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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL
JOSÉ VITOR FARIAS RIBEIRO DE ANDRADE
LEAN CONSTRUCTION: OS BENEFÍCIOS DO USO DO ALUMÍNIO
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
RECIFE
2016
JOSÉ VITOR FARIAS REBEIRO DE ANDRADE
LEAN CONSTRUCTION: OS BENEFÍCIOS DO USO DO ALUMÍNIO
NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Monografia apresentada ao Curso de
Graduação de Engenharia Civil do Centro
Universitário Maurício de Nassau do estado de
Pernambuco, como pré-requisito para obtenção
de nota da disciplina Trabalho de Conclusão de
Curso, sob orientação do Professor Cleber
Gomes de Albuquerque.
RECIFE
2016
Dedico esta monografia primeiramente a Deus, aos meus
familiares, que foram meus incentivadores e que sempre
acreditaram nos meus sonhos.
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador, professor Cleber Gomes de Albuquerque, pelo
acompanhamento, orientação e amizade.
Ao Curso de Engenharia Civil, da Universidade Mauricio de Nassau, na pessoa de
seu Coordenador Professor Cláudio José de Freitas Vasconcelos pelo apoio
recebido.
RESUMO
Atualmente o cenário do mercado imobiliário encontra-se desaquecido, porém
bastante competitivo, onde se inicia no país uma nova cultura empreendedora, no
qual as empresas se veem cada vez mais desafiadas e pressionadas a buscar
novas soluções estratégicas para seus negócios e ganhar competitividade no
mercado. O modelo de gestão Lean é um novo conceito de gerenciamento que pode
levar o setor da construção civil a um patamar mais elevado de eficiência. O
presente trabalho teve o objetivo de estudar os benefícios do Sistema Lean no setor
da construção civil, onde requer um controle intenso com muitas precauções para o
cumprimento dos prazos e adequação de custos de mão de obra e materiais ao
longo de toda obra, e ainda evitar desperdícios. Assim, o Lean Construction
(construção enxuta), é uma forma eficaz de melhorar a produtividade, reduzir os
desperdícios, custos e tempo de execução das obras, e ainda garantindo a
qualidade do produto final. A metodologia utilizada teve como propósito apresentar
as vantagens da implantação do sistema Lean e a utilização do metal no canteiro de
obra. Esse sistema requer uma relação muito estreita entre colaborador e
empregador, sendo uma peça fundamental e uma das mais importantes para a
implantação do sistema, assim como outras ações são necessárias, como projeto
completo nos seus detalhes construtivos, utilização de forma correta das
ferramentas e processos de produção e treinamentos intensivos para os
colaboradores. O processo consiste em gerenciar o sistema produtivo como um
todo, com uma nova mentalidade, promovendo seu aperfeiçoamento e adquirindo
ganhos de produtividade em benefícios das empresas e dos colaboradores. Dentre
as diversas ferramentas utilizadas pelo Sistema de produção enxuta, o presente
estudo abordou de forma específica o abastecimento rápido de frentes de serviço e
aplicação de ferramentas de gestão descrevendo sua origem, etapas de implantação
e benefícios. A utilização do Lean trouxe benefícios através da otimização dos
processos, melhor produtividade e eficácia na execução de serviço e aperfeiçoou o
sistema de gestão de algumas empresas que o utilizam, com melhoria contínua.
Palavras Chave: Otimização, metodologia e eficiência.
ABSTRACT
Currently the current scenario of the real estate market is cooled, but very
competitive where the country starts a new entrepreneurial culture, in which
companies are increasingly challenged and pressured to seek new strategic solutions
for their business and gain market competitiveness . The Lean management model is
a new management concept that can lead the construction industry to a higher level
of efficiency. The present study aims to study the benefits of the Lean System in the
civil construction sector, where it requires intense control with many precautions to
meet the deadlines and adequacy of manpower and materials costs throughout the
work, and Avoid waste. Thus Lean Construction is an effective way to improve
productivity, reduce waste, costs and execution time while still ensuring the quality of
the final product. The methodology used was to present the advantages of the Lean
system implementation and the use of the metal at the construction site. This system
requires a very close relationship between employee and employer, being a
fundamental and one of the most important for the implementation of the system, as
well as other actions are necessary, as a complete project in its constructive details,
use of tools and processes correctly Production and intensive training for employees.
The process consists of managing the productive system as a whole, with a new
mentality, promoting its improvement and gaining productivity gains in benefits to
companies and employees. Among the various tools used by the Lean Production
System, the present study specifically addresses the rapid supply of service fronts
and the application of management tools describing their origin, deployment stages
and benefits. It is concluded that the use of Lean brought benefits through the
optimization of processes, better productivity and efficiency in service execution and
improved the management system of some companies that use it, with continuous
improvement.
Key-words: Optimization, methodology and efficiency.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Detalhe de uma esquadria de alumínio
Figura 2 – Cobertura de alumínio não residencial
Figura 3 – Telhas de alumínio pré-pintadas
Figura 4 – Estrutura espacial
28
29
29
30
Figura 5 – Andon: Sistema de Luzes
Figura 6 – Cartão Kanban
Figura 7 – Heijunka Box
Figura 8 – Controle de estoque
Figura 9 – Fundamentos do Kaizen
34
35
36
37
38
-
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Propriedades mecânicas das chapas sólidas externas 25
Quadro 2 – Resistência do painel 25
LISTA DE ABREVIATURAS
ABAL – Associação Brasileira do Alumínio
AEC – Arquitetura, Engenharia e Construção
CQT – Controle de Qualidade Total
FGTS – Fundo de Garantia pelo Tempo de Serviço
JIT – Just-in-time
MCMV – Minha Casa Minha Vida
PPC – Percentual e Planejamento Concluído
SPT – Sistema de Produção Toyota
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 12
2. OBJETIVOS 14
2.1. Objetivo Geral 14
2.2. Objetivos Específicos 14
3. REFERENCIAL TEÓRICO 15
3.1. Lean construction – Construção enxuta
3.1.1. Conceito e finalidade
15
15
3.1.2. Uso na construção civil 16
3.1.3. Os conceitos da lean construction
3.1.3.1. Diminuir a parcela de atividades que não agregam valores
3.1.3.2. Melhorar o valor do produto através da consideração das
necessidades do cliente
3.1.3.3. Diminuir a variabilidade
3.1.3.4. Diminuir do tempo de ciclo
3.1.3.5. Facilitar através da redução do número de passos ou partes
3.1.3.6. Melhorar a flexibilidade na execução do produto
3.1.3.7. Melhorar a transparência do processo
3.1.3.8. Realçar o controle no processo global
3.1.3.9. Inserir melhoria contínua ao processo
3.1.3.10. Preservar um equilíbrio entre melhorias nos fluxos e nas
convenções
17
17
17
18
18
19
19
20
20
21
21
3.2. O metal alumínio
3.2.1. Definição
3.2.2. Algumas características do alumínio
3.2.2.1. Resistência à corrosão
3.2.2.2. Refletividade
3.2.2.3. Características de barreira
3.2.2.4. Reciclagem
3.2.3. Propriedades mecânicas
3.2.4. Aplicação na construção civil
3.2.4.1. Esquadrias e revestimentos
21
21
23
23
24
24
24
25
26
27
3.2.4.2. Telhas
3.2.4.3. Estruturas
28
30
4. METODOLOGIA 31
4.1. Coleta de Dados 31
4.2. Análise de Dados 31
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 32
5.1. Princípios da Lean Construction e sua aplicabilidade 32
5.2. Praticas que evidenciam o uso da Lean Construction no canteiro de
obra
5.2.1. Agenda do tático
5.2.2. Andon e Kanban
5.2.3. Diagrama de ritmo e diagrama de sequencia
5.2.4. Gerência de fluxo
5.2.5. Heijunka
5.2.6. Kanban de estoque
5.2.7. Kaizen
5.2.8. Ordens de serviço
5.2.9. Percentual e Planejamento Concluído
5.2.10. Planejamento de médio prazo (Lookahead planning) e linha de
balanço
5.2.11. Projeto de produção
5.3. Benefícios do alumínio para a construção civil
33
33
34
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38
38
39
39
40
6. CONCLUSÃO/ CONSIDERAÇÕES FINAIS 42
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43
12
1. INTRODUÇÃO
O progresso da Lean Construction, ou seja, Construção Enxuta, no Brasil
aconteceu por volta da década de 90, um novo conceito passou a ser utilizado na
gestão de processos na construção civil, essas novidades eram identificadas como
Lean Prodution, ou seja, Produção Enxuta, e assim passou a se confrontar com as
ideias tradicionais de Taylor e Ford.
Apresentando sua origem no ano de 1950 no Japão, e como principal base as
filosofias do Controle de Qualidade Total (CQT) e do Just-in-time (JIT), o propósito
deste novo conceito seria a remoção de desperdícios através de uma abordagem
prática, e os resultados alcançados estão voltados para o aumento da confiabilidade
de serviços e produtos, reduzindo assim o custo da produção e aumentando a
qualidade do produto final.
O mercado de construção civil esteve em alta no Brasil, tanto pelo aumento
do crédito para financiamento habitacional com recursos do FGTS, quanto pelos
altos investimentos do governo federal em planos assistenciais que visam à redução
do déficit habitacional brasileiro, como o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Em seis anos de duração do programa MCMV o investimento foi de 244,2 bilhões de
reais para construir e entregar 2 milhões de unidades, em áreas urbanas e rurais
(CBIC, 2015). A partir desse crescimento significativo de recursos financeiros aliado
a busca por resultados positivos e redução do tempo de execução de obras, surgem
defensores de novas correntes filosóficas de gestão, como a filosofia lean. (Revista
ESPACIOS, Vol 36 (Nº16), 2015)
A filosofia lean chegou em um momento de divisão entre as arcaicas culturas
gerenciais praticadas na construção civil no Brasil e os objetivos desejados, que
apresentam pouco comprometimento com a redução de desperdícios, planejamento
gerencial e condições de trabalho dos colaboradores.
A execução de filosofias gerenciais modernas representa um grande benefício
às obras brasileiras, porém exige mudanças significativas nas estruturas
organizacionais. É necessária a racionalização das rotinas de trabalho, passando de
13
práticas convencionais e pouco eficazes para um sistema que visa a redução de
perdas e de atividades que não agregam valor.(Revista ESPACIOS, Vol 36 (Nº16),
2015 apud Gehbauer, 2004; Azevedo, 2010; Côrtes, 2014).
Sendo assim, a compreensão do conceito, das oportunidades de aplicação,
da identificação dos princípios e elementos fundamentais do pensamento enxuto,
assim como a interação entre eles, é imprescindível para a implementação dessa
filosofia gerencial no contexto da construção civil e seus fluxos: negócios, projetos,
obras, suprimentos, uso e manutenção (Picchi, 2003; Denari, 2010; Gonçalves et al,
2014).
Com um déficit habitacional histórico, uma demanda crescente por
infraestrutura aglutinada e uma economia em crescimento, vislumbra-se, apesar de
uma retração na economia em 2015, um cenário de expansão nos canteiros de obra
pelo país (CBIC, 2015). Com este trabalho, buscou identificar e apresentar práticas
de lean construction em uma obra de habitação horizontal de interesse social do
programa MCMV, financiada pelo Governo Federal. Nesse contexto, o estudo visou
a compreensão de como as práticas de Lean Construction atuam sobre o
planejamento de canteiros de obras de condomínios horizontais, e possibilitam a
diminuição das perdas de materiais, a redução de custos e o aumento da
produtividade.
14
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Identificar as diretrizes para implantar os princípios da “Lean Construction”, as
melhorias dos seus processos construtivos e os benefícios da utilização do alumínio.
2.2. Objetivos Específicos
 Descrever os princípios da Construção Enxuta para a gerência na obra em
estudo e analisar a sua aplicabilidade através de casos de implantação na
construção civil;
 Apresentar práticas que evidenciem a aplicação dos princípios da “Lean
Construction” no canteiro de obras;
 Analisar os benefícios do alumínio na construção civil.
15
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. Lean construction – Construção enxuta
3.1.1. Conceito e finalidade
Sistema Toyota de Produção, segundo Ohno (1997), não é apenas um
sistema de produção, ele revela sua força como um sistema gerencial adaptado a
era de mercados globais e de sistemas computadorizados de informações de alto
nível. O objetivo mais importante do sistema Toyota, é aumentar a eficiência da
produção pela eliminação permanente de desperdícios.
A mentalidade enxuta nas empresas é essencial para lembrar aos
administradores que a racionalização de recursos via redefinição de processos
produtivos deve ser uma linha de ação sempre perseguida. O pensamento enxuto é
o eterno objetivo das empresas, fazer mais utilizando cada vez menos recursos.
Visando atender essa necessidade utilizando técnicas e conceitos como JIT,
produção puxada, transparência e valor agregado ao produto (WOMACK; JONES,
2004).
O “Takt Time” corresponde ao ritmo que determina como a fábrica deve
produzir para atender a demanda dos clientes. Devem ser realizados estudos para
determinar quantos produtos devem ser expedidos por minuto para atender a
demanda. Esse valor é obtido com a divisão do tempo disponível para a produção
pela quantidade de produtos demandados nesse mesmo intervalo de tempo. O fluxo
contínuo de produção representa uma modificação no layout da empresa para que
não ocorram perdas de tempo na movimentação interna do produto que está sendo
trabalhado (CHAVES, 2010).
O conceito de desperdício é importante para poder administrar a produção e
eliminá-lo. Desperdício são todos os elementos da produção que só aumentam
custos sem agregar valor, com excesso de pessoas, de estoques e de equipamento.
O movimento dos trabalhadores é dividido em desperdício e em trabalho (OHNO,
1997):
 Desperdício: movimento repetitivo e desnecessário que deve ser eliminado
imediatamente exempla o tempo de espera da entrega de materiais nas
frentes de trabalho;
16
 Trabalho: é dividido em sem valor agregado e com valor agregado:
Sem valor agregado: São coisas que tem que ser feitas sob as condições atuais de
trabalho, como abrir caixas, entre outros.
