Este documento discute o tratamento de queimaduras. Ele classifica queimaduras de acordo com sua etiologia, profundidade e extensão, e descreve os sinais e sintomas de queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau. Ele também discute o tratamento, complicações e prognóstico de queimaduras, com foco em queimaduras elétricas e químicas.
3. Queimaduras
As queimaduras são lesões produzidas nos tecidos vivos por
acção de diversos agentes físicos, químicos ou biológicos (calor,
frío, agentes químicos, electricidade ou a radiação).
4. Causas de queimaduras
AGENTES FÍSICOS Térmicas (calor ou frio) *Chamas ou fogo directo
Sólidos; *Líquidos quentes
Gases
Vapores
Eléctricas Eletricidade industrial;
Eletricidade médica;
Eletricidade atmosférica
Radiantes Sol; Raios X; Energia
atómica
AGENTES QUÍMICOS Agentes cáusticos (Ácidos; Álcalis e Agentes
quimioterápicos
AGENTES BIOLÓGICOS Seres vivos (Insectos; Medusas; Peixes eléctricos;
Batráquios)
8. Classificação quanto a profundidade
Queimaduras de primeiro grau ou epidérmicas
Afetam só a epiderme e são as mais leves
São dolorosas
São eritematosas
Não se afeta a função de proteção da pele
Aspecto de eritema cutâneo que branquea a pressão,
que rapidamente recupera sua coloração.
Não tem flictenas ou ampolas.
Ex: Queimaduras solares e pequenas abrasaduras
acidentais da cozinha.
Cura: espontaneamente entre 3 - 5 dias
aproximadamente e não deixa cicatriz.
9. Queimaduras de segundo grau dérmicas superficiais
Afectam a epiderme e o terço superior da derme (derme
papilar)
Sinal chave: aparição de flictenas ou ampolas na zona
queimada
São muito dolorosas e eritematosas
Alteração da função protectora da pele
Branqueam por pressão e recuperam a coloração mais
lentamente.
Folículo piloso conservado.
Ex: Abrasaduras por agua demasiado quente e as
queimaduras por chamas súbitas.
Cura: espontáneamente entre 7 - 10 días com
possivel despigmentação, e com cicatriz minima.
10. Queimaduras de segundo grau dérmicas profundas
Afetam a epiderme e quase toda a derme
Relativamente dolorosas
Extração não dificultosa do folículo piloso por afetação
dos mesmos
Não branquea a pressão
Aparência branca com monteado vermelho que não
branquea
Pode chegar a requerer escarotomía.
Cura: entre 10-21 dias, se não cura, desbridar e
enxertar.
11. Queimadura de terceiro grau
Indolores
Afetam a epiderme, derme e tecido celular
subcutâneo
Se perde a função protectora da pele
Aparencia branca, seca, dura e serosa ou pode
ter cor negro ou vermelho intenso.
Cura: Obrigatório tratamento cirúrgico
(enxerto)
12. Queimadura de quarto grau ou subdérmica profunda
São queimaduras que afetam a
estruturas profundas, como músculo,
tendões, osso ou cérebro.
13. Classificação quanto a extensão
Regla
de
Wallace
ou
regra
dos
9
Regra da palma da mao
15. Tratamento
Avaliar (ABC): vigiar os sinais vitais, ventilação e perfusão; Manter a via aérea
permeável e uma boa perfusão mediante lactato de Ringer por vía i.v de
grande calibre.
Analgesia: AINES, opiáceos i.v ( nunca s.c ou i.m).
Proteção gástrica e SNG e vesical se SCQ > 25%
Hidratação: Fórmula de Parckland (4 ml x kg de peso x SCQ.- Metade deste
valor será administrada em 8 horas, 25% nas 8 horas seguintes e 25% nas
últimas 8 horas). Ou Peso (kg) × 40% de la SCT/8 = L. Ringer ml/h Se SCQ <
20 % não necessita hidratação i.v e se SCQ > 50 % nao multiplicamos por
uma SCQ > 50.
Profilaxia antitetânica (VAT).
Elevação da região queimada e esfriamento com soro fisiológico para deter a
progressão da queimadura.
Não indicação de profilaxias antibiótica de entrada, salvo em queimaduras
eléctricas.
