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BIODIVERSIDADE OU
DIVERSIDADE BIOLÓGICA?
BIODIVERSIDADE OU
DIVERSIDADE
BIOLÓGICA?
 O termo “biodiversidade” é uma
contração de “diversidade
biológica” e foi popularizado pelo
simpósio, seguido da publicação
do livro de mesmo título,
“Biodiversity” de Edward Osborne
Wilson (1986).
 Adotada por Huston (1994),
engloba todos os níveis de variação
natural, do nível molecular e
genético até o nível de espécies.
Edward Osborne Wilson
Biodiversidade
“O número de taxa numa área local (diversidade alfa) ou região
(diversidade gama)”.
“Também, uma medida da variedade de taxa numa
comunidade que leva em consideração a riqueza (número de
espécies) e a abundância relativa (número de indivíduos em
cada espécie)”
O conceito (RICKLEFS, 2003).
 DIVERSIDADE GENÉTICA: refere-se à variação dos genes
dentro das espécies, cobrindo diferentes populações da
mesma espécie ou a variação genética dentro de uma
população.
 DIVERSIDADE DE ESPÉCIES: refere-se à variedade de
espécies existentes dentro de uma região.
 DIVERSIDADE DE ECOSSISTEMAS: refere-se à variedade de
ecossistemas de uma dada região.
Biodiversidade: começando a entender..
 Refere-se a variação em todos os níveis de organização biológica
 A Convenção de Diversidade Biológica, 1992:
 “Diversidade Biológica significa a variabilidade entre organismos vivos de todas
todas as origens incluindo terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos
e os complexos ecológicos dos quais fazem parte; compreende a diversidade
entre organismos de uma espécie, entre espécies e ecossistemas”.
 Foco na conservação: uso sustentável de seus componentes.
Biodiversidade (Gaston & Spicer, 2004)
Fonte: Tarcísio Cordeiro
Fonte: Tarcísio Cordeiro
Como medir a biodiversidade?
Medir de alguma forma para responder:
 Se/Como mudou a biodiversidade ao longo do tempo?
 Onde ocorre?
 Como preservar?
Geralmente inclui:
a) Número de entidades;
b) Grau de diferença (dissimilaridade) entre as entidades;
Ex: riqueza de ESPÉCIES (a) e NÚMERO de indivíduos/ESPÉCIE (b)
(Gaston & Spicer, 2004)
Medidas de Biodiversidade
 Qual
local/amostra é
mais Biodiversa????
Riqueza de
espécies X
Regularidade das
espécies
Medidas de Biodiversidade
Diferentes medidas  diferentes respostas para
ações de conservação/ planejamento.
- Qual componente da Biodiversidade está
sendo considerado?
Diversidade Genética – componente crítico
- Medida:
- Diretamente – identificando genes e
cromossomos;
- Indiretamente – quantificando variação
fenotípica assumindo a base genética;
Medidas de Biodiversidade
(http://www.intertropi.ufam.edu.br/docs/ibb021_aula_2.pdf)
Medidas de Biodiversidade
(Gaston & Spicer, 2004)
Medidas de Biodiversidade
 Objetivo: em quatro anos, sejam catalogados 120 mil exemplares na base Bold;
 São conhecidas (nome científico) cerca de 50 mil espécies de vertebrados, 800 mil espécies de insetos, 200 mil espécies de
plantas com flores.
 “Estima-se que o número de espécies ignoradas seja da ordem de 10 vezes o número das espécies identificadas
taxonomicamente.
 Desconhecidas: 15% para as plantas, 65% para moluscos, 80% para protozoários, 90% para insetos e 99% para bactérias, por
exemplo.
Projeto PJ07
Grupo taxonômico FUNGOS
Nº espécimes/Indivíduos/amostras com DNA
total extraído 2128
Nº espécies com DNA total extraído 715
Nº espécimes/Indivíduos/amostras com
segmento-alvo amplificado por PCR 1306
Nº espécies com segmento-alvo amplificado
por PCR 454
Nº espécimes/Indivíduos/amostras com região
de barcode sequenciada 1044
Nº espécies sequenciadas com região de
barcode sequenciada 328
Projeto PJ11
Grupo taxonômico PEIXES
Nº espécimes/Indivíduos/amostras
com DNA total extraído 14776
Nº espécies com DNA total 14776
Nº espécimes/Indivíduos/amostras
com segmento-alvo amplificado
por PCR 14776
Nº espécies com segmento-alvo
amplificado por PCR 1724
Nº espécimes/Indivíduos/amostras
com região de barcode
sequenciada 11365
Nº espécies sequenciadas com
região de barcode sequenciada 1724
http://www.brbol.org/pt-br/content/brbol-brazilian-barcode-life-0
Medidas de Biodiversidade
 Plantas
 Animais
Slide: Margarida Barbara Teixeira
Sistemas de classificação
Sistemas de classificação
(http://www.intertropi.ufam.edu.br/docs/ibb021_aula_2.pdf)
Medidas de Biodiversidade
Riqueza de Espécies
Motivos:
1. Possível de se medir na prática (apesar de depender da
taxonomia);
2. Informação pré-existente – Museus e Herbários;
3. Indicador de outras variações de biodiversidade –
componentes genético, de organismos e ecológico;
4. Ampla aplicação – espécie é usualmente considerada
unidade para: manejo, legislação e tradição (nomes
populares)
Medidas de Biodiversidade- Riqueza de Espécies
Relações entre riqueza de espécies e: (a) riqueza familiar para Moluscos bentônicos do Pacífico Oriental em diferentes bandas
latitudinais; (B) riqueza genérica para fungos macromicetos para áreas do Reino Unido; (C) riqueza de caracteres para abelhas
entre 611.000 km2; (d) diversidade funcional (uma medida da extensão das diferenças funcionais entre um conjunto de
espécies).
(a- Roy et al., 1996; b- de Balmford et al., 2000; c- Williams & Humphries, 1996; d- Petchey & Gaston, 2002.)
- Riqueza: número de espécies encontrado em uma comunidade.
- Abundância: número total de indivíduos encontrados de cada
espécie.
- Diferentes tipos de diversidade: Onde há maior
diversidade???
