3. Definição
Paliativos consistem na assistência
"Cuidados
promovida por uma equipe multidisciplinar, que
objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente
e seus familiares, diante de uma doença que
ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do
sofrimento, da identificação precoce, avaliação
impecável e tratamento de dor e demais sintomas
físicos, sociais, psicológicos e espirituais".
Segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS), em conceito definido em 1990 e
atualizado em 2002
4. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND
7. Doença Hepática Distúrbios de coagulação
Albumina <2,5
mg/dl
Ascite refratária
Peritonite bacteriana espontânea
Icterícia
Doença renal Não elegível para a diálise
Clearance de creatinina < 15 ml/min Creatinina sérica > 6
mg/dL
Fragilidade Visitas frequentes à emergência
Perda de peso não intencional Úlceras de decúbito
Confinamento ao leito
Albumina<2,5 mg/dl
AVC PPS inferior ou igual a 40%
Grau de deambulação: permanece principalmente na cama
Atividade/extensão da doença: incapaz de trabalhar
Incapacidade para autocuidado Ingesta alimentar e hídrica
diminuída
Estado de consciência: sonolento/confuso
Perda de peso superior a 10% durante os ultimos 6 meses Perda de peso
superior a 7,5% nos ultimos 3 meses Albumina serica inferior 2,5g/dl
História atual de aspiração pulmonar, sem resposta efetiva das intervenções
fonoaudiológicas
8. Câncer Pacientes com doença metastát e/ou com doença
inoperável
Doenças
cardiológicas
Sintomas de IC no repouso
FE<20%
Sincopes ou AVC
Visitas frequentes à emergência por sintomas
de descompensação clínica
Doença
Pulmonar
Pulmonar
Dispnéia ao repouso
Sinais/sintomas de Insuficiência cardíaca
direita
Saturação de oxigênio <88% PCO2> 50
Perda de peso não intencional
Demência Demência Incapacidade de andar
Incontinências
Menos de seis palavras inteligíveis Albumina
< 2,5 mg/dl
Visitas frequentes à emergência por
9. ELA
Capacidade respiratória diminuída(dispneia em repouso,
oxigenio
suplementar e recusa de ventilação artificial Diminuição da deambulação –
cadeira de rodas Dificuldade em falar
Dieta de normal para pastosa
Dependência para todos os AVDS
Ingestão de nutrientes e fluídos insuficiente Perda de peso continuada
Desidratação ou hipovolemia
Ausência de metodos de alimentação artificial Pneumonia aspirativa
recorrente
Sepse
Febre recorrente após a terapia antibiótica
HIV
/SIDA
Diarréia persistente por 1 ano Albumina serica menor que 2,5
Uso persistente de drogas ilicitas Idade maior que 50anos
Ausência de terapia retroviral, quimioterapia e outras medicações
relacionadas a profilaxia da doença por HIV Demência avançada por SIDA Toxoplasmose
e ICC sintomática ao repouso
10. UTI UTI
Admissão proveniente de Instituição de longa
permanência de paciente
portador de uma ou mais condição crônica
limitante
Duas ou mais admissões na UTI na mesma
internação
Tempo prolongado de ventilação mecânica
ou falha na tentativa de desmame
Falência de múltiplos orgãos
Paciente candidato a retirada de suporte
ventilatório com possibilidade de óbito
Cancer metastatico
Encefalopatia anoxia
Sofrirmento familiar que comprometa a
tomada de decisão.
Fonte: Arantes, A.C.L.Q.;Indicações de Cuidados
Paliativos – Manual de Cuidados Paliativos, Meridional,
2012. 56-74.
UTI
12. Condições em
pediatria'
Doenças congênitas incompatíveis com a vida
Desordens cromossômicas
Condições cardíacascomplexas Doenças
neuromusculares Doenças respiratórias
crônicas
Pacientes portadores de necessidades especiaais(traqueostomia,
oxigenoterapia, suporte nutricional por via enteral ouparenteral)
Doenças oncológicas AIDS
Condições de
progressão
-Tratamento potencilamente curativo falhou(doenças oncológicas,
doenças cardíaca congênita ou adquirida grave )
-Tratamentointensivo a longo prazo pode se prolongar mas a morte
prematura pode ocorrer (fibrose cistica, HIV, desordens gástrica
graves´ou más formações, epidermolise bolhosa grave, insuficiênciarenal)
Tratamentoquase exclusivamente paliativo, mas pode se estender
por muitos anos(doenças neurodegenerativas, metabólicas
progressivas, anormalidades cromossômicas
Condições neurológicas nãoprogressivas.
Fonte :Barbosa, S.M.M.; Cuidados Paliativos em Pediatria-Manual de
Cuidados Paliativos ANCP, 2ªedição, Editora Meridional, 2012.
14. Adulto Criança
•Promover o alivio da dor e outrossintomas
desagradáveis
•Afirmar a vida e considerar a morte como um
processo normal da vida
•Não acelerar nem adiar amorte
•Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidados ao
paciente
•Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente a
viver tão ativamente quanto possível , até o momento da sua
morte
•Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares
durante a doença do paciente e a enfrentar o luto
•Abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos
pacientes e de seus familiares, incluindo acompanhamento no
luto
•Melhorar a qualidade de vida e influenciar
positivamente o curso da doença
•Deve ser iniciado o mais precocemente possível, juntamente
com outras medidas de prolongamento da vida, como a
quimioterapia e a radioterapia e incluir todas as investigações
necessárias para melhorar compreender e controlar situações
clinicas estressantes
•Respeito a dignidade dos pacientese suas famílias
•Acesso a serviços competentes e sensíveis
•Suporte para os cuidadores
•Melhorar o suporte profissional e social para os
cuidados paliativospediátricos
•Progresso continuo dos cuidados paliativos pediátricos
através da pesquisae da educação
15. CUIDADOS PALIATIVOS EM
FONOAUDIOLOGIA
• Conceito: a ação dos integrantes da equipe de cuidados
paliativos visa possibilitar o alívio dos sintomas, a diminuição
do sofrimento, a qualidade de vida, o conforto e a segurança
ao cliente, nos diferentes ciclos de vida, e a seus familiares.
