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Aula 5- tópicos em Fonoaudiologia 8º semestre
 Cuidados paliativos em fonoaudiologia;
Prof. Carla Faedda- Uniplan/DF
Cuidados Paliativos
Aliviar o sofrimento de
pacientes sem
perspectiva de cura com
dignidade
Definição
Paliativos consistem na assistência
"Cuidados
promovida por uma equipe multidisciplinar, que
objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente
e seus familiares, diante de uma doença que
ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do
sofrimento, da identificação precoce, avaliação
impecável e tratamento de dor e demais sintomas
físicos, sociais, psicológicos e espirituais".
Segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS), em conceito definido em 1990 e
atualizado em 2002
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND
Quem são eles?
Que critérios são utilizados?
Critérios de
elegibilidade no
Adulto
Doença Hepática Distúrbios de coagulação
Albumina <2,5
mg/dl
Ascite refratária
Peritonite bacteriana espontânea
Icterícia
Doença renal Não elegível para a diálise
Clearance de creatinina < 15 ml/min Creatinina sérica > 6
mg/dL
Fragilidade Visitas frequentes à emergência
Perda de peso não intencional Úlceras de decúbito
Confinamento ao leito
Albumina<2,5 mg/dl
AVC PPS inferior ou igual a 40%
Grau de deambulação: permanece principalmente na cama
Atividade/extensão da doença: incapaz de trabalhar
Incapacidade para autocuidado Ingesta alimentar e hídrica
diminuída
Estado de consciência: sonolento/confuso
Perda de peso superior a 10% durante os ultimos 6 meses Perda de peso
superior a 7,5% nos ultimos 3 meses Albumina serica inferior 2,5g/dl
História atual de aspiração pulmonar, sem resposta efetiva das intervenções
fonoaudiológicas
Câncer Pacientes com doença metastát e/ou com doença
inoperável
Doenças
cardiológicas
Sintomas de IC no repouso
FE<20%
Sincopes ou AVC
Visitas frequentes à emergência por sintomas
de descompensação clínica
Doença
Pulmonar
Pulmonar
Dispnéia ao repouso
Sinais/sintomas de Insuficiência cardíaca
direita
Saturação de oxigênio <88% PCO2> 50
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Incontinências
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< 2,5 mg/dl
Visitas frequentes à emergência por
ELA
Capacidade respiratória diminuída(dispneia em repouso,
oxigenio
suplementar e recusa de ventilação artificial Diminuição da deambulação –
cadeira de rodas Dificuldade em falar
Dieta de normal para pastosa
Dependência para todos os AVDS
Ingestão de nutrientes e fluídos insuficiente Perda de peso continuada
Desidratação ou hipovolemia
Ausência de metodos de alimentação artificial Pneumonia aspirativa
recorrente
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Diarréia persistente por 1 ano Albumina serica menor que 2,5
Uso persistente de drogas ilicitas Idade maior que 50anos
Ausência de terapia retroviral, quimioterapia e outras medicações
relacionadas a profilaxia da doença por HIV Demência avançada por SIDA Toxoplasmose
e ICC sintomática ao repouso
UTI UTI
Admissão proveniente de Instituição de longa
permanência de paciente
portador de uma ou mais condição crônica
limitante
Duas ou mais admissões na UTI na mesma
internação
Tempo prolongado de ventilação mecânica
ou falha na tentativa de desmame
Falência de múltiplos orgãos
Paciente candidato a retirada de suporte
ventilatório com possibilidade de óbito
Cancer metastatico
Encefalopatia anoxia
Sofrirmento familiar que comprometa a
tomada de decisão.
Fonte: Arantes, A.C.L.Q.;Indicações de Cuidados
Paliativos – Manual de Cuidados Paliativos, Meridional,
2012. 56-74.
UTI
Critérios de
elegibilidade na
Criança
Condições em
pediatria'
Doenças congênitas incompatíveis com a vida
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neuromusculares Doenças respiratórias
crônicas
Pacientes portadores de necessidades especiaais(traqueostomia,
oxigenoterapia, suporte nutricional por via enteral ouparenteral)
Doenças oncológicas AIDS
Condições de
progressão
-Tratamento potencilamente curativo falhou(doenças oncológicas,
doenças cardíaca congênita ou adquirida grave )
-Tratamentointensivo a longo prazo pode se prolongar mas a morte
prematura pode ocorrer (fibrose cistica, HIV, desordens gástrica
graves´ou más formações, epidermolise bolhosa grave, insuficiênciarenal)
Tratamentoquase exclusivamente paliativo, mas pode se estender
por muitos anos(doenças neurodegenerativas, metabólicas
progressivas, anormalidades cromossômicas
Condições neurológicas nãoprogressivas.