X
Medidas de Biodiversidade- Riqueza de Espécies
 Abundância uniformemente distribuída: sem nenhuma espécie
dominante, apresenta o maior valor de biodiversidade possível.
 Abundância desigualmente distribuída: há grande diferença entre as
espécies, possuindo uma dominante dentro da comunidade
resultando em um menor valor para biodiversidade local.
X
Medidas de Biodiversidade- Riqueza de Espécies
Medidas de Biodiversidade- Riqueza de Espécies
Dentro de uma comunidade a abundância de cada espécie pode refletir a
variedade e a abundância dos recursos disponíveis para cada população
bem como a influência de outros fatores que regulam o número de
espécies, como a pressão exercida por predadores e competidores.
A abundância de uma espécie pode indicar o equilíbrio entre diversos fatores e processos
dentro de uma população, e variações desses fatores podem aumentar ou diminuir a
abundância.
Métodos matemáticos de biodiversidade
Robert Whittaker (1972) descreveu três termos para medir a biodiversidade quanto às escalas
espaciais a partir do que ocorre com os padrões geográficos de biodiversidade.
DIVERSIDADE ALFA OU LOCAL (α): o número de espécies encontrado em um habitat
uniformemente distribuído dentro de uma região.
 a diversidade pontual na unidade amostral;
 é normalmente expressa pelo número de espécies (ou seja, a riqueza de espécies) existentes
nesse ecossistema.
Ex: diversidade em um campo sujo ou uma mata de galeria.
Whittaker R.H. Evolution and measurement of species diversity. Taxon, 21:213-251, 1972
Métodos matemáticos de biodiversidade
DIVERSIDADE BETA (β): refere-se à substituição de espécies de um habitat para outro
dentro da mesma região.
OU quantidade de variação de composição numa amostragem (coleção de Unidades
amostrais)
Ex: Diferença de espécies entre campo sujo e mata de galeria.
Equação: β = γ / α
Métodos matemáticos de biodiversidade
Floresta Atlântica pernambucana, Araújo-Silva et al., (2014)
Métodos matemáticos de biodiversidade
DIVERSIDADE GAMA OU REGIONAL (γ): se refere ao número de espécies
encontradas em todos os habitats de uma determinada região.
- diversidade geral numa coleção de unidades amostrais,
- Hunter (2002) define diversidade gama como "a diversidade de espécies
em escala geográfica“
Ex: diversidade no Cerrado.
FINA, B. G.; MONTEIRO, R.Análise da estrutura arbustivo-arbórea de uma área de cerrado sensu stricto, município de Aquidauana-Mato Grosso do Sul. Rev. Árvore [online]. 2013, vol.37, n.4,
pp.577-585
Índices de biodiversidade
Índice de Simpson D: Medida da Probabilidade de dois indivíduos em uma
mesma amostra pertencerem à mesma espécie
leva em consideração a regularidade das abundâncias das espécies e, por
o valor de D pode variar de 1 a S, onde S é o número total de espécies numa
amostra.
Índice de Shannon-Weaver (H’): É uma medida da desordem (entropia) da
amostra.
pi é a proporção das espécies na amostra total e loge pi é o logarítimo
neperiano da proporção das espécies
Mas existem outros....
Índice de Margalef o denominador é constituído pelo logaritmo natural de N.
Índice de Menhinick, o denominador é a raiz quadrada de N (Peet 1974).
Índice alfa da Série Logarítmica proposta por Fisher et al. (1943)
Softawares
Ecolog- http://ecolog.sourceforge.net/
QGIS - http://www.qgis.org/en/site/
NTSYS....PRIMER...BIOESTAT....
Quanto temos de biodiversidade?
pinterest.com
SOBRE O BRASIL...
 30 mil quilômetros/ 35 mil amostras: os cientistas analisaram 579
 "Descrevemos cerca de cinco mil comunidades de vírus – só 39 dessas eram conhecidas. E para os
protozoários, estimamos algo como 150 mil tipos“.
 "Há cerca de 11 mil espécies de plâncton formalmente descritas, mas temos provas de que há pelo menos
dez vezes mais que isso", diz Bowler.
 A maioria dos organismos encontrados já havia sido observada antes, mas análises genéticas revelaram
muitos genes desconhecidos.
 "Temos (catalogados) 40 milhões de genes – e cerca de 80% deles são novos para a ciência", afirma o
pesquisador.http://science.sciencemag.org/content/348/6237
Como os organismos em
geral encontram-se
distribuídos??
Grandes unidades de área que contém assembleias de
espécies delimitadas geograficamente com condições
ambientais geograficamente distintivas;
 867 terrestres (Olson et al. 2001)
 426 água doce (Abell et al. 2008)
 232 costeiras e marinhas (Spalding et al. 2007)
(Gaston, 2010)
Diversidade Ecológica- Ecorregiões
 14 terrestres (Olson et al. 2001)
(Gaston, 2010)
Diversidade Ecológica- BIOMAS
 8 terrestres: Australásia, Antárctica, Afrotrópico, Indo-Malásio, Neártico, Neotrópico, Oceania e
Paleártico (Olson et al. 2001).
(Gaston, 2010)
Diversidade Ecológica- Reinos Biogeográficos
12 Marinhos:
Atlântico Norte Temperado;
Pacífico Norte Temperado;
Atlântico Tropical;
Indo-Pacífico Ocidental;
Indo-Pacífico Central;
Indo-Pacífico Oriental;
Pacífico Oriental Tropical;
América do Sul Temperada;
África Meridional Temperada;
Australásia Temperada;
Oceano Austral;
(Spalding et al. 2007)
Diversidade Ecológica- Reinos Biogeográficos
 Padrões de riqueza e mecanismos associados:
1) Escala dos padrões;
2) Padrões espaciais de diversidade;
3) Gradientes de biodiversidade e mecanismos;
4) Congruência de diversidade de diferentes grupos;
Mapeamento da Biodiversidade
1) Escala dos padrões - Níveis de riqueza de espécie (S)
dependem da escala de observação:
 Relações espécie-área
 Relações de riqueza local-regional
Relações espécie-área:
com o aumento da área, aumenta-se o número de espécie ali contidas:
S = c Az ou log S = log c + z log A
Onde S = n de espécie; A = área e z e c são constantes
Sugere que a perda de 90% de habitat (área) resultará em perda de 50%
das espécies
Mapeamento da Biodiversidade
Área Número de espécies
Relações Riqueza Local-regional
- Áreas menores tendem a ter menor S, mas...a riqueza de pequenas áreas
é dependente da área maior em que se insere!!!
