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FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE –TETE
CURSO DE MEDICINA GERAL
CIRURGIA I
Bernabé Manuel Tepa Dr. Edson Bicoco
Discentes: Docente:
Queimaduras
Pele
e
seus
anexos
Queimaduras
As queimaduras são lesões produzidas nos tecidos vivos por
acção de diversos agentes físicos, químicos ou biológicos (calor,
frío, agentes químicos, electricidade ou a radiação).
Causas de queimaduras
AGENTES FÍSICOS Térmicas (calor ou frio) *Chamas ou fogo directo
Sólidos; *Líquidos quentes
Gases
Vapores
Eléctricas Eletricidade industrial;
Eletricidade médica;
Eletricidade atmosférica
Radiantes Sol; Raios X; Energia
atómica
AGENTES QUÍMICOS Agentes cáusticos (Ácidos; Álcalis e Agentes
quimioterápicos
AGENTES BIOLÓGICOS Seres vivos (Insectos; Medusas; Peixes eléctricos;
Batráquios)
Fisiopatología das queimaduras
Alterações locais
Alterações sistémicas
Classificação das queimaduras
1. Quanto a etiologia
2. Quanto a profundidade
3. Quanto a extensão
Classificação quanto a profundidade
Queimaduras de primeiro grau ou epidérmicas
 Afetam só a epiderme e são as mais leves
 São dolorosas
 São eritematosas
 Não se afeta a função de proteção da pele
 Aspecto de eritema cutâneo que branquea a pressão,
que rapidamente recupera sua coloração.
 Não tem flictenas ou ampolas.
 Ex: Queimaduras solares e pequenas abrasaduras
acidentais da cozinha.
 Cura: espontaneamente entre 3 - 5 dias
aproximadamente e não deixa cicatriz.
Queimaduras de segundo grau dérmicas superficiais
 Afectam a epiderme e o terço superior da derme (derme
papilar)
 Sinal chave: aparição de flictenas ou ampolas na zona
queimada
 São muito dolorosas e eritematosas
 Alteração da função protectora da pele
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lentamente.
 Folículo piloso conservado.
 Ex: Abrasaduras por agua demasiado quente e as
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 Cura: espontáneamente entre 7 - 10 días com
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Queimaduras de segundo grau dérmicas profundas
 Afetam a epiderme e quase toda a derme
 Relativamente dolorosas
 Extração não dificultosa do folículo piloso por afetação
dos mesmos
 Não branquea a pressão
 Aparência branca com monteado vermelho que não
branquea
 Pode chegar a requerer escarotomía.
 Cura: entre 10-21 dias, se não cura, desbridar e
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Queimadura de terceiro grau
 Indolores
 Afetam a epiderme, derme e tecido celular
subcutâneo
 Se perde a função protectora da pele
 Aparencia branca, seca, dura e serosa ou pode
ter cor negro ou vermelho intenso.
 Cura: Obrigatório tratamento cirúrgico
(enxerto)
Queimadura de quarto grau ou subdérmica profunda
São queimaduras que afetam a
estruturas profundas, como músculo,
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Classificação quanto a extensão

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Wallace
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dos
9
 Regra da palma da mao
Tabela
de
Lund-Brower
para
o
cálculo
da
extensão
das
queimaduras
nas
criancas
Tratamento
 Avaliar (ABC): vigiar os sinais vitais, ventilação e perfusão; Manter a via aérea
permeável e uma boa perfusão mediante lactato de Ringer por vía i.v de
grande calibre.
 Analgesia: AINES, opiáceos i.v ( nunca s.c ou i.m).
 Proteção gástrica e SNG e vesical se SCQ > 25%
 Hidratação: Fórmula de Parckland (4 ml x kg de peso x SCQ.- Metade deste
valor será administrada em 8 horas, 25% nas 8 horas seguintes e 25% nas
últimas 8 horas). Ou Peso (kg) × 40% de la SCT/8 = L. Ringer ml/h Se SCQ <
20 % não necessita hidratação i.v e se SCQ > 50 % nao multiplicamos por
uma SCQ > 50.
 Profilaxia antitetânica (VAT).
 Elevação da região queimada e esfriamento com soro fisiológico para deter a
progressão da queimadura.
 Não indicação de profilaxias antibiótica de entrada, salvo em queimaduras
eléctricas.