Fonte :Barbosa, S.M.M.; Cuidados Paliativos em Pediatria-Manual de
Cuidados Paliativos ANCP, 2ªedição, Editora Meridional, 2012.
Princípios
Adulto Criança
•Promover o alivio da dor e outrossintomas
desagradáveis
•Afirmar a vida e considerar a morte como um
processo normal da vida
•Não acelerar nem adiar amorte
•Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidados ao
paciente
•Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente a
viver tão ativamente quanto possível , até o momento da sua
morte
•Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares
durante a doença do paciente e a enfrentar o luto
•Abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos
pacientes e de seus familiares, incluindo acompanhamento no
luto
•Melhorar a qualidade de vida e influenciar
positivamente o curso da doença
•Deve ser iniciado o mais precocemente possível, juntamente
com outras medidas de prolongamento da vida, como a
quimioterapia e a radioterapia e incluir todas as investigações
necessárias para melhorar compreender e controlar situações
clinicas estressantes
•Respeito a dignidade dos pacientese suas famílias
•Acesso a serviços competentes e sensíveis
•Suporte para os cuidadores
•Melhorar o suporte profissional e social para os
cuidados paliativospediátricos
•Progresso continuo dos cuidados paliativos pediátricos
através da pesquisae da educação
CUIDADOS PALIATIVOS EM
FONOAUDIOLOGIA
• Conceito: a ação dos integrantes da equipe de cuidados
paliativos visa possibilitar o alívio dos sintomas, a diminuição
do sofrimento, a qualidade de vida, o conforto e a segurança
ao cliente, nos diferentes ciclos de vida, e a seus familiares.
• Os Cuidados Paliativos adotam uma abordagem humanista e
integrada para o tratamento de pacientes sem possibilidade
de cura, reduzindo os sintomas e aumentando a qualidade de
vida.
• Para isto necessita-se de uma equipe multiprofissional apta a
compreender todas as necessidades físicas, psicológicas e
espirituais presentes nestes casos.
• O fonoaudiólogo é um dos profissionais que integram a equipe
de cuidados paliativos e sua participação é fundamental no
tratamento dos pacientes que apresentam limitações
relacionadas à comunicação.
• O Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) publicou o
Parecer n° 42, que destaca as atribuições deste profissional
no que diz respeito a contribuir com o alívio dos sintomas e
com a qualidade de vida do paciente.
Parecer nº 42
• Avaliar a dificuldade de engolir e sugerir adaptações para
proporcionar uma alimentação segura e prazerosa é uma
delas.
• Outro destaque do documento está relacionado as situações
em que não é mais possível a alimentação por via oral, nesses
casos, compete ao fonoaudiólogo orientar sobre as possíveis
vias de alimentação, minimizando o sofrimento do paciente e
da família.
Terminalidade da Vida
MORTE:
Evolução da tecnologia na ciência –> manter as
funções vitais essenciais para o prolongamento da
vida
Conceito de parada cárdio-respiratória → morte
cerebral
Comunidade científica mundial aceita a morte
como cessação irreversível do Tronco Cerebral.
Terminalidade da Vida
Morte = termina a função do organismo
como um todo, pela perda das funções
integradoras essenciais.
Dr. David Lamb
Tronco cerebral gera consciência, estar
alerta, ação sobre a pressão arterial, ritmos
cardíaco e respiratório – lesão irreversível é
condição suficiente para a pessoa ser
declarada morta.
... em face do consentimento do doente ou
de seu representante, não está obrigado a
prolongar indefinidamente a vida do
paciente em estado terminal incurável por
meios artificiais inúteis. É uma tomada
de posição em favor da vida digna, que
compreende também uma morte
digna.
5 de junho de 2010
O novo Código de Ética Médica
Jurista Dr. Miguel Reale Júnior – O Estado de S.Paulo
Terminalidade da Vida
Dilema Espiritual
Papa João Paulo II ( Evangelium Vitae)
“A renúncia a meios extraordinários ou
desproporcionados em manter a vida, não
equivale ao suicídio ou à eutanásia;
exprime, antes, a aceitação da condição
humana diante da morte”.
Terminalidade da Vida
Filosófica
Segundo Fernando Pessoa
Livro do Desassossego
“Mais vale supremamente não agir,
que agir inutilmente, fragmentariamente
imbastantemente, como a
inúmera supérflua maioria inane dos
homens”...