Gaston e Spicer (2004 )
2 tipos de relacionamentos Teóricos:
TIPO 1: S local pode ser
diretamente proporcional, mas
menor que, S regional, seguindo
um modelo proporcional.
TIPO 2: com o aumento de S
regional, S local pode atingir um
patamar abaixo do qual não
aumenta.
Mapeamento da Biodiversidade
2) Padrões espaciais de diversidade muito alta e baixa: Algumas partes
da Terra são muito mais ricas ou mais pobres do que outras!
- Importância para conservação!
Reinos Biológicos
• Oceanos seriam mais biodiversos? Depende do
nível taxonômico considerado;
• Áreas maiores suportam mais organismos, mais
recursos disponíveis, possibilitando a presença
de diferentes espécies no local;
• Há mais filos marinhos: dos 96 reconhecidos,
69 tem representantes marinhos e 55 terrestres
(MARGULIS & SCHWARTZ, 1998);
• Há mais classes: 90% das conhecidas são
marinhas;
Mapeamento da Biodiversidade
Continente X oceano
1. A vida começou no mar: diferenciação inicial das formas que criaram taxas superiores; apenas alguns deles foram
para a terra;
2. Ambientes continentais são mais heterogêneos que os marinhos: promoveram mais especiação na terra (incluindo
deriva continental);
3. O ambiente oceânico é menos elaborado (arquitetonicamente) que o terrestre;
4. Padrões de herbivoria diferenciados: os marinhos são generalistas, os terrestres especialistas;
5. Diferenças no tamanho corpóreo: as espécies marinhas relacionadas produção primária, herbivoria e predação são
menores no mar que na terra. Espécies de tamanho menor tendem manter locais geográficos grandes, reduzindo
possibilidade de especiação alopátrica.
Mapeamento da Biodiversidade
Os trópicos apresentam uma biodiversidade diferenciada e exuberante,
quando comparados a outras regiões do mundo.
Variáveis ambientais exercem influência diferentes:
 Sobre a sobrevivência das espécies;
 Distribuições geográficas dos organismos.
Mapeamento da Biodiversidade
Alfred Russel Wallace
Wallace Home Page
Charles Robert Darwin
Darwin Online
Henry Walter Bates
 HOTSPOTS – pontos críticos
Mapeamento da Biodiversidade
 HOTSPOTS
- 25 Hotspots de Biodiversidade: áreas que concentram espécies endêmicas e encontram-se
em alto risco de perda de habitat (MYERS et al., 2000);
- 1.4% da superfície da Terra, mas é remanescente para ~135.000 espécies de plantas (45%
das existentes), 9650 vertebrados (35% do total), e guardam história evolutiva.
Mapeamento da Biodiversidade
 Endemismo
- Um táxon é endêmico à uma área se ocorre neste lugar e em nenhum outro.
- Dois grupos de endêmicos são reconhecidos:
- NEOendêmicos – taxa evoluídos recentemente
- PALEOendêmicos – considerados relíquias evolutivas
- Níveis de Endemismo – padrões que variam conforme:
- Área: n e proporção de endemismo f (área)
Mapeamento da Biodiversidade
(a) plants in regions on continental land
masses
(b) land mammals in 155 countries.
Mapeamento da Biodiversidade
RUIZ-ESPARZA, J., GOUVEIA, S.F., ROCHA, P.A., BELTRÃO-MENDE S, R., RIBEIRO, A.S., & FERRARI., S.F. Birds of the Grota do Angico Natural Monument in the
semi-arid Caatinga scrublands of northeastern Brazil. Biota Neotrop. 11(2): http://www.biotaneotropica.org.br/v11n2/en/inventory?article+bn01611022011
Razões para endemismo:
- Condições ambientais particulares 
selação ou evolução independente para
as adaptações locais para a espécie
persistir;
- Isolamento  separação por distância
ou outra barreira;
- Históricos – mudanças nas condições
ambientais (bióticas e abióticas);
Mapeamento da Biodiversidade
Wilmé et al., 2012. Toponyms for centers of endemism in Madagascar.
15 centros de endemismos e espécie característica.
http://dx.doi.org/10.4314/mcd.v7i1.6
 Ambientes Particulares: Importantes e geralmente de difícil acesso, dificuldade de estudo.
- Exemplos:
- Dossel de floresta tropical: mais de 11 milhões de km2
- Solos
- Recifes de corais: 600.000 km2 (0.18% da área dos oceanos)
- Oceano Profundo: estima-se que haja mais de 10 milhões de espécies
Mapeamento da Biodiversidade
3) Gradientes de Biodiversidade
 Latitude
(a) trees per 0.1 ha at sites across the Earth; (b) freshwater fish in rivers across the Earth
(c) birds across the New World (grid cells of ~
611,000 km 2
(d) mammals across the New World
(latitudinal bands of 2.5°)
• S para a maioria dos
grupos aumenta de
latitudes maiores
(temperadas) para
menores (trópicos)
- Gradiente assimétrico
próximo ao Equador:
aumenta rápido do N
para o Equador, e
diminui devagar do
Equador para o S
Mapeamento da Biodiversidade
• Válido Para Sistemas
Terrestres e de Água
Doce, com pouca
exceções;
• Para Sistema Marinhos
- padrão não tão claro
pelo efeito da
profundidade e
amostragem
insuficiente;
• Padrões para o oceano
profundo são
Variation in marine species richness with latitude for: (a) deep-sea benthic Foraminifera; (b)
tintinnids (planktonic ciliates); (c) thalassinid shrimp superfamilies; and (d) marine bivalves (at
different localities). (a- From Culver & Buzas 2000; b- from Dolan & Gallegos 2001; c- from
Dworschak 2000; d- from Flessa & Jablonski 1995.)