Tratamento
 Administrar vitaminas A, E y C e Zinco
 Heparina em doses Baixas
 Antibióticos: sulfadiazina de prata é mais usada. Tambem se
utilizam os mafenida, nitrato de prata, iodo povidona e
gentamicina.
 Hidroterapia
 Desbridamento e enxertos
Evolução clínica
1.Inicial de shock hipovolémico.
2.De toxemia.
3.Toxicoséptico ou de caquexia.
4.De recuperação
Complicações
Imediatas (dentro de 24H)
 Dor
 Hipotermia
 Choque hipovolêmico
 Desidratação
 Edema local
Mediatas (de 2 – 7 dias)
 Infecção, Sepse
 Síndrome compartimental intra-
abdominal
 Escara, Edema
 Ilio paralitico
 Anemia, Desnutrição
 SRIS
 Falência múltipla de órgãos, Pneumonia
 A colecistite alitiásica
 Insuficiência pulmonar, renal, hepática
 Insuficiência hematológica
 Alterações do sistema nervoso central
 Tromboses venosa profunda, TEP
 Morte
Tardia (>/= 7 dias)
 Úlcera de Curling (ulceração aguda do estômago e duodeno)
 Síndrome de Ogilvie (pseudo-obstrução colônica.),
 Úlcera de Marjolin
 Contracturas
 Amputação
 Impotência functional
 Estigma
Complicações
Queimaduras eléctricas
É distinta das outras queimaduras em que as áreas visíveis
de necroses tissular só representa uma pequena porção de
tecido destruído. A corrente eléctrica penetra numa parte
do corpo, como os dedos ou a mão, e avança por aqueles
tecidos que tem menor resistência a corrente, por geral
para nervos, vasos sanguíneos e músculos. Por ultimo a
corrente abandona o organismo por uma área de «toma de
terra»,típicamente o pe.
Lesões por queimaduras eléctricas
A lesão de baixa voltagem - é similar as quemaduras sem
transmissão aos tecidos mais profundos; as zonas lesionadas se
extendem desde a superficie ao tecido e so causa lesão local.
A lesão por alta voltagem - consiste em queimadura cutánea de
grau variável nos pontos de entrada e saída, junto a destruição
oculta do tecido profundo.
Tratamento
 Bicarbonato sódico iv (a 5% em perfusão continua) e manitol (25 g cada 6 h),
 Profilaxia antitetânica
 Os antibióticos: penicilina profiláctica
 Fasciotomía se necessário
 Se tem arritmias. Lidocaína a 2% sem epinefrina (cardiológica) 3 mL IV em 2
min, cada 15 min por 3 doses. E depois lidocaína a 2% sem epinefrina
(cardiológica) 30 mL dissoltos em 100 mL de dextrose em agua destilada
(DAD) a 0,5%.
Prognóstico
 Paragem cardíaca.
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 Insuficiência renal.
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 Infecção e septicemia.
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Principais complicações das queimaduras
eléctricas
Queimaduras químicas
As substancias químicas causam lesões por destruição de
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O grau de lesão tisular, assím como o nivel de toxicidade,
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 Lavar imediatamente com quantidades de agua limpa (15-20l) uma vez
retirada toda a roupa,
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Fósforo, Sodio metálico, Alcatrão e Ácido fluorhídrico não lavar com agua.
Bibliografia
 SABISTON, Tratado de cirurgia, FUNDAMENTOS BIOLOGICOS de la PRÁCTICA
QUIRÚRGICA MODERNA, 20ª edição , 2017.
 SCHWARTZ. PRINCIPIOS DE CIRUGÍA, 9ª edição, McGRAW-HILL INTERAMERICANA
EDITORES, S. A. de C. V. 2011
 GOMEZ, G. Pardo & GUTIÉRREZ, A. García ; Temas de Cirugía, Tomo I, La Habana:
Editorial Ciencias Médicas; 2010.
 FERRAINA, Pedro y ORIA, Alejandro; Cirugía de Michans , 5ª edicao, Buenos Aires: Hl
.Ateneo, 2002
 DOHERTY, Gerald M. Diagnóstico y tratamento QUIRÚRGICOS; 13ª edição, McGRAW-
HILL INTERAMERICANA EDITORES, Mexico, 2011
 GRAY’S, ANATOMIA, A base anatômica da pratica clinica, 40ª edição, Rio de Janeiro,
editor Elsevier, 2010.
 MARTINEZ, E. Lobo; Manual de Urgencias Quirúrgicas, 4ª edição, Madrid, 2011.

