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Curso “Agentes químicos críticos”
24 e 25 de agosto de 2013
POEIRAS, HAP e FLUIDOS DE USINAGEM
Gilmar da Cunha Trivelato
Pesquisador Titular da FUNDACENTRO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS
POEIRAS
Fração inalável, fração torácica,
fração respirável
Poeira total
2
Associação Brasileira de
Higienistas Ocupacionais
3
Material de apoio ou complementar
• ACGIH – TLVs e BEIs (publicação da ABHO)
• FUNDACENTRO NHO 08 – Coleta de material particulado
suspenso no ar
• OMS. Prevenção e controle de riscos no ambiente de trabalho:
poeira suspensa no ar (trad.SENAC)
• Manual de métodos analíticos [NIOSH, OSHA, INSHT, etc.]
• Software IHSTAT [AIHA]
Poeiras
3
Associação Brasileira de
Higienistas Ocupacionais
Que são poeiras?
Poeira é um termo genérico usado para descrever
partículas finas [sólidas] que estão suspensas na
atmosfera.
Nome alternativo:
Material particulado suspenso no ar (MP ou PM).
Poeiras – caracterização geral
4
Associação Brasileira de
Higienistas Ocupacionais
Poeiras – tamanho das partículas
O tamanho da partícula pode variar desde partículas pequenas
de alguns poucos nanometros (nm ou 10-9 m) até partículas
grandes de 100 micrometros ou micra ( 100 x 10-6 m ou 100
µm).
Nos ambientes de trabalho geralmente as poeiras são
constituídas de partículas maiores que 1 µm e formadas apenas
por processos de fragmentação mecânica de material sólido.
Poeiras – caracterização geral
5
Associação Brasileira de
Higienistas Ocupacionais
6
Classificação de Poeiras em função do tamanho das
partículas (ambiente geral)
Matéria ou material depositado
Particulado total suspenso (<50 µm)
PM10 – partículas de 10 µm ou menores
PM2,5 – partículas de 2,5 µm ou menores
Poeiras – caracterização geral
6
Região
nasofaringeal
(extratorácica)
Região
traqueo-
bronquial
Região
Alveolar
(pulmonar)
Entrada Nariz e
Boca
Fração
Inalável
<100 μm
Penetração
além da
laringe
Fração
Torácica
<25 μm
Penetração
além dos
bronquíolos
Fração
Respirável
<10 μm
Em 1999 a ACGIH recomendou o critério de amostragem por seleção de
tamanho de partículas
Poeira em ambiente de trabalho:
classificação por tamanho da partícula (ACGIH-ISO-CEN)
7
Associação Brasileira de
Higienistas Ocupacionais
8
Classificação de Poeiras em função do tamanho das partículas no
ambiente de trabalho – depende da região do trato respiratório
alcançado e sistema de coleta
Particulado inalável [poeira inalável]
Particulado torácico [poeira torácica]
Particulado respirável [poeira respirável]
Particulado total [poeira total]
Poeira em ambiente de trabalho
8
Associação Brasileira de
Higienistas Ocupacionais
9
Fontes de poeiras em ambientes de trabalho
Ação mecânica sobre materiais sólidos [corte, esmagamento,
trituração, polimento, etc.]
Movimentação de material na forma de pós ou particulado [ex.
Transferências].
Ação do vento sobre material particulado depositado em
superfícies ou roupas de trabalho.
Movimentação de veículos ou pessoas sobre pisos com material
particulado depositado
Combustão (ex. diesel ou biomassa).
Poeira em ambiente de trabalho
9
Associação Brasileira de
Higienistas Ocupacionais
10
Fatores que podem afetar a geração e a dispersão de poeiras nos
ambientes de trabalho
Intensidade da ação abrasiva
Pulverulência do material em pó manuseado (tamanho das
partículas e umidade)
Ação do vento e ventilação geral
Intensidade da movimentação de veículos e pessoas
Medidas de controle existentes (ex. Enclausuramento de
processos, métodos úmidos, ventilação local exaustora, etc.)
Poeira em ambiente de trabalho
10
Principais fontes de poeiras na mineração
• remoção da vegetação e do solo
• remoção de material estéril
• operações de detonação e perfuração
• operação de britagem e peneiramento
• carregamento e descarregamento de material na ãrea de
mineração e transporte para fora
• transporte de veículos nas estradas de acesso e vias de
circulação
• ação do vento afetando pilhas de armazenamento e áreas
expostas no local de mineração
• combustão (emissões de diesel)
Poeira em ambiente de trabalho
11
Efeitos adversos à saúde
Ação sobre o sistema respiratório – depende do local de deposição
• efeitos irritativos (químico ou ação mecânica) e bronquites
• sensibilização respiratória
• pneumoconioses
• fibrogênicas (ex. silicose, asbestose)
• não fibrogênicas (ex. siderose)
• cancer
• trato respiratório superior
• do pulmão
Absorção pulmonar e toxicidade sistêmica (ex. metais)
Poeiras efeitos adversos à saúde
12
Componentes relevantes das poeiras, do ponto de vista de efeitos
adversos à saúde
• Silica cristalina
• Amianto
• Metais tóxicos (As, Pb, Mn, Cd, Be,etc.)
• Hidrocarbonetos aromáticos polinucleares (HAP)
• Poeiras com limites de exposição específicos.
Poeira em ambiente de trabalho
13
Termos utilizados
• AIHA: Occupational exposure limits (OEL) – Limites de
exposição ocupacional (LEO)
• ACGIH: Threshold Limit Values (TLV) – valores limites
• Quebec: Valores de referência para a exposição
ocupacional
• US OSHA: Permissible exposure levels (PEL) Limites de
exposição permitida
• Alemanha: Concentração máxima permitida (MAK)
• Austrália: Padrões de exposição a contaminantes
atmosféricos no local de trabalho
• Brasil: Limite de Tolerância (LT) – proposta da nova NR 15 –
Valores de referência para exposição ocupacional (VREO)
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
14
Termo genérico que representa a concentração ou
intensidade que é permitida, baseada em dados sobre os
efeitos à saúde, e o período no qual se calcula a média
das concentrações no local de trabalho. É utilizado para
julgar se as concentrações medidas são menores que o
limite permitido.
Concentração
• na zona respiratória do trabalhador (diâmetro de 30
cm em torno do nariz)
• T = 25 oC e P = 1 atm ou 101,3 kPa.