Terminalidade da Vida
Cuidados Paliativos – Ortotanásia
(# eutanásia passiva)
Autonomia - Consentimento Informado
Terminalidade da Vida
A palavra ORTOTANÁSIA se refere às atitudes
assumidas na perspectivas do bem-estar do
doente, quando todas as possibilidades de
diagnóstico e tratamento de uma enfermidade
grave e incurável forem progressivamente
vencidas. (Cuidados Paliativos)
O conceito de ortotanásia envolve a arte de
bem morrer; é uma maneira de “enfrentar” o
morrer, que rejeita a morte infeliz e as ciladas
da eutanásia e da distanásia.
AUTONOMIA
"Consentimento informado é uma
condição indispensável da relação médico-
paciente, que leva a uma decisão
voluntária por pessoa autônoma e capaz,
após processo informativo, visando a
aceitação de um tratamento sabendo a
natureza do mesmo, seus objetivos, riscos e
benefícios"
Terminalidade da Vida
Terminalidade da Vida
Autonomia – pressupõe o princípio lapidar de
liberdade de escolha
a)Direito a verdade (direito a não saber - não-maleficência)
Esconder a verdade do paciente é privá-lo da
condição de sujeito e cercear sua autonomia.
b)Direito ao Diálogo
Não fugir do paciente terminal - respeito a dignidade;
c)Direito a Decisão
É o exercício do direito que todo ser humano tem de
responder sobre si mesmo;
Terminalidade da Vida
Cuidado Paliativo é a principal
ferramenta ética, científica,
espiritual e filosófica ;
Ação multidisciplinar!
Humanismo!
Terminalidade da Vida
Diretiva Antecipada de Vontade
Testamento Vital
Legalizado em alguns estados do EUA e países da
Europa;
Figura do Procurador de Cuidados de Saúde
através do California Durable Power of
Attorney for Health Care Decisions Act (1984)
Terminalidade da Vida
Diretivas Antecipadas de Vontade
Direitos dos doentes (Nunes, 2009)
1) Autonomia
2) Informação
3) Vontade Previamente Manifestada
4) Liberdade de Escolha
5) Privacidade
6) Acesso à Informação de saúde
7) Não Discriminação e Não Estigmatização
8) Acompanhamento Espiritual
9) Primado da Pessoa sobre a Ciência e a Sociedade
10) Queixa e Reclamação
11) Equidade no Acesso
12) Acessibilidade em Tempo útil
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Aula cuidados paliativos pdf.pdf

  • 1. Aula 5- tópicos em Fonoaudiologia 8º semestre  Cuidados paliativos em fonoaudiologia; Prof. Carla Faedda- Uniplan/DF
  • 2. Cuidados Paliativos Aliviar o sofrimento de pacientes sem perspectiva de cura com dignidade
  • 3. Definição Paliativos consistem na assistência "Cuidados promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais". Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002
  • 4. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND
  • 5. Quem são eles? Que critérios são utilizados?
  • 7. Doença Hepática Distúrbios de coagulação Albumina <2,5 mg/dl Ascite refratária Peritonite bacteriana espontânea Icterícia Doença renal Não elegível para a diálise Clearance de creatinina < 15 ml/min Creatinina sérica > 6 mg/dL Fragilidade Visitas frequentes à emergência Perda de peso não intencional Úlceras de decúbito Confinamento ao leito Albumina<2,5 mg/dl AVC PPS inferior ou igual a 40% Grau de deambulação: permanece principalmente na cama Atividade/extensão da doença: incapaz de trabalhar Incapacidade para autocuidado Ingesta alimentar e hídrica diminuída Estado de consciência: sonolento/confuso Perda de peso superior a 10% durante os ultimos 6 meses Perda de peso superior a 7,5% nos ultimos 3 meses Albumina serica inferior 2,5g/dl História atual de aspiração pulmonar, sem resposta efetiva das intervenções fonoaudiológicas
  • 8. Câncer Pacientes com doença metastát e/ou com doença inoperável Doenças cardiológicas Sintomas de IC no repouso FE<20% Sincopes ou AVC Visitas frequentes à emergência por sintomas de descompensação clínica Doença Pulmonar Pulmonar Dispnéia ao repouso Sinais/sintomas de Insuficiência cardíaca direita Saturação de oxigênio <88% PCO2> 50 Perda de peso não intencional Demência Demência Incapacidade de andar Incontinências Menos de seis palavras inteligíveis Albumina < 2,5 mg/dl Visitas frequentes à emergência por
