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MONET, Claude. Impressão do Sol Nascente (1873).
 Nas artes plásticas, a nova
preocupação dos pintores consistiu
em captar o dinamismo que a ciência,
a técnica e a modernidade havia
introduzido no cotidiano das pessoas
por meio de obras que exprimem o
efêmero, isto é, a rapidez e a
constante variação da realidade. Essa
nova percepção técnica é chamada de
Impressionismo.
RENOIR, Auguste. Mulher com para-sol no jardim (1875).
MONET, Claude. Regata em Argenteuil (1872).
 A pintura simbolista surgida em 1890,
caracteriza-se pela abordagem alegórica e
mística de variados temas. Os pintores
tentavam demonstrar, na tela, a essência
sentimental das personagens e cenários. Há a
tentativa de representar o irracional e o
espiritual do ser humano. Os nomes mais
representativos são: Odilon Redon, Gustav
Klimt, Gustave Moreau, Carlos Schwabee
Maurice Denis.
 Iniciou-se com a publicação, em
1890, de Oaristos, de Eugênio de
Castro;
 Outros poetas que se destacaram
nesse período foram Camilo
Pessanha (Clepsidra, 1920) e
Antônio Nobre (Só, 1892).
1893
 A LINGUAGEM DA MÚSICA
 POETAS SIMBOLISTAS: INSATISFEITOS COM A ONDA
DE CIENTIFICISMO A QUE ESTAVA SUBMETIDA A
SOCIEDADE EUROPEIA DA SEGUNDA METADADE DO
SÉCULO XIX;
 REPRESENTAM A REAÇÃO:
DA INTUIÇÃO X A LÓGICA;
DA SUBJETIVIDADE X A OBJETIVIDADE CIENTÍFICA;
DO MISTICISMO X O MATERIALISMO;
DA SUGESTÃO SENSORIAL X A EXPLICAÇÃO
RACIONAL.
 BUSCAM RESGATAR CERTOS VALORES
ROMÂNTICOS (valorização do sonho e dos
mistérios da morte);
 ESPIRITUALISMO E DESEJO DE TRANSCENDÊNCIA
E INTEGRAÇÃO COM O UNIVERSO: MÍSTICO, O
MISTÉRIO, A MORTE, A DOR EXISTENCIAL;
 REPRESENTAM UM MOVIMENTO, UMA REAÇÃO:
ANTI-MATERIALISTA E ANTIRRACIONAL.
 É CAPAZ DE SUGERIR A RETRATAR A
REALIDADE CIRCUNDANTE;
 FAZ USO: SÍMBOLOS, IMAGENS, METÁFORAS,
SINESTESIAS, RECURSOS SONOROS,
CROMÁTICOS
PARA EXPRIMIR O MUNDO INTERIOR,
INTUITIVO, ANTILÓGICO, ANTIRRACIONAL.
 INTRODUTOR DO SIMBOLISMO NO BRASIL:
 MISSAL (PROSA) E BROQUÉIS (POESIA) – 1893.
 POESIA: CARACTERÍSTICAS ROMÂNTICAS E
PARNASIANAS:
 GOSTO PELA COR BRANCA E POR BRILHO;
 PREDOMINÂNCIA DE SUBSTANTIVOS;
 UTILIZAÇÃO DE LETRAS MAIÚSCULAS (PARA DAR
VALOR ABSOLUTO A CERTOS TERMOS);
 GOSTO PELO SONETO, VOCABULÁRIO
ELABORADO, INCLINAÇÃO PARA A MEDITAÇÃO.
Cruz e Sousa- Cisne Negro
• Estrutura formal (uso de sonetos, rimas ricas);
• Uso de tom mais musical;
• Riqueza de vocabulário;
• Jogo de sinestesias e antíteses;
• Temática existencial; filosófica; transcendência
espiritual;
• Pessimismo e tédio;
• Obsessão pela imprecisão, pela pureza;
• Preferência pela cor branca: neve, espuma, nuvem,
brilhante.
• Sensualidade e subjetividade.
Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras
Formas do Amor, constelarmante puras,
De Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas ...
Indefiníveis músicas supremas,
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Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...
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Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...