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Queimaduras: Causas, Classificação e Tratamento

  • 1. FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE –TETE CURSO DE MEDICINA GERAL CIRURGIA I Bernabé Manuel Tepa Dr. Edson Bicoco Discentes: Docente: Queimaduras
  • 3. Queimaduras As queimaduras são lesões produzidas nos tecidos vivos por acção de diversos agentes físicos, químicos ou biológicos (calor, frío, agentes químicos, electricidade ou a radiação).
  • 4. Causas de queimaduras AGENTES FÍSICOS Térmicas (calor ou frio) *Chamas ou fogo directo Sólidos; *Líquidos quentes Gases Vapores Eléctricas Eletricidade industrial; Eletricidade médica; Eletricidade atmosférica Radiantes Sol; Raios X; Energia atómica AGENTES QUÍMICOS Agentes cáusticos (Ácidos; Álcalis e Agentes quimioterápicos AGENTES BIOLÓGICOS Seres vivos (Insectos; Medusas; Peixes eléctricos; Batráquios)
  • 7. Classificação das queimaduras 1. Quanto a etiologia 2. Quanto a profundidade 3. Quanto a extensão
  • 8. Classificação quanto a profundidade Queimaduras de primeiro grau ou epidérmicas  Afetam só a epiderme e são as mais leves  São dolorosas  São eritematosas  Não se afeta a função de proteção da pele  Aspecto de eritema cutâneo que branquea a pressão, que rapidamente recupera sua coloração.  Não tem flictenas ou ampolas.  Ex: Queimaduras solares e pequenas abrasaduras acidentais da cozinha.  Cura: espontaneamente entre 3 - 5 dias aproximadamente e não deixa cicatriz.
  • 9. Queimaduras de segundo grau dérmicas superficiais  Afectam a epiderme e o terço superior da derme (derme papilar)  Sinal chave: aparição de flictenas ou ampolas na zona queimada  São muito dolorosas e eritematosas  Alteração da função protectora da pele  Branqueam por pressão e recuperam a coloração mais lentamente.  Folículo piloso conservado.  Ex: Abrasaduras por agua demasiado quente e as queimaduras por chamas súbitas.  Cura: espontáneamente entre 7 - 10 días com possivel despigmentação, e com cicatriz minima.
  • 10. Queimaduras de segundo grau dérmicas profundas  Afetam a epiderme e quase toda a derme  Relativamente dolorosas  Extração não dificultosa do folículo piloso por afetação dos mesmos  Não branquea a pressão  Aparência branca com monteado vermelho que não branquea  Pode chegar a requerer escarotomía.  Cura: entre 10-21 dias, se não cura, desbridar e enxertar.
  • 11. Queimadura de terceiro grau  Indolores  Afetam a epiderme, derme e tecido celular subcutâneo  Se perde a função protectora da pele  Aparencia branca, seca, dura e serosa ou pode ter cor negro ou vermelho intenso.  Cura: Obrigatório tratamento cirúrgico (enxerto)
  • 12. Queimadura de quarto grau ou subdérmica profunda São queimaduras que afetam a estruturas profundas, como músculo, tendões, osso ou cérebro.
  • 13. Classificação quanto a extensão  Regla de Wallace ou regra dos 9  Regra da palma da mao
  • 15. Tratamento  Avaliar (ABC): vigiar os sinais vitais, ventilação e perfusão; Manter a via aérea permeável e uma boa perfusão mediante lactato de Ringer por vía i.v de grande calibre.  Analgesia: AINES, opiáceos i.v ( nunca s.c ou i.m).  Proteção gástrica e SNG e vesical se SCQ > 25%  Hidratação: Fórmula de Parckland (4 ml x kg de peso x SCQ.- Metade deste valor será administrada em 8 horas, 25% nas 8 horas seguintes e 25% nas últimas 8 horas). Ou Peso (kg) × 40% de la SCT/8 = L. Ringer ml/h Se SCQ < 20 % não necessita hidratação i.v e se SCQ > 50 % nao multiplicamos por uma SCQ > 50.  Profilaxia antitetânica (VAT).  Elevação da região queimada e esfriamento com soro fisiológico para deter a progressão da queimadura.  Não indicação de profilaxias antibiótica de entrada, salvo em queimaduras eléctricas.