3) Gradientes de Biodiversidade
 Latitude
Mapeamento da Biodiversidade
 Poderia ser ignorada para grandes áreas;
 Porém aumento moderado de altitude tem uma mudança
de temperatura associada, correspondendo a separação
latitudinal de centenas de km:
 Variação de 2 a 3 oC a cada 10o de latitude, ou ~700 m de altitude
3) Gradientes de Biodiversidade
• ALTITUDE & PROFUNDIDADE
Mapeamento da Biodiversidade
Gaston e Spicer (2004 )
Formigas em Colorado
Insetos na Colombia
Mapeamento da Biodiversidade
Plantas de
florescência no Nepal;
morcegos no Parque Nacional
do Manu e Reserva da
Biosfera, Peru
Fatores que explicam os gradientes de altitude:
1. Área: extensão de terras variam com elevação
3) Gradientes de Biodiversidade
• ALTITUDE & PROFUNDIDADE
Mapeamento da Biodiversidade
Gradiente altitudinal na riqueza de espécies de aves terrestres tropicais da América do Sul, com base em dados: (a) não
padronizado para variação de elevação em área; E (b) padronizado para tal variação. (Rahbek, 1995.)
Fatores que explicam os gradientes de altitude:
2. Energia: disponibilidade de energia poderia explicar gradiente altitudinal em
numero de espécies.
Temperaturas durante o dia favorece maior taxa de fotossíntese e tardes frias
favorecem respiração, proporcionando mais recursos para co-ocorrência de
espécies;
3. Isolamento: Dificultam imigração, aumenta possibilidade de especiação e de
extinção local pela pouca conectividade entre populações;
Nos picos: menor riqueza, mais endemismos;
4. Zonação: áreas de transições, comunidades zonais, tendem a ser mais ricas em
estrutura e composição (ao invés de um padrão contínuo de mudanças
estruturais);
3) Gradientes de Biodiversidade
• ALTITUDE & PROFUNDIDADE
Mapeamento da Biodiversidade
4) Congruência de diversidade de diferentes grupos
• Maioria dos sistemas terrestres e de água doce são mais ricos em espécies nos
trópicos que em regiões temperadas;
• Maioria dos sistemas marinhos são mais ricos nas regiões tropicais que
temperadas, em profundidades intermediárias que extremas e em recifes de
corais que na zona pelágica;
• Relações positivas podem apenas refletir padrões de esforço amostral;
• Se a relação positiva for real, isso não implica em uma ligação direta de riqueza
dos 2 grupos;
Mapeamento da Biodiversidade
4) Congruência de diversidade de diferentes grupos
• Covariância pode ocorrer por relação trófica, mas também por efeitos aleatórios, ou porque
compartilham o mesmo determinante de riqueza (e.g. energia), ou os determinantes tem
covariância espacial (e.g. temp e altitude);
• Covariância é importante para extrapolar evidência para outros grupos, ou de grupos
exemplares (como aves e mamíferos) para a biodiversidade em geral;
• Estima-se que 13% das espécies são conhecidas; as mais conhecidas são em geral mais
próximas taxonomicamente, e alguns grupos mais estudados podem ser pobres para indicar
padrões de biodiversidade global;
Mapeamento da Biodiversidade
1) FGV - Biodiversidade, ou diversidade biológica, é um tema bastante atual e
importante para o Brasil, pois abre excelentes perspectivas de acesso às modernas
tecnologias e oportunidades para troca de experiências e intercâmbio com a
comunidade científica internacional de diversos níveis. Alargam tais perspectivas o
fato de o Brasil estar entre os cinco primeiros países que possuem a maior variedade
de organismos vivos, de comunidades e ecossistemas. Assinale a resposta que define
biodiversidade:
a) Biodiversidade é o conjunto de todas as espécies que vivem no ecossistema
aquático.
b) Biodiversidade é o conjunto de todas as espécies de seres vivos
(microrganismos plantas e animais), que compõe a vida na Terra, e os ecossistemas
dos quais fazem parte.
c) Biodiversidade é o conjunto de todas as espécies de plantas e pássaros que
habitam o planeta.
d) Biodiversidade é o conjunto de todas as espécies de planta existentes na Terra.
e) Biodiversidade é o conjunto de todas as espécies de fitoplâncton existentes na
Terra.
b
Atividades de fixação
2) Descreva como pode ser feito o mapeamento da Biodiversidade global. Exemplifique.
3) ENEM - A biodiversidade é garantida por interações das várias formas de vida e pela
estrutura heterogênea dos habitats.
Diante da perda acelerada de biodiversidade, tem sido discutida a possibilidade de se
preservarem espécies por meio da construção de "bancos genéticos" de sementes, óvulos
e espermatozoides.
Apesar de os "bancos" preservarem espécimes (indivíduos), sua construção é considerada
questionável do ponto de vista ecológico-evolutivo, pois se argumenta que esse tipo de
estratégia
I. não preservaria a variabilidade genética das populações;
II. dependeria de técnicas de preservação de embriões, ainda desconhecidas;
III. não reproduziria a heterogeneidade dos ecossistemas.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. c
Atividades de fixação
 BEGON, M.; HARPER, J.L. & TOWNSEND, C.R. 1996. Ecology: individuals,
populations and communities. 3rd edição. Oxford, Blackwell
 FISHER, R.A., CORBET, A.S. & WILLIAMS, C.B. 1943. The relation between the
number of species and the number of individuals in a random sample of an animal
population. J. Anim. Ecol. 12(1):42-58.
 MELO, Adriano Sanches.O que ganhamos 'confundindo' riqueza de espécies e
equabilidade em um índice de diversidade?. Biota Neotrop. [online]. 2008, vol.8,
n.3. ISSN 1676-0611. http://dx.doi.org/10.1590/S1676-06032008000300001.
 PIELOU, E.C. 1975. Ecological Diversity. Wiley Interscience, New York.
 RICKLEFS, R.E. 2003. A Economia da Natureza. 5ª edição. Editora Guanabara
Koogan, Rio de Janeiro.
 TAYLOR, L.R., KEMPTON, R.A. & WOIWOD, I.P. 1976. Diversity statistics and the
Log-Series model. J. Anim. Ecol. 45(1):255-272.