Com valor agregado: Processo que muda a forma de um produto.
Na Toyota, a economia é vista como redução da força de trabalho e de
custos. Todas as ideias e considerações de melhoria dos processos estão ligadas a
redução de custos. A redução da força de trabalho significa aumentar a proporção
de trabalho com valor agregado. A superprodução é um desperdício, pois oculta as
falhas dos processos. Para reduzir a força de trabalho, deve-se eliminar a
superprodução e adotar medidas de controles, a produção deve ser com quantidade
e hora necessária. Aumentar a eficiência e reduzir os custos não são
necessariamente as mesmas coisas. Aumentar a produção enquanto a demanda
permanece a mesma ou diminui, é chamada com eficiência aparente (GHINATO,
2000).
Para aumentar a eficiência existem duas formas:
 Aumentar as quantidades produzidas: com o mesmo quadro de
trabalhadores;
 Reduzir o número de trabalhadores: mantendo a produção anterior.
A estrutura do sistema Toyota, é sobre dois pilares que possuem
fundamentos importantíssimos de gerenciamento Lean (OHNO, 1997):
 Just-in-time: Adquirir produtos na hora e quantidade necessárias - é
fundamental para que não haja superprodução , ou baixa produtividade;
 Autonomação: Automação com toque humano – divisão de
responsabilidades, atividades definidas para cada membro do processo,
máquinas programadas para avisar quando a falha no processo e param
automaticamente a produção evitando produtos com falhas.
3.1.2. Uso na construção civil
Uma das maiores dificuldades encontradas atualmente de planejamento e
gestão da construção civil em centros urbanos no Brasil é um atraso tecnológico
bem relativo, quando comparado a outros países. A baixa produtividade, o
desperdício de materiais e mão de-obra são fatores que ocorrem em consequência
de planejamentos inadequados, dificuldades de contratação de mão-de-obra
qualificada, inspeção e controle das atividades desenvolvidas dentro do canteiro.
17
Como provável solução do problema de baixa produtividade, estaria
ligada ao gerenciamento da obra, essa atividade pretende igualar a produção em
cada fase do processo, como ocorria nas indústrias. Todavia devido à falta de
conhecimentos bibliográficos sobre o assunto e as dificuldades de implantação
devido ao tempo de adaptação, realizações de treinamentos e altos investimentos
iniciais, são fatores que acabam desestimulando a sua implantação.
Inúmeros institutos, universidades e núcleos vêm se destacando no estudo e
desenvolvimento de métodos de aplicação da Lean Construction como uma forma
de consolidação do novo paradigma, no Brasil.
3.1.3. Os conceitos da lean construction
Com base nos conceitos que serão apresentados a seguir, será desenvolvido
o estudo de caso que demonstra a aplicação da Lean Construction e os benefícios
do uso do alumínio na construção civil.
3.1.3.1. Diminuir a parcela de atividades que não agregam valores
Este conceito é considerado o mais fundamental da construção enxuta que
melhora a eficiência dos processos e reduz as perdas eliminando algumas
atividades de fluxo, disponibilizando equipamento, ferramentas, informações e locais
adequados visando à redução de movimentos desnecessários.
De acordo com KOSKELA (1992), as atividades podem ser determinadas
como:
 Atividades que agregam valor ou atividades de transformação ou conversão
de material ou informação, na direção que é requisitado pelo consumidor;
 Atividades de desperdício, ou seja, as que não agregam valor;
 Atividades que consomem recursos, espaço e tempo, mas que não
acrescentam valor ao produto.
3.1.3.2. Melhorar o valor do produto através da consideração das necessidades
do cliente
18
Este conceito é baseado nas necessidades dos clientes internos e externos e
na geração de valor. Consideram-se os clientes internos os trabalhadores da
empresa e os clientes externos os compradores dos imóveis.
O valor não é uma qualidade inerente ao processo de conversão, mas é
gerado como consequência do atendimento aos requisitos do cliente. O cliente pode
ser o consumidor final ou a próxima atividade no processo de produção.
3.1.3.3. Diminuir a variabilidade
O objetivo fundamental da implantação do sistema de gestão da qualidade
na empresa é manter uma padronização na execução de seus serviços e na
sua organização. Para isso será necessário poupar a variabilidade que pode
ocorrer com bastante frequência nos canteiros de obra.
De acordo com ISATTO (2000), existem diversos tipos de variabilidade,
relacionados ao processo de produção, como por exemplo, a variação dimensional
dos materiais entregues, a variabilidade existente na própria execução de um
determinado processo e a variabilidade da demanda, que está relacionada aos
desejos e ás necessidades dos clientes de um processo.
Logo, a melhor forma de reduzir a variabilidade é alcançando uma
padronização, tanto na conversão quanto no fluxo do processo (SHINGO, 1996). A
variabilidade é responsável por expandir o tempo de ciclo e as atividades que não
agregam valor.
3.1.3.4. Diminuir do tempo de ciclo
Um tempo de ciclo é constituído pela soma de todos os tempos
(processamento, inspeção, movimento e espera) na geração do produto. Este
conceito da construção enxuta tem origem na filosofia do “Just-in-Time” (BENETTI,
2010).
Com o objetivo fundamental de minimizar o percurso do material no canteiro
até o seu destino final aonde ocorrerá os processamento ou conversão, neste
princípio será desenvolvido a sincronização do fluxo de materiais e mão-de-obra
19
através de programações repetitivas e padronizadas tornando o sistema de
produção menos vulnerável a mudanças de demanda.
Ao invés de espalhar varias frentes de serviço pela obra, deve-se focar em
menores lotes de produção que facilitam a gestão dos processos e o controle da
produção. Aliás, os erros são mais facilmente identificados, pois existe menos
sobreposição na execução de diferentes unidades.
3.1.3.5. Facilitar através da redução do número de passos ou partes
Segundo ISATTO (2000), este conceito consiste na diminuição do número de
componentes em um produto ou a diminuição do número de partes ou estágios em
um fluxo de materiais ou informações causando a redução de atividades que não
agregam valor, ou seja, pela simplificação dos processos. Considera-se que quanto
maior é o numero de componentes ou passos em um processo maior será a
quantidade de atividades que não agregam valor, que também podem causar
variabilidade que aumenta a possibilidade de interferência entre as equipes.
As principais formas de atingir esta simplificação são com a utilização de
elementos pré-fabricados, o uso de equipes polivalentes e com um planejamento
eficaz dos métodos de produção.
3.1.3.6. Melhorar a flexibilidade na execução do produto
O conceito para melhorar a flexibilidade está ligado ao processo como
gerador de valor que consiste em poder alterar as características de um determinado
produto sem aumentar o seu custo ou causar atividades que não agregam valor,
tornando o produto mais flexível a mudanças (BERNARDES, 2003).
As maneiras de aplicar este conceito podem ser através do o uso de mão de
obra polivalente que são capazes de se adaptar facilmente as mudanças na
demanda, e também na redução do número de lotes causando redução do tempo de
ciclo das atividades.
20
3.1.3.7. Melhorar a transparência do processo
Melhorar a transparência no canteiro de obras é importante para reduzir a
quantidade de erros nos processos de produção com o aumento do fluxo de
informações.
De acordo com KOSKELA (1992), pode-se diminuir a ocorrência de erros na
produção, proporcionando maior transparência dos processos produtivos. Isso
ocorre porque à medida que o principio é utilizado, podem-se identificar problemas
mais facilmente, no ambiente produtivo durante a execução dos serviços.
Segundos ISATTO (2000), algumas formas de aumentar a transparência no
processo são:
 Emprego de indicadores de desempenho, que tornam visíveis atributos do
processo;
 Utilização de dispositivos visuais, tais como cartazes, sinalização e
demarcação de áreas;
 A remoção de obstáculos visuais, tais como divisórias e tapumes;
 Aplicação de programas de melhorias da organização e limpeza
do canteiro como o 5S.
Transparência limitada no processo aumenta a possibilidade de erros e pode
diminuir a motivação para melhorias.
3.1.3.8. Realçar o controle no processo global
De acordo com PICCHI (2001), tem o objetivo de proporcionar uma visão
mais ampla do percurso do produto até chegar ao seu consumidor final, pois
possibilita a identificação de possíveis desperdícios que ocorrem, considerando a
cadeia como um todo, como repetidas atividades de transporte, inspeções, estoques
e retrabalho.
21
3.1.3.9. Inserir melhoria contínua ao processo
Os esforços para a redução do desperdício e do aumento do valor do produto
devem ocorrer de maneira contínua na empresa. Para ISATTO (2000), trabalho em
equipe e gestão participativa constituem os requisitos essenciais para a introdução
de melhoria contínua no processo.
Aplica-se este conceito através de iniciativas de apoio e dignificação da mão-
de-obra. Por exemplo: premiações pelo cumprimento de tarefas, a utilização de
caixa de sugestões, certificados de desempenho, a escolha do funcionário do mês,
estabelecimento de planos de carreira, entre outros.
3.1.3.10. Preservar um equilíbrio entre melhorias nos fluxos e nas convenções
Para KOSKELA (2000), melhorias nos fluxos e na conversão estão
interligadas à:
 Fluxos mais controlados facilitam à implementação de novas tecnologias de
conversão;
 Melhores fluxos requerem menor capacidade de conversão e, portanto,
menores investimentos em equipamentos;
 Novas tecnologias na conversão podem acarretar menor variabilidade e,
assim, benefícios no fluxo.
Em um processo de produção há diferenças de potencial de melhoria em
conversões e fluxos. Em geral, quanto maior a complexidade do processo de
produção, maior é o impacto das melhorias e quanto maiores os desperdícios
inerentes no processo de produção, mais proveitosos os benefícios nas melhoras do
fluxo, em comparação com as melhorias na conversão.
3.2. O metal alumínio
3.2.1. Definição
O alumínio, por suas sublimes propriedades físico-químicas – entre as quais
salientam a resistência à corrosão, o baixo peso específico, a infinita reciclagem e a
22
alta condutibilidade térmica e elétrica – apresenta uma ampla variedade de
utilização, que o torna o metal não ferroso mais consumido no mundo. O excelente
aumento no consumo de alumínio é prova do que este metal significa na indústria
moderna. O alumínio segue o ferro/aço entre os metais de maior consumo anual,
sendo o mais significativo dos metais não ferrosos. A variedade de usos do alumínio
está relacionada com suas características físico químicas, com destaque para seu
baixo peso específico, comparado com outros metais de grande consumo,
resistência à corrosão e alta condutibilidade elétrico-térmica (ABAL, 2007).
O alumínio é abundante na crosta terrestre na forma de óxido de alumínio
(Al2O3) e as reservas minerais são quase irrestritas. O minério industrial mais
importante é a “bauxita”, com um teor de óxido de alumínio entre 35% à 45%; suas
jazidas localizam-se principalmente nas regiões tropicais e, no Brasil, concentram-se
na área amazônica.
O Brasil tem disposição para produção de alumínio, pois além da abundante
reserva de bauxita (o Brasil detém a terceira maior reserva de bauxita do mundo),
tem um alto potencial de geração de energia hidrelétrica, que é um insumo
primordial para obtenção do alumínio primário através da eletrólise.
Quando o alumínio era ainda uma curiosidade com custo alto de produção, as
primeiras aplicações foram limitadas a trabalhos suntuosos, tais como, placas
comemorativas e estatuetas. Portanto, quando o metal tornou-se disponível em
grandes quantidades (embora ainda medido em quilos em vez de toneladas) passou
a ser usado na decoração Vitoriana como bandejas e escovas de cabelo
ornamentais. No final do Século 19, com o aumento da produção e preços menores,
foi gradualmente utilizado em utensílios de cozinha e alguns dos primeiros
automóveis que já possuíam painéis revestidos de alumínio comercialmente puro.
Entretanto, a resistência limitada do metal comercialmente puro restringia sua
aplicação, especialmente quando havia alguma dificuldade nas indústrias
metalúrgicas em favor de materiais tradicionais com os quais elas estavam mais
familiarizadas (AECweb, 2016).
Assim sendo, no início do século as indústrias de alumínio começaram a
trabalhar na produção de ligas de alumínio com propriedades mecânicas mais
elevadas. Os primeiros experimentos foram através de tentativas e erros, aliados a
23
observações perspicazes, conduzindo a experiências posteriores baseadas no
aumento do conhecimento dos princípios metalúrgicos fundamentais envolvidos
(ABNT NBR 15446, 2007).
O rápido e notável crescimento da importância do alumínio na indústria é
resultado de uma série de fatores:
 É um metal que possui excelente combinação de propriedades úteis
resultando numa adequabilidade técnica para um campo extraordinário de
aplicações em engenharia;
 As atividades de pesquisa desenvolvidas pela própria indústria do alumínio,
pelos laboratórios acadêmicos e pelos seus usuários têm levado a um maior
conhecimento das características de engenharia deste metal, além do que
técnicas de fabricação, de soldagem e de acabamento têm sido
desenvolvidas, fazendo com que o alumínio seja considerado um material que
não apresenta dificuldade nas suas aplicações;
 Pode ser facilmente transformado, através de todos processos metalúrgicos
normais, sendo assim viável à indústria manufatureira em qualquer forma que
seja requerida;
 Por fim, um fator importante na aceitação geral do alumínio tem sido a livre
divulgação da indústria quanto às recomendações aos usuários e potenciais
usuários do metal.
3.2.2. Algumas características do alumínio
Uma combinação excepcional de propriedades faz do alumínio um dos mais
versáteis materiais utilizados na engenharia, arquitetura e indústria em geral
(PINIweb, 2016).
3.2.2.1. Resistência à corrosão
Depois de algumas pesquisa, foi encontrada a explicação sobre a resistência
a corrosão no portal INFOMET ( 2016 ), a maioria das ligas de alumínio apresenta
boa resistência à corrosão em atmosferas naturais, água fresca, água do mar,
muitos solos e substâncias químicas e à maioria dos alimentos, sendo que
24
recipientes com paredes finas de alumínio são capazes de resistir à perfuração. Uma
superfície de alumínio pode não ser atraente devido à aspereza causada pela
presença de pites de corrosão localizada, ou mesmo tornar - se fosca ou escura
devido à retenção de sujeira, mas este ataque superficial suave não apresenta
nenhum efeito em termos de durabilidade do produto.