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Sutis e suaves, mórbidos, radiantes ...
Infinitos espíritos dispersos,
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Fecundai o Mistério destes versos
Com a chama ideal de todos os mistérios.
(...)
SCHWABE, Carlos. O ideal. (1902).
Antífona (Cruz e Sousa)
Violões que choram (Cruz e Sousa)
Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
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Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.
Noites de além, remotas, que eu recordo,
Noites da solidão, noites remotas
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Sutis palpitações a luz da lua,
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.
Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem.
Harmonias que pungem, que laceram,
Dedos Nervosos e ágeis que percorrem
Cordas e um mundo de dolências geram,
Gemidos, prantos, que no espaço morrem...
E sons soturnos, suspiradas magoas,
Mágoas amargas e melancolias,
No sussurro monótono das águas,
Noturnamente, entre ramagens frias.
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
Tudo nas cordas dos violões ecoa
E vibra e se contorce no ar, convulso...
Tudo na noite, tudo clama e voa
Sob a febril agitação de um pulso.
(...)
Violões que choram ( Cruz e Sousa) - fragmento
Alphonsus Guimaraens
Solitário de Mariana
• Temática religiosa, do amor, da morte;
• Versos melancólicos e musicais;
• Figura em seus versos, anjos, serafins,
cores roxas e virgens mortas;
• A morte como caminho de aproximação
do amor e de Maria (figura religiosa).
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar…
E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…
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  • 1.
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9. MONET, Claude. Impressão do Sol Nascente (1873).
  • 10.  Nas artes plásticas, a nova preocupação dos pintores consistiu em captar o dinamismo que a ciência, a técnica e a modernidade havia introduzido no cotidiano das pessoas por meio de obras que exprimem o efêmero, isto é, a rapidez e a constante variação da realidade. Essa nova percepção técnica é chamada de Impressionismo.
  • 11. RENOIR, Auguste. Mulher com para-sol no jardim (1875).
  • 12. MONET, Claude. Regata em Argenteuil (1872).
  • 13.  A pintura simbolista surgida em 1890, caracteriza-se pela abordagem alegórica e mística de variados temas. Os pintores tentavam demonstrar, na tela, a essência sentimental das personagens e cenários. Há a tentativa de representar o irracional e o espiritual do ser humano. Os nomes mais representativos são: Odilon Redon, Gustav Klimt, Gustave Moreau, Carlos Schwabee Maurice Denis.
  • 14.  Iniciou-se com a publicação, em 1890, de Oaristos, de Eugênio de Castro;  Outros poetas que se destacaram nesse período foram Camilo Pessanha (Clepsidra, 1920) e Antônio Nobre (Só, 1892).
  • 15. 1893
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.  A LINGUAGEM DA MÚSICA  POETAS SIMBOLISTAS: INSATISFEITOS COM A ONDA DE CIENTIFICISMO A QUE ESTAVA SUBMETIDA A SOCIEDADE EUROPEIA DA SEGUNDA METADADE DO SÉCULO XIX;  REPRESENTAM A REAÇÃO: DA INTUIÇÃO X A LÓGICA; DA SUBJETIVIDADE X A OBJETIVIDADE CIENTÍFICA; DO MISTICISMO X O MATERIALISMO; DA SUGESTÃO SENSORIAL X A EXPLICAÇÃO RACIONAL.
  • 21.  BUSCAM RESGATAR CERTOS VALORES ROMÂNTICOS (valorização do sonho e dos mistérios da morte);  ESPIRITUALISMO E DESEJO DE TRANSCENDÊNCIA E INTEGRAÇÃO COM O UNIVERSO: MÍSTICO, O MISTÉRIO, A MORTE, A DOR EXISTENCIAL;  REPRESENTAM UM MOVIMENTO, UMA REAÇÃO: ANTI-MATERIALISTA E ANTIRRACIONAL.
  • 22.  É CAPAZ DE SUGERIR A RETRATAR A REALIDADE CIRCUNDANTE;  FAZ USO: SÍMBOLOS, IMAGENS, METÁFORAS, SINESTESIAS, RECURSOS SONOROS, CROMÁTICOS PARA EXPRIMIR O MUNDO INTERIOR, INTUITIVO, ANTILÓGICO, ANTIRRACIONAL.