Referências
ECOLOGIA I . Introdução
1.61
‘la biodiversité est l'une des plus grandes
richesses de la planète, et pourtant la
moins reconnue comme telle’ (WILSON,
CONTATO
 El arqueirozconsult@gmail.com
 WA 81 997779360
 L https://www.linkedin.com/in/andressaribeirodequeiroz/

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Biodiversidade: entendendo os conceitos e medidas

  • 3.  O termo “biodiversidade” é uma contração de “diversidade biológica” e foi popularizado pelo simpósio, seguido da publicação do livro de mesmo título, “Biodiversity” de Edward Osborne Wilson (1986).  Adotada por Huston (1994), engloba todos os níveis de variação natural, do nível molecular e genético até o nível de espécies. Edward Osborne Wilson Biodiversidade
  • 4. “O número de taxa numa área local (diversidade alfa) ou região (diversidade gama)”. “Também, uma medida da variedade de taxa numa comunidade que leva em consideração a riqueza (número de espécies) e a abundância relativa (número de indivíduos em cada espécie)” O conceito (RICKLEFS, 2003).
  • 5.  DIVERSIDADE GENÉTICA: refere-se à variação dos genes dentro das espécies, cobrindo diferentes populações da mesma espécie ou a variação genética dentro de uma população.  DIVERSIDADE DE ESPÉCIES: refere-se à variedade de espécies existentes dentro de uma região.  DIVERSIDADE DE ECOSSISTEMAS: refere-se à variedade de ecossistemas de uma dada região. Biodiversidade: começando a entender..
  • 6.  Refere-se a variação em todos os níveis de organização biológica  A Convenção de Diversidade Biológica, 1992:  “Diversidade Biológica significa a variabilidade entre organismos vivos de todas todas as origens incluindo terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte; compreende a diversidade entre organismos de uma espécie, entre espécies e ecossistemas”.  Foco na conservação: uso sustentável de seus componentes. Biodiversidade (Gaston & Spicer, 2004)
  • 9. Como medir a biodiversidade?
  • 10. Medir de alguma forma para responder:  Se/Como mudou a biodiversidade ao longo do tempo?  Onde ocorre?  Como preservar? Geralmente inclui: a) Número de entidades; b) Grau de diferença (dissimilaridade) entre as entidades; Ex: riqueza de ESPÉCIES (a) e NÚMERO de indivíduos/ESPÉCIE (b) (Gaston & Spicer, 2004) Medidas de Biodiversidade
  • 11.  Qual local/amostra é mais Biodiversa???? Riqueza de espécies X Regularidade das espécies Medidas de Biodiversidade
  • 12. Diferentes medidas  diferentes respostas para ações de conservação/ planejamento. - Qual componente da Biodiversidade está sendo considerado? Diversidade Genética – componente crítico - Medida: - Diretamente – identificando genes e cromossomos; - Indiretamente – quantificando variação fenotípica assumindo a base genética; Medidas de Biodiversidade
  • 14. (Gaston & Spicer, 2004) Medidas de Biodiversidade
  • 15.  Objetivo: em quatro anos, sejam catalogados 120 mil exemplares na base Bold;  São conhecidas (nome científico) cerca de 50 mil espécies de vertebrados, 800 mil espécies de insetos, 200 mil espécies de plantas com flores.  “Estima-se que o número de espécies ignoradas seja da ordem de 10 vezes o número das espécies identificadas taxonomicamente.  Desconhecidas: 15% para as plantas, 65% para moluscos, 80% para protozoários, 90% para insetos e 99% para bactérias, por exemplo. Projeto PJ07 Grupo taxonômico FUNGOS Nº espécimes/Indivíduos/amostras com DNA total extraído 2128 Nº espécies com DNA total extraído 715 Nº espécimes/Indivíduos/amostras com segmento-alvo amplificado por PCR 1306 Nº espécies com segmento-alvo amplificado por PCR 454 Nº espécimes/Indivíduos/amostras com região de barcode sequenciada 1044 Nº espécies sequenciadas com região de barcode sequenciada 328 Projeto PJ11 Grupo taxonômico PEIXES Nº espécimes/Indivíduos/amostras com DNA total extraído 14776 Nº espécies com DNA total 14776 Nº espécimes/Indivíduos/amostras com segmento-alvo amplificado por PCR 14776 Nº espécies com segmento-alvo amplificado por PCR 1724 Nº espécimes/Indivíduos/amostras com região de barcode sequenciada 11365 Nº espécies sequenciadas com região de barcode sequenciada 1724 http://www.brbol.org/pt-br/content/brbol-brazilian-barcode-life-0 Medidas de Biodiversidade
  • 16.  Plantas  Animais Slide: Margarida Barbara Teixeira Sistemas de classificação
  • 18. (http://www.intertropi.ufam.edu.br/docs/ibb021_aula_2.pdf) Medidas de Biodiversidade Riqueza de Espécies Motivos: 1. Possível de se medir na prática (apesar de depender da taxonomia); 2. Informação pré-existente – Museus e Herbários; 3. Indicador de outras variações de biodiversidade – componentes genético, de organismos e ecológico; 4. Ampla aplicação – espécie é usualmente considerada unidade para: manejo, legislação e tradição (nomes populares)
  • 19. Medidas de Biodiversidade- Riqueza de Espécies Relações entre riqueza de espécies e: (a) riqueza familiar para Moluscos bentônicos do Pacífico Oriental em diferentes bandas latitudinais; (B) riqueza genérica para fungos macromicetos para áreas do Reino Unido; (C) riqueza de caracteres para abelhas entre 611.000 km2; (d) diversidade funcional (uma medida da extensão das diferenças funcionais entre um conjunto de espécies). (a- Roy et al., 1996; b- de Balmford et al., 2000; c- Williams & Humphries, 1996; d- Petchey & Gaston, 2002.)