  • 9. ELA Capacidade respiratória diminuída(dispneia em repouso, oxigenio suplementar e recusa de ventilação artificial Diminuição da deambulação – cadeira de rodas Dificuldade em falar Dieta de normal para pastosa Dependência para todos os AVDS Ingestão de nutrientes e fluídos insuficiente Perda de peso continuada Desidratação ou hipovolemia Ausência de metodos de alimentação artificial Pneumonia aspirativa recorrente Sepse Febre recorrente após a terapia antibiótica HIV /SIDA Diarréia persistente por 1 ano Albumina serica menor que 2,5 Uso persistente de drogas ilicitas Idade maior que 50anos Ausência de terapia retroviral, quimioterapia e outras medicações relacionadas a profilaxia da doença por HIV Demência avançada por SIDA Toxoplasmose e ICC sintomática ao repouso
  • 10. UTI UTI Admissão proveniente de Instituição de longa permanência de paciente portador de uma ou mais condição crônica limitante Duas ou mais admissões na UTI na mesma internação Tempo prolongado de ventilação mecânica ou falha na tentativa de desmame Falência de múltiplos orgãos Paciente candidato a retirada de suporte ventilatório com possibilidade de óbito Cancer metastatico Encefalopatia anoxia Sofrirmento familiar que comprometa a tomada de decisão. Fonte: Arantes, A.C.L.Q.;Indicações de Cuidados Paliativos – Manual de Cuidados Paliativos, Meridional, 2012. 56-74. UTI
  • 12. Condições em pediatria' Doenças congênitas incompatíveis com a vida Desordens cromossômicas Condições cardíacascomplexas Doenças neuromusculares Doenças respiratórias crônicas Pacientes portadores de necessidades especiaais(traqueostomia, oxigenoterapia, suporte nutricional por via enteral ouparenteral) Doenças oncológicas AIDS Condições de progressão -Tratamento potencilamente curativo falhou(doenças oncológicas, doenças cardíaca congênita ou adquirida grave ) -Tratamentointensivo a longo prazo pode se prolongar mas a morte prematura pode ocorrer (fibrose cistica, HIV, desordens gástrica graves´ou más formações, epidermolise bolhosa grave, insuficiênciarenal) Tratamentoquase exclusivamente paliativo, mas pode se estender por muitos anos(doenças neurodegenerativas, metabólicas progressivas, anormalidades cromossômicas Condições neurológicas nãoprogressivas. Fonte :Barbosa, S.M.M.; Cuidados Paliativos em Pediatria-Manual de Cuidados Paliativos ANCP, 2ªedição, Editora Meridional, 2012.
  • 14. Adulto Criança •Promover o alivio da dor e outrossintomas desagradáveis •Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida •Não acelerar nem adiar amorte •Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidados ao paciente •Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente a viver tão ativamente quanto possível , até o momento da sua morte •Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e a enfrentar o luto •Abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e de seus familiares, incluindo acompanhamento no luto •Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença •Deve ser iniciado o mais precocemente possível, juntamente com outras medidas de prolongamento da vida, como a quimioterapia e a radioterapia e incluir todas as investigações necessárias para melhorar compreender e controlar situações clinicas estressantes •Respeito a dignidade dos pacientese suas famílias •Acesso a serviços competentes e sensíveis •Suporte para os cuidadores •Melhorar o suporte profissional e social para os cuidados paliativospediátricos •Progresso continuo dos cuidados paliativos pediátricos através da pesquisae da educação
  • 15. CUIDADOS PALIATIVOS EM FONOAUDIOLOGIA • Conceito: a ação dos integrantes da equipe de cuidados paliativos visa possibilitar o alívio dos sintomas, a diminuição do sofrimento, a qualidade de vida, o conforto e a segurança ao cliente, nos diferentes ciclos de vida, e a seus familiares. • Os Cuidados Paliativos adotam uma abordagem humanista e integrada para o tratamento de pacientes sem possibilidade de cura, reduzindo os sintomas e aumentando a qualidade de vida. • Para isto necessita-se de uma equipe multiprofissional apta a compreender todas as necessidades físicas, psicológicas e espirituais presentes nestes casos.
  • 16. • O fonoaudiólogo é um dos profissionais que integram a equipe de cuidados paliativos e sua participação é fundamental no tratamento dos pacientes que apresentam limitações relacionadas à comunicação. • O Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) publicou o Parecer n° 42, que destaca as atribuições deste profissional no que diz respeito a contribuir com o alívio dos sintomas e com a qualidade de vida do paciente.