• Os Cuidados Paliativos adotam uma abordagem humanista e
integrada para o tratamento de pacientes sem possibilidade
de cura, reduzindo os sintomas e aumentando a qualidade de
vida.
• Para isto necessita-se de uma equipe multiprofissional apta a
compreender todas as necessidades físicas, psicológicas e
espirituais presentes nestes casos.
16. • O fonoaudiólogo é um dos profissionais que integram a equipe
de cuidados paliativos e sua participação é fundamental no
tratamento dos pacientes que apresentam limitações
relacionadas à comunicação.
• O Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) publicou o
Parecer n° 42, que destaca as atribuições deste profissional
no que diz respeito a contribuir com o alívio dos sintomas e
com a qualidade de vida do paciente.
17. Parecer nº 42
• Avaliar a dificuldade de engolir e sugerir adaptações para
proporcionar uma alimentação segura e prazerosa é uma
delas.
• Outro destaque do documento está relacionado as situações
em que não é mais possível a alimentação por via oral, nesses
casos, compete ao fonoaudiólogo orientar sobre as possíveis
vias de alimentação, minimizando o sofrimento do paciente e
da família.
18.
19. Terminalidade da Vida
MORTE:
Evolução da tecnologia na ciência –> manter as
funções vitais essenciais para o prolongamento da
vida
Conceito de parada cárdio-respiratória → morte
cerebral
Comunidade científica mundial aceita a morte
como cessação irreversível do Tronco Cerebral.
20. Terminalidade da Vida
Morte = termina a função do organismo
como um todo, pela perda das funções
integradoras essenciais.
Dr. David Lamb
Tronco cerebral gera consciência, estar
alerta, ação sobre a pressão arterial, ritmos
cardíaco e respiratório – lesão irreversível é
condição suficiente para a pessoa ser
declarada morta.
21. ... em face do consentimento do doente ou
de seu representante, não está obrigado a
prolongar indefinidamente a vida do
paciente em estado terminal incurável por
meios artificiais inúteis. É uma tomada
de posição em favor da vida digna, que
compreende também uma morte
digna.
5 de junho de 2010
O novo Código de Ética Médica
Jurista Dr. Miguel Reale Júnior – O Estado de S.Paulo
22. Terminalidade da Vida
Dilema Espiritual
Papa João Paulo II ( Evangelium Vitae)
“A renúncia a meios extraordinários ou
desproporcionados em manter a vida, não
equivale ao suicídio ou à eutanásia;
exprime, antes, a aceitação da condição
humana diante da morte”.
23. Terminalidade da Vida
Filosófica
Segundo Fernando Pessoa
Livro do Desassossego
“Mais vale supremamente não agir,
que agir inutilmente, fragmentariamente
imbastantemente, como a
inúmera supérflua maioria inane dos
homens”...
25. Terminalidade da Vida
A palavra ORTOTANÁSIA se refere às atitudes
assumidas na perspectivas do bem-estar do
doente, quando todas as possibilidades de
diagnóstico e tratamento de uma enfermidade
grave e incurável forem progressivamente
vencidas. (Cuidados Paliativos)
O conceito de ortotanásia envolve a arte de
bem morrer; é uma maneira de “enfrentar” o
morrer, que rejeita a morte infeliz e as ciladas
da eutanásia e da distanásia.
26. AUTONOMIA
"Consentimento informado é uma
condição indispensável da relação médico-
paciente, que leva a uma decisão
voluntária por pessoa autônoma e capaz,
após processo informativo, visando a
aceitação de um tratamento sabendo a
natureza do mesmo, seus objetivos, riscos e
benefícios"
Terminalidade da Vida
27. Terminalidade da Vida
Autonomia – pressupõe o princípio lapidar de
liberdade de escolha
a)Direito a verdade (direito a não saber - não-maleficência)
Esconder a verdade do paciente é privá-lo da
condição de sujeito e cercear sua autonomia.
b)Direito ao Diálogo
Não fugir do paciente terminal - respeito a dignidade;
c)Direito a Decisão
É o exercício do direito que todo ser humano tem de
responder sobre si mesmo;
28. Terminalidade da Vida
Cuidado Paliativo é a principal
ferramenta ética, científica,
espiritual e filosófica ;
Ação multidisciplinar!
Humanismo!
29. Terminalidade da Vida
Diretiva Antecipada de Vontade
Testamento Vital
Legalizado em alguns estados do EUA e países da
Europa;
Figura do Procurador de Cuidados de Saúde
através do California Durable Power of
Attorney for Health Care Decisions Act (1984)
30. Terminalidade da Vida
Diretivas Antecipadas de Vontade
Direitos dos doentes (Nunes, 2009)
1) Autonomia
2) Informação
3) Vontade Previamente Manifestada
4) Liberdade de Escolha
5) Privacidade
6) Acesso à Informação de saúde
7) Não Discriminação e Não Estigmatização
8) Acompanhamento Espiritual
9) Primado da Pessoa sobre a Ciência e a Sociedade
10) Queixa e Reclamação
11) Equidade no Acesso
12) Acessibilidade em Tempo útil