3.2.2.2. Refletividade
O alumínio tem uma refletividade acima de 80%, no qual permite ampla
utilização em luminárias. Coberturas de alumínio refletem uma alta porcentagem do
calor do sol, tanto que edificações cobertas com esse material são menos quentes
no verão (AECweb, 2016).
3.2.2.3. Características de barreira
O alumínio é um importante elemento de barreira à luz, é também
impermeável à ação da umidade e do oxigênio, tornando a folha de alumínio um dos
materiais mais versáteis no mercado de embalagens (ABAL, 2007).
3.2.2.4. Reciclagem
A característica de ser infinitamente reciclável, sem perda de suas
propriedades físico-químicas, torna o alumínio o metal de escolha, principalmente
em embalagens para bebidas carbonatadas.
Todas essas características apresentadas conferem ao metal alumínio uma
extrema versatilidade. Na maioria das aplicações, duas ou mais destas
características entram em jogo, como por exemplo: baixo peso combinado com
resistência mecânica em aeronaves, vagões ferroviários, caminhões e outros
equipamentos de transporte. A alta resistência à corrosão e a elevada
condutibilidade térmica são importantes em equipamentos para a indústria química e
petrolífera, propriedades que combinam com a atoxidade necessária em
equipamentos de produção alimentícia.
25
Sua aparência atraente aliada à alta resistência às intempéries e baixos
requisitos de manutenção proporcionam uma vasta utilização em todos os tipos de
construção.
A alta refletividade, a excelente resistência às intempéries e seu baixo peso
específico são muito importantes em materiais de cobertura, facilitando, também, o
manuseio e os custos de transporte. Muitas aplicações requerem extrema
versatilidade que somente o alumínio possui. Diariamente, cada combinação de
suas propriedades vem sendo trabalhada de novas formas.
3.2.3. Propriedades mecânicas
As propriedades mecânicas devem ser determinadas de acordo com a ABNT
NBR 7549 e atender ao quadro 1. A resistência ao dobramento para chapas solida é
de 53Mpa, enquanto a rigidez e o momento resistente em função da espessura do
painel devem estar de acordo com o quadro 2 (ABNT NBR 15446, 2007)
Quadro 1 – Propriedades mecânicas das chapas sólidas externas
Fonte: ABNT NBR 15446, 2007.
Quadro 2 – Resistência do painel.
Fonte: ABNT NBR 15446, 2007.
26
As propriedades mecânicas são determinadas através de ensaios rotineiros
de amostras selecionadas como sendo representativas do produto.
Estes ensaios mecânicos são normalmente destrutivos de modo que não
devem ser efetuados em produtos acabados, pois alteram suas condições de
funcionalidade.
Obtêm-se corpos-de-prova de amostras que tenham sido elaboradas do
mesmo modo que o produto, exceto no caso de peças fundidas e forjadas. Os
ensaios de peças fundidas são feitos em corpos-de-prova do mesmo vazamento do
metal da peça fundida e elaborados ao mesmo tempo.
Com as peças forjadas, os ensaios, geralmente, são feitos em pedaços
cortados do mesmo metal da peça. Os valores das propriedades mecânicas podem
dividir-se em dois grupos: os de valores garantidos e os de valores típicos.
Os valores garantidos são os valores mínimos estabelecidos pelas
especificações. Os ensaios rotineiros garantem que todo o material obedece às
especificações. Além disso, os ensaios rotineiros propiciam dados estatísticos para
obterem-se os valores típicos.
3.2.4. Aplicação na construção civil
Material leve, versátil, resistente, durável e bonito. Capaz de agradar
arquitetos e consumidores por seu acabamento perfeito, praticidade e função
decorativa, o alumínio está conquistando destaque cada vez maior dentro das mais
variadas aplicações na construção civil, estando presente na cobertura, em telhas;
nas fachadas e paredes, em revestimentos internos e externos e cortinas de vidro;
na ventilação, iluminação e acabamento interno, em caixilhos, divisórias, forros e
pisos, e nos elementos decorativos, como molduras para pontos de eletricidade,
entre outros produtos desenvolvidos com variedades de detalhes e concepções
arquitetônicas modernas.(Hydro, 2013)
27
3.2.4.1. Esquadrias e revestimentos
A caixilharia de alumínio é uma das grandes vitrines do metal na construção
civil. Sua beleza, com variada disponibilidade de cores, acabamentos, formas e
usos, associada à resistência e à vida útil, revelam o padrão futurista que o alumínio
proporciona e vai muito além de qualquer outro material concorrente, consagrando
esta aplicação.
As esquadrias de alumínio conquistaram definitivamente a preferência de
arquitetos e projetistas em obras de todo porte, desde as pequenas obras populares
até as grandes obras de alto padrão. Essas mesmas qualidades influenciam a
decisão dos profissionais da construção civil no momento de definir revestimentos e
decoração.
Várias opções trazidas para o mercado brasileiro nos últimos anos tornaram
mais acessíveis esta utilização do alumínio em fachadas envidraçadas,
revestimentos de interiores e exteriores e decoração.
Pelo elevado nível tecnológico, as fachadas-cortina em alumínio estão
desempenhando atualmente um papel estético e funcional fundamental na
arquitetura contemporânea. Além de atuarem como “faces” dos edifícios,
confundindo-se com o conjunto, estas fachadas garantem interação perfeita entre os
ambientes internos e externos nas mais extremas condições de frio, calor, luz,
chuva, vento, poeira, poluição ou ruído.
A paisagem urbana já está familiarizada com seu uso no revestimento externo
de prédios industriais, residenciais, comerciais, “shopping centers” e aeroportos.
Agora, este recurso inovador já está sendo utilizado “dentro de casa”, em
revestimentos de interiores, por sua beleza e praticidade. Afinal, são produtos leves,
resistentes, não inflamáveis, recicláveis, fáceis de conservar, de longa durabilidade e
que permitem soluções criativas em qualquer tipo de projeto. A Figura 1 mostra um
exemplo típico de esquadria.
28
Figura 1 – Detalhe de uma esquadria de alumínio.
Fonte: ABAL, 2007
3.2.4.2. Telhas
Cada vez mais empregadas em coberturas e revestimentos de prédios não-
residenciais (Figura 2), as telhas de alumínio (Figura 3) oferecem vantagens que as
distinguem de outros materiais, como o fibrocimento. São mais leves (seu peso
específico equivale a um terço do aço), mais resistentes às intempéries, além de
elevada resistência à corrosão atmosférica, garantindo às telhas de alumínio longa
vida útil, superior às outras telhas metálicas. Sua refletividade reduz a temperatura
das instalações e a condutibilidade térmica, dissipa rapidamente o calor acumulado,
favorecendo o conforto nos ambientes em que são aplicadas. Esse tipo de telha não
possui muitas desvantagens, exceto pelo custo e a necessidade de um profissional
para realizar a instalação, pois elas são difíceis de se instalar. Elas necessitam de
pinturas periódicas como parte da manutenção.
A resistência mecânica e a economia permitida pelas extensões do material
(até 12 metros) são outros pontos a seu favor.
29
Figura 2 – Cobertura de alumínio não residencial.
Fonte: ABAL, 2007.
Figura 3 – Telhas de alumínio pré-pintadas
Fonte: ABAL, 2007.
30
3.2.4.3. Estruturas
Aplicação significativa tem sido estruturas para grandes vãos, chamadas de
estruturas espaciais de alumínio aplicadas em edifícios industriais, “shopping
centers”, terminais rodoviários e metroviários, aeroportos e ginásios poliesportivos,
facilitando o transporte, a montagem e o manuseio no canteiro de obras (Figura 4).
A utilização de estruturas de alumínio é principalmente pesquisada em função
da economia de peso ou de condições ambientais corrosivas. A economia de peso é
usualmente associada com redução de custos de material. Um projeto eficiente
consiste frequentemente no estabelecimento de um compromisso entre custo de
material e custo de mão-de-obra. Comparadas com estruturas de aço, as estruturas
de alumínio podem conduzir a reduções de peso variáveis entre 40- 70.
Figura 4 – Estrutura espacial.
Fonte: ABAL, 2007.
31
4. METODOLOGIA
4.1. Coleta de dados
O atual trabalho constitui-se de uma pesquisa bibliográfica, voltada para a
verificação de todas as pressuposições publicadas em congressos e revistas
nacionais do ano de 1998 a 2016, sobre o Lean Construction e o uso do alumínio
aplicado ao setor da construção civil. A opção pesquisa acadêmica do Google foi a
principal fonte de pesquisa.
4.2. Análise dos dados
Foram obtidos os dados por meio de uma pesquisa exploratória de normas, livros e
arquivos acadêmicos.
32
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Princípios da Lean Construction e sua aplicabilidade na construção civil
Em virtude das próprias particularidades do setor da construção foi proveitoso
encontrar uma metodologia que conseguisse elevar a sua produtividade. Com o
êxito da Lean, propriamente adequada, ao setor da construção civil e está cada vez
com mais força.
A seguir serão apresentados alguns princípios da Lean Construction, e suas
aplicabilidades ao setor da construção resultou no seguinte:
I) Ampliar a flexibilidade do serviço/produto – Cada cliente tem um próprio
conceito pelo que se devem expandir as possibilidades apresentadas sem,
entretanto elevar o custo, ou seja, é possível que com base na transparência e na
diminuição do tempo de ciclo, eleve a versatilidade do produto e/ou serviço;
II) Aprimorar continuamente os processos – Com o avanço contínuo dos
processos eleva a concorrência devido às outras empresas reduzirem o custo e
aprimorarem produto/serviço;
III) Aumentar o valor do produto/serviço considerando todas as determinações
definidas pelo cliente – Supõe-se que um determinado produto/serviço tem valor
se preenche todas as determinações definidas pelo cliente, ou interno ou externo,
ou seja, que lhe agrade. O cliente interno é encarregado pela próxima atividade e
o cliente externo é o comprador;
IV) Benchmarking – Atua para que se conheçam os pontos fracos e fortes da
organização, bem como os chefes do setor e suas práticas, podendo introduzir as
melhores práticas na empresa por forma a ser antagonista;
V) Evidenciar o controle no processo global – Expandir a melhoria contínua e o
desempenho da organização é indispensável que todos os negócios dentro da
empresa estejam equiparados para a efetivação do objetivo por ela definido.
Determina que o processo global seja equilibrado;
VI) Facilitar, por meio da redução o número de tarefas– Representa o modo mais
simples do sistema produtivo por meio da diminuição do número de tarefas do
fluxo de trabalho. É, contudo alcançada a partir de uma nova configuração das
33
tarefas ou até mesmo na exclusão das atividades que não possuem importância
significativa;
VII) Limitação das atividades que geram desperdícios – A Lean Construction têm
como propósito fundamental eliminar todas as atividades que não agregam valor
ao produto/serviço final, ou seja, que geram um certo desperdício, como por
exemplo as inspeções, movimentações ou períodos de espera. Contudo, vale
enfatizar que somente cerca de 20% da parcela, confere valor ao produto;
VIII) Moderação da versatilidade – A versatilidade amplia a quantidade de
atividades que geram desperdício ou não agrega valor ao serviço/produto final,
porém esta irá refletir no tempo de produção do mesmo. O serviço executado por
meio da padronização eleva o seu valor e eficiência, na concepção do cliente, ao
reduzir a insegurança.
IX) Moderação do período do ciclo – O período pode ser determinado com a
unidade de medição do fluxo de processos, e se resulta à soma de todos os
períodos de processamento, por exemplo, a espera, inspeção e transporte obtêm
o ciclo de períodos para a realização de determinado produto. Ao diminuir ou
excluir os períodos de processamento amplia-se o rendimento uma vez que se
reduz o ciclo do período;
X) Permanecer com o equilíbrio entre as melhorias do fluxo e nas conversões –
Os fluxos e as conversões estão intimamente ligados. De acordo com o autor
citado acima: Quanto maior for o fluxo, menor será a capacidade de conversão;
Com um investimento mais baixo em equipamentos; Possibilita a execução de
novas tecnologias de conversão; Variabilidade inferior no sistema produtivo;
XI) Prosperar a transparência do processo – Moderar o desperdício e atividades
que não incorporam valores, através de evidenciar os erros e facilitar as
operações de controle. Incentiva a melhoria contínua.
5.2. Praticas que evidenciam o uso da Lean Construction no canteiro de obra
5.2.1. Agenda do tático
Tem como objetivo estabelecer diretrizes e regras para o aperfeiçoamento
dos procedimentos operacionais e de serviços adotados pela empresa através dos
registros, na agenda de melhorias, de problemas ou melhorias detectadas durante a
34
execução de um processo ou serviço, afim de que os mesmos tornem-se ações
preventivas ou corretivas.
5.2.2. Andon e Kanban
De acordo com Coriat (1994) apud Silva (2000) a ferramenta Andon (Figura
5), possibilita controle e/ou gestão visual. Torna literalmente visível o andamento da
produção: excesso ou falta de estoque; interrupção do fluxo por qualquer problema.
É um indicador luminoso que fica suspenso acima da linha de produção. Indica
normal quando a luz verde acende. Indica regular quando a luz laranja acende, e
indica para quando a luz vermelha acende.
Já a ferramenta Kanban (Figura 6) funciona como uma forma de controle
visual que objetiva a obtenção de alta produtividade através de práticas eficazes,
sem desperdício de tempo, atingindo o balanceamento da produção entre todas as
células, sendo um cartão de sinalização que controla os fluxos de produção em uma
indústria. O cartão pode ser substituído por outro sistema de sinalização, como
luzes, caixas vazias e até locais vazios demarcados.