  • 17. Parecer nº 42 • Avaliar a dificuldade de engolir e sugerir adaptações para proporcionar uma alimentação segura e prazerosa é uma delas. • Outro destaque do documento está relacionado as situações em que não é mais possível a alimentação por via oral, nesses casos, compete ao fonoaudiólogo orientar sobre as possíveis vias de alimentação, minimizando o sofrimento do paciente e da família.
  • 18.
  • 19. Terminalidade da Vida MORTE: Evolução da tecnologia na ciência –> manter as funções vitais essenciais para o prolongamento da vida Conceito de parada cárdio-respiratória → morte cerebral Comunidade científica mundial aceita a morte como cessação irreversível do Tronco Cerebral.
  • 20. Terminalidade da Vida Morte = termina a função do organismo como um todo, pela perda das funções integradoras essenciais. Dr. David Lamb Tronco cerebral gera consciência, estar alerta, ação sobre a pressão arterial, ritmos cardíaco e respiratório – lesão irreversível é condição suficiente para a pessoa ser declarada morta.
  • 21. ... em face do consentimento do doente ou de seu representante, não está obrigado a prolongar indefinidamente a vida do paciente em estado terminal incurável por meios artificiais inúteis. É uma tomada de posição em favor da vida digna, que compreende também uma morte digna. 5 de junho de 2010 O novo Código de Ética Médica Jurista Dr. Miguel Reale Júnior – O Estado de S.Paulo
  • 22. Terminalidade da Vida Dilema Espiritual Papa João Paulo II ( Evangelium Vitae) “A renúncia a meios extraordinários ou desproporcionados em manter a vida, não equivale ao suicídio ou à eutanásia; exprime, antes, a aceitação da condição humana diante da morte”.
  • 23. Terminalidade da Vida Filosófica Segundo Fernando Pessoa Livro do Desassossego “Mais vale supremamente não agir, que agir inutilmente, fragmentariamente imbastantemente, como a inúmera supérflua maioria inane dos homens”...
  • 24. Terminalidade da Vida Cuidados Paliativos – Ortotanásia (# eutanásia passiva) Autonomia - Consentimento Informado
  • 25. Terminalidade da Vida A palavra ORTOTANÁSIA se refere às atitudes assumidas na perspectivas do bem-estar do doente, quando todas as possibilidades de diagnóstico e tratamento de uma enfermidade grave e incurável forem progressivamente vencidas. (Cuidados Paliativos) O conceito de ortotanásia envolve a arte de bem morrer; é uma maneira de “enfrentar” o morrer, que rejeita a morte infeliz e as ciladas da eutanásia e da distanásia.
  • 26. AUTONOMIA "Consentimento informado é uma condição indispensável da relação médico- paciente, que leva a uma decisão voluntária por pessoa autônoma e capaz, após processo informativo, visando a aceitação de um tratamento sabendo a natureza do mesmo, seus objetivos, riscos e benefícios" Terminalidade da Vida
  • 27. Terminalidade da Vida Autonomia – pressupõe o princípio lapidar de liberdade de escolha a)Direito a verdade (direito a não saber - não-maleficência) Esconder a verdade do paciente é privá-lo da condição de sujeito e cercear sua autonomia. b)Direito ao Diálogo Não fugir do paciente terminal - respeito a dignidade; c)Direito a Decisão É o exercício do direito que todo ser humano tem de responder sobre si mesmo;
  • 28. Terminalidade da Vida Cuidado Paliativo é a principal ferramenta ética, científica, espiritual e filosófica ; Ação multidisciplinar! Humanismo!
  • 29. Terminalidade da Vida Diretiva Antecipada de Vontade Testamento Vital Legalizado em alguns estados do EUA e países da Europa; Figura do Procurador de Cuidados de Saúde através do California Durable Power of Attorney for Health Care Decisions Act (1984)
  • 30. Terminalidade da Vida Diretivas Antecipadas de Vontade Direitos dos doentes (Nunes, 2009) 1) Autonomia 2) Informação 3) Vontade Previamente Manifestada 4) Liberdade de Escolha 5) Privacidade 6) Acesso à Informação de saúde 7) Não Discriminação e Não Estigmatização 8) Acompanhamento Espiritual 9) Primado da Pessoa sobre a Ciência e a Sociedade 10) Queixa e Reclamação 11) Equidade no Acesso 12) Acessibilidade em Tempo útil