  • 16. Tratamento  Administrar vitaminas A, E y C e Zinco  Heparina em doses Baixas  Antibióticos: sulfadiazina de prata é mais usada. Tambem se utilizam os mafenida, nitrato de prata, iodo povidona e gentamicina.  Hidroterapia  Desbridamento e enxertos
  • 17. Evolução clínica 1.Inicial de shock hipovolémico. 2.De toxemia. 3.Toxicoséptico ou de caquexia. 4.De recuperação
  • 18. Complicações Imediatas (dentro de 24H)  Dor  Hipotermia  Choque hipovolêmico  Desidratação  Edema local Mediatas (de 2 – 7 dias)  Infecção, Sepse  Síndrome compartimental intra- abdominal  Escara, Edema  Ilio paralitico  Anemia, Desnutrição  SRIS  Falência múltipla de órgãos, Pneumonia  A colecistite alitiásica  Insuficiência pulmonar, renal, hepática  Insuficiência hematológica  Alterações do sistema nervoso central  Tromboses venosa profunda, TEP  Morte
  • 19. Tardia (>/= 7 dias)  Úlcera de Curling (ulceração aguda do estômago e duodeno)  Síndrome de Ogilvie (pseudo-obstrução colônica.),  Úlcera de Marjolin  Contracturas  Amputação  Impotência functional  Estigma Complicações
  • 20. Queimaduras eléctricas É distinta das outras queimaduras em que as áreas visíveis de necroses tissular só representa uma pequena porção de tecido destruído. A corrente eléctrica penetra numa parte do corpo, como os dedos ou a mão, e avança por aqueles tecidos que tem menor resistência a corrente, por geral para nervos, vasos sanguíneos e músculos. Por ultimo a corrente abandona o organismo por uma área de «toma de terra»,típicamente o pe.
  • 21. Lesões por queimaduras eléctricas A lesão de baixa voltagem - é similar as quemaduras sem transmissão aos tecidos mais profundos; as zonas lesionadas se extendem desde a superficie ao tecido e so causa lesão local. A lesão por alta voltagem - consiste em queimadura cutánea de grau variável nos pontos de entrada e saída, junto a destruição oculta do tecido profundo.
  • 22. Tratamento  Bicarbonato sódico iv (a 5% em perfusão continua) e manitol (25 g cada 6 h),  Profilaxia antitetânica  Os antibióticos: penicilina profiláctica  Fasciotomía se necessário  Se tem arritmias. Lidocaína a 2% sem epinefrina (cardiológica) 3 mL IV em 2 min, cada 15 min por 3 doses. E depois lidocaína a 2% sem epinefrina (cardiológica) 30 mL dissoltos em 100 mL de dextrose em agua destilada (DAD) a 0,5%.
  • 24.  Paragem cardíaca.  Paralisia respiratória.  Insuficiência renal.  Lesões neurológicas (SNC e nervos periféricos).  Infecção e septicemia.  Esfaceles secundários.  Hemorragia secundaria.  Cataratas. Principais complicações das queimaduras eléctricas
  • 25. Queimaduras químicas As substancias químicas causam lesões por destruição de proteínas, com desnaturação, oxidação, formação de ésteres de proteínas ou dessecação do tecido. O grau de lesão tisular, assím como o nivel de toxicidade, estáo determinados pela natureza química da substancia, sua concentração e a duração de contacto com a pele.
  • 26. Tratamento  Lavar imediatamente com quantidades de agua limpa (15-20l) uma vez retirada toda a roupa,  Precauções: Fósforo, Sodio metálico, Alcatrão e Ácido fluorhídrico não lavar com agua.
  • 27. Bibliografia  SABISTON, Tratado de cirurgia, FUNDAMENTOS BIOLOGICOS de la PRÁCTICA QUIRÚRGICA MODERNA, 20ª edição , 2017.  SCHWARTZ. PRINCIPIOS DE CIRUGÍA, 9ª edição, McGRAW-HILL INTERAMERICANA EDITORES, S. A. de C. V. 2011  GOMEZ, G. Pardo & GUTIÉRREZ, A. García ; Temas de Cirugía, Tomo I, La Habana: Editorial Ciencias Médicas; 2010.  FERRAINA, Pedro y ORIA, Alejandro; Cirugía de Michans , 5ª edicao, Buenos Aires: Hl .Ateneo, 2002  DOHERTY, Gerald M. Diagnóstico y tratamento QUIRÚRGICOS; 13ª edição, McGRAW- HILL INTERAMERICANA EDITORES, Mexico, 2011  GRAY’S, ANATOMIA, A base anatômica da pratica clinica, 40ª edição, Rio de Janeiro, editor Elsevier, 2010.  MARTINEZ, E. Lobo; Manual de Urgencias Quirúrgicas, 4ª edição, Madrid, 2011.