A figura 8 demonstra o cartão informativo utilizado pelo sistema Kanban, onde
as informações da programação diária são gerenciadas. Através deste sistema, o
processo precedente fabrica somente a quantidade utilizada pelo processo
subsequente, eliminando a necessidade de uma programação para todos os
processos de produção e impedindo a superprodução. (SPOSITO 2003).
Figura 5 – Andon: Sistema de Luzes
Fonte: Procedimento Administrativo da Moura Dubeux, 2016.
35
Figura 6 – Cartão Kanban.
Fonte: Slidesharecdn, 2015.
5.2.3. Diagrama de ritmo e diagrama de sequencia
A utilização de tempos médios na determinação de um tempo padrão de
realização de tarefas não garante movimentos de trabalhos idênticos, já que as
diferenças nos tempos são causadas pelas diferenças nos movimentos.
O SPT, por sua vez, busca intensamente reduzir o tempo padrão de
realização de determinada tarefa através da eliminação de ações e movimentos
desnecessários realizados por operadores responsáveis para executar determinada
atividade. A folha de trabalho padrão contém informações simples e objetivas, sendo
criada para auxiliar a compreensão dos operadores e possui alguns elementos
importantes descritos por OHNO (1997), como o tempo de ciclo, a sequência do
trabalho e o estoque padrão, sendo fixada em local bem visível em cada estação de
trabalho, atuando como um meio de controle visual.
Também é utilizada no treinamento de novos funcionários, garantindo um
aprendizado rápido e eficaz, pois eles continuam a utilizar o roteiro da operação
padrão até que estejam familiarizados com as técnicas. O tempo de ciclo é o tempo
necessário para se produzir uma peça ou unidade. Esse tempo é estabelecido para
evitar a superprodução, gerando estoques, ou um atraso da produção,
comprometendo o processo seguinte. Já a sequência de trabalho não se refere à
ordem de processos, mas à ordem de operações em que um operário processa
itens. Essa sequência é descrita de forma bem detalhada para que não haja dúvidas
quanto à realização de uma tarefa e para que a mesma não seja desenvolvida com
movimentos desnecessários.
36
5.2.4. Gerência de fluxo
É a equipe que produz e/ou entrega os materiais necessários à obra, dentro de um
tempo disponível capaz de atender os clientes internos, nunca comprometendo o
prazo diário ou final da obra.
5.2.5. Heijunka
É a criação de uma programação nivelada através do sequenciamento de
pedidos em um padrão repetitivo e do nivelamento das variações diárias de todos os
pedidos para corresponder à demanda no longo prazo. Dito de outra maneira,
heijunka é o nivelamento das quantidades e tipos de produtos.
A programação da produção através do heijunka permite a combinação de
itens diferentes de forma a garantir um fluxo contínuo de produção, nivelando
também a demanda dos recursos de produção Figura 7. O heijunka, da forma como
é utilizado na Toyota, permite a produção em pequenos lotes e a minimização dos
inventários (GHINATO 1996)
Figura 7 – Heijunka Box.
Fonte: Moura Dubeux Engenharia, 2016.
37
5.2.6. Kanban de estoque
Com o objetivo de eliminar os estoques excessivos em processo, a folha de
trabalho padrão também informa o estoque padrão, ou seja, uma quantidade mínima
de peças que devem ser mantidas em estoque para manter a continuidade do
processo (SPÓSITO, 2003).
A folha de trabalho funciona como uma forma de controle visual, como
mostrado na figura 8, que objetiva a obtenção de alta produtividade através de
práticas eficazes, sem desperdício de movimentos, atingirem o balanceamento da
produção entre todos os processos e manter somente uma quantidade mínima de
material em processo necessário às atividades (ONHO, 1997).
Figura 8 – Controle de estoque.
Fonte: Gabriel Bacelar Construções, 2012.
5.2.7. Kaizen
“Kaizen é conferir vantagens competitivas às empresas e instituições
públicas, através, por exemplo, do aumento de produtividade, rentabilização e
motivação de recursos, eliminação de desperdícios, redução de tempos de produção
ou otimização de equipamentos. O Kaizen programa as estratégias necessárias para
38
que a Melhoria contínua seja uma prática permanente dentro das organizações”
(Institute K., Kaizen, 2014)
O trabalho coletivo prevalece sobre o individual, conforme mostrado na figura
9. O ser humano é visto como o bem mais valioso das organizações, e deve ser
estimulado a direcionar seu trabalho para as metas compartilhadas da empresa,
atendendo suas necessidades humanas e se realizando por meio do trabalho.
Sendo assim, a satisfação e responsabilidade valores do coletivo. Estas mudanças
nos valores dos indivíduos e da organização são extremamente difíceis de ocorrer,
mas não são impossíveis. De forma geral, melhorias feitas nos processos que
envolvem melhorar continuamente as rotinas das Empresas são intituladas de
Kaizen (melhorias contínuas).
Figura 9 – Fundamentos do Kaizen.
Fonte: Institute K. , Kaizen, 2014.
5.2.8. Ordens de serviço
São elaboradas com base no plano de médio prazo, confirmando-se a
locação das equipes de produção e considerando-se qualquer programação de
atividades não executadas, contendo dados sobre as atividades a executar, as
equipes responsáveis, a duração, os custos e campos para avaliação da eficácia.
5.2.9. Percentual e Planejamento Concluído (PPC)
Este indicador é calculado pela divisão entre o número de tarefas executadas
integralmente e pelo número de tarefas planejadas para o mesmo período. A
utilização do PPC é a identificação das causas dos problemas pelos quais as tarefas
do plano em curto prazo não são completadas integralmente, devendo ser utilizada
de forma conjunta com outras ferramentas proporcionando ações para que se
possam reduzir a variabilidade do processo de planejamento. Nesse caso, o
39
acompanhamento da variabilidade do PCC indica se as ações realizadas para a
minimização ou eliminação de tais tarefas estão surgindo efeito (BALLARD 1997).
5.2.10. Planejamento de médio prazo (Lookahead planning) e Linha de Balanço
O planejamento de médio prazo, também denominado de lookahead planning,
tem como principal função o ajuste dos planos produzidos no planejamento de longo
prazo, onde foi aplicada a técnica da Line of Balance - LOB, considerada também
como um segundo nível de planejamento, o tático, que busca vincular as metas
fixada no plano mestre com aquelas designadas no curto prazo. Estes ajustes
devem contemplar a compatibilização entre os recursos disponíveis, a capacidade
de produção das equipes e o cumprimento de prazos e custos (BALLARD, 1997). O
plano de médio prazo típico possui um horizonte de quatro semanas, contadas a
partir da segunda semana, pois a primeira corresponde ao horizonte compreendido
pelo plano de curto prazo (BERNARDES, 2003).
A linha de balanço é uma técnica de planejamento e controle que considera o
caráter repetitivo das atividades de uma edificação. Por meio desta ferramenta, o
engenheiro da obra passará a ter uma visão mais simples da execução das
atividades servindo assim, como uma ferramenta de apoio onde poderá dispor de
uma técnica eminentemente gráfica (visual) do progresso das atividades e do
impacto da produção quando da alteração de precedências e/ou recursos da obra.
5.2.11. Projeto de produção
MELHADO (1998) definiu Projeto de produção como: “conjunto de elementos
de projeto elaborados de forma simultânea ao detalhamento do projeto executivo,
para utilização no âmbito das atividades de produção da obra, contendo as
definições de: disposição e sequência de atividades da obra e frentes de serviço,
utilização de equipamentos, arranjo e evolução do canteiro, dentre outros itens
vinculados às características e recursos próprios da empresa construtora”.
Estes procedimentos caracterizar-se-iam pela prescrição detalhada das
técnicas construtivas, das ferramentas e materiais empregados em cada serviço,
configurando padrões de referência a serem seguidos, além de tratarem de
requisitos para compra e recebimento de materiais da construção.
40
5.3. Benefícios do alumínio para construção civil
O alumínio possui algumas particularidades possibilita que ele tenha aplicações
diferentes. Diante disso, o metal é um dos mais utilizados no mundo todo. Material
durável e leve, o alumínio mostra um desempenho surpreendente e propriedades
excelentes na maioria das aplicações. Produtos que utilizam o alumínio ganham
também competitividade, em função das inúmeras particularidades que este metal
inclui como será mostrado a seguir:
 Beleza: A aparência externa do alumínio, além de proporcionar um
acabamento agradável somente com sua aplicação pura, percebe-se a
modernidade em qualquer aplicação por ser um material nobre, limpo e que
não se deteriora com o passar do tempo. Por outro lado, o metal permite uma
ampla gama de aplicações de tintas e outros acabamentos, mantendo sempre
o aspecto original e permitindo soluções criativas de design;
 Construções sustentáveis: O alumínio é um grande aliado na construção civil
para tornar empreendimentos mais sustentáveis. Entre as soluções estão
janelas integradas com persianas de alumínio e outros sistemas inteligentes
para o aproveitamento da iluminação natural e o conforto térmico e fachadas
fotovoltaicas que convertem radiações solares em energia elétrica;
 Durabilidade: O alumínio oferece uma excepcional resistência a agentes
externos, intempéries, raios ultravioleta, abrasão e riscos, proporcionando
elevada durabilidade, inclusive quando usado na orla marítima e em
ambientes agressivos. O alumínio tem uma autoproteção natural que só é
destruída por uma condição agressiva ou por determinada substância que
dissipe sua película de óxido de proteção. Essa propriedade facilita a
conservação e a manutenção das obras, em produtos como portas, janelas,
forros, telhas e revestimentos usados na construção civil;
 Maleabilidade e soldabilidade: A alta maleabilidade e ductilidade do alumínio
permite à indústria utilizá-lo de diversas formas. Suas propriedades
mecânicas facilitam sua conformação e possibilitam a construção de formas
adequadas aos mais variados projetos;
 Resistência a corrosão: O alumínio tem uma autoproteção natural que só é
destruída por uma condição agressiva ou por determinada substância que
dissipe sua película de óxido de proteção. Essa propriedade facilita a
41
conservação e a manutenção das obras, em produtos como portas, janelas,
forros, telhas e revestimentos usados na construção civil, bem como em
equipamentos, partes e estruturas de veículos de qualquer porte. Nas
embalagens é fator decisivo quanto à higienização e barreira à contaminação;
 Possibilidade de muitos acabamentos: Seja pela anodização ou pela pintura,
o alumínio assume a aparência adequada para aplicações em construção
civil, por exemplo, com acabamentos que reforçam ainda mais a resistência
natural do material à corrosão.
42
4. CONCLUSÕES / CONSIDERAÇÕES FINAIS
A construção enxuta (Lean Construction) sugere soluções para melhoria dos
processos construtivos, não baseada exclusivamente em novas tecnologias, e sim,
direciona os esforços para a racionalização dos processos, através da otimização
dos fluxos existentes.
A Construção enxuta consegue adaptar-se às particularidades que como o setor
da construção civil se apresenta, ajuda a enxergar os processos com uma visão
mais ampla, visualizando etapas mais além, ver um processo como todo e não como
algo pontual, ajudando a melhores gerenciamentos e planejamentos dos processos
executivos.
O sistema Lean Construction oferece a indústria da construção civil benefícios,
como o principal a redução de custos, que cada vez mais se torna uma ferramenta
indispensável para à linha de produção neste atual cenário de competitividade de
mercado.
Por fim, ficou mais fácil entender o porquê da utilização do alumínio na
construção civil, é o material ideal para empreendimentos sustentáveis, sendo
largamente aplicado como solução nos chamados “green buildings”. Ele é
infinitamente reciclável e traz vantagens em eco eficiência, uma vez que, aliado a
outros materiais, propicia um ótimo padrão de isolamento térmico e, por isso,
contribui para a economia no consumo de energia elétrica. Importante destacar
também que o alumínio permite inúmeras possibilidades arquitetônicas que
favorecem o melhor aproveitamento da iluminação natural. Permite uma diversidade
de formatos, designs, pelo fato de que o seu processo de transformação obtêm
praticidade, produtividade num processo industrial, quando comparado com outros
materiais.
43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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LEAN CONSTRUCTION: BENEFÍCIOS DO USO DO ALUMÍNIO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL JOSÉ VITOR FARIAS RIBEIRO DE ANDRADE LEAN CONSTRUCTION: OS BENEFÍCIOS DO USO DO ALUMÍNIO NA CONSTRUÇÃO CIVIL RECIFE 2016
  • 2. JOSÉ VITOR FARIAS REBEIRO DE ANDRADE LEAN CONSTRUCTION: OS BENEFÍCIOS DO USO DO ALUMÍNIO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Monografia apresentada ao Curso de Graduação de Engenharia Civil do Centro Universitário Maurício de Nassau do estado de Pernambuco, como pré-requisito para obtenção de nota da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, sob orientação do Professor Cleber Gomes de Albuquerque. RECIFE 2016
  • 3. Dedico esta monografia primeiramente a Deus, aos meus familiares, que foram meus incentivadores e que sempre acreditaram nos meus sonhos.
  • 4. AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, professor Cleber Gomes de Albuquerque, pelo acompanhamento, orientação e amizade. Ao Curso de Engenharia Civil, da Universidade Mauricio de Nassau, na pessoa de seu Coordenador Professor Cláudio José de Freitas Vasconcelos pelo apoio recebido.