16. Tratamento
Administrar vitaminas A, E y C e Zinco
Heparina em doses Baixas
Antibióticos: sulfadiazina de prata é mais usada. Tambem se
utilizam os mafenida, nitrato de prata, iodo povidona e
gentamicina.
Hidroterapia
Desbridamento e enxertos
18. Complicações
Imediatas (dentro de 24H)
Dor
Hipotermia
Choque hipovolêmico
Desidratação
Edema local
Mediatas (de 2 – 7 dias)
Infecção, Sepse
Síndrome compartimental intra-
abdominal
Escara, Edema
Ilio paralitico
Anemia, Desnutrição
SRIS
Falência múltipla de órgãos, Pneumonia
A colecistite alitiásica
Insuficiência pulmonar, renal, hepática
Insuficiência hematológica
Alterações do sistema nervoso central
Tromboses venosa profunda, TEP
Morte
19. Tardia (>/= 7 dias)
Úlcera de Curling (ulceração aguda do estômago e duodeno)
Síndrome de Ogilvie (pseudo-obstrução colônica.),
Úlcera de Marjolin
Contracturas
Amputação
Impotência functional
Estigma
Complicações
20. Queimaduras eléctricas
É distinta das outras queimaduras em que as áreas visíveis
de necroses tissular só representa uma pequena porção de
tecido destruído. A corrente eléctrica penetra numa parte
do corpo, como os dedos ou a mão, e avança por aqueles
tecidos que tem menor resistência a corrente, por geral
para nervos, vasos sanguíneos e músculos. Por ultimo a
corrente abandona o organismo por uma área de «toma de
terra»,típicamente o pe.
21. Lesões por queimaduras eléctricas
A lesão de baixa voltagem - é similar as quemaduras sem
transmissão aos tecidos mais profundos; as zonas lesionadas se
extendem desde a superficie ao tecido e so causa lesão local.
A lesão por alta voltagem - consiste em queimadura cutánea de
grau variável nos pontos de entrada e saída, junto a destruição
oculta do tecido profundo.
22. Tratamento
Bicarbonato sódico iv (a 5% em perfusão continua) e manitol (25 g cada 6 h),
Profilaxia antitetânica
Os antibióticos: penicilina profiláctica
Fasciotomía se necessário
Se tem arritmias. Lidocaína a 2% sem epinefrina (cardiológica) 3 mL IV em 2
min, cada 15 min por 3 doses. E depois lidocaína a 2% sem epinefrina
(cardiológica) 30 mL dissoltos em 100 mL de dextrose em agua destilada
(DAD) a 0,5%.
24. Paragem cardíaca.
Paralisia respiratória.
Insuficiência renal.
Lesões neurológicas (SNC e nervos periféricos).
Infecção e septicemia.
Esfaceles secundários.
Hemorragia secundaria.
Cataratas.
Principais complicações das queimaduras
eléctricas
25. Queimaduras químicas
As substancias químicas causam lesões por destruição de
proteínas, com desnaturação, oxidação, formação de ésteres
de proteínas ou dessecação do tecido.
O grau de lesão tisular, assím como o nivel de toxicidade,
estáo determinados pela natureza química da substancia, sua
concentração e a duração de contacto com a pele.
26. Tratamento
Lavar imediatamente com quantidades de agua limpa (15-20l) uma vez
retirada toda a roupa,
Precauções:
Fósforo, Sodio metálico, Alcatrão e Ácido fluorhídrico não lavar com agua.
27. Bibliografia
SABISTON, Tratado de cirurgia, FUNDAMENTOS BIOLOGICOS de la PRÁCTICA
QUIRÚRGICA MODERNA, 20ª edição , 2017.
SCHWARTZ. PRINCIPIOS DE CIRUGÍA, 9ª edição, McGRAW-HILL INTERAMERICANA
EDITORES, S. A. de C. V. 2011
GOMEZ, G. Pardo & GUTIÉRREZ, A. García ; Temas de Cirugía, Tomo I, La Habana:
Editorial Ciencias Médicas; 2010.
FERRAINA, Pedro y ORIA, Alejandro; Cirugía de Michans , 5ª edicao, Buenos Aires: Hl
.Ateneo, 2002
DOHERTY, Gerald M. Diagnóstico y tratamento QUIRÚRGICOS; 13ª edição, McGRAW-
HILL INTERAMERICANA EDITORES, Mexico, 2011
GRAY’S, ANATOMIA, A base anatômica da pratica clinica, 40ª edição, Rio de Janeiro,
editor Elsevier, 2010.