Notas do Editor

  1. Sólido caliente: Son quemaduras profundas y poco extensas. Por contacto con un circuito eléctrico: típicamente son quemaduras con efecto iceberg puesto que se afectan más estructuras profundas como huesos y tendones que la piel. Las quemaduras eléctricas constituyen sólo 4% de las hospitalizaciones en Estados Unidos, pero son de particular interés porque incluyen la posibilidad de arritmias cardiacas y síndromes compartimentales con la rabdomiólisis concurrente
  2. Sao muito dolorosas por exposición de las terminaciones nerviosas Retorno venoso normal
  3. Retorno venoso lento El injerto de piel en quemaduras dermicas profundas, cuando es posible, mejora la calidad biologica y el aspecto de la cobertura de la piel.
  4. La regia de los 9 descripta por Pulaski y Tennisson (1957) es fácil de recordar y asigna valores de 9 a los diferentes segmentos del cuerpo; a saber, cabeza y cuello 9 %; cada extremidad superior 9 %; parte anterior del tronco 18 % (2x 9); parte posterior del tronco 18 %; cada extremidad inferior 18 %. El 1 % que resta para completar el 100 %, corresponde a la región genital o perineo.
  5. Nunca hay que administrar inyecciones de opiáceos por vía i.m. o s.c. porque la absorción de fármacos está reducida como resultado de la vasoconstricción periférica. Esto
  6. Todos los antibioticos topicos retardan la curacion de la herida en cierto grado y, por tanto, solo deben usarse en quemaduras profundas de segundo y tercer grados, o en heridas que tienen un riesgo mayor de infeccion. 1. Vitamina A. Es factor importante en la cicatrización de las heridas y en el crecimiento epitelial. Se recomienda suministrar 3.000 microgramos por día en el adulto y dosis proporcionales en los niños. La sobredosis puede producir toxicidad. 2. Vitamina C. Se recomienda suministrar 1.000 mg (1 gramo) diario de vitamina C en el paciente quemado, es decir 20 veces las recomendaciones de la RDA (Recommended Dietary Alowance). 3. Zinc. Se recomienda un suplemento de 200 mg diarios, es decir 15 veces la cifra de requerimientos mínimos.
  7. La neumonía relacionada con el respirador, al igual que en todo paciente en estado crítico, es un problema significativo en sujetos quemados. La reanimación masiva de pacientes quemados puede ocasionar síndrome compartimental intraabdominal, que se caracteriza por incremento de la presión en las vías respiratorias con hipoventilación, disminución de la diuresis y compromiso hemodinámico. La laparotomía de descompresión es el método estándar de tratamiento para el síndrome compartimental intraabdominal resistente al tratamiento pero conlleva un pronóstico en especial letal en pacientes quemados. En términos generales se ha considerado que la trombosis venosa profunda (DVT, deep vein thrombosis) es un trastorno poco común en pacientes quemados, aunque se carece de estudios con grupo testigo que analicen el uso de profilaxis con heparina en esta población. A úlcera de Marjolin é um carcinoma de células escamosas que ocorre na cicatriz da queimadura, complicação desenvolvida muitos anos após a fase aguda (média de 35 anos) do trauma.
  8. Las quemaduras térmicas suelen consistir en exposiciones cortas al calor, pero las lesiones químicas pueden tener una duración muy superior, incluso de horas, en ausencia del tratamiento adecuado. El grado de lesión tisular, así como el nivel de toxicidad, están determinados por la naturaleza química de la sustancia, su concentración y la duración del contacto con la piel.
  9. Precauciones: 1. Fósforo: no lavar con agua por peligro de explosión. Lavar con sulfato de cobre al 2%, cubrir con aceite. El resto igual que si fuera una quemadura térmica. 2. Sodio metálico: no lavar con agua por peligro de explosión. Cubrir con aceite Alquitrán: se despega usando aceite mineral o vegetal. 4. Ácido fluorhídrico: lavado con solución de amonio cuaternario y se infiltra con gluconato cálcico al 10 %. 5. Gasolina: ducha con abundante agua, rehidratación parenteral y soporte ventilatorio por posible alteración pulmonar por absorción de hidrocarburos