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Edição de junho 2007




SIMBOLISMO:
CONTEXTO
ESTÉTICA
AUTORES
E MUITO
MAIS!
Editorial
A literatura, desde que se criou a escrita, passou
por muitos períodos, e cada uma deles teve
características específicas. Na edição dessa
semana, o simbolismo é o período de destaque,
que teve em seu contexto, início do século XX, o
avanço da ciência e a explosão da 1° guerra
mundial, sendo posterior ao período crítico que foi
o realismo/naturalismo. Um show de cultura.
Simbolismo foi nomeado um
momento da literatura, ao qual
os autores reagiam ao
materialismo e cientificismo
do século xx. Ocorria também
nessa época a 1° guerra
mundial.
O movimento surgiu na
França e depois tomou outros
países, chegando ao Brasil na
mesma época.
Estética
• Os simbolistas adoravam escrever em formas de
  poemas. Eles tinham uma forma bem planejada,
  uma métrica constante, sinestesia e aliterações,
  com um eu lírico para si.
• Os autores procuravam inspiração em símbolos,
  bem como astros físicos, pois procuravam neles a
  intuição para uma reflexão da vida.
João da Cruz e Souza nasceu em Santa Catarina.
Sofreu muito preconceito por ser negro, sendo
uma vez despedido de seu emprego por esse
motivo. Foi um dos mais importantes escritores
simbolistas. Muitos críticos chegam a afirmar
que se não fosse a sua presença, a estética
Simbolista não teria existido no Brasil. Sua obra
apresenta diversidade e riqueza. De um lado,
encontram-se aspectos noturnos, herdados do
Romantismo como por exemplo o culto da noite,
certo satanismo, pessimismo, angústia morte. Já
de outro, percebe-se uma certa preocupação
formal, como o gosto pelo soneto, o uso de
vocábulos refinados, a força das imagens.
Poemas de Cruz e Souza
              Sorriso Interior                                 A morte
    O ser que é ser e que jornais vacila          Oh! Que doce tristeza e que ternura
   Nas guerras imortais entra sem susto,       No olhar ansioso, aflito dos que morrem...
    Leva consigo esse brasão augusto            De que âncoras profundas se socorrem
  Do grande amor, da nobre fé tranqüila.         Os que penetram nessa noite escura!
    Os abismos carnais da triste argila           Da vida aos frios véus da sepultura
  Ele os vence sem ânsias e sem custo...        Vagos momentos trêmulos decorrem...
      Fica sereno, num sorriso justo,              E dos olhos as lágrimas escorrem
    Enquanto tudo em derredor oscila.            Como faróis da humana Desventura.
       Ondas interiores de grandeza              Descem então aos golfos congelados
 Dão-lhe essa glória em frente à Natureza,        Os que na terra vagam suspirando,
  Esse esplendor, todo esse largo eflúvio.      Como os velhos corações tantalizados.
O ser que é ser transforma tudo em flores...       Tudo negro e sinistro vai rolando
     E para ironizar as próprias dores            Báratro abaixo, aos ecos soluçados
   Canta por entre as águas do Dilúvio!        Do vendaval da Morte ondeando, uivando.
Afonso Henrique da Costa
        Guimarães
Conhecido como Alphonsus de
Guimaraens, Afonso nasceu em Minas
Gerais. A sua poesia é marcadamente
mística e envolvida com religiosidade
católica. Explora o sentido da morte, do
amor impossível, da solidão e da não
adaptação ao mundo
Poemas de Afonso Guimarães
Ossa Mea                                     Pulchra Ut Luna
Mãos de finada, aquelas mãos de neve,        Celeste... É assim, divina, que te chamas.
De tons marfíneos, de ossatura rica,         Belo nome tu tens, Dona Celeste...
Pairando no ar, num gesto brando e leve,     Que outro terias entre humanas damas,
Que parece ordenar mas que suplica.          Tu que embora na terra do céu vieste?

Erguem-se ao longe como se as eleve          Celeste... E como tu és do céu não amas:
Alguém que ante os altares sacrifica:        Forma imortal que o espírito reveste
Mãos que consagram, mãos que partem breve,   De luz, não temes sol, não temes chamas,
Mas cuja sombra nos meus olhos fica...       Porque és sol, porque és luar, sendo celeste.

Mãos de esperança para as almas loucas,      Incoercível como a melancolia,
Brumosas mãos que vêm brancas, distantes,    Andas em tudo: o sol no poente vasto
Fechar ao mesmo tempo tantas bocas...        Pede-te a mágoa do findar do dia.

Sinto-as agora, ao luar, descendo juntas,    E a lua, em meio à noite constelada,
Grandes, magoadas, pálidas, tateantes,       Pede-te o luar indefinido e casto
Cerrando os olhos das visões defuntas...     Da tua palidez de hóstia sagrada.
Paul Gauguin,
autor das obras ao
lado, foi um dos
pintores que se
revelou no
simbolismo.
Gauguin deixa-se influenciar
pelas pinturas japonesas que
aparecem na Europa,
provocando verdadeiro
choque cultural. Pinta formas
Bidimensionais e objetos
(símbolos).