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
15
16
Concentração do contaminante no ar da zona respiratória do
trabalhador exposto (25 oC e 1 atm)
• Instantânea (concentraçao máxima ou teto)
• de curta duração (15 min)
• média ponderada pelo tempo na jornada diária(MTP) – 8 horas /
dia e 40 h/semana
• média de longa duração (LD) (ex. anual) – pouco comum
Unidades
• ppm(v): gases e vapores
• mg/m3: particulados / gases e vapores
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
17
Relações entre duração da exposição, tipos de efeitos à saúde
e LEOs
Duração / Efeito Tempo de
medição
LEO Exemplo
Seg ou min /
Efeitos agudos ou
imediatos
Instantâneo /
contínuo
Teto
Curta duração
H2S
HCl
Min ou horas /
Efeitos crônicos ou
sub-crônicos
Curta duração ou
toda jornada
Curta duração
MPT / 8 h
Solventes
Dias ou semanas /
Efeitos crônicos ou
sub-crônicos
MPT diária,
semanal, mensal
MPT / 8 h
LEO-LD
Chumbo
Anos
Efeitos crônicos de
longa duração
Exposição média
anual
LEO – LD Cloreto de
vinila
17
Partículas (insolúveis ou de baixa solubilidade) não
especificadas de outra maneira (PNOS)
• Baixa toxicidade, causa efeitos adversos não
específicos
• Manter a exposição (CMPT) abaixo de
– partículas respiráveis - 3 mg/m3
– partículas inaláveis – 10 mg/m3
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
18
19
Material particulado disperso no ar
• TLVs são expressos em termos de particulado total
• Exceto quando sua ação tóxica está relacionada com
o local em que se deposita no sistema respiratório
• Particulado inalável (I = fração Inalável)
• Particulado torácico (T = fração toráxica)
• Particulado respirável (R = fração respirável)
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
19
20
• Exercício – identifique no livreto da ACGIH os
TLV de pelos menos dez tipos de poeiras
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
20
21
Legislação brasileira
NR 15 – Anexo 11 – Chumbo (0,1 mg/m3)
NR 15–– Anexo 12 – LT para poeiras minerais
• Amianto
• Manganês e seus compostos
• Sílica livre cristalizada (poeira respirável e total
com teor de sílica > 1%)
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
21
22
NR 15–– Anexo 12 – LT Sílica Livre cristalizada
• Poeira respirável:
LT = (8 / % de quartzo + 2) mg/m3
(poeira somente SiO2 LT ~ 0,078 mg SiO2/m3 )
• Poeira Total
LT = (24 / % de quartzo + 3) mg/m3
(poeira somente SiO2 LT ~ 0,23 mg SiO2/m3)
(poeira 1% SiO2 )LT ~ 8 mg/m3 )
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
23
NR 09 – Não existindo valores limites na NR 15, adotar
os valores propostos pela ACGIH.
Ajustar ou não os valores para a jornada?
Opções: modelo IRSST (Quebec) e Brief-Scala
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
Ajustes dos valores dos limites em função de jornada
diferenciada
Modelo Brief-Scala (Paustenbach, 2000)
Paustenbach DJ: Pharmokinectics and Unusual Work Schedules. In: Patty’s
Industrial Hygiene, 5th ed., V. 3, Part.VI, Law, Regulation and
Management, Chap. 40, p.1787-1901, RL Harris, Ed. John Willey & Sons,
New York (2000)
• Jornadas > 8 h dia
• Jornadas > 40 h semana
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
24
Modelo Brief-Scala (Paustenbach, 2000)
LEO reduzido = FR x LEO
Jornadas diárias:
Onde h = horas efetivamente trabalhadas por dia
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
25
Modelo Brief-Scala (Paustenbach, 2000)
LEO reduzido = FR x LEO
Jornada semana:
Onde h = horas efetivamente trabalhadas na semana
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
26
Modelo do Quebec – IRSST : utiliza o modelo
Harber (Broder et al, 2001)
Brodeur,J; Vyskocil A; Tardif R; et al. Adjustment of permissible
exposure values to unusual work schedules. Am Ind Hyg Assoc J
62:584-594 (2001)
Ferramenta eletrônica http://www.irsst.qc.ca/en/-
tool-utility-for-the-adjustment-of-twa.html
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
para exposições mistas
27
• Fórmula da aditividade: tem-se que considerar
a natureza do efeito toxicológico (mesmo tipo
de efeito)
• Sugestão: aplicar a ferramenta do IRSST -
Mixie
http://www.irsst.qc.ca/en/-tools-utilitaires-
labo.html
Poeiras: Limites de exposição ocupacional
para exposições mistas
28
Objetivos
• Verificar a conformidade legal
• Planejar medida de controle
• Avaliar o desempenho de uma medida de controle
• Estimar o risco à saúde e priorizar medidas de
controle
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
29
Risco
Qualitativo
Perigo intríseco (nocividade) + Exposição
Quantitativo
Combinação da probabilidade e severidade da possível
consequência
R = f (P, C)
Quanto maior a relação Exposição/LEO maior é a
probabilidade de ocorrer efeitos adversos.
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
30
Variabilidade diária da exposição – desafio para
estimar a exposição
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
31
Variabilidade diária da exposição
CCD
CMPT
Concentração
(ppm ou mg/m3)
Tempo (h)
Pico de exposição
Média de curta duração
Média ponderada pelo
tempo (8 h - diária)
Valor de referência
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
32
C C
O perfil mensal de exposição do
trabalhador não é assim É mais provável que seja assim...
Tempo (dias) Tempo (dias)
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
33
Programas de
Higiene Ocupacional
Sugestão:
Adotar como referência básica o
manual da AIHA [American
Industrial Hygiene Association].
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
34
Diagrama da AIHA para a
estratégia de avaliação e
controle das exposições
ocupacionais
35
Início
Caracterização
Básica
Avaliação da
Exposição
Incerta
Controle
Reavaliação
Coleta de Mais Informações
Exposição
Inaceitável
Exposição
Aceitável
36
Estabelecer Grupos de
Exposição Similar (GES)
Definição do Perfil de Exposição Selecionar/
Definir LEOs
Comparação:
Perfil de exposição
e sua
Incerteza
LEO e sua
Incerteza
Aceitável Incerta Inaceitável
Avaliação
da
Exposição
37
Critério para julgamento das exposições
(AIHA):
E(Perfil de exposição) / LEO (Limite de Exposição Ocupacional.
Perfil Exp.(E) Avaliação da exposição (risco)
< 0,1 LEO Irrelevante
0,1-0,5 LEO Baixa(o)
0,5-1,0 LEO Moderada(o)
> LEO Excessiva(Alto ou crítico)
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
38
B
B
B
B
M
M
M A
M M
A
A
A
C
C
C
M
C
B
A
C5
5
4
4
3
3
2
21
1
A
M
A
P
c
Risco aceitável: B= BAIXO M= MODERADO
Risco Inaceitável A= ALTO C= CRÍTICO
PROBABILI-DADE
SEVERIDADE
B
Exemplo de matriz de risco em função da probabilidade e
severidade da consequência ou dano
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
39
Avaliar a exposição a exposição
• Caracterização básica
• Identificar a exposição (agente, via de exposição)
e estabelecer grupos de exposição similar (GES)
• Definir um critério de avaliação (ex. LEO – limite
de exposição ocupacional)
• Definir o perfil de exposição (E)
• Comparar o perfil de exposição com o critério
definido (ex. E / LEO)
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
40
Caracterização Básica
 Informações do Local de
Trabalho
 Processo
 Equipamento
 Controles
 Materiais
 Informações da Força
Trabalho
 Cargos
 Funções
 Atribuições
 Informações do Agente
 Agentes Agressivos à Saúde
(químicos, físicos, biológicos)
 Efeitos à Saúde
 Limites de Exposição
Ocupacional
 Monitoramento de
Resultados
 Informações de
Monitoramento
 Resultados de Amostra
 Mesma operação
 Operação parecida
41
Identificação ou reconhecimento das
exposições e riscos
• Agente: identidade química, forma física (no caso,
poeira), danos potenciais à saúde (agudos ou
crônicos) e limites de exposição ocupacional
• Fontes e outros fatores determinantes da exposição
• Medidas de controle existentes
• População exposta / Perfil de Exposição qualitativo
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
42
43
Qual é o agente (poeira)?