MARTINEZ, E. Lobo; Manual de Urgencias Quirúrgicas, 4ª edição, Madrid, 2011.
Notas do Editor
Sólido caliente: Son quemaduras profundas y poco extensas.
Por contacto con un circuito eléctrico: típicamente son quemaduras con efecto iceberg puesto que se afectan más estructuras profundas como huesos y tendones que la piel.
Las quemaduras eléctricas constituyen sólo 4% de las hospitalizaciones
en Estados Unidos, pero son de particular interés porque incluyen la posibilidad
de arritmias cardiacas y síndromes compartimentales con la rabdomiólisis concurrente
Sao muito dolorosas por exposición de las terminaciones nerviosas
Retorno venoso normal
Retorno venoso lento
El injerto de piel en quemaduras dermicas profundas,
cuando es posible, mejora la calidad biologica y el aspecto de la cobertura
de la piel.
La regia de los 9 descripta por Pulaski y Tennisson (1957) es fácil de recordar y asigna valores de 9 a los diferentes segmentos del cuerpo; a saber, cabeza y cuello 9 %; cada extremidad superior 9 %; parte anterior del tronco 18 % (2x 9); parte posterior del tronco 18 %; cada extremidad inferior 18 %. El 1 % que resta para completar el 100 %, corresponde a la región genital o perineo.
Nunca hay que administrar inyecciones de opiáceos por vía i.m. o
s.c. porque la absorción de fármacos está reducida como resultado de
la vasoconstricción periférica. Esto
Todos los antibioticos topicos retardan la curacion de la herida en cierto grado y, por tanto, solo deben usarse en quemaduras profundas de segundo y tercer grados, o en heridas que tienen un riesgo mayor de infeccion.
1. Vitamina A. Es factor importante en la cicatrización de las heridas y en el crecimiento epitelial. Se recomienda suministrar 3.000 microgramos por día en el adulto y dosis proporcionales en los niños. La sobredosis puede producir toxicidad.
2. Vitamina C. Se recomienda suministrar 1.000 mg (1 gramo) diario de vitamina C en el paciente quemado, es decir 20 veces las recomendaciones de la RDA (Recommended Dietary Alowance).
3. Zinc. Se recomienda un suplemento de 200 mg diarios, es decir 15 veces la cifra de requerimientos mínimos.
La neumonía relacionada con el respirador, al igual que en todo paciente en estado crítico, es un problema significativo en sujetos quemados.
La reanimación masiva de pacientes quemados puede ocasionar síndrome compartimental intraabdominal, que se caracteriza por incremento de la presión en las vías respiratorias con hipoventilación, disminución de la diuresis y compromiso hemodinámico. La laparotomía de descompresión es el método estándar de tratamiento para el síndrome compartimental intraabdominal resistente al tratamiento pero conlleva un pronóstico en especial letal en pacientes quemados.
En términos generales se ha considerado que la trombosis venosa profunda (DVT, deep vein thrombosis) es un trastorno poco común en pacientes quemados, aunque se carece de estudios con grupo testigo que analicen el uso de profilaxis con heparina en esta población.
A úlcera de Marjolin é um carcinoma de células escamosas que ocorre na cicatriz da queimadura, complicação desenvolvida muitos anos após a fase aguda (média de 35 anos) do trauma.
Las
quemaduras térmicas suelen consistir en exposiciones cortas al calor,
pero las lesiones químicas pueden tener una duración muy superior,
incluso de horas, en ausencia del tratamiento adecuado. El grado de
lesión tisular, así como el nivel de toxicidad, están determinados por
la naturaleza química de la sustancia, su concentración y la duración
del contacto con la piel.
Precauciones:
1. Fósforo: no lavar con agua por peligro de explosión. Lavar con sulfato
de cobre al 2%, cubrir con aceite. El resto igual que si fuera una
quemadura térmica.
2. Sodio metálico: no lavar con agua por peligro de explosión. Cubrir
con aceite
Alquitrán: se despega usando aceite mineral o vegetal.
4. Ácido fluorhídrico: lavado con solución de amonio cuaternario y se
infiltra con gluconato cálcico al 10 %.
5. Gasolina: ducha con abundante agua, rehidratación parenteral y soporte
ventilatorio por posible alteración pulmonar por absorción de
hidrocarburos