O documento discute questões sobre o papel do professor na sociedade e na educação dos alunos. O autor destaca que os alunos devem ser vistos como seres humanos complexos, não apenas racionais, e que é um erro tentar moldá-los da mesma forma. O documento também levanta preocupações sobre como os professores podem apoiar ideologias totalitárias ao se concentrarem apenas na racionalidade.

1. Ariane Cristina de Moraes, 3ºAno, 1º Semestre – Noturno.
Ao longo de todo o percurso feito até aqui, em relação a como o professor deve
se portar em sala de aula, como deve se relacionar com o aluno com a direção e o
conteúdo, o que é necessariamente ensinar e conhecer, qual o real significado do seu
papel para uma sociedade capitalista e desencantada com o mundo, qual o fundamento e
importância em ser formador não só de cidadãos, mas de seres humanos, construtor de
opiniões, são algumas perguntas e reflexões que nortearam o curso de Didática.
A principio se deve destacar uma das questões que mais me chamou atenção, já
que ao longo da minha vida nunca ouvi isso, nem como aluna, nem como professora, é
de que o aluno é um ser racional, sujeito de conhecimento e um ser pensante, mas acima
de tudo, ele é um ser humano e composto, portanto de muitos fatores que transcendem
essa racionalidade, é consciente agrega valores, é psicológico, possui personalidade,
ética, e uma singularidade que não é vista em mais ninguém além dele, sua maneira de
interpretar, agregar e conhecer é totalmente diferente dos outros alunos e tentar molda-
los iguais é definitivamente um erro, contudo há de se levar em conta também que ele é
um cidadão e por isso esta sujeito a regras.
Outro ponto que diz respeito a essa maneira equivoca de pensar o ser humano
como somente racional esta exemplificada no apoio a nós professores ao nazismo, ou a
qualquer totalitarismo que a primeira vista é totalmente irracional, mas se pararmos pra
pensar é somente racional, ate que ponto pode-se chegar ao se desenvolver a ciência, as
tecnologias, e a racionalidade humana? Ate que ponto pode privar e retrair nossa parte
emotiva e ética? Qual é a nossa justificação para isso? E ainda mais, qual o papel do
professor como manipulador dessa cultura? Como esta sendo aplicado esse poder e por
quem? Será que estamos realmente cientes da importância do ensinar e do que e pra que
estamos ensinando? o que é ensinar?
São tantas questões que me vieram à luz e que realmente achei importante
salientar, o modo como os professores estão agindo é preocupante, reclamam do
descaso do governo, do estado e da população em geral com a educação, mas em seu
cotidiano não param para refletir a importância de seu papel na sociedade, que faz muito
sentido quando se criar professores exaustos desiludidos e cansados de pensar. O
professor esta se tornando o que querem que ele se torne, e para mudar isso, ao meu ver
é necessário repensar qual mundo e sociedades queremos e quais estamos criando.