  • 20. - Riqueza: número de espécies encontrado em uma comunidade. - Abundância: número total de indivíduos encontrados de cada espécie. - Diferentes tipos de diversidade: Onde há maior diversidade??? X Medidas de Biodiversidade- Riqueza de Espécies
  • 21.  Abundância uniformemente distribuída: sem nenhuma espécie dominante, apresenta o maior valor de biodiversidade possível.  Abundância desigualmente distribuída: há grande diferença entre as espécies, possuindo uma dominante dentro da comunidade resultando em um menor valor para biodiversidade local. X Medidas de Biodiversidade- Riqueza de Espécies
  • 22. Medidas de Biodiversidade- Riqueza de Espécies Dentro de uma comunidade a abundância de cada espécie pode refletir a variedade e a abundância dos recursos disponíveis para cada população bem como a influência de outros fatores que regulam o número de espécies, como a pressão exercida por predadores e competidores. A abundância de uma espécie pode indicar o equilíbrio entre diversos fatores e processos dentro de uma população, e variações desses fatores podem aumentar ou diminuir a abundância.
  • 23. Métodos matemáticos de biodiversidade Robert Whittaker (1972) descreveu três termos para medir a biodiversidade quanto às escalas espaciais a partir do que ocorre com os padrões geográficos de biodiversidade. DIVERSIDADE ALFA OU LOCAL (α): o número de espécies encontrado em um habitat uniformemente distribuído dentro de uma região.  a diversidade pontual na unidade amostral;  é normalmente expressa pelo número de espécies (ou seja, a riqueza de espécies) existentes nesse ecossistema. Ex: diversidade em um campo sujo ou uma mata de galeria. Whittaker R.H. Evolution and measurement of species diversity. Taxon, 21:213-251, 1972
  • 24. Métodos matemáticos de biodiversidade DIVERSIDADE BETA (β): refere-se à substituição de espécies de um habitat para outro dentro da mesma região. OU quantidade de variação de composição numa amostragem (coleção de Unidades amostrais) Ex: Diferença de espécies entre campo sujo e mata de galeria. Equação: β = γ / α
  • 25. Métodos matemáticos de biodiversidade Floresta Atlântica pernambucana, Araújo-Silva et al., (2014)
  • 26. Métodos matemáticos de biodiversidade DIVERSIDADE GAMA OU REGIONAL (γ): se refere ao número de espécies encontradas em todos os habitats de uma determinada região. - diversidade geral numa coleção de unidades amostrais, - Hunter (2002) define diversidade gama como "a diversidade de espécies em escala geográfica“ Ex: diversidade no Cerrado. FINA, B. G.; MONTEIRO, R.Análise da estrutura arbustivo-arbórea de uma área de cerrado sensu stricto, município de Aquidauana-Mato Grosso do Sul. Rev. Árvore [online]. 2013, vol.37, n.4, pp.577-585
  • 27. Índices de biodiversidade Índice de Simpson D: Medida da Probabilidade de dois indivíduos em uma mesma amostra pertencerem à mesma espécie leva em consideração a regularidade das abundâncias das espécies e, por o valor de D pode variar de 1 a S, onde S é o número total de espécies numa amostra. Índice de Shannon-Weaver (H’): É uma medida da desordem (entropia) da amostra. pi é a proporção das espécies na amostra total e loge pi é o logarítimo neperiano da proporção das espécies
  • 28. Mas existem outros.... Índice de Margalef o denominador é constituído pelo logaritmo natural de N. Índice de Menhinick, o denominador é a raiz quadrada de N (Peet 1974). Índice alfa da Série Logarítmica proposta por Fisher et al. (1943) Softawares Ecolog- http://ecolog.sourceforge.net/ QGIS - http://www.qgis.org/en/site/ NTSYS....PRIMER...BIOESTAT....
  • 29. Quanto temos de biodiversidade? pinterest.com
  • 30.
  • 31. SOBRE O BRASIL...  30 mil quilômetros/ 35 mil amostras: os cientistas analisaram 579  "Descrevemos cerca de cinco mil comunidades de vírus – só 39 dessas eram conhecidas. E para os protozoários, estimamos algo como 150 mil tipos“.  "Há cerca de 11 mil espécies de plâncton formalmente descritas, mas temos provas de que há pelo menos dez vezes mais que isso", diz Bowler.  A maioria dos organismos encontrados já havia sido observada antes, mas análises genéticas revelaram muitos genes desconhecidos.  "Temos (catalogados) 40 milhões de genes – e cerca de 80% deles são novos para a ciência", afirma o pesquisador.http://science.sciencemag.org/content/348/6237
  • 32. Como os organismos em geral encontram-se distribuídos??