  • 5. RESUMO Atualmente o cenário do mercado imobiliário encontra-se desaquecido, porém bastante competitivo, onde se inicia no país uma nova cultura empreendedora, no qual as empresas se veem cada vez mais desafiadas e pressionadas a buscar novas soluções estratégicas para seus negócios e ganhar competitividade no mercado. O modelo de gestão Lean é um novo conceito de gerenciamento que pode levar o setor da construção civil a um patamar mais elevado de eficiência. O presente trabalho teve o objetivo de estudar os benefícios do Sistema Lean no setor da construção civil, onde requer um controle intenso com muitas precauções para o cumprimento dos prazos e adequação de custos de mão de obra e materiais ao longo de toda obra, e ainda evitar desperdícios. Assim, o Lean Construction (construção enxuta), é uma forma eficaz de melhorar a produtividade, reduzir os desperdícios, custos e tempo de execução das obras, e ainda garantindo a qualidade do produto final. A metodologia utilizada teve como propósito apresentar as vantagens da implantação do sistema Lean e a utilização do metal no canteiro de obra. Esse sistema requer uma relação muito estreita entre colaborador e empregador, sendo uma peça fundamental e uma das mais importantes para a implantação do sistema, assim como outras ações são necessárias, como projeto completo nos seus detalhes construtivos, utilização de forma correta das ferramentas e processos de produção e treinamentos intensivos para os colaboradores. O processo consiste em gerenciar o sistema produtivo como um todo, com uma nova mentalidade, promovendo seu aperfeiçoamento e adquirindo ganhos de produtividade em benefícios das empresas e dos colaboradores. Dentre as diversas ferramentas utilizadas pelo Sistema de produção enxuta, o presente estudo abordou de forma específica o abastecimento rápido de frentes de serviço e aplicação de ferramentas de gestão descrevendo sua origem, etapas de implantação e benefícios. A utilização do Lean trouxe benefícios através da otimização dos processos, melhor produtividade e eficácia na execução de serviço e aperfeiçoou o sistema de gestão de algumas empresas que o utilizam, com melhoria contínua. Palavras Chave: Otimização, metodologia e eficiência.
  • 6. ABSTRACT Currently the current scenario of the real estate market is cooled, but very competitive where the country starts a new entrepreneurial culture, in which companies are increasingly challenged and pressured to seek new strategic solutions for their business and gain market competitiveness . The Lean management model is a new management concept that can lead the construction industry to a higher level of efficiency. The present study aims to study the benefits of the Lean System in the civil construction sector, where it requires intense control with many precautions to meet the deadlines and adequacy of manpower and materials costs throughout the work, and Avoid waste. Thus Lean Construction is an effective way to improve productivity, reduce waste, costs and execution time while still ensuring the quality of the final product. The methodology used was to present the advantages of the Lean system implementation and the use of the metal at the construction site. This system requires a very close relationship between employee and employer, being a fundamental and one of the most important for the implementation of the system, as well as other actions are necessary, as a complete project in its constructive details, use of tools and processes correctly Production and intensive training for employees. The process consists of managing the productive system as a whole, with a new mentality, promoting its improvement and gaining productivity gains in benefits to companies and employees. Among the various tools used by the Lean Production System, the present study specifically addresses the rapid supply of service fronts and the application of management tools describing their origin, deployment stages and benefits. It is concluded that the use of Lean brought benefits through the optimization of processes, better productivity and efficiency in service execution and improved the management system of some companies that use it, with continuous improvement. Key-words: Optimization, methodology and efficiency.
  • 7. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Detalhe de uma esquadria de alumínio Figura 2 – Cobertura de alumínio não residencial Figura 3 – Telhas de alumínio pré-pintadas Figura 4 – Estrutura espacial 28 29 29 30 Figura 5 – Andon: Sistema de Luzes Figura 6 – Cartão Kanban Figura 7 – Heijunka Box Figura 8 – Controle de estoque Figura 9 – Fundamentos do Kaizen 34 35 36 37 38 -
  • 8. LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Propriedades mecânicas das chapas sólidas externas 25 Quadro 2 – Resistência do painel 25
  • 9. LISTA DE ABREVIATURAS ABAL – Associação Brasileira do Alumínio AEC – Arquitetura, Engenharia e Construção CQT – Controle de Qualidade Total FGTS – Fundo de Garantia pelo Tempo de Serviço JIT – Just-in-time MCMV – Minha Casa Minha Vida PPC – Percentual e Planejamento Concluído SPT – Sistema de Produção Toyota
  • 10. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 12 2. OBJETIVOS 14 2.1. Objetivo Geral 14 2.2. Objetivos Específicos 14 3. REFERENCIAL TEÓRICO 15 3.1. Lean construction – Construção enxuta 3.1.1. Conceito e finalidade 15 15 3.1.2. Uso na construção civil 16 3.1.3. Os conceitos da lean construction 3.1.3.1. Diminuir a parcela de atividades que não agregam valores 3.1.3.2. Melhorar o valor do produto através da consideração das necessidades do cliente 3.1.3.3. Diminuir a variabilidade 3.1.3.4. Diminuir do tempo de ciclo 3.1.3.5. Facilitar através da redução do número de passos ou partes 3.1.3.6. Melhorar a flexibilidade na execução do produto 3.1.3.7. Melhorar a transparência do processo 3.1.3.8. Realçar o controle no processo global 3.1.3.9. Inserir melhoria contínua ao processo 3.1.3.10. Preservar um equilíbrio entre melhorias nos fluxos e nas convenções 17 17 17 18 18 19 19 20 20 21 21 3.2. O metal alumínio 3.2.1. Definição 3.2.2. Algumas características do alumínio 3.2.2.1. Resistência à corrosão 3.2.2.2. Refletividade 3.2.2.3. Características de barreira 3.2.2.4. Reciclagem 3.2.3. Propriedades mecânicas 3.2.4. Aplicação na construção civil 3.2.4.1. Esquadrias e revestimentos 21 21 23 23 24 24 24 25 26 27
  • 11. 3.2.4.2. Telhas 3.2.4.3. Estruturas 28 30 4. METODOLOGIA 31 4.1. Coleta de Dados 31 4.2. Análise de Dados 31 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 32 5.1. Princípios da Lean Construction e sua aplicabilidade 32 5.2. Praticas que evidenciam o uso da Lean Construction no canteiro de obra 5.2.1. Agenda do tático 5.2.2. Andon e Kanban 5.2.3. Diagrama de ritmo e diagrama de sequencia 5.2.4. Gerência de fluxo 5.2.5. Heijunka 5.2.6. Kanban de estoque 5.2.7. Kaizen 5.2.8. Ordens de serviço 5.2.9. Percentual e Planejamento Concluído 5.2.10. Planejamento de médio prazo (Lookahead planning) e linha de balanço 5.2.11. Projeto de produção 5.3. Benefícios do alumínio para a construção civil 33 33 34 35 36 36 37 37 38 38 39 39 40 6. CONCLUSÃO/ CONSIDERAÇÕES FINAIS 42 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43
  • 12. 12 1. INTRODUÇÃO O progresso da Lean Construction, ou seja, Construção Enxuta, no Brasil aconteceu por volta da década de 90, um novo conceito passou a ser utilizado na gestão de processos na construção civil, essas novidades eram identificadas como Lean Prodution, ou seja, Produção Enxuta, e assim passou a se confrontar com as ideias tradicionais de Taylor e Ford. Apresentando sua origem no ano de 1950 no Japão, e como principal base as filosofias do Controle de Qualidade Total (CQT) e do Just-in-time (JIT), o propósito deste novo conceito seria a remoção de desperdícios através de uma abordagem prática, e os resultados alcançados estão voltados para o aumento da confiabilidade de serviços e produtos, reduzindo assim o custo da produção e aumentando a qualidade do produto final. O mercado de construção civil esteve em alta no Brasil, tanto pelo aumento do crédito para financiamento habitacional com recursos do FGTS, quanto pelos altos investimentos do governo federal em planos assistenciais que visam à redução do déficit habitacional brasileiro, como o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Em seis anos de duração do programa MCMV o investimento foi de 244,2 bilhões de reais para construir e entregar 2 milhões de unidades, em áreas urbanas e rurais (CBIC, 2015). A partir desse crescimento significativo de recursos financeiros aliado a busca por resultados positivos e redução do tempo de execução de obras, surgem defensores de novas correntes filosóficas de gestão, como a filosofia lean. (Revista ESPACIOS, Vol 36 (Nº16), 2015) A filosofia lean chegou em um momento de divisão entre as arcaicas culturas gerenciais praticadas na construção civil no Brasil e os objetivos desejados, que apresentam pouco comprometimento com a redução de desperdícios, planejamento gerencial e condições de trabalho dos colaboradores. A execução de filosofias gerenciais modernas representa um grande benefício às obras brasileiras, porém exige mudanças significativas nas estruturas organizacionais. É necessária a racionalização das rotinas de trabalho, passando de
  • 13. 13 práticas convencionais e pouco eficazes para um sistema que visa a redução de perdas e de atividades que não agregam valor.(Revista ESPACIOS, Vol 36 (Nº16), 2015 apud Gehbauer, 2004; Azevedo, 2010; Côrtes, 2014). Sendo assim, a compreensão do conceito, das oportunidades de aplicação, da identificação dos princípios e elementos fundamentais do pensamento enxuto, assim como a interação entre eles, é imprescindível para a implementação dessa filosofia gerencial no contexto da construção civil e seus fluxos: negócios, projetos, obras, suprimentos, uso e manutenção (Picchi, 2003; Denari, 2010; Gonçalves et al, 2014). Com um déficit habitacional histórico, uma demanda crescente por infraestrutura aglutinada e uma economia em crescimento, vislumbra-se, apesar de uma retração na economia em 2015, um cenário de expansão nos canteiros de obra pelo país (CBIC, 2015). Com este trabalho, buscou identificar e apresentar práticas de lean construction em uma obra de habitação horizontal de interesse social do programa MCMV, financiada pelo Governo Federal. Nesse contexto, o estudo visou a compreensão de como as práticas de Lean Construction atuam sobre o planejamento de canteiros de obras de condomínios horizontais, e possibilitam a diminuição das perdas de materiais, a redução de custos e o aumento da produtividade.
  • 14. 14 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral Identificar as diretrizes para implantar os princípios da “Lean Construction”, as melhorias dos seus processos construtivos e os benefícios da utilização do alumínio. 2.2. Objetivos Específicos  Descrever os princípios da Construção Enxuta para a gerência na obra em estudo e analisar a sua aplicabilidade através de casos de implantação na construção civil;  Apresentar práticas que evidenciem a aplicação dos princípios da “Lean Construction” no canteiro de obras;  Analisar os benefícios do alumínio na construção civil.
  • 15. 15 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1. Lean construction – Construção enxuta 3.1.1. Conceito e finalidade Sistema Toyota de Produção, segundo Ohno (1997), não é apenas um sistema de produção, ele revela sua força como um sistema gerencial adaptado a era de mercados globais e de sistemas computadorizados de informações de alto nível. O objetivo mais importante do sistema Toyota, é aumentar a eficiência da produção pela eliminação permanente de desperdícios. A mentalidade enxuta nas empresas é essencial para lembrar aos administradores que a racionalização de recursos via redefinição de processos produtivos deve ser uma linha de ação sempre perseguida. O pensamento enxuto é o eterno objetivo das empresas, fazer mais utilizando cada vez menos recursos. Visando atender essa necessidade utilizando técnicas e conceitos como JIT, produção puxada, transparência e valor agregado ao produto (WOMACK; JONES, 2004). O “Takt Time” corresponde ao ritmo que determina como a fábrica deve produzir para atender a demanda dos clientes. Devem ser realizados estudos para determinar quantos produtos devem ser expedidos por minuto para atender a demanda. Esse valor é obtido com a divisão do tempo disponível para a produção pela quantidade de produtos demandados nesse mesmo intervalo de tempo. O fluxo contínuo de produção representa uma modificação no layout da empresa para que não ocorram perdas de tempo na movimentação interna do produto que está sendo trabalhado (CHAVES, 2010). O conceito de desperdício é importante para poder administrar a produção e eliminá-lo. Desperdício são todos os elementos da produção que só aumentam custos sem agregar valor, com excesso de pessoas, de estoques e de equipamento. O movimento dos trabalhadores é dividido em desperdício e em trabalho (OHNO, 1997):  Desperdício: movimento repetitivo e desnecessário que deve ser eliminado imediatamente exempla o tempo de espera da entrega de materiais nas frentes de trabalho;
  • 16. 16  Trabalho: é dividido em sem valor agregado e com valor agregado: Sem valor agregado: São coisas que tem que ser feitas sob as condições atuais de trabalho, como abrir caixas, entre outros. Com valor agregado: Processo que muda a forma de um produto. Na Toyota, a economia é vista como redução da força de trabalho e de custos. Todas as ideias e considerações de melhoria dos processos estão ligadas a redução de custos. A redução da força de trabalho significa aumentar a proporção de trabalho com valor agregado. A superprodução é um desperdício, pois oculta as falhas dos processos. Para reduzir a força de trabalho, deve-se eliminar a superprodução e adotar medidas de controles, a produção deve ser com quantidade e hora necessária. Aumentar a eficiência e reduzir os custos não são necessariamente as mesmas coisas. Aumentar a produção enquanto a demanda permanece a mesma ou diminui, é chamada com eficiência aparente (GHINATO, 2000). Para aumentar a eficiência existem duas formas:  Aumentar as quantidades produzidas: com o mesmo quadro de trabalhadores;  Reduzir o número de trabalhadores: mantendo a produção anterior. A estrutura do sistema Toyota, é sobre dois pilares que possuem fundamentos importantíssimos de gerenciamento Lean (OHNO, 1997):  Just-in-time: Adquirir produtos na hora e quantidade necessárias - é fundamental para que não haja superprodução , ou baixa produtividade;  Autonomação: Automação com toque humano – divisão de responsabilidades, atividades definidas para cada membro do processo, máquinas programadas para avisar quando a falha no processo e param automaticamente a produção evitando produtos com falhas. 3.1.2. Uso na construção civil Uma das maiores dificuldades encontradas atualmente de planejamento e gestão da construção civil em centros urbanos no Brasil é um atraso tecnológico bem relativo, quando comparado a outros países. A baixa produtividade, o desperdício de materiais e mão de-obra são fatores que ocorrem em consequência de planejamentos inadequados, dificuldades de contratação de mão-de-obra qualificada, inspeção e controle das atividades desenvolvidas dentro do canteiro.