• Qual é a composição do material/mineral que dá
origem à poeira?
• Há estudos toxicológicos e LEO específico para o
material como um todo?
• Quais são os componentes de relevância toxicológica?
Se não houver LEO específico e componentes com efeitos
toxicológicos específicos e a poeira for insolúvel ou
pouco solúvel: Particulado não especificado de outra
forma (PNOS)
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
43
44
Qual é o agente (poeira)?
Critério de exclusão de contaminantes em baixas
concentrações
Se a concentração (% m/m) na poeira total for
inferior a 0,1 x (LEO/10 mg/m3 x 100%) ou menor
que a concentração de corte do GHS.
Ex. Pb – LEO = 0,05 mg/m3 , desconsiderar sua
presença se a concentração for < 0,05 %
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
Definição de GES – Grupo de Exposição similar
Grupo de trabalhadores que experimentam situações de
exposição semelhantes, de forma que o resultado fornecido
pela avaliação da exposição de qualquer trabalhador desse
grupo seja representativo da exposição dos demais
trabalhadores.
Nota 1. Um GES não deve ser confundido com função ou
cargo similar.
Nota 2. Um GES pode ser constituído por trabalhadores de um
mesmo processo, área, setor, função ou que executam uma
determinada atividade.
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
45
Definição de Grupos de Exposição Similar (GES) – por agente
ambiental / tipo de efeito ou LEO – Classificar por:
a) Processo/área e agente ambiental
b) Processo/área, grupo funcional e agente ambiental
c) Processo/área, grupo funcional, atividade e agente
ambiental
d) Processo/área, atividade e agente ambiental
e) Grupo funcional e agente ambiental
f) Grupo funcional, atividade e agente ambiental
g) Atividade e agente ambiental
h) Equipe de trabalho e agente ambiental
i) Atividades ou função não repetitiva e agente ambiental.
“azul” – aplicável a exposição a poeira com TLV-TW
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
46
Perfil de exposição
Magnitude e variabilidade de exposições para um GES (Grupo de
exposição similar) ou trabalhador.
Inclui a compreensão da medida da tendência central das
exposições (tais como a média da exposição) e a compreensão
da amplitude ou variabilidade das exposições, tais como a faixa
das exposições (valor mínimo-valor máximo) ou a frequência
com que as exposições excedem o LEO.
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
47
Determinação do perfil de exposição
• Qualitativa
• Semi-quantitativa
• Quantitativa
– intencional
– aleatória, com tratamento estatístico
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
48
Médias geométricas -
Para uma média artimética = 10
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
49
Perfil de Exposição
95%il
0
0.002
0.004
0.006
0.008
0.01
0.012
0.014
0 50 100 150 200 250 300
Concentração
LS
LE
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
50
Exemplos de perfil de exposição
Dados para particulado contendo Pb inorgânico
Exposição não detectada: < 0,002 mg/m3
Semi-quantitativo:
Faixa de exposição: 0,05 – 0,022 mg/m3
Quantitativo
Exposição máxima (com base no pior cenário): < 0,5
mg/m3
Percentil 95% - 0,091 mg/m3
Média (aritmética) = 0,072 mg/m3 e LSC = 0,088 mg/m3
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
51
Exemplos de perfil de exposição
Dados para particulado contendo Pb inorgânico
Exposição não detectada: < 0,002 mg/m3
Qualitativo: Exposição diária a altas/moderadas/baixas
concentrações, durante toda a jornada
Semi-quantitativo:
Faixa de exposição: 0,05 – 0,022 mg/m3 (por extrapolação)
Quantitativo
Exposição máxima (com base no pior cenário): < 0,5 mg/m3
Percentil 95% - 0,091 mg/m3
Média (aritmética) = 0,072 mg/m3 e LSC = 0,088 mg/m3
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
52
Estimativa do perfil de exposição (E):
• Qualitativo e semi-quantitativo (por faixas)
• Quantitativo (exploratório, estatístico)
Tratamento do risco
Avaliação inicial
Avaliação aprofundada“tiers”
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
53
Estratégias para determinação do perfil de
exposição- (Tiers approach ou abordagem
gradual)
• Adoção direta de medidas de controle
• Determinação do perfil de exposição
– Qualitativa / Semi-quantitativa (1º. Nível)
– Quantitativa Exploratória (2º. Nível)
– Quantitativa / estatística simplificada (3º. Nível)
– Quantitativa / abordagem estatística (4º. Nivel)
54
Abordagens para definir o perfil de exposição
Abordagem exploratória – :
• poucas amostras por GES ou área
• amostragem com viés ou sistemática, isto é, a escolha
dos trabalhadores ou pontos avaliados não é aleatória:
escolhe-se a situação de maior exposição (GES
potencialmente mais exposto, ou atividade de maior
exposição) ou onde a concentração ambiental é maior
Obs. Recomendável apenas quando a exposição (E) esperada é baixa (E
menor que 0,1 LEO) ou muito alta (provavelmente E acima do LEO)
ou quando a variabilidade esperada da exposição é baixa, ou ainda
para fins de adoção de medidas de controle.
Estratégia de avaliação da exposição
55
Abordagens para definir o perfil de exposição
Abordagem estatística
• Trabalhadores escolhidos aleatoriamente (para um
mesmo GES).
• Duração da coleta ou medição representativa da
jornada.
• Número de amostras:
• simplificada (3 amostras)
• Completa: maior ou igual a seis (6) para cada GES
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
56
Efeito do tamanho da
amostra sobre a
estimativa da média e
desvio padrão
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
59
Tratamento e dos dados para cada GES
• Amostras únicas para trabalhadores de maiores riscos: interpretar
os dados considerando as informações qualitativas.
• Amostragem aleatória simplificada (três amostras) – calcular a
média geométrica
• Amostragem aleatória com seis amostras ou mais – Usar a
planilha IHSTAT
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
60
DPG NA – nível de ação
? 1,3 0,5 x LEO
1,5 0,25 x LEO
2,0 0,1 x LEO
? 3 Processo descontrolado ou grupo pobremente
definido. Adotar medidas de controle
Nível de ação
DPG = desvio padrão geométrio
Fonte: NIOSH / AIHA
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
61
Abordagem exploratória (baseado na norma européia)
• Estimar a faixa de exposição (valor mínimo-valor
máximo)
• Interpretar os resultados combinando-se com
informações quantitativas e qualitativas.
• Para exposições estimadas entre 0,1 e 1,0 LEO
recomenda-se abordagem estatística para definir os
perfis de exposição se essas exposições não puderem
ser facilmente reduzidas ou eliminadas.
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
62
Análise e interpretação dos resultados (baseado na
norma européia)
Abordagem estatística simplificada
• Calcular a média geométrica (MG)
• Comparar a média geométrica com o LEO (exposição
aceitável se a MG < 0,5 LEO, se 0,5 LEO < MG < 1,0
LE) – deve-se fazer abordagem completa.