  • 33. Grandes unidades de área que contém assembleias de espécies delimitadas geograficamente com condições ambientais geograficamente distintivas;  867 terrestres (Olson et al. 2001)  426 água doce (Abell et al. 2008)  232 costeiras e marinhas (Spalding et al. 2007) (Gaston, 2010) Diversidade Ecológica- Ecorregiões
  • 34.  14 terrestres (Olson et al. 2001) (Gaston, 2010) Diversidade Ecológica- BIOMAS
  • 35.  8 terrestres: Australásia, Antárctica, Afrotrópico, Indo-Malásio, Neártico, Neotrópico, Oceania e Paleártico (Olson et al. 2001). (Gaston, 2010) Diversidade Ecológica- Reinos Biogeográficos
  • 36. 12 Marinhos: Atlântico Norte Temperado; Pacífico Norte Temperado; Atlântico Tropical; Indo-Pacífico Ocidental; Indo-Pacífico Central; Indo-Pacífico Oriental; Pacífico Oriental Tropical; América do Sul Temperada; África Meridional Temperada; Australásia Temperada; Oceano Austral; (Spalding et al. 2007) Diversidade Ecológica- Reinos Biogeográficos
  • 37.  Padrões de riqueza e mecanismos associados: 1) Escala dos padrões; 2) Padrões espaciais de diversidade; 3) Gradientes de biodiversidade e mecanismos; 4) Congruência de diversidade de diferentes grupos; Mapeamento da Biodiversidade
  • 38. 1) Escala dos padrões - Níveis de riqueza de espécie (S) dependem da escala de observação:  Relações espécie-área  Relações de riqueza local-regional Relações espécie-área: com o aumento da área, aumenta-se o número de espécie ali contidas: S = c Az ou log S = log c + z log A Onde S = n de espécie; A = área e z e c são constantes Sugere que a perda de 90% de habitat (área) resultará em perda de 50% das espécies Mapeamento da Biodiversidade Área Número de espécies
  • 39. Relações Riqueza Local-regional - Áreas menores tendem a ter menor S, mas...a riqueza de pequenas áreas é dependente da área maior em que se insere!!! Gaston e Spicer (2004 ) 2 tipos de relacionamentos Teóricos: TIPO 1: S local pode ser diretamente proporcional, mas menor que, S regional, seguindo um modelo proporcional. TIPO 2: com o aumento de S regional, S local pode atingir um patamar abaixo do qual não aumenta. Mapeamento da Biodiversidade
  • 40. 2) Padrões espaciais de diversidade muito alta e baixa: Algumas partes da Terra são muito mais ricas ou mais pobres do que outras! - Importância para conservação! Reinos Biológicos • Oceanos seriam mais biodiversos? Depende do nível taxonômico considerado; • Áreas maiores suportam mais organismos, mais recursos disponíveis, possibilitando a presença de diferentes espécies no local; • Há mais filos marinhos: dos 96 reconhecidos, 69 tem representantes marinhos e 55 terrestres (MARGULIS & SCHWARTZ, 1998); • Há mais classes: 90% das conhecidas são marinhas; Mapeamento da Biodiversidade
  • 41. Continente X oceano 1. A vida começou no mar: diferenciação inicial das formas que criaram taxas superiores; apenas alguns deles foram para a terra; 2. Ambientes continentais são mais heterogêneos que os marinhos: promoveram mais especiação na terra (incluindo deriva continental); 3. O ambiente oceânico é menos elaborado (arquitetonicamente) que o terrestre; 4. Padrões de herbivoria diferenciados: os marinhos são generalistas, os terrestres especialistas; 5. Diferenças no tamanho corpóreo: as espécies marinhas relacionadas produção primária, herbivoria e predação são menores no mar que na terra. Espécies de tamanho menor tendem manter locais geográficos grandes, reduzindo possibilidade de especiação alopátrica. Mapeamento da Biodiversidade
  • 42. Os trópicos apresentam uma biodiversidade diferenciada e exuberante, quando comparados a outras regiões do mundo. Variáveis ambientais exercem influência diferentes:  Sobre a sobrevivência das espécies;  Distribuições geográficas dos organismos. Mapeamento da Biodiversidade Alfred Russel Wallace Wallace Home Page Charles Robert Darwin Darwin Online Henry Walter Bates
  • 43.
  • 44.  HOTSPOTS – pontos críticos Mapeamento da Biodiversidade
  • 45.  HOTSPOTS - 25 Hotspots de Biodiversidade: áreas que concentram espécies endêmicas e encontram-se em alto risco de perda de habitat (MYERS et al., 2000); - 1.4% da superfície da Terra, mas é remanescente para ~135.000 espécies de plantas (45% das existentes), 9650 vertebrados (35% do total), e guardam história evolutiva. Mapeamento da Biodiversidade
  • 46.  Endemismo - Um táxon é endêmico à uma área se ocorre neste lugar e em nenhum outro. - Dois grupos de endêmicos são reconhecidos: - NEOendêmicos – taxa evoluídos recentemente - PALEOendêmicos – considerados relíquias evolutivas - Níveis de Endemismo – padrões que variam conforme: - Área: n e proporção de endemismo f (área) Mapeamento da Biodiversidade (a) plants in regions on continental land masses (b) land mammals in 155 countries.
  • 47. Mapeamento da Biodiversidade RUIZ-ESPARZA, J., GOUVEIA, S.F., ROCHA, P.A., BELTRÃO-MENDE S, R., RIBEIRO, A.S., & FERRARI., S.F. Birds of the Grota do Angico Natural Monument in the semi-arid Caatinga scrublands of northeastern Brazil. Biota Neotrop. 11(2): http://www.biotaneotropica.org.br/v11n2/en/inventory?article+bn01611022011
  • 48. Razões para endemismo: - Condições ambientais particulares  selação ou evolução independente para as adaptações locais para a espécie persistir; - Isolamento  separação por distância ou outra barreira; - Históricos – mudanças nas condições ambientais (bióticas e abióticas); Mapeamento da Biodiversidade Wilmé et al., 2012. Toponyms for centers of endemism in Madagascar. 15 centros de endemismos e espécie característica. http://dx.doi.org/10.4314/mcd.v7i1.6
  • 49.  Ambientes Particulares: Importantes e geralmente de difícil acesso, dificuldade de estudo. - Exemplos: - Dossel de floresta tropical: mais de 11 milhões de km2 - Solos - Recifes de corais: 600.000 km2 (0.18% da área dos oceanos) - Oceano Profundo: estima-se que haja mais de 10 milhões de espécies Mapeamento da Biodiversidade
  • 50. 3) Gradientes de Biodiversidade  Latitude (a) trees per 0.1 ha at sites across the Earth; (b) freshwater fish in rivers across the Earth (c) birds across the New World (grid cells of ~ 611,000 km 2 (d) mammals across the New World (latitudinal bands of 2.5°) • S para a maioria dos grupos aumenta de latitudes maiores (temperadas) para menores (trópicos) - Gradiente assimétrico próximo ao Equador: aumenta rápido do N para o Equador, e diminui devagar do Equador para o S Mapeamento da Biodiversidade
  • 51. • Válido Para Sistemas Terrestres e de Água Doce, com pouca exceções; • Para Sistema Marinhos - padrão não tão claro pelo efeito da profundidade e amostragem insuficiente; • Padrões para o oceano profundo são Variation in marine species richness with latitude for: (a) deep-sea benthic Foraminifera; (b) tintinnids (planktonic ciliates); (c) thalassinid shrimp superfamilies; and (d) marine bivalves (at different localities). (a- From Culver & Buzas 2000; b- from Dolan & Gallegos 2001; c- from Dworschak 2000; d- from Flessa & Jablonski 1995.) 3) Gradientes de Biodiversidade  Latitude Mapeamento da Biodiversidade
  • 52.  Poderia ser ignorada para grandes áreas;  Porém aumento moderado de altitude tem uma mudança de temperatura associada, correspondendo a separação latitudinal de centenas de km:  Variação de 2 a 3 oC a cada 10o de latitude, ou ~700 m de altitude 3) Gradientes de Biodiversidade • ALTITUDE & PROFUNDIDADE Mapeamento da Biodiversidade
  • 53. Gaston e Spicer (2004 ) Formigas em Colorado Insetos na Colombia Mapeamento da Biodiversidade Plantas de florescência no Nepal; morcegos no Parque Nacional do Manu e Reserva da Biosfera, Peru
  • 54. Fatores que explicam os gradientes de altitude: 1. Área: extensão de terras variam com elevação 3) Gradientes de Biodiversidade • ALTITUDE & PROFUNDIDADE Mapeamento da Biodiversidade Gradiente altitudinal na riqueza de espécies de aves terrestres tropicais da América do Sul, com base em dados: (a) não padronizado para variação de elevação em área; E (b) padronizado para tal variação. (Rahbek, 1995.)