  • 17. 17 Como provável solução do problema de baixa produtividade, estaria ligada ao gerenciamento da obra, essa atividade pretende igualar a produção em cada fase do processo, como ocorria nas indústrias. Todavia devido à falta de conhecimentos bibliográficos sobre o assunto e as dificuldades de implantação devido ao tempo de adaptação, realizações de treinamentos e altos investimentos iniciais, são fatores que acabam desestimulando a sua implantação. Inúmeros institutos, universidades e núcleos vêm se destacando no estudo e desenvolvimento de métodos de aplicação da Lean Construction como uma forma de consolidação do novo paradigma, no Brasil. 3.1.3. Os conceitos da lean construction Com base nos conceitos que serão apresentados a seguir, será desenvolvido o estudo de caso que demonstra a aplicação da Lean Construction e os benefícios do uso do alumínio na construção civil. 3.1.3.1. Diminuir a parcela de atividades que não agregam valores Este conceito é considerado o mais fundamental da construção enxuta que melhora a eficiência dos processos e reduz as perdas eliminando algumas atividades de fluxo, disponibilizando equipamento, ferramentas, informações e locais adequados visando à redução de movimentos desnecessários. De acordo com KOSKELA (1992), as atividades podem ser determinadas como:  Atividades que agregam valor ou atividades de transformação ou conversão de material ou informação, na direção que é requisitado pelo consumidor;  Atividades de desperdício, ou seja, as que não agregam valor;  Atividades que consomem recursos, espaço e tempo, mas que não acrescentam valor ao produto. 3.1.3.2. Melhorar o valor do produto através da consideração das necessidades do cliente
  • 18. 18 Este conceito é baseado nas necessidades dos clientes internos e externos e na geração de valor. Consideram-se os clientes internos os trabalhadores da empresa e os clientes externos os compradores dos imóveis. O valor não é uma qualidade inerente ao processo de conversão, mas é gerado como consequência do atendimento aos requisitos do cliente. O cliente pode ser o consumidor final ou a próxima atividade no processo de produção. 3.1.3.3. Diminuir a variabilidade O objetivo fundamental da implantação do sistema de gestão da qualidade na empresa é manter uma padronização na execução de seus serviços e na sua organização. Para isso será necessário poupar a variabilidade que pode ocorrer com bastante frequência nos canteiros de obra. De acordo com ISATTO (2000), existem diversos tipos de variabilidade, relacionados ao processo de produção, como por exemplo, a variação dimensional dos materiais entregues, a variabilidade existente na própria execução de um determinado processo e a variabilidade da demanda, que está relacionada aos desejos e ás necessidades dos clientes de um processo. Logo, a melhor forma de reduzir a variabilidade é alcançando uma padronização, tanto na conversão quanto no fluxo do processo (SHINGO, 1996). A variabilidade é responsável por expandir o tempo de ciclo e as atividades que não agregam valor. 3.1.3.4. Diminuir do tempo de ciclo Um tempo de ciclo é constituído pela soma de todos os tempos (processamento, inspeção, movimento e espera) na geração do produto. Este conceito da construção enxuta tem origem na filosofia do “Just-in-Time” (BENETTI, 2010). Com o objetivo fundamental de minimizar o percurso do material no canteiro até o seu destino final aonde ocorrerá os processamento ou conversão, neste princípio será desenvolvido a sincronização do fluxo de materiais e mão-de-obra
  • 19. 19 através de programações repetitivas e padronizadas tornando o sistema de produção menos vulnerável a mudanças de demanda. Ao invés de espalhar varias frentes de serviço pela obra, deve-se focar em menores lotes de produção que facilitam a gestão dos processos e o controle da produção. Aliás, os erros são mais facilmente identificados, pois existe menos sobreposição na execução de diferentes unidades. 3.1.3.5. Facilitar através da redução do número de passos ou partes Segundo ISATTO (2000), este conceito consiste na diminuição do número de componentes em um produto ou a diminuição do número de partes ou estágios em um fluxo de materiais ou informações causando a redução de atividades que não agregam valor, ou seja, pela simplificação dos processos. Considera-se que quanto maior é o numero de componentes ou passos em um processo maior será a quantidade de atividades que não agregam valor, que também podem causar variabilidade que aumenta a possibilidade de interferência entre as equipes. As principais formas de atingir esta simplificação são com a utilização de elementos pré-fabricados, o uso de equipes polivalentes e com um planejamento eficaz dos métodos de produção. 3.1.3.6. Melhorar a flexibilidade na execução do produto O conceito para melhorar a flexibilidade está ligado ao processo como gerador de valor que consiste em poder alterar as características de um determinado produto sem aumentar o seu custo ou causar atividades que não agregam valor, tornando o produto mais flexível a mudanças (BERNARDES, 2003). As maneiras de aplicar este conceito podem ser através do o uso de mão de obra polivalente que são capazes de se adaptar facilmente as mudanças na demanda, e também na redução do número de lotes causando redução do tempo de ciclo das atividades.
  • 20. 20 3.1.3.7. Melhorar a transparência do processo Melhorar a transparência no canteiro de obras é importante para reduzir a quantidade de erros nos processos de produção com o aumento do fluxo de informações. De acordo com KOSKELA (1992), pode-se diminuir a ocorrência de erros na produção, proporcionando maior transparência dos processos produtivos. Isso ocorre porque à medida que o principio é utilizado, podem-se identificar problemas mais facilmente, no ambiente produtivo durante a execução dos serviços. Segundos ISATTO (2000), algumas formas de aumentar a transparência no processo são:  Emprego de indicadores de desempenho, que tornam visíveis atributos do processo;  Utilização de dispositivos visuais, tais como cartazes, sinalização e demarcação de áreas;  A remoção de obstáculos visuais, tais como divisórias e tapumes;  Aplicação de programas de melhorias da organização e limpeza do canteiro como o 5S. Transparência limitada no processo aumenta a possibilidade de erros e pode diminuir a motivação para melhorias. 3.1.3.8. Realçar o controle no processo global De acordo com PICCHI (2001), tem o objetivo de proporcionar uma visão mais ampla do percurso do produto até chegar ao seu consumidor final, pois possibilita a identificação de possíveis desperdícios que ocorrem, considerando a cadeia como um todo, como repetidas atividades de transporte, inspeções, estoques e retrabalho.
  • 21. 21 3.1.3.9. Inserir melhoria contínua ao processo Os esforços para a redução do desperdício e do aumento do valor do produto devem ocorrer de maneira contínua na empresa. Para ISATTO (2000), trabalho em equipe e gestão participativa constituem os requisitos essenciais para a introdução de melhoria contínua no processo. Aplica-se este conceito através de iniciativas de apoio e dignificação da mão- de-obra. Por exemplo: premiações pelo cumprimento de tarefas, a utilização de caixa de sugestões, certificados de desempenho, a escolha do funcionário do mês, estabelecimento de planos de carreira, entre outros. 3.1.3.10. Preservar um equilíbrio entre melhorias nos fluxos e nas convenções Para KOSKELA (2000), melhorias nos fluxos e na conversão estão interligadas à:  Fluxos mais controlados facilitam à implementação de novas tecnologias de conversão;  Melhores fluxos requerem menor capacidade de conversão e, portanto, menores investimentos em equipamentos;  Novas tecnologias na conversão podem acarretar menor variabilidade e, assim, benefícios no fluxo. Em um processo de produção há diferenças de potencial de melhoria em conversões e fluxos. Em geral, quanto maior a complexidade do processo de produção, maior é o impacto das melhorias e quanto maiores os desperdícios inerentes no processo de produção, mais proveitosos os benefícios nas melhoras do fluxo, em comparação com as melhorias na conversão. 3.2. O metal alumínio 3.2.1. Definição O alumínio, por suas sublimes propriedades físico-químicas – entre as quais salientam a resistência à corrosão, o baixo peso específico, a infinita reciclagem e a
  • 22. 22 alta condutibilidade térmica e elétrica – apresenta uma ampla variedade de utilização, que o torna o metal não ferroso mais consumido no mundo. O excelente aumento no consumo de alumínio é prova do que este metal significa na indústria moderna. O alumínio segue o ferro/aço entre os metais de maior consumo anual, sendo o mais significativo dos metais não ferrosos. A variedade de usos do alumínio está relacionada com suas características físico químicas, com destaque para seu baixo peso específico, comparado com outros metais de grande consumo, resistência à corrosão e alta condutibilidade elétrico-térmica (ABAL, 2007). O alumínio é abundante na crosta terrestre na forma de óxido de alumínio (Al2O3) e as reservas minerais são quase irrestritas. O minério industrial mais importante é a “bauxita”, com um teor de óxido de alumínio entre 35% à 45%; suas jazidas localizam-se principalmente nas regiões tropicais e, no Brasil, concentram-se na área amazônica. O Brasil tem disposição para produção de alumínio, pois além da abundante reserva de bauxita (o Brasil detém a terceira maior reserva de bauxita do mundo), tem um alto potencial de geração de energia hidrelétrica, que é um insumo primordial para obtenção do alumínio primário através da eletrólise. Quando o alumínio era ainda uma curiosidade com custo alto de produção, as primeiras aplicações foram limitadas a trabalhos suntuosos, tais como, placas comemorativas e estatuetas. Portanto, quando o metal tornou-se disponível em grandes quantidades (embora ainda medido em quilos em vez de toneladas) passou a ser usado na decoração Vitoriana como bandejas e escovas de cabelo ornamentais. No final do Século 19, com o aumento da produção e preços menores, foi gradualmente utilizado em utensílios de cozinha e alguns dos primeiros automóveis que já possuíam painéis revestidos de alumínio comercialmente puro. Entretanto, a resistência limitada do metal comercialmente puro restringia sua aplicação, especialmente quando havia alguma dificuldade nas indústrias metalúrgicas em favor de materiais tradicionais com os quais elas estavam mais familiarizadas (AECweb, 2016). Assim sendo, no início do século as indústrias de alumínio começaram a trabalhar na produção de ligas de alumínio com propriedades mecânicas mais elevadas. Os primeiros experimentos foram através de tentativas e erros, aliados a
  • 23. 23 observações perspicazes, conduzindo a experiências posteriores baseadas no aumento do conhecimento dos princípios metalúrgicos fundamentais envolvidos (ABNT NBR 15446, 2007). O rápido e notável crescimento da importância do alumínio na indústria é resultado de uma série de fatores:  É um metal que possui excelente combinação de propriedades úteis resultando numa adequabilidade técnica para um campo extraordinário de aplicações em engenharia;  As atividades de pesquisa desenvolvidas pela própria indústria do alumínio, pelos laboratórios acadêmicos e pelos seus usuários têm levado a um maior conhecimento das características de engenharia deste metal, além do que técnicas de fabricação, de soldagem e de acabamento têm sido desenvolvidas, fazendo com que o alumínio seja considerado um material que não apresenta dificuldade nas suas aplicações;  Pode ser facilmente transformado, através de todos processos metalúrgicos normais, sendo assim viável à indústria manufatureira em qualquer forma que seja requerida;  Por fim, um fator importante na aceitação geral do alumínio tem sido a livre divulgação da indústria quanto às recomendações aos usuários e potenciais usuários do metal. 3.2.2. Algumas características do alumínio Uma combinação excepcional de propriedades faz do alumínio um dos mais versáteis materiais utilizados na engenharia, arquitetura e indústria em geral (PINIweb, 2016). 3.2.2.1. Resistência à corrosão Depois de algumas pesquisa, foi encontrada a explicação sobre a resistência a corrosão no portal INFOMET ( 2016 ), a maioria das ligas de alumínio apresenta boa resistência à corrosão em atmosferas naturais, água fresca, água do mar, muitos solos e substâncias químicas e à maioria dos alimentos, sendo que
  • 24. 24 recipientes com paredes finas de alumínio são capazes de resistir à perfuração. Uma superfície de alumínio pode não ser atraente devido à aspereza causada pela presença de pites de corrosão localizada, ou mesmo tornar - se fosca ou escura devido à retenção de sujeira, mas este ataque superficial suave não apresenta nenhum efeito em termos de durabilidade do produto. 3.2.2.2. Refletividade O alumínio tem uma refletividade acima de 80%, no qual permite ampla utilização em luminárias. Coberturas de alumínio refletem uma alta porcentagem do calor do sol, tanto que edificações cobertas com esse material são menos quentes no verão (AECweb, 2016). 3.2.2.3. Características de barreira O alumínio é um importante elemento de barreira à luz, é também impermeável à ação da umidade e do oxigênio, tornando a folha de alumínio um dos materiais mais versáteis no mercado de embalagens (ABAL, 2007). 3.2.2.4. Reciclagem A característica de ser infinitamente reciclável, sem perda de suas propriedades físico-químicas, torna o alumínio o metal de escolha, principalmente em embalagens para bebidas carbonatadas. Todas essas características apresentadas conferem ao metal alumínio uma extrema versatilidade. Na maioria das aplicações, duas ou mais destas características entram em jogo, como por exemplo: baixo peso combinado com resistência mecânica em aeronaves, vagões ferroviários, caminhões e outros equipamentos de transporte. A alta resistência à corrosão e a elevada condutibilidade térmica são importantes em equipamentos para a indústria química e petrolífera, propriedades que combinam com a atoxidade necessária em equipamentos de produção alimentícia.
  • 25. 25 Sua aparência atraente aliada à alta resistência às intempéries e baixos requisitos de manutenção proporcionam uma vasta utilização em todos os tipos de construção. A alta refletividade, a excelente resistência às intempéries e seu baixo peso específico são muito importantes em materiais de cobertura, facilitando, também, o manuseio e os custos de transporte. Muitas aplicações requerem extrema versatilidade que somente o alumínio possui. Diariamente, cada combinação de suas propriedades vem sendo trabalhada de novas formas. 3.2.3. Propriedades mecânicas As propriedades mecânicas devem ser determinadas de acordo com a ABNT NBR 7549 e atender ao quadro 1. A resistência ao dobramento para chapas solida é de 53Mpa, enquanto a rigidez e o momento resistente em função da espessura do painel devem estar de acordo com o quadro 2 (ABNT NBR 15446, 2007) Quadro 1 – Propriedades mecânicas das chapas sólidas externas Fonte: ABNT NBR 15446, 2007. Quadro 2 – Resistência do painel. Fonte: ABNT NBR 15446, 2007.