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
63
Análise e interpretação dos resultados
Abordagem estatística completa
• Fazer tratamento estatístico dos dados
(estatística paramétrica n <50)
• Na maioria dos casos, principalmente para
verificar conformidade com LEO, deve-se
comparar o percentil 95% com o LEO. (Usar a
média apenas para agentes que tenham limites
de exposição para longa duração – efeito crônico)
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
64
Abordagem estatística
Utilizar o modelo IHSTAT proposto pela AIHA (digitar no
Google IHSTAT)
Ex. http://ohshub.com/ihstat-statistical-analysis-of-
health-safety-data/
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
65
NH 08 - Recomenda-se que, no relatório técnico, sejam
abordados, no mínimo, os aspectos a seguir :
- introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas
ou períodos em que foram desenvolvidas as avaliações
quantitativas;
− materiais e equipamentos utilizados (tipo, marca e modelo de
bombas e dispositivos de coleta);
− procedimentos utilizados (estratégia de coleta, métodos de
coleta e
métodos analíticos);
− descrição das situações de exposição avaliadas;
− resultados obtidos;
− conclusões e recomendações;
− referências bibliográficas.
Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
66
Métodos analíticos [determinação da concentração de
material particulado[
• Método tradicional:
•Coleta ativa de amostras de ar em filtros de
membrana, utilizando-se bombas de amostragem
• Análise laboratorial para determinação
• Equipamento de leitura direta
• Análise de amostras sedimentadas (wipe samples)
Poeiras: Métodos analíticos
67
Objetivo dos métodos analíticos
Determinar a concentração do agente [X] no AR:
VX/Var ou mX/Var, onde X é o agente químico ou
contaminante disperso no ar.
• Gás e vapor- ppm(v) ou mg/m3
• Particulados - só mg/m3
• Poeira [dust] –
• Fumo [fume]
• Névoa [mist]
• Mistos - mg/m3
Poeiras: Métodos analíticos
68
Consultar:
• NIOSH
• OSHA (Salt Lake City)
• GESTIS (base de dados alemã relaciona todos os
métodos disponíveis.
• INSHT
• IRSST
• Informativo da ENVIRON (Brasil)
Poeiras: Métodos analíticos
69
Amostragem:
• Dispositivo de coleta
• Fluxo de amostragem
• Volume mínimo e máximo @ LEO
• Estabilidade da amostra
Determinação da massa
• Técnica analítica
• Analito (espécie quimica)
• Faixa de trabalho
• Desempenho: limite de detecção (LD), limite de quantificação
(LQ) e precisão
Poeiras: Métodos analíticos
70
Tipos de filtro para particulados sólidos
• Membrana de éster de celulose (25 e 37 mm de diâmetro,
porosidade 0,8 µm)
• Asbestos, fibras (quadriculado) – 25 mm
• Metais – 37 mm
• Névoa de óleo mineral – 37 mm
• Membrana de PVC
• particulado total (análise gravimétrica – indicação da massa,
sem determinação qualitativa), 25 ou 37 mm
• sílica cristalina (análise por difração de Raio X ou
espectrofometria) – 37 mm, 5 µm)
• Membrana de Teflon (PTFE)
Poeiras: Métodos analíticos
71
Dispositivo de coleta com filtro
• cassete tradicional (3 peças) –
• particulado total (sem separador de partículas)
• particulado respirável (com separador de partículas)
• Amostrador tipo IOM (particulado inalável, torácico e respirável)
• Porta filtro para fibras de amianto
Poeiras: Métodos analíticos
72
Sistema de coleta
• Porta-filtro com o filtro adequado
• Separador de partículas (ciclones)
• Bomba de amostragem
• Mangueiras
• Cinto e presilhas/garras para fixar o sistema no trabalhador ou
materiais para montagem de sistema de coleta de amostras de
área.
Poeiras: Métodos analíticos
73
Coleta de amostras de ar
Texto Dispositivo de coleta para
particulado total (cassete).
74
Coleta de amostras de ar
Dispositivo de coleta para
particulado respirável –
ciclone de nylon.
75
Coleta de amostras de ar
Texto
Dispositivo de coleta para
particulado respirável –
ciclone de alumínio.
76
Coletas de amostra de ar
Texto
Dispositivo de coleta
para particulado
respirável.
77
Texto
Dispositivo de coleta
para particulado
torácico e respirável.
Coletas de amostra de ar
78
Coleta de amostras de ar
Dispositivo de coleta tipo IOM para particulado inalável
79
Coleta de amostras de ar
Dispositivo de coleta tipo BOTTON para particulado inalável
80
Coleta de amostras de ar
Bombas de amostragem de baixo fluxo
81
Coleta de amostras de ar
Sistemas de calibração das bombas de amostragem – método com
bureta
82
Coleta de amostras de ar
Sistemas de calibração das bombas de amostragem – método com
calibrador eletrônico
83
Coleta de amostra de ar
Posicionamento do sistema de coleta: coleta de amostra individual (pessoal)
84
Coleta de amostras de ar
Montagem do sistema de coleta para
de amostra de área (estática)
85
Acondicionamento de amostras para
transporte
Texto
86
Acondicionamento de amostras para
transporte
Texto
87
Importante: Tempo de coleta mínimo de cada amostra
para se detectar exposições relevantes
Parâmetros de cálculo
• LD e LQ indicado pelo laboratório
• LEO selecionado
• concentração que se quer detectar ( >10% do LEO)
Vol. Mínimo (m3) = LD / 0,1 LEO (adequar unidades)
Tempo de coleta (mínimo) = Vmin / Q (fluxo)
Poeiras: Métodos analíticos
88
Tempo de coleta mínimo de cada amostra para se detectar
exposições relevantes
Exemplo de cálculo para poeira contendo Chumbo
• LD indicado pelo laboratório = 2 µg/amostra
• LEO (Pb) = 0,05 mg/m3 (TLV-TWA da ACGIH)
• concentração a ser detectada (10% do LEO = 0,005 mg/m3)
Vol. Mínimo (m3) = 2 µg / 0,005 mg/m3 = 0,4 m3 = 400 litros
Tempo de coleta (mínimo) = Vmin / Q (fluxo) = 200 min se o fluxo
utilizado for 2 litros/min
Poeiras: Métodos analíticos
89
Exercício
Calcule o tempo mínimo para duração da coleta de amostra de ar
para particulado inalável (PNOS) para se detectar exposições acima
de 10% do LEO. O laboratório informou que o limite de detecção
de seu método é de 0,05 µg/amostra. Suponha um fluxo de
amostragem igual a 2 L/min.
Poeiras: Métodos analíticos
90
Condições necessárias para planejar a coleta das
amostras
•Agente identificado (tipo de poeira) e respectivo LEO
• Objetivo e estratégia de avaliação definidos
• Métodos analíticos selecionados, incluindo desempenho do
laboratório
• Estimativas da concentração provável (ou medições exploratórias)
• Tempo de duração de cada amostra (volume de ar adequado para
obter a quantidade de material particulado dentro da faixa de
trabalho do método analítico, considerando o limite de exposição
ocupacional)
Poeiras: Métodos analíticos
91
Tipos de
amostras
em
função da
duração
da coleta
92
Procedimento de coleta
Calibração da bomba de amostragem antes da coleta, com
dispositivo de coleta em linha (não o que será utilizado)
Montagem do sistema de coleta (bomba + dispositivo de coleta)
Colocação da bomba no trabalhador selecionado ou montar
sistema de amostragem de área
Ligar e desligar a bomba, anotando o horário.