  • 23.  INTRODUTOR DO SIMBOLISMO NO BRASIL:  MISSAL (PROSA) E BROQUÉIS (POESIA) – 1893.  POESIA: CARACTERÍSTICAS ROMÂNTICAS E PARNASIANAS:  GOSTO PELA COR BRANCA E POR BRILHO;  PREDOMINÂNCIA DE SUBSTANTIVOS;  UTILIZAÇÃO DE LETRAS MAIÚSCULAS (PARA DAR VALOR ABSOLUTO A CERTOS TERMOS);  GOSTO PELO SONETO, VOCABULÁRIO ELABORADO, INCLINAÇÃO PARA A MEDITAÇÃO.
  • 24. Cruz e Sousa- Cisne Negro • Estrutura formal (uso de sonetos, rimas ricas); • Uso de tom mais musical; • Riqueza de vocabulário; • Jogo de sinestesias e antíteses; • Temática existencial; filosófica; transcendência espiritual; • Pessimismo e tédio; • Obsessão pela imprecisão, pela pureza; • Preferência pela cor branca: neve, espuma, nuvem, brilhante. • Sensualidade e subjetividade.
  • 25. Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas! Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras Formas do Amor, constelarmante puras, De Virgens e de Santas vaporosas... Brilhos errantes, mádidas frescuras E dolências de lírios e de rosas ... Indefiníveis músicas supremas, Harmonias da Cor e do Perfume... Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume... Visões, salmos e cânticos serenos, Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes... Dormências de volúpicos venenos Sutis e suaves, mórbidos, radiantes ... Infinitos espíritos dispersos, Inefáveis, edênicos, aéreos, Fecundai o Mistério destes versos Com a chama ideal de todos os mistérios. (...) SCHWABE, Carlos. O ideal. (1902). Antífona (Cruz e Sousa)
  • 26. Violões que choram (Cruz e Sousa) Ah! plangentes violões dormentes, mornos, Soluços ao luar, choros ao vento... Tristes perfis, os mais vagos contornos, Bocas murmurejantes de lamento. Noites de além, remotas, que eu recordo, Noites da solidão, noites remotas Que nos azuis da Fantasia bordo, Vou constelando de visões ignotas. Sutis palpitações a luz da lua, Anseio dos momentos mais saudosos, Quando lá choram na deserta rua As cordas vivas dos violões chorosos. Quando os sons dos violões vão soluçando, Quando os sons dos violões nas cordas gemem, E vão dilacerando e deliciando, Rasgando as almas que nas sombras tremem.
  • 27. Harmonias que pungem, que laceram, Dedos Nervosos e ágeis que percorrem Cordas e um mundo de dolências geram, Gemidos, prantos, que no espaço morrem... E sons soturnos, suspiradas magoas, Mágoas amargas e melancolias, No sussurro monótono das águas, Noturnamente, entre ramagens frias. Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos violões, vozes veladas, Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. Tudo nas cordas dos violões ecoa E vibra e se contorce no ar, convulso... Tudo na noite, tudo clama e voa Sob a febril agitação de um pulso. (...) Violões que choram ( Cruz e Sousa) - fragmento
  • 28. Alphonsus Guimaraens Solitário de Mariana • Temática religiosa, do amor, da morte; • Versos melancólicos e musicais; • Figura em seus versos, anjos, serafins, cores roxas e virgens mortas; • A morte como caminho de aproximação do amor e de Maria (figura religiosa).
  • 29. Quando Ismália enlouqueceu, Pôs-se na torre a sonhar… Viu uma lua no céu, Viu outra lua no mar. No sonho em que se perdeu, Banhou-se toda em luar… Queria subir ao céu, Queria descer ao mar… E, no desvario seu, Na torre pôs-se a cantar… Estava perto do céu, Estava longe do mar… E como um anjo pendeu As asas para voar… Queria a lua do céu, Queria a lua do mar… As asas que Deus lhe deu Ruflaram de par em par… Sua alma subiu ao céu, Seu corpo desceu ao mar… Ismália ( Alphonsus de Guimaraens)