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Simbolismo na literatura e artes do século XX

  • 1. Edição de junho 2007 SIMBOLISMO: CONTEXTO ESTÉTICA AUTORES E MUITO MAIS!
  • 2. Editorial A literatura, desde que se criou a escrita, passou por muitos períodos, e cada uma deles teve características específicas. Na edição dessa semana, o simbolismo é o período de destaque, que teve em seu contexto, início do século XX, o avanço da ciência e a explosão da 1° guerra mundial, sendo posterior ao período crítico que foi o realismo/naturalismo. Um show de cultura.
  • 3. Simbolismo foi nomeado um momento da literatura, ao qual os autores reagiam ao materialismo e cientificismo do século xx. Ocorria também nessa época a 1° guerra mundial. O movimento surgiu na França e depois tomou outros países, chegando ao Brasil na mesma época.
  • 4. Estética • Os simbolistas adoravam escrever em formas de poemas. Eles tinham uma forma bem planejada, uma métrica constante, sinestesia e aliterações, com um eu lírico para si. • Os autores procuravam inspiração em símbolos, bem como astros físicos, pois procuravam neles a intuição para uma reflexão da vida.
  • 5. João da Cruz e Souza nasceu em Santa Catarina. Sofreu muito preconceito por ser negro, sendo uma vez despedido de seu emprego por esse motivo. Foi um dos mais importantes escritores simbolistas. Muitos críticos chegam a afirmar que se não fosse a sua presença, a estética Simbolista não teria existido no Brasil. Sua obra apresenta diversidade e riqueza. De um lado, encontram-se aspectos noturnos, herdados do Romantismo como por exemplo o culto da noite, certo satanismo, pessimismo, angústia morte. Já de outro, percebe-se uma certa preocupação formal, como o gosto pelo soneto, o uso de vocábulos refinados, a força das imagens.
  • 6. Poemas de Cruz e Souza Sorriso Interior A morte O ser que é ser e que jornais vacila Oh! Que doce tristeza e que ternura Nas guerras imortais entra sem susto, No olhar ansioso, aflito dos que morrem... Leva consigo esse brasão augusto De que âncoras profundas se socorrem Do grande amor, da nobre fé tranqüila. Os que penetram nessa noite escura! Os abismos carnais da triste argila Da vida aos frios véus da sepultura Ele os vence sem ânsias e sem custo... Vagos momentos trêmulos decorrem... Fica sereno, num sorriso justo, E dos olhos as lágrimas escorrem Enquanto tudo em derredor oscila. Como faróis da humana Desventura. Ondas interiores de grandeza Descem então aos golfos congelados Dão-lhe essa glória em frente à Natureza, Os que na terra vagam suspirando, Esse esplendor, todo esse largo eflúvio. Como os velhos corações tantalizados. O ser que é ser transforma tudo em flores... Tudo negro e sinistro vai rolando E para ironizar as próprias dores Báratro abaixo, aos ecos soluçados Canta por entre as águas do Dilúvio! Do vendaval da Morte ondeando, uivando.
  • 7. Afonso Henrique da Costa Guimarães Conhecido como Alphonsus de Guimaraens, Afonso nasceu em Minas Gerais. A sua poesia é marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. Explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da não adaptação ao mundo
  • 8. Poemas de Afonso Guimarães Ossa Mea Pulchra Ut Luna Mãos de finada, aquelas mãos de neve, Celeste... É assim, divina, que te chamas. De tons marfíneos, de ossatura rica, Belo nome tu tens, Dona Celeste... Pairando no ar, num gesto brando e leve, Que outro terias entre humanas damas, Que parece ordenar mas que suplica. Tu que embora na terra do céu vieste? Erguem-se ao longe como se as eleve Celeste... E como tu és do céu não amas: Alguém que ante os altares sacrifica: Forma imortal que o espírito reveste Mãos que consagram, mãos que partem breve, De luz, não temes sol, não temes chamas, Mas cuja sombra nos meus olhos fica... Porque és sol, porque és luar, sendo celeste. Mãos de esperança para as almas loucas, Incoercível como a melancolia, Brumosas mãos que vêm brancas, distantes, Andas em tudo: o sol no poente vasto Fechar ao mesmo tempo tantas bocas... Pede-te a mágoa do findar do dia. Sinto-as agora, ao luar, descendo juntas, E a lua, em meio à noite constelada, Grandes, magoadas, pálidas, tateantes, Pede-te o luar indefinido e casto Cerrando os olhos das visões defuntas... Da tua palidez de hóstia sagrada.
  • 9. Paul Gauguin, autor das obras ao lado, foi um dos pintores que se revelou no simbolismo. Gauguin deixa-se influenciar pelas pinturas japonesas que aparecem na Europa, provocando verdadeiro choque cultural. Pinta formas Bidimensionais e objetos (símbolos).