primeira  manifestação  clínica  suges+va  de   desmielinização  inflamatória  no  SNC,  em  que  o  paciente  apresente   uma  ou  mais  lesões  Mpicas  em  T2  comprovadas  por  exame  de   ressonância  magné+ca  e  inatribuível  a  outras  doenças.     • Para  esses  pacientes,  o  risco  de  desenvolver  EM  varia  de  48%  a  81%,   dependendo  do  número  de  lesões   •  Nesta  situação,  o  paciente  deverá  ser  inves+gado  para  os  diversos   diagnós+cos  diferenciais,  incluindo  outras  doenças  autoimunes  que   acometem  o  SNC,  doenças  paraneoplásicas  e  infecções  crônicas  do   SNC.     • O  diagnós+co  de  acordo  com  os  critérios  de  McDonald     • Existem  evidências  de  que  a  u+lização  de  MMCD,  em  especial  os  de   primeira  linha  de  tratamento,  podem  retardar  a  conversão  da  CIS   (síndrome  clinicamente  isolada)  em  EM.    
  • 100. • Uma  vez  que  o  paciente  tenha  o  diagnós+co  de   CIS,     – preconiza  que  o  tratamento  seja  iniciado  apenas  após   a  confirmação  de  EM,  bem  como  que  o  paciente  seja   acompanhado  a  cada  3-­‐6  meses  com  RM  de  crânio  ou   exame  do  líquor  com  banda  oligoclonal,  com  o   obje+vo  de  iden+ficar  o  surgimento  de  novas  lesões   desmielinizantes  ou  lesões  impregnadas  pelo   contraste  que  não  apresentavam  esta  caracterís+ca   antes  ou,  ainda,  o  aumento  das  dimensões  de  lesões   previamente  existentes.   –  Qualquer  das  alterações  descritas  configura  quadro   evolu+vo,  permi+ndo  o  diagnós+co  precoce  de  EM  
  • 101. Crianças  e  adolescentes       • A  EM  pode  acometer  crianças  e  adolescentes.   – recomenda-­‐se  que  o  neurologista  solicite  uma   avaliação  para  afastar  leucodistrofias.     • Confirmada  a  doença,  pode-­‐se  tratar  com   –  beta-­‐interferonas,     – fingolimode  (se  o  paciente  +ver  mais  de  10  anos  de   idade)     – ou  gla+râmer.    
  • 102. • Inexistem  ensaios  clínicos  que  tenham   incluído  doentes  desta  faixa  etária,  sendo  os   melhores  estudos  de  segurança  do   tratamento  de  crianças  e  adolescentes  as   séries  de  casos  em  que  se  demonstra  bom   perfil  de  segurança.     • A  teriflunomida,  o  fumarato  de  dime+la,  o   natalizumabe  e  o  alentuzumabe  não  estão   aprovados  para  uso  por  menores  de  18  anos  
  • 103. GRAVIDEZ   • A  gravidez  não  interfere  nega+vamente  na   progressão  da  esclerose  múl+pla.   • A  gestação  não  é  contraindicada  em  paciente   com  esclerose  múlOpla  e  sabe-­‐se  que  a   gestação  não  piora  nem  acelera  a  doença.     • EM  não  está  relacionada  à  infer+lidade.     – Entretanto,  deve  haver  um  planejamento   adequado  a  fim  de  evitar  riscos  para  mãe  e  o  bebê  
  • 104.  Gestantes       • Na  gestação,  as  manifestações  clínicas  da   doença  ficam  mais  brandas,  com  redução   relevante  da  taxa  de  surtos  principalmente  no   primeiro  trimestre;   • aumento  da  incidência  de  surtos   imediatamente  após  o  puerpério.    
  • 105. • Em  casos  de  evolução  favorável  da  doença  (pontuação   na  EDSS  classificada  como  estável  e  baixo,  baixa  taxa   de  surtos),  preconiza-­‐  se  não  usar  imunomodulador   nem  imunossupressor  por  possuírem  perfil  de   segurança  incerto  na  gestação.   •  A  teriflunomida  é  contraindicada  para  uso  por   gestantes,  assim  como  as  beta-­‐interferonas  1a  de   marca  Rebif®  e  Avonex®   • A  beta-­‐interferona  1a  produzida  pelo  laboratório  Bio-­‐ Manguinhos  é  classificada  na  categoria  de  risco  B  para   gravidez,  e  pode  ser  u+lizada  sob  recomendação   médica  
  • 106. • Com  relação  aos  demais  MMCD,  seu  uso  deve  ser   considerado  para  casos  em  que  a  evolução  clínica  da   doença  se  mostra  desfavorável,  de  forma  que  os   benencios  do  tratamento  para  a  mãe  superem  o  risco   para  o  feto.     • As  evidências  indicam  não  haver  diferença  entre  mães   expostas  ou  não  expostas  a  MMCD  (IFN-­‐b,  gla+râmer  e   natalizumabe)  para  a  incidência  dos  desfechos  de   morte  fetal,  aborto  espontâneo,  aborto  induzido,   anomalias  congênitas,  nascimentos  prematuros  e   número  de  nascidos  vivos.    
  • 107. • foram  iden+ficados  mais  casos  de  abortos   induzidos  entre  mães  expostas  ao  gla+râmer   durante  a  gestação,  compara+vamente  as  não   expostas.   •  Evidências  sobre  a  segurança  do  uso  de   fingolimode,  fumarato  de  dime+la  e   alentuzumabe  em  mulheres  grávidas  não   foram  iden+ficadas  
  • 108. • Há  dúvidas  acerca  dos  riscos  de  amamentar,  e  os   dados  disponíveis  na  literatura  sobre  o  assunto  são   escassos.   •  A  beta-­‐interferona  1a  produzida  pelo  laboratório  Bio-­‐ Manguinhos  relata  em  sua  bula  que,  embora  os  dados   da  literatura  sobre  a  transferência  de  beta-­‐interferona   1a  para  o  leite  materno  sejam  limitados,  o  benencio  e   o  risco  potencial  da  amamentação  devem  ser   considerados  juntamente  com  a  necessidade   terapêu+ca  da  mãe  com  o  uso  de  beta-­‐interferona-­‐  1a.     • Quanto  aos  demais  MMCD,  preconiza-­‐se  não   amamentar  durante  o  tratamento  medicamentoso.