  • 26. 26 As propriedades mecânicas são determinadas através de ensaios rotineiros de amostras selecionadas como sendo representativas do produto. Estes ensaios mecânicos são normalmente destrutivos de modo que não devem ser efetuados em produtos acabados, pois alteram suas condições de funcionalidade. Obtêm-se corpos-de-prova de amostras que tenham sido elaboradas do mesmo modo que o produto, exceto no caso de peças fundidas e forjadas. Os ensaios de peças fundidas são feitos em corpos-de-prova do mesmo vazamento do metal da peça fundida e elaborados ao mesmo tempo. Com as peças forjadas, os ensaios, geralmente, são feitos em pedaços cortados do mesmo metal da peça. Os valores das propriedades mecânicas podem dividir-se em dois grupos: os de valores garantidos e os de valores típicos. Os valores garantidos são os valores mínimos estabelecidos pelas especificações. Os ensaios rotineiros garantem que todo o material obedece às especificações. Além disso, os ensaios rotineiros propiciam dados estatísticos para obterem-se os valores típicos. 3.2.4. Aplicação na construção civil Material leve, versátil, resistente, durável e bonito. Capaz de agradar arquitetos e consumidores por seu acabamento perfeito, praticidade e função decorativa, o alumínio está conquistando destaque cada vez maior dentro das mais variadas aplicações na construção civil, estando presente na cobertura, em telhas; nas fachadas e paredes, em revestimentos internos e externos e cortinas de vidro; na ventilação, iluminação e acabamento interno, em caixilhos, divisórias, forros e pisos, e nos elementos decorativos, como molduras para pontos de eletricidade, entre outros produtos desenvolvidos com variedades de detalhes e concepções arquitetônicas modernas.(Hydro, 2013)
  • 27. 27 3.2.4.1. Esquadrias e revestimentos A caixilharia de alumínio é uma das grandes vitrines do metal na construção civil. Sua beleza, com variada disponibilidade de cores, acabamentos, formas e usos, associada à resistência e à vida útil, revelam o padrão futurista que o alumínio proporciona e vai muito além de qualquer outro material concorrente, consagrando esta aplicação. As esquadrias de alumínio conquistaram definitivamente a preferência de arquitetos e projetistas em obras de todo porte, desde as pequenas obras populares até as grandes obras de alto padrão. Essas mesmas qualidades influenciam a decisão dos profissionais da construção civil no momento de definir revestimentos e decoração. Várias opções trazidas para o mercado brasileiro nos últimos anos tornaram mais acessíveis esta utilização do alumínio em fachadas envidraçadas, revestimentos de interiores e exteriores e decoração. Pelo elevado nível tecnológico, as fachadas-cortina em alumínio estão desempenhando atualmente um papel estético e funcional fundamental na arquitetura contemporânea. Além de atuarem como “faces” dos edifícios, confundindo-se com o conjunto, estas fachadas garantem interação perfeita entre os ambientes internos e externos nas mais extremas condições de frio, calor, luz, chuva, vento, poeira, poluição ou ruído. A paisagem urbana já está familiarizada com seu uso no revestimento externo de prédios industriais, residenciais, comerciais, “shopping centers” e aeroportos. Agora, este recurso inovador já está sendo utilizado “dentro de casa”, em revestimentos de interiores, por sua beleza e praticidade. Afinal, são produtos leves, resistentes, não inflamáveis, recicláveis, fáceis de conservar, de longa durabilidade e que permitem soluções criativas em qualquer tipo de projeto. A Figura 1 mostra um exemplo típico de esquadria.
  • 28. 28 Figura 1 – Detalhe de uma esquadria de alumínio. Fonte: ABAL, 2007 3.2.4.2. Telhas Cada vez mais empregadas em coberturas e revestimentos de prédios não- residenciais (Figura 2), as telhas de alumínio (Figura 3) oferecem vantagens que as distinguem de outros materiais, como o fibrocimento. São mais leves (seu peso específico equivale a um terço do aço), mais resistentes às intempéries, além de elevada resistência à corrosão atmosférica, garantindo às telhas de alumínio longa vida útil, superior às outras telhas metálicas. Sua refletividade reduz a temperatura das instalações e a condutibilidade térmica, dissipa rapidamente o calor acumulado, favorecendo o conforto nos ambientes em que são aplicadas. Esse tipo de telha não possui muitas desvantagens, exceto pelo custo e a necessidade de um profissional para realizar a instalação, pois elas são difíceis de se instalar. Elas necessitam de pinturas periódicas como parte da manutenção. A resistência mecânica e a economia permitida pelas extensões do material (até 12 metros) são outros pontos a seu favor.
  • 29. 29 Figura 2 – Cobertura de alumínio não residencial. Fonte: ABAL, 2007. Figura 3 – Telhas de alumínio pré-pintadas Fonte: ABAL, 2007.
  • 30. 30 3.2.4.3. Estruturas Aplicação significativa tem sido estruturas para grandes vãos, chamadas de estruturas espaciais de alumínio aplicadas em edifícios industriais, “shopping centers”, terminais rodoviários e metroviários, aeroportos e ginásios poliesportivos, facilitando o transporte, a montagem e o manuseio no canteiro de obras (Figura 4). A utilização de estruturas de alumínio é principalmente pesquisada em função da economia de peso ou de condições ambientais corrosivas. A economia de peso é usualmente associada com redução de custos de material. Um projeto eficiente consiste frequentemente no estabelecimento de um compromisso entre custo de material e custo de mão-de-obra. Comparadas com estruturas de aço, as estruturas de alumínio podem conduzir a reduções de peso variáveis entre 40- 70. Figura 4 – Estrutura espacial. Fonte: ABAL, 2007.
  • 31. 31 4. METODOLOGIA 4.1. Coleta de dados O atual trabalho constitui-se de uma pesquisa bibliográfica, voltada para a verificação de todas as pressuposições publicadas em congressos e revistas nacionais do ano de 1998 a 2016, sobre o Lean Construction e o uso do alumínio aplicado ao setor da construção civil. A opção pesquisa acadêmica do Google foi a principal fonte de pesquisa. 4.2. Análise dos dados Foram obtidos os dados por meio de uma pesquisa exploratória de normas, livros e arquivos acadêmicos.
  • 32. 32 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1. Princípios da Lean Construction e sua aplicabilidade na construção civil Em virtude das próprias particularidades do setor da construção foi proveitoso encontrar uma metodologia que conseguisse elevar a sua produtividade. Com o êxito da Lean, propriamente adequada, ao setor da construção civil e está cada vez com mais força. A seguir serão apresentados alguns princípios da Lean Construction, e suas aplicabilidades ao setor da construção resultou no seguinte: I) Ampliar a flexibilidade do serviço/produto – Cada cliente tem um próprio conceito pelo que se devem expandir as possibilidades apresentadas sem, entretanto elevar o custo, ou seja, é possível que com base na transparência e na diminuição do tempo de ciclo, eleve a versatilidade do produto e/ou serviço; II) Aprimorar continuamente os processos – Com o avanço contínuo dos processos eleva a concorrência devido às outras empresas reduzirem o custo e aprimorarem produto/serviço; III) Aumentar o valor do produto/serviço considerando todas as determinações definidas pelo cliente – Supõe-se que um determinado produto/serviço tem valor se preenche todas as determinações definidas pelo cliente, ou interno ou externo, ou seja, que lhe agrade. O cliente interno é encarregado pela próxima atividade e o cliente externo é o comprador; IV) Benchmarking – Atua para que se conheçam os pontos fracos e fortes da organização, bem como os chefes do setor e suas práticas, podendo introduzir as melhores práticas na empresa por forma a ser antagonista; V) Evidenciar o controle no processo global – Expandir a melhoria contínua e o desempenho da organização é indispensável que todos os negócios dentro da empresa estejam equiparados para a efetivação do objetivo por ela definido. Determina que o processo global seja equilibrado; VI) Facilitar, por meio da redução o número de tarefas– Representa o modo mais simples do sistema produtivo por meio da diminuição do número de tarefas do fluxo de trabalho. É, contudo alcançada a partir de uma nova configuração das
  • 33. 33 tarefas ou até mesmo na exclusão das atividades que não possuem importância significativa; VII) Limitação das atividades que geram desperdícios – A Lean Construction têm como propósito fundamental eliminar todas as atividades que não agregam valor ao produto/serviço final, ou seja, que geram um certo desperdício, como por exemplo as inspeções, movimentações ou períodos de espera. Contudo, vale enfatizar que somente cerca de 20% da parcela, confere valor ao produto; VIII) Moderação da versatilidade – A versatilidade amplia a quantidade de atividades que geram desperdício ou não agrega valor ao serviço/produto final, porém esta irá refletir no tempo de produção do mesmo. O serviço executado por meio da padronização eleva o seu valor e eficiência, na concepção do cliente, ao reduzir a insegurança. IX) Moderação do período do ciclo – O período pode ser determinado com a unidade de medição do fluxo de processos, e se resulta à soma de todos os períodos de processamento, por exemplo, a espera, inspeção e transporte obtêm o ciclo de períodos para a realização de determinado produto. Ao diminuir ou excluir os períodos de processamento amplia-se o rendimento uma vez que se reduz o ciclo do período; X) Permanecer com o equilíbrio entre as melhorias do fluxo e nas conversões – Os fluxos e as conversões estão intimamente ligados. De acordo com o autor citado acima: Quanto maior for o fluxo, menor será a capacidade de conversão; Com um investimento mais baixo em equipamentos; Possibilita a execução de novas tecnologias de conversão; Variabilidade inferior no sistema produtivo; XI) Prosperar a transparência do processo – Moderar o desperdício e atividades que não incorporam valores, através de evidenciar os erros e facilitar as operações de controle. Incentiva a melhoria contínua. 5.2. Praticas que evidenciam o uso da Lean Construction no canteiro de obra 5.2.1. Agenda do tático Tem como objetivo estabelecer diretrizes e regras para o aperfeiçoamento dos procedimentos operacionais e de serviços adotados pela empresa através dos registros, na agenda de melhorias, de problemas ou melhorias detectadas durante a
  • 34. 34 execução de um processo ou serviço, afim de que os mesmos tornem-se ações preventivas ou corretivas. 5.2.2. Andon e Kanban De acordo com Coriat (1994) apud Silva (2000) a ferramenta Andon (Figura 5), possibilita controle e/ou gestão visual. Torna literalmente visível o andamento da produção: excesso ou falta de estoque; interrupção do fluxo por qualquer problema. É um indicador luminoso que fica suspenso acima da linha de produção. Indica normal quando a luz verde acende. Indica regular quando a luz laranja acende, e indica para quando a luz vermelha acende. Já a ferramenta Kanban (Figura 6) funciona como uma forma de controle visual que objetiva a obtenção de alta produtividade através de práticas eficazes, sem desperdício de tempo, atingindo o balanceamento da produção entre todas as células, sendo um cartão de sinalização que controla os fluxos de produção em uma indústria. O cartão pode ser substituído por outro sistema de sinalização, como luzes, caixas vazias e até locais vazios demarcados. A figura 8 demonstra o cartão informativo utilizado pelo sistema Kanban, onde as informações da programação diária são gerenciadas. Através deste sistema, o processo precedente fabrica somente a quantidade utilizada pelo processo subsequente, eliminando a necessidade de uma programação para todos os processos de produção e impedindo a superprodução. (SPOSITO 2003). Figura 5 – Andon: Sistema de Luzes Fonte: Procedimento Administrativo da Moura Dubeux, 2016.
  • 35. 35 Figura 6 – Cartão Kanban. Fonte: Slidesharecdn, 2015. 5.2.3. Diagrama de ritmo e diagrama de sequencia A utilização de tempos médios na determinação de um tempo padrão de realização de tarefas não garante movimentos de trabalhos idênticos, já que as diferenças nos tempos são causadas pelas diferenças nos movimentos. O SPT, por sua vez, busca intensamente reduzir o tempo padrão de realização de determinada tarefa através da eliminação de ações e movimentos desnecessários realizados por operadores responsáveis para executar determinada atividade. A folha de trabalho padrão contém informações simples e objetivas, sendo criada para auxiliar a compreensão dos operadores e possui alguns elementos importantes descritos por OHNO (1997), como o tempo de ciclo, a sequência do trabalho e o estoque padrão, sendo fixada em local bem visível em cada estação de trabalho, atuando como um meio de controle visual. Também é utilizada no treinamento de novos funcionários, garantindo um aprendizado rápido e eficaz, pois eles continuam a utilizar o roteiro da operação padrão até que estejam familiarizados com as técnicas. O tempo de ciclo é o tempo necessário para se produzir uma peça ou unidade. Esse tempo é estabelecido para evitar a superprodução, gerando estoques, ou um atraso da produção, comprometendo o processo seguinte. Já a sequência de trabalho não se refere à ordem de processos, mas à ordem de operações em que um operário processa itens. Essa sequência é descrita de forma bem detalhada para que não haja dúvidas quanto à realização de uma tarefa e para que a mesma não seja desenvolvida com movimentos desnecessários.
  • 36. 36 5.2.4. Gerência de fluxo É a equipe que produz e/ou entrega os materiais necessários à obra, dentro de um tempo disponível capaz de atender os clientes internos, nunca comprometendo o prazo diário ou final da obra. 5.2.5. Heijunka É a criação de uma programação nivelada através do sequenciamento de pedidos em um padrão repetitivo e do nivelamento das variações diárias de todos os pedidos para corresponder à demanda no longo prazo. Dito de outra maneira, heijunka é o nivelamento das quantidades e tipos de produtos. A programação da produção através do heijunka permite a combinação de itens diferentes de forma a garantir um fluxo contínuo de produção, nivelando também a demanda dos recursos de produção Figura 7. O heijunka, da forma como é utilizado na Toyota, permite a produção em pequenos lotes e a minimização dos inventários (GHINATO 1996) Figura 7 – Heijunka Box. Fonte: Moura Dubeux Engenharia, 2016.