Acompanhar a coleta, fazendo anotações relevantes do ambiente
de trabalho e atividades do trabalhador
Retirar o sistema do trabalhador e calibrar novamente a bomba de
amostragem
Registrar todos os dados na folha de campo, acondicionar amostras
e enviar para laboratório.
Poeiras: Métodos analíticos
93
Cálculo do volume de ar amostrado
O volume de ar amostrado deve ser calculado para cada
amostra, de acordo com a seguinte expressão:
V = Qm x t / 1000
sendo:
V = volume de ar amostrado em m3
Qm = vazão média em L/min
t = tempo total de coleta em minutos
Poeiras: Métodos analíticos
94
Cálculo da concentração do agente na amostra de ar
A concentração de material particulado no ar deve ser calculada
para cada amostra de acordo com a seguinte expressão:
C = m / V
sendo:
C = concentração da amostra em mg/m3
m = massa da amostra em mg
V = volume de ar amostrado em m3
Poeiras: Métodos analíticos
95
HAP
Hidrocarbonetos Aromáticos
Policíclicos [ou Polinucleados]
96
HAP
Benzo[a]pireno
(usado como indicador de
HAPs)
Estruturas moleculares
dos principais HAPs
95
97
HAP – Propriedades físico-químicas
Benzo[a]antraceno Benzo[a]pireno
No. CAS 56-55-3 50-32-8
Fórmula molecular C18H12 C20H12
Massa molecular 228,30 252,31
Ponto de fusão (oC) 158 179
Ponto de ebulição (oC) 438 435
Solubilidade (mg/L) 0,0094 0,0002 a 0,0062
Log Kow 5,76 6,04
Pressão de vapor(mmHg) 2,1 x 10-7 desprezível
Constante da Lei de Henry
(atm-m³/mole) (25°C)
1,2 x 10-5 nd
Ponto de fulgor (oC) 209,1 nd
Fonte: International Chemical Safety Card – INCHEM e Wikipedia
Benzo[b]fluoranteno
205-99-2
C20H12
252,31
168
228,6
desprezível
nd
nd
98
Propriedades físico-químicas indicam
• Sólidos nas condições ambientes e
apresentam baixa pressão de vapor
• Pouco solúvel em água, mas altamente
lipofílico
• Tendem a acumular em tecidos lipídicos de
plantas e animais
HAP – Propriedades físico-químicas
99
HAP – exposição humana
Exposição (ocupacional e não ocupacional)
• Inalação de aerossóis [particulados]
• Contato com a pele e absorção cutânea
• Ingestão [de alimentos contendo HAPs]
100
HAP – Efeitos adversos à saúde humana
Os HAPs podem
• ser cancerígenos para humanos (pele,
pulmão)
• causar efeitos mutagênicos
• causar efeitos adversos para a reprodução
humana
• causar dermatites por sensibilização
101
HAP – Efeitos adversos à saúde humana
Consultar informações sobre compostos
• ICSC - Fichas Internacionais de Segurança
Química [sites do INCHEM ou NIOSH]
• Base de dados GESTIS
• Base de dados da ECHA
• Echemportal
102
GHS - Perigos à saúde humana
CLASSES CATEGORIAS
Toxicidade aguda 1 2 3 4 5
Corrosão / Irritação à pele 1 2 3
Lesões oculares graves /
Irritação ocular
1 2A 2B
Sensibilização respiratória 1AB
Sensibilização à pele 1AB
Mutagenicidade em células
germinativas
1AB 2
Carcinogenicidade 1AB 2
Toxicidade à reprodução 1AB 2 Lactação
103
CLASSES CATEGORIAS
Toxicidade para órgãos-alvo
específicos- Exposição única
1 2 3
Toxicidade para órgãos-alvo
específicos – Exposição repetida
1 2 2B
Perigo por aspiração 1 2
GHS - Perigos à saúde humana
104
Limites de concentração de contaminantes para classes
de perigo à saúde [cut off values]
Classe de perigo Concentração
Toxicidade aguda ≥ 1 %
Corrosão / irritação da pele ≥ 1 %
Lesões oculares grave s/ irritação ocular ≥ 1 %
Sensibilizante respiratório ≥ 0,1 %
Sensibilizante da pele ≥ 0,1 %
Mutagenicidade em células germinativas – Cat. 1 ≥ 0,1 %
Mutagenicidade em células germinativas – Cat. 2 ≥ 1 %
Carcinogenicidade ≥ 0,1 %
Toxicidade à reprodução ≥ 0,1 %
Toxicidade para órgãos-alvo específicos-
Exposição única
≥ 1 %
Toxicidade para órgãos-alvo específicos-
Exposição repetida
≥ 1 %
105
Fonte: GESTIS
106
Classificação de produtos derivados do Petróleo
segundo o GHS
Fonte:
www.ipieca.org
107
108
HAP – fontes de exposição
Fontes de exposição a HAPs (antropogênicas, nos
ambientes de trabalho)
• Uso de produtos derivados de petróleo e do
carvão
• Combustão incompleta de combustíveis fósseis e
biomassa
• Formação de HAPs durante processos industriais
109
HAP – fontes de exposição
Principais fontes ocupacionais
• Fornos de coque
• Produção de eletrodos de grafite
• Produção de alumínio (metal primário)
• Pavimentação de rodovias com asfalto (piche)
• Impermealização de telhados
• Fabricação e manuseio de creosoto
• Tratamento e manuseio de dormentes de
ferrovias tratados com creosoto
109-B
HAP
Critérios para avaliação da exposição
Norma Regulamentadora 15 (NR 15)
– Os HPAs não constam do anexo 11
– Enquadramento legal: são consideradas insalubres as
atividades mencionadas no anexo 13.
• Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono:
Insalubridade grau máximo: Manipulação de alcatrão, breu,
betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina
ou outras substâncias cancerígenas afins.
• Operações diversas: Insalubridade grau máximo – operações
com benzopireno.
109
HAP
Critérios para avaliação da exposição
ACGIH
– Consta do livre TLVs e BEIs apenas os compostos:
benzo[a]antraceno, benzo[b]fluoranteno e benzo[a] pireno
– Não há indicação de TLVs, mas recomenda que as
exposições por todas as vias devem ser contraladas a
níveis o mais baixo possíveis.