  • 55. Fatores que explicam os gradientes de altitude: 2. Energia: disponibilidade de energia poderia explicar gradiente altitudinal em numero de espécies. Temperaturas durante o dia favorece maior taxa de fotossíntese e tardes frias favorecem respiração, proporcionando mais recursos para co-ocorrência de espécies; 3. Isolamento: Dificultam imigração, aumenta possibilidade de especiação e de extinção local pela pouca conectividade entre populações; Nos picos: menor riqueza, mais endemismos; 4. Zonação: áreas de transições, comunidades zonais, tendem a ser mais ricas em estrutura e composição (ao invés de um padrão contínuo de mudanças estruturais); 3) Gradientes de Biodiversidade • ALTITUDE & PROFUNDIDADE Mapeamento da Biodiversidade
  • 56. 4) Congruência de diversidade de diferentes grupos • Maioria dos sistemas terrestres e de água doce são mais ricos em espécies nos trópicos que em regiões temperadas; • Maioria dos sistemas marinhos são mais ricos nas regiões tropicais que temperadas, em profundidades intermediárias que extremas e em recifes de corais que na zona pelágica; • Relações positivas podem apenas refletir padrões de esforço amostral; • Se a relação positiva for real, isso não implica em uma ligação direta de riqueza dos 2 grupos; Mapeamento da Biodiversidade
  • 57. 4) Congruência de diversidade de diferentes grupos • Covariância pode ocorrer por relação trófica, mas também por efeitos aleatórios, ou porque compartilham o mesmo determinante de riqueza (e.g. energia), ou os determinantes tem covariância espacial (e.g. temp e altitude); • Covariância é importante para extrapolar evidência para outros grupos, ou de grupos exemplares (como aves e mamíferos) para a biodiversidade em geral; • Estima-se que 13% das espécies são conhecidas; as mais conhecidas são em geral mais próximas taxonomicamente, e alguns grupos mais estudados podem ser pobres para indicar padrões de biodiversidade global; Mapeamento da Biodiversidade
  • 58. 1) FGV - Biodiversidade, ou diversidade biológica, é um tema bastante atual e importante para o Brasil, pois abre excelentes perspectivas de acesso às modernas tecnologias e oportunidades para troca de experiências e intercâmbio com a comunidade científica internacional de diversos níveis. Alargam tais perspectivas o fato de o Brasil estar entre os cinco primeiros países que possuem a maior variedade de organismos vivos, de comunidades e ecossistemas. Assinale a resposta que define biodiversidade: a) Biodiversidade é o conjunto de todas as espécies que vivem no ecossistema aquático. b) Biodiversidade é o conjunto de todas as espécies de seres vivos (microrganismos plantas e animais), que compõe a vida na Terra, e os ecossistemas dos quais fazem parte. c) Biodiversidade é o conjunto de todas as espécies de plantas e pássaros que habitam o planeta. d) Biodiversidade é o conjunto de todas as espécies de planta existentes na Terra. e) Biodiversidade é o conjunto de todas as espécies de fitoplâncton existentes na Terra. b Atividades de fixação
  • 59. 2) Descreva como pode ser feito o mapeamento da Biodiversidade global. Exemplifique. 3) ENEM - A biodiversidade é garantida por interações das várias formas de vida e pela estrutura heterogênea dos habitats. Diante da perda acelerada de biodiversidade, tem sido discutida a possibilidade de se preservarem espécies por meio da construção de "bancos genéticos" de sementes, óvulos e espermatozoides. Apesar de os "bancos" preservarem espécimes (indivíduos), sua construção é considerada questionável do ponto de vista ecológico-evolutivo, pois se argumenta que esse tipo de estratégia I. não preservaria a variabilidade genética das populações; II. dependeria de técnicas de preservação de embriões, ainda desconhecidas; III. não reproduziria a heterogeneidade dos ecossistemas. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. c Atividades de fixação
  • 60.  BEGON, M.; HARPER, J.L. & TOWNSEND, C.R. 1996. Ecology: individuals, populations and communities. 3rd edição. Oxford, Blackwell  FISHER, R.A., CORBET, A.S. & WILLIAMS, C.B. 1943. The relation between the number of species and the number of individuals in a random sample of an animal population. J. Anim. Ecol. 12(1):42-58.  MELO, Adriano Sanches.O que ganhamos 'confundindo' riqueza de espécies e equabilidade em um índice de diversidade?. Biota Neotrop. [online]. 2008, vol.8, n.3. ISSN 1676-0611. http://dx.doi.org/10.1590/S1676-06032008000300001.  PIELOU, E.C. 1975. Ecological Diversity. Wiley Interscience, New York.  RICKLEFS, R.E. 2003. A Economia da Natureza. 5ª edição. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.  TAYLOR, L.R., KEMPTON, R.A. & WOIWOD, I.P. 1976. Diversity statistics and the Log-Series model. J. Anim. Ecol. 45(1):255-272. Referências
  • 61. ECOLOGIA I . Introdução 1.61 ‘la biodiversité est l'une des plus grandes richesses de la planète, et pourtant la moins reconnue comme telle’ (WILSON,
  • 62. CONTATO  El arqueirozconsult@gmail.com  WA 81 997779360  L https://www.linkedin.com/in/andressaribeirodequeiroz/