Mulheres hipertireóideias grávidas precisam de acompanhamento próximo de um endocrinologista, pois o uso excessivo de hormônios para inibir a função tireoidiana pode causar hipotireoidismo fetal com bócio. Isto pode afetar negativamente a gestação e o desenvolvimento fetal. Monitoramento cuidadoso dos níveis de hormônios tireoidianos maternos pode prevenir complicações.
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Mulheres Hipertireoideas Grávidas
1. MULHERES HIPERTIREOIDEAS GRÁVIDAS
DEVEM SER BEM ACOMPANHADAS POR UM
ENDOCRINOLOGISTA
UMA VEZ QUE TOMAM HORMÔNIOS PARA INIBIR A FUNÇÃO
TIREOIDIANA, MAS NA GRAVIDEZ ESTA SUBSTÂNCIA SE FOR UTILIZADA
DE FORMA EXCESSIVA, O FETO PODE DESENVOLVER HIPOTIREOIDISMO
COM,BÓCIO.
Quando uma mulher hipertireoidéia
está grávida e faz uso excessivo de
substâncias antitireoidianas pode
causar hipotireoidismo fetal com
bócio. Esta situação pode ter um efeito
crítico sobre a gestação, bem como
sobre o crescimento fetal e seu
desenvolvimento neurológico.
Avaliando esta situação viemos
esclarecer se e como o hipotireoidismo fetal com bócio pode ser evitado,
e como, apesar de todas as atitudes tomadas para evitarmos esta
condição podemos reagir quando a prevenção falha.
Compreender a importância das relações com a gravidez muda
o tratamento de hipertireoidismo quando ela está grávida uma vez que é
de extrema importância evitar o hipotireoidismo fetal com bócio. Os níveis
maternos de T4 livre são as indicações mais consistentes do estado
tireoidiano materno e fetal. Nas mulheres hipertireoideas grávidas cujos
fetos apresentam hipotireoidismo com bócio, pode-se aplicar injeções de
levotiroxina no líquido amniótico que pode levar a uma melhora do estado
fetal. A melhor maneira de se evitar o uso excessivo de substâncias
antitireoidianas na mãe é se fazer o acompanhamento de perto do estado
da tireóide materna , principalmente através dos níveis de T4 livre. Em
gestantes, o uso excessivo de substâncias antitireoidianas coloca o feto
em grande risco. O hipotireoidismo iatrogênico (causado pelo médico)
fetal pode prejudicar o desenvolvimento neurológico e o crescimento da
criança. Por outro lado, um bócio fetal pode causar compressão da
traquéia, o que aumenta o risco de desenvolvimento de polidrâmnio
(excesso de líquido amniótico no útero devido à capacidade de deglutição
reduzida do feto), parto prematuro (atribuíveis à ruptura das membranas
fetais causadas pelo polidrâmnio), distocia (dificuldades encontradas na
2. evolução de um trabalho de parto que pode ser devido à hiperextensão do
pescoço do feto) e obstrução das vias aéreas ao nascimento.
No parto prematuro é a principal causa de morbidade e mortalidade
neonatal em todas as gestações. O risco
relacionado com trabalho de parto
prematuro, o que deve ser evitado,
aumenta se o feto tem outras doenças
fetais, além de hipotireoidismo, tal como
hipotireoidismo iatrogênico. A interrupção
do tratamento com substâncias
antitireoidianas na mãe é suficiente
quando um bócio fetal se desenvolve ou se
o feto precisa de tratamento direto com
injeções de levotiroxina no líquido
amniótico é um assunto de debate. No
entanto, o desenvolvimento de bócio fetal
iatrogênico pode ser evitado se o
endocrinologista está ciente das mudanças nos estados tireoidianos
maternos e no metabolismo que ocorrem durante a gravidez. O método
mais importante para evitar o bócio fetal atribuível ao tratamento com
uso excessivo de substâncias antitireoidianas na mãe na doença de Graves
(Doença de Graves ou doença de Basedow-Graves ou ainda bócio difuso
tóxico, é uma doença auto-imune e é uma das causas (e a
mais freqüentes) de hipertireoidismo) se deve monitorar de perto o
estado da tireóide da gestante. Este acompanhamento deve ser feito em
uma clínica especializada, com especialistas que são capazes de
interpretar todas as armadilhas em relação a alterações fisiológicas e
patológicas que ocorrem na tireóide durante a gravidez. Ressaltamos a
importância das medições freqüentes de níveis periféricos dos hormônios
da tiróide (especialmente T4 livre contra medidas TSH), o ajuste da dose
de substâncias antitireoidianas utilizadas pela mãe de acordo com o
resultado destes últimos exames, bem como a monitorização ultra-
sonografia do tamanho da tireóide do feto e seu desenvolvimento.
Se o feto desenvolver bócio, o diagnóstico de hipotireoidismo
ou hipertireoidismo fetal é essencial. Quando o hipotireoidismo fetal é
diagnosticado, o tratamento materno com substâncias antitireoidianas
deve ser reduzido ou suspenso para obter o T4 livre materno dentro dos
padrões de referência específico do trimestre, de preferência de acordo
3. com a variação intra-individual o melhor possível. Complementando essa
estratégia com injeções intra-amnióticas de levotiroxina pode melhorar a
condição fetal se for feito por obstetras experientes. A estreita
colaboração entre endocrinologistas, obstetras e especialistas em
medicina fetal é fundamental para garantir um funcionamento normal da
tireóide fetal e um ótimo resultado da gravidez.
AUTORES PROSPECTIVOS
Dr. João Santos Caio Jr.
Endocrinologia – Neuroendocrinologista
CRM 20611
Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930
AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO DOS AUTORES PROSPECTIVOS ET
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.
Referências Bibliográficas:
Sofie Bliddal- Graduanda em Medicina, Acadêmica do Departamento de Endocrinologia
Medicina, Hospital Universitário de Copenhaga, Copenhaga, Dinamarca
Åse Rasmussen Krogh, MD-Consultor Chefe do Departamento de Endocrinologia Medicina,
Hospital Universitário de Copenhaga, Copenhaga, Dinamarca
Karin Sundberg, MD-Especialista em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário de
Copenhaga, Copenhaga, Dinamarca
Brocks Vibeke, MD-Especialista em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário de
Copenhaga, Copenhaga, Dinamarca.
Feldt Ulla Rasmussen, MD
Professor de Endocrinologia Medicina, Departamento de Endocrinologia Medicina, Hospital
Universitário de Copenhaga, Copenhaga, Dinamarca.