  • 37. 37 5.2.6. Kanban de estoque Com o objetivo de eliminar os estoques excessivos em processo, a folha de trabalho padrão também informa o estoque padrão, ou seja, uma quantidade mínima de peças que devem ser mantidas em estoque para manter a continuidade do processo (SPÓSITO, 2003). A folha de trabalho funciona como uma forma de controle visual, como mostrado na figura 8, que objetiva a obtenção de alta produtividade através de práticas eficazes, sem desperdício de movimentos, atingirem o balanceamento da produção entre todos os processos e manter somente uma quantidade mínima de material em processo necessário às atividades (ONHO, 1997). Figura 8 – Controle de estoque. Fonte: Gabriel Bacelar Construções, 2012. 5.2.7. Kaizen “Kaizen é conferir vantagens competitivas às empresas e instituições públicas, através, por exemplo, do aumento de produtividade, rentabilização e motivação de recursos, eliminação de desperdícios, redução de tempos de produção ou otimização de equipamentos. O Kaizen programa as estratégias necessárias para
  • 38. 38 que a Melhoria contínua seja uma prática permanente dentro das organizações” (Institute K., Kaizen, 2014) O trabalho coletivo prevalece sobre o individual, conforme mostrado na figura 9. O ser humano é visto como o bem mais valioso das organizações, e deve ser estimulado a direcionar seu trabalho para as metas compartilhadas da empresa, atendendo suas necessidades humanas e se realizando por meio do trabalho. Sendo assim, a satisfação e responsabilidade valores do coletivo. Estas mudanças nos valores dos indivíduos e da organização são extremamente difíceis de ocorrer, mas não são impossíveis. De forma geral, melhorias feitas nos processos que envolvem melhorar continuamente as rotinas das Empresas são intituladas de Kaizen (melhorias contínuas). Figura 9 – Fundamentos do Kaizen. Fonte: Institute K. , Kaizen, 2014. 5.2.8. Ordens de serviço São elaboradas com base no plano de médio prazo, confirmando-se a locação das equipes de produção e considerando-se qualquer programação de atividades não executadas, contendo dados sobre as atividades a executar, as equipes responsáveis, a duração, os custos e campos para avaliação da eficácia. 5.2.9. Percentual e Planejamento Concluído (PPC) Este indicador é calculado pela divisão entre o número de tarefas executadas integralmente e pelo número de tarefas planejadas para o mesmo período. A utilização do PPC é a identificação das causas dos problemas pelos quais as tarefas do plano em curto prazo não são completadas integralmente, devendo ser utilizada de forma conjunta com outras ferramentas proporcionando ações para que se possam reduzir a variabilidade do processo de planejamento. Nesse caso, o
  • 39. 39 acompanhamento da variabilidade do PCC indica se as ações realizadas para a minimização ou eliminação de tais tarefas estão surgindo efeito (BALLARD 1997). 5.2.10. Planejamento de médio prazo (Lookahead planning) e Linha de Balanço O planejamento de médio prazo, também denominado de lookahead planning, tem como principal função o ajuste dos planos produzidos no planejamento de longo prazo, onde foi aplicada a técnica da Line of Balance - LOB, considerada também como um segundo nível de planejamento, o tático, que busca vincular as metas fixada no plano mestre com aquelas designadas no curto prazo. Estes ajustes devem contemplar a compatibilização entre os recursos disponíveis, a capacidade de produção das equipes e o cumprimento de prazos e custos (BALLARD, 1997). O plano de médio prazo típico possui um horizonte de quatro semanas, contadas a partir da segunda semana, pois a primeira corresponde ao horizonte compreendido pelo plano de curto prazo (BERNARDES, 2003). A linha de balanço é uma técnica de planejamento e controle que considera o caráter repetitivo das atividades de uma edificação. Por meio desta ferramenta, o engenheiro da obra passará a ter uma visão mais simples da execução das atividades servindo assim, como uma ferramenta de apoio onde poderá dispor de uma técnica eminentemente gráfica (visual) do progresso das atividades e do impacto da produção quando da alteração de precedências e/ou recursos da obra. 5.2.11. Projeto de produção MELHADO (1998) definiu Projeto de produção como: “conjunto de elementos de projeto elaborados de forma simultânea ao detalhamento do projeto executivo, para utilização no âmbito das atividades de produção da obra, contendo as definições de: disposição e sequência de atividades da obra e frentes de serviço, utilização de equipamentos, arranjo e evolução do canteiro, dentre outros itens vinculados às características e recursos próprios da empresa construtora”. Estes procedimentos caracterizar-se-iam pela prescrição detalhada das técnicas construtivas, das ferramentas e materiais empregados em cada serviço, configurando padrões de referência a serem seguidos, além de tratarem de requisitos para compra e recebimento de materiais da construção.
  • 40. 40 5.3. Benefícios do alumínio para construção civil O alumínio possui algumas particularidades possibilita que ele tenha aplicações diferentes. Diante disso, o metal é um dos mais utilizados no mundo todo. Material durável e leve, o alumínio mostra um desempenho surpreendente e propriedades excelentes na maioria das aplicações. Produtos que utilizam o alumínio ganham também competitividade, em função das inúmeras particularidades que este metal inclui como será mostrado a seguir:  Beleza: A aparência externa do alumínio, além de proporcionar um acabamento agradável somente com sua aplicação pura, percebe-se a modernidade em qualquer aplicação por ser um material nobre, limpo e que não se deteriora com o passar do tempo. Por outro lado, o metal permite uma ampla gama de aplicações de tintas e outros acabamentos, mantendo sempre o aspecto original e permitindo soluções criativas de design;  Construções sustentáveis: O alumínio é um grande aliado na construção civil para tornar empreendimentos mais sustentáveis. Entre as soluções estão janelas integradas com persianas de alumínio e outros sistemas inteligentes para o aproveitamento da iluminação natural e o conforto térmico e fachadas fotovoltaicas que convertem radiações solares em energia elétrica;  Durabilidade: O alumínio oferece uma excepcional resistência a agentes externos, intempéries, raios ultravioleta, abrasão e riscos, proporcionando elevada durabilidade, inclusive quando usado na orla marítima e em ambientes agressivos. O alumínio tem uma autoproteção natural que só é destruída por uma condição agressiva ou por determinada substância que dissipe sua película de óxido de proteção. Essa propriedade facilita a conservação e a manutenção das obras, em produtos como portas, janelas, forros, telhas e revestimentos usados na construção civil;  Maleabilidade e soldabilidade: A alta maleabilidade e ductilidade do alumínio permite à indústria utilizá-lo de diversas formas. Suas propriedades mecânicas facilitam sua conformação e possibilitam a construção de formas adequadas aos mais variados projetos;  Resistência a corrosão: O alumínio tem uma autoproteção natural que só é destruída por uma condição agressiva ou por determinada substância que dissipe sua película de óxido de proteção. Essa propriedade facilita a
  • 41. 41 conservação e a manutenção das obras, em produtos como portas, janelas, forros, telhas e revestimentos usados na construção civil, bem como em equipamentos, partes e estruturas de veículos de qualquer porte. Nas embalagens é fator decisivo quanto à higienização e barreira à contaminação;  Possibilidade de muitos acabamentos: Seja pela anodização ou pela pintura, o alumínio assume a aparência adequada para aplicações em construção civil, por exemplo, com acabamentos que reforçam ainda mais a resistência natural do material à corrosão.
  • 42. 42 4. CONCLUSÕES / CONSIDERAÇÕES FINAIS A construção enxuta (Lean Construction) sugere soluções para melhoria dos processos construtivos, não baseada exclusivamente em novas tecnologias, e sim, direciona os esforços para a racionalização dos processos, através da otimização dos fluxos existentes. A Construção enxuta consegue adaptar-se às particularidades que como o setor da construção civil se apresenta, ajuda a enxergar os processos com uma visão mais ampla, visualizando etapas mais além, ver um processo como todo e não como algo pontual, ajudando a melhores gerenciamentos e planejamentos dos processos executivos. O sistema Lean Construction oferece a indústria da construção civil benefícios, como o principal a redução de custos, que cada vez mais se torna uma ferramenta indispensável para à linha de produção neste atual cenário de competitividade de mercado. Por fim, ficou mais fácil entender o porquê da utilização do alumínio na construção civil, é o material ideal para empreendimentos sustentáveis, sendo largamente aplicado como solução nos chamados “green buildings”. Ele é infinitamente reciclável e traz vantagens em eco eficiência, uma vez que, aliado a outros materiais, propicia um ótimo padrão de isolamento térmico e, por isso, contribui para a economia no consumo de energia elétrica. Importante destacar também que o alumínio permite inúmeras possibilidades arquitetônicas que favorecem o melhor aproveitamento da iluminação natural. Permite uma diversidade de formatos, designs, pelo fato de que o seu processo de transformação obtêm praticidade, produtividade num processo industrial, quando comparado com outros materiais.
  • 43. 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABAL. Associação Brasileira do Alumínio. [Acesso em: 05 nov. 2016]. Disponível em: <http://www.abal.org.br/> ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7549:Aluminio e suas ligas – Produtos laminados, extrudados e fundidos – Ensaio de Tração. São Paulo, 2008. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15446:Painéis de chapas sólidas de alumínio e painéis de material composto de alumínio utilizados em fachadas e revestimentos arquitetônicos– Requisitos. São Paulo, 2007. AEC. Arquitetura, Engenharia e Construção. [Acesso em: 21 nov 2016]. Disponível em: < http://www.aecweb.com.br/> AZEVEDO, V. S. (2010); Planejamento de atividades da construção predial visando à redução de perdas de processo na ótica da construção enxuta. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil), Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ. BENETTI, P.H. (2010); Diretrizes para avaliar a estabilidade do fluxo de valor sob a perspectiva da mentalidade enxuta. Tese (Doutorado em Engenharia), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre – RS. BERNARDES, M. M. S. (2003); Planejamento e Controle da Produção para Empresas de Construção Civil. Rio de Janeiro, LTC. CBIC. Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Minha Casa, Minha Vida. [Acesso em: 01 nov. 2016]. Disponível em: <http://www.cbicdados.com.br/>. CÔRTES, A. M. M. (2014); Impactos da metodologia lean production em obras de engenharia. Trabalho Final (Engenharia Civil), Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ. DENARI, C. G. P. (2010); Aplicação dos princípios da construção enxuta em empresas construtoras. Trabalho de conclusão de curso (Engenharia Civil), Universidade Federal de São Carlos, São Carlos – SP. FORMOSO, C. T. (2005); Lean Construction: Princípios Básicos e Exemplos. Porto Alegre: Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. GEHBAUER, F. (2004); Racionalização na construção civil: como melhorar processos de produção e de gestão. Recife: Projeto Competir. GHINATO, P. Sistema Toyota de Produção - Mais do que Simplesmente Just-In- Time. Editora da Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 1996
  • 44. 44 GONÇALVES, R. H.; KAUFMANN, M. P.; SOUZA, A. M. Utilização de conceitos da lean construction para análise de perdas na execução de uma obra rodoviária. Espacios [online] (2014), v. 35, n. 2, p. 14. [Acesso em: 05 nov. 2016]. Disponível em: <http://www.revistaespacios.com/a14v35n02/14350214.html>. Norsk Hydro ASA. [Acesso em 01 dez 2016]. Disponível em < http://www.hydro.com/> Infomet. Portal Infomet. [Acesso em: 21 nov 2016]. Disponível em: http://www.infomet.com.br/site/metais-e-ligas-conteudo-ler.php?codAssunto=59> ISATTO, E.L. et al. (2000) - Lean Construction: diretrizes e ferramentas para o controle de perdas na Construção Civil. 177p .Porto Alegre, SEBRAE/RS. KOSKELA, L. (1992); Application of the New Production Philosophy to Construction. Technical Report, Finland: CIFE. [Acesso em: 05 nov. 2016]. Disponível em: <http://leanconstruction.wordpress.com/downloads>. KOSKELA, L. (1999) - We need a theory of construction. Berkeley-Stanford CE&M Workshop. Defining a Research Agenda for AEC. KOSKELA, L. (2000) - An exploration Towards a production theory and its application to construction exploit 2000. Technical research center of Finland, VTT Publication. OHNO, T. (1997); O Sistema Toyota de Produção: Além da Produção em Larga Escala. Porto Alegre: Artes Médicas. PERETTI, L. C.; FARIA, A. C.; SANTOS, I. C. (2013); Aplicação dos princípios da construção enxuta em construtoras verticais: estudo de casos múltiplos na região metropolitana de São Paulo. In: Encontro da ANPAD – EnANPAD, 37., Anais . PICCHI, F. A. (2001) - Lean Thinking (Mentalidade Enxuta): Avaliação Sistemática do Potencial de Aplicação no Setor de Construção. Simpósio Brasileiro de Gestão da Qualidade e Organização do Trabalho no Ambiente Construído. Artigo técnico, Fortaleza – CE. PICCHI, F. A. (2013); Oportunidades da aplicação do Lean Thinking na construção. Revista Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 03. Revista Espacio. Experiências sobre a implementação da filosofia lean em uma obra de condomínio horizontal de interesse social em Santa Maria – RS [Acesso em: 21 nov 2016]. Disponível em: <http://www.revistaespacios.com/a15v36n16/15361604.html> SARCINELLI, W. T. (2008); Construção enxuta através da padronização de tarefas e projetos. Monografia (Especialização em Construção Civil), Universidade Federal de Minas Gerais, Vitória, ES. SHINGO, S. (1996); O Sistema Toyota de Produção. Porto Alegre: Bookmann.
  • 45. 45 SILVA, Ângela Maria de Araújo. Sistema de custeio para apoio a gestão da manutenção: preposição modelo. Dissertação apresentada a Universidade Federal de Pernambuco para a obtenção do titulo de mestre em engenharia de produção, PPGEP – UFPE. Recife, 2000. WOMACK; J. P.; JONES, D. T. (2004); A mentalidade enxuta nas empresas: Lean Thinking. São Paulo: Campus