– Notações:
• A2 (suspeito de cancerígeno para humanos)
• BEI (hidropireno na urina, amostra coletada no final da jornada)
110
HAP
Critérios para avaliação da exposição
Estados Unidos
Agente OSHA NIOSH
Antraceno 0.2 mg/m3 -
Benzo[a]pireno 0.2 mg/m3 -
Criseno 0.2 mg/m3 Cancerígeno humano
potencial
Fenantreno 0.2 mg/m3 -
Pireno 0.2 mg/m3 -
111
HAP
Critérios para avaliação da exposição de outros
países –benzo[a]pireno
Pais LEO – 8h LEO curta
duração
Alemanha 0.0007 mg/m3
0,00007 mg/m3 (*)
Holanda 0,0005507 mg/m3
Suécia 0,002 mg/m3 0,02 mg/m3
Suiça 0,002 mg/m3
Canadá - Ontário Mesma orientação da
ACGIH
Fonte: GESTIS (*) como indicador chave na mistura de vários HAPs 112
HAP – Métodos de análise
Métodos analíticos desenvolvidos pelo NIOSH
• NIOSH 5800 – PAH total
• NIOSH 5506 – PAH por HPLC
• NIOSH 5515 - PAH por CG
113
Método NIOSH 55800 – PAH total
Coleta das amostras de ar
• Dispositivos de coleta
– Filtro PTFE (37 mm, 2 µm) + tubo adsorvente (washed XAD-2, 100mg/50 mg)
• Fluxo de amostragem: 1 a 2L/min
• Volume da ar recomendado
– Min: 5 L @ 0.01 mg/m3 Max: 1000 L
• Transporte da amostra: enviar @ 0 oC ( mas deve-se transferir os filtros para tubos
de cultura; envolver os tubos com folhas de Al)
• Estabilidade da amostra: pelo menos 30 dias, @ 5 C
HAP – Métodos de análise
114
Método NIOSH 5800 PAH total
Determinação da massa [laboratório]
• Técnica analítica
– FIA (Flow Injection Analysis) Análise por injeção de fluxo e detector de
fluorescência (dois em série)
• Analito: HPAs totais (não há especiação)
• Limite de detecção
– 0,012 µg por amostra)
• Aplicabilidade:
– Este método é aplicável para a comparação de ambientes que utilizam a
mesma fonte de fumos. A especiação dos HAP como uma classe química é
realizada por extracção de fase sólida, seguido por extracção líquido-líquido.
HAP – Métodos de análise
115
Método NIOSH 5506 – PAH por HPLC
Coleta das amostras de ar
• Dispositivos de coleta
– Filtro PTFE (37 mm, 2 µm) + tubo adsorvente (washed XAD-2, 100mg/50 mg)
• Fluxo de amostragem: 2L/min
• Volume da ar recomendado
– Min: 200 L Max: 1000 L
• Transporte da amostra: transferir os filtros para tubos de cultura; envolver os
tubos com folhas de Al; enviar @ 0 oC
• Estabilidade da amostra: desconhecida, proteger a amostra de calor e luz
ultravioleta
HAP – Métodos de análise
116
Método NIOSH 5515 PAH por HPLC
Determinação da massa [laboratório]
• Técnica analítica
– HPLC, detector de fluorescência e UV
• Analito: vários HPAs (listados no método)
• Limite de detecção
– Varia conforme o analito (na faixa de 0,005 a 2 µg por amostra)
• Aplicabilidade:
– este método de aplica a amostras que possam ser extraídas com acetonitrila.
Este método não se aplica a amostras que exigem extração com outros
solventes ou que contenham grandes quantidades de material particulado
altamente adsorvente. - e.g. cinzas volantes ou de fuligem de diesel, este
método também não é aplicável a amostras de fumos de asfalto
HAP – Métodos de análise
117
Método NIOSH 5515 PAH por CG
Coleta das amostras de ar
• Dispositivos de coleta
– Filtro PTFE (37 mm, 2 µm) + tubo adsorvente (washed XAD-2, 100mg/50 mg)
• Fluxo de amostragem: 2L/min
• Volume da ar recomendado
– Min: 200 L Max: 1000 L
• Transporte da amostra: transferir os filtros para tubos de cultura; envolver os
tubos com folhas de Al; enviar @ 0 oC
• Estabilidade da amostra: desconhecida, proteger a amostra de calor e luz
ultravioleta
HAP – Métodos de análise
118
Método NIOSH 5515 PAH por CG
Determinação da massa [laboratório]
• Técnica analítica
– Cromatografia Gasosa (CG), com coluna capilar, Detector de fotoionização
(FID)
• Analito: vários HPAs (listados no método)
• Limite de detecção
– 0,3 a 2 µg por amostra
• Aplicabilidade:
– A faixa de trabalho de B [a] P é 3 a 150 mg / m 3 para uma amostra de ar de
400-L. Conjuntos de amostras específicas podem requerer modificação na
extração do filtro com solvente, a escolha do método de medição, e condições
de medição.
HAP – Métodos de análise
119
Estratégia de avaliação da exposição
• Identificação das exposições
– Verificar se o material ou produto que constitui a fonte
tem teor de HAP > 0,1% em peso ou teor solúvel em
DMSO > 3% ( Método IP 346) = considerar como
cancerígeno 1B (GHS)
– Coletar uma amostra “bulk” e determinar o teor de HAPs
totais ou usar o benzo[a]pireno como indicador
HAP – Avaliação da exposição
120
HAP
Estratégia de avaliação da exposição
• Avaliação das exposições
– Qualitativa – analisar cuidadosamente como ocorre as
exposições e a efetividade das medidas de controle
(menor exposição possível)
– Quantitativa:
• 1º. Coletar amostras para as situações de maior risco (observando
o volume mínimo / limite de deteção do método)
• 2º. Coletar amostras representativas para demais grupos de
exposição similar.
• Analisar os dados de forma qualitativa.
121
HAP
Controle das exposições
• Reduzir as exposições ao mínimo possível
– Evitar o contato com a pele (processos automatizados)
– Se possível adotar sistemas fechados. Caso contrário usar
ventilação local exaustora.
– Completar a proteção com uso de EPI (proteção da pele e
proteção respiratória)
122
HAP
Procedimento para descaracterizar a condição
insalubre
• No caso de produtos químicos que potencialmente
pode conter HAPs, demonstrar que não se trata de
produto classificado como cancerígeno.
• Se não for detectada a presença de HAP em
amostras representativas, não reconhecer as
exposições
123
HAP
Exercício
Faça o planejamento detalhado para realizar a
avaliação da exposição a HAP na atividade de
mineração subterrânea, onde se usa vários
equipamentos com motor usando óleo diesel
como combustível. Indique no mínimo:
– critério de avaliação
– estratégia de avaliação
– procedimentos a serem usados (coleta e análise)
124
Fluidos de Usinagem
Fluidos de usinagem
Objetivo
• Relacionar e analisar os principais riscos
ocupacionais e os sistemas de controle desses
riscos no uso de fluidos de usinagem.
• Apresentar os métodos de avaliação da exposição
ocupacional
Foco: prática convencional de usinagem de metal.
126
Fluidos de usinagem
Bibliografia básica
BURGESS, William A. - Usinagem de metais Identificação de
possíveis riscos à saúde do trabalhador nos diversos processos
industriais. Belo Horizonte: Ergo Editora, 1997. Capítulo, 9p.141-
166
NIOSH. What do you need to know about occupational exposure to
metalworking fluids. Cincinnati: NIOSH, 1998 (dísponível no site
www.cdc.gov/niosh - ver publicações)
Health Effects of Mineral oil mist and metalworking fluids
symposium. Applied Occupational and Environmental Hygiene, vol.
18. m; 11. nov. 2003.
127
Fluidos de usinagem
As principais questões de doenças
ocupacionais associadas com operações de
usinagem de metais são atribuíveis ao contato
dérmico e exposições à inalação de névoas de
fluidos de usinagem usados na operação.
128
Fluidos de usinagem
129
Fluidos de usinagem
Fluidos de usinagem são projetados para
• Resfriar e lubrificar as superfícies ou pontos de
contatos entre a ferramenta de corte e a peça de
matéria prima
• Remoção de cavacos
• Se escolhido adequadamente aumenta a vida útil da
ferramenta, melhora o acabamento da superfície e a
estabilidade dimensional da peça durante a usinagem.
130
Fluidos de usinagem
Nome preferido Sinônimos
ÓLEO PURO Óleo mineral
Óleo de petróleo
Óleo de corte
ÓLEO EMULSIONADO Óleo solúvel
Fluido à base de água
Água de sabão
Emulsões
FLUIDO SINTÉTICO Fluido de corte
FLUIDO DE USINAGEM Refrigerantes
Fluidos para trabalho em metal
Nomenclatura de fluidos de usinagem
131
Fluidos de usinagem
Histórico
• Sec. XIX – associação entre o contato da pele
com os fluidos de usinagem à base de óleo
mineral e o carcinoma de células escamosas
foi descrita no Reino Unido.
• 1987 - O óleo mineral foi classificado como
carcinogênico pela IARC.
132
Fluidos de usinagem
Histórico
• Anos 1960 em diante: uso de fluidos emulsionados e
óleos refinados
• Anos 1980–
Evidência de ocorrência em dobro de câncer na laringe
em operadores de máquinas de usinagem (fluidos à
base de óleo mineral).
Outros distúrbios respiratórios (bronquite, asma)
Dermatoses ocupacionais (1 em cada 3 trabalhadores
é afetado).
133
Fluidos de usinagem
Histórico
• Anos 1990 em diante: aumento do uso de fluido
à base de água e fluído químico.
Surgimento de surtos de Pneumonite
[Pneumonia] por Hipersensibilidade (PH)
Preocupação: Carcinogenicidade dos fluidos de
usinagem em geral.
134
Fluidos de usinagem
Composição dos fluidos de usinagem
• Óleos minerais – contêm mais de 80% de óleo
mineral balanceado com vários aditivos
• Óleos emulsionados – 3-10% de óleo mineral,
emulsionadores, outros aditivos e água.
• Fluidos de usinagem sintéticos – ingredientes
químicos ativos em solução aquosa.
135
Fluidos de usinagem
Nocividade dos fluidos de usinagem
• Conhecer a composição
• Identificar componentes classificados como
perigosos (segundo o GHS)
• Excluir componentes em concentração abaixo
do valor da concentração de corte (cut-off)
proposta pelo sistema de classficação.
136
Fluidos de usinagem
Nocividade dos fluidos de usinagem
Componentes perigosos
• Identificar o no. CAS do componentes potencialmente perigosos
(excluir água, sabão e outros tensoativos)
• Consultar bases de dados revisadas por pares – ex. ECHA , GESTIS
ou echemportal
• Usar a tabela de valores de concentração de corte do GHS.
• Recomenda-se rever o conteúdo das fichas de dados de segurança
(FDS ou FISPQ)
137
Fluidos de usinagem
Nocividade dos fluidos de usinagem (agentes químicos ou
biológicos?)
Vias de exposição
• Contato com a pele
• Inalação de névoas (todos os componentes do fluido)
Efeitos adversos reconhecidos
• Carcinogenicidade (associada ao óleo mineral)
• Dermatoses
• Doenças respiratórias – Bronquite, asma, pneumonite por
hipersensibilidade
• Outros efeitos adversos de vias aéreas superiores
138
Fluidos de usinagem
Nocividade dos fluidos de usinagem –
carcinogenicidade
- Óleo mineral – HPA – hidrocarbonetos aromáticos
policíclicos são os agentes responsáveis pela
carcinogenicidade
- Ex. Benzo[a]pireno
139
Fluidos de usinagem
Nocividade dos fluidos de usinagem
Carcinogenicidade do Óleo mineral – depende do grau de
refino
• Óleos pobre ou moderadamente refinados : carcinogênico
humano suspeito (GHS – 1B, IARC – 2, ACGIH – A2)
• Óleos altamente ou severamente refinados : não
classificado como carcinogênico humano
• Critério: Teste IP 346 < 3% de HAP no extrato em dimetil
sulfóxido – DMSO) – ver: Concawe
140
Fluidos de usinagem
Nocividade dos fluidos de usinagem -
Dermatites
Irritação – associada a
• pH
• Etanolaminas
• biocidas
Sensibilização
• Formaldeído e agentes de liberação que
contém formaldeído
141
Fluidos de usinagem
Nocividade dos fluidos de usinagem – Contaminação por
microorganismos
• Óleo emulsionado e fluidos de usinagem oferecem
água, nutrientes e condições de temperatura
necessárias ao crescimento de microorganismos.
– Bactérias anaeróbicas (redução de sulfatos, produzindo
sulfetos)
– Bactérias aeróbicas (causam queda do pH)
• Pesquisas sugerem que os microorganismos e/ou seus
produtos tais como endotoxinas podem ser a causa dos
efeitos repiratórios adversos
142
Pneumonite por hipersensibilidade (PH) associada a fluidos de corte
• A partir dos anos 1990 há inúmeros artigos relacionando a
utilização de fluidos de corte à base de água com a ocorrência de
HP
• Os fluidos podem estar contaminados com diversos tipos de
microorganismos , inclusive presença de micobactérias
• Os biocidas não são ativos em relação a micobactérias. Os casos de
PH aumentaram com o uso de biocidas
• Foi estabelecido que um grupo de micobactérias é o agente mais
relacionado ao aparecimento de PH. (Roosmoore, 2004; Rosenman, 2009;
Moore, 2000; Weiss, 2001; Beckett, 2001; Kreiss e Cox-Gransser, 1997; Shelton,
1999; Roussel et al. 2012 )
Fluidos de usinagem
143
Fluidos de usinagem
Critérios legais brasileiros
• Não estão relacionados no anexo 11 da NR 15
• Enquadramento legal: são consideradas
insalubres as atividades mencionadas no anexo
13.
– Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono:
Insalubridade grau máximo: Manipulação de alcatrão,
breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo
queimado, parafina ou outras substâncias
cancerígenas afins.
144
Fluidos de usinagem
Métodos analíticos desenvolvidos pelo NIOSH
• NIOSH 5524 – METALWORKING FLUIDS (MWF)
ALL CATEGORIES
• NIOSH 5026 – OIL MIST, MINERAL
145
Fluidos de usinagem
Método NIOSH 5524 – METALWORKING FLUIDS (MWF) ALL CATEGORIES
Coleta das amostras de ar
• Particulado torácico
– Filtro PTFE pré-pesado (37 mm, 2 µm) + ciclone para material para
fração torácia
• Particulado torácico
– Filtro PTFE pré-pesado (37 mm, 2 µm)
• Fluxo de amostragem: fração torácica – 1,6 L/min particulado total – 2
L/min
• Volume da ar recomendado
– Min1000 L @ 0.4 mg/m3 ou 0.5 mg/m3 Max: não determinado
• Transporte da amostra: rotina
• Estabilidade da amostra: Manter na geladeira após o recebimento no
laboratório, analisar dentro de 2 semanas após a coleta
146
Fluidos de usinagem
Método NIOSH 5524 – METALWORKING FLUIDS (MWF) ALL
CATEGORIES
Determinação da massa [laboratório]
• Técnica analítica – Gravimetria
• Analito: fluido de usinagem disperso no ar
• Limite de detecção
– Massa total: 0,03 mg por amostra)
• Aplicabilidade:
– A faixa trabalho é de 0,050-2 mg / amostra para uma amostra de ar de
1000-L.
147
Fluidos de usinagem
NIOSH 5026 – OIL MIST, MINERAL
Coleta das amostras de ar
• Filtro 37 mm – MCE (membrana de éster de celulose, 0,8 µm), PVC
5µm ou PTFE 2 µm
• Fluxo de amostragem: 1 a 3 L/min
• Volume da ar recomendado
– Min 20 L @ 5 mg/m3
– Max: 500 L
• Transporte da amostra: rotina
• Estabilidade da amostra: estável
148
Fluidos de usinagem
NIOSH 5026 – OIL MIST, MINERAL
Determinação da massa [laboratório]
• Técnica analítica – Espectrofotometria Infravermelho
• Analito: óleo mineral
• Limite de detecção
– Massa total: 0,05 mg por amostra
• Aplicabilidade:
– A faixa de trabalho é de 1 a 20 mg/m3 para 100 L de amostra de ar.
Este método é aplicável a todas as névoas de óleo mineral solúveis em
triclorofluoroetano, mas não a fluidos de corte semi-sintético ou
sintético.
149
Fluidos de usinagem
Limites de exposição a névoas de óleos
minerais segundo a ACGIH, excluindo os
fluidos de usinagem
• Puro, altamente ou severamente refinado –
5mg/m3 (fração inalável)
• Moderadamente ou pobremente refinado –
exposições por todas as vias de devem ser
cuidadosamente controladas a níveis o mais
baixo possíveis.
150
Fluidos de usinagem
Controle das exposições aos fluidos de Usinagem –
Projeto de usinagem (prevenção antecipada)
• redução da geração da névoa e contaminação
ambiental.
– sistemas com alimentação independente (contaminantes
crescem rapidamente e a manutenção é crítica)
– sistemas de alimentação central (protege melhor a
qualidade dos fluidos)
• Enclausuramento total, com ventilação exaustora é o
controle mais efetivo para a névoa.
• Controle da temperatura no ponte de corte (aumento
da vazão do fluxo de fluidos de usinagem)
• Barreiras de proteção para evitar respingos 151
Fluidos de usinagem
Controle das exposições aos fluidos de Usinagem –
Seleção do fluido de usinagem
- Fluidos à base de óleo mineral – utilizar aqueles com
óleo altamente refinado (não classificado como
carcinogênico)
- Formulações que não contenham ou evitem a geração
de formaldeídos (sensibilizantes, cancerígenos)
- Substituição de componentes – aditivos menos
irritantes e não alergênicos
- Formulações que favorecem o controle do pH e
reduzam o crescimento de microorganismos
patogênicos
152
Fluidos de usinagem
Controle das exposições aos fluidos de
Usinagem – Controle da contaminação
biológica
- Uso de biocidas
- Não evita o crescimento de micobactérias e
pode inclusive favorecer
- Controle biológico
153
Fluidos de usinagem
Controle biológico do crescimento de
bactérias patogênicas
Dilger, S.; Fluri, A.; Sonntag, H.G.
Bacterial contamination of preserved and
non-preserved metalworking fluids. Int J
Hyg Environ Health 208(6):467-476, 2005
154
Fluidos de usinagem
Controle biológico do crescimento de bactérias patogênicas
Princípio:
As formulações para as emulsões destinam-se a tolerar
uma população significativa de Bactérias Pseudomonas –
espécies sempre presentes, não-patogênicas.
A pseudomonas restringem o crescimento de todos os
outros microrganismos sob condições normais de
funcionamento, incluindo os indesejáveis​​.
155
Fluidos de usinagem
Prevenção de doenças relacionadas a
fluidos de usinagem
• Formação em SST (adequada para
identificar, avaliar e controlar os riscos)
• Avaliação dos riscos nos locais de
trabalho
• Prevenção e controle dos riscos
156
Fluidos de usinagem
Prevenção e controle dos riscos – foco nas
fontes de risco
• Seleção do fluido
• Controle no uso e aplicação do fluido
• Manutenção do fluido e controle de
microorganismos
• Isolamento e sistemas de ventilação
• Roupa de proteção e outros EPIs
• Limpeza e higiene pessoal
157
Fluidos de usinagem
Monitoração
• Avaliação da exposição a névoas (agentes
químicos e biológicos)
• Vigilância da saúde dos trabalhadores
(foco nas doenças do sistema respiratório
e dematoses)
158
Referências bibliográficas
Bagatin, E.; Pereira, C.A.C.; Afiune, J. B. Doenças granulomatosas ocupacionais. J Bras Pneumol.
2006;32(Supl 1):S69-S84
Rosenman, KD. (2009) Asthma, hypersensitivity pneumonitis and other respiratory diseases caused by
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Cincinnati, OH, USA
Roussel, S. et al. Immuno-reactive proteins from Mycobacterium immunogenum useful for
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Microbiology, 2012 (article in press)
Moore, JS; Christensen, M; Wilson, RW; Wallace, RJ; Zhang, Y; Nash, DR; Shelton, B. (2000)
Mycobacterial contamination of metalworking fluids: Involvement of a possible new taxon of
rapidly growing mycobacteria. Am Ind Hyg Assoc. 61, 205-213
Weiss, LPC; Lewis, R; Rossmoore, H; Fink, J; Harney, J; Trout, D. (2001) Respiratory illness in workers
exposed to metal working fluid contaminated with nontuberculous mycobacteria. Ohio. Morb
Mortal Wkly Rep. 51, 349-352
Kreiss, K. and Cox-Ganser, J. (1997), Metalworking fluid-associated hypersensitivity pneumonitis: A
workshop summary. American Journal of Industrial Medicine, 32: 423–432.
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Curso sobre agentes químicos críticos e poeiras

  • 1. Curso “Agentes químicos críticos” 24 e 25 de agosto de 2013 POEIRAS, HAP e FLUIDOS DE USINAGEM Gilmar da Cunha Trivelato Pesquisador Titular da FUNDACENTRO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS
  • 2. POEIRAS Fração inalável, fração torácica, fração respirável Poeira total 2
  • 3. Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 3 Material de apoio ou complementar • ACGIH – TLVs e BEIs (publicação da ABHO) • FUNDACENTRO NHO 08 – Coleta de material particulado suspenso no ar • OMS. Prevenção e controle de riscos no ambiente de trabalho: poeira suspensa no ar (trad.SENAC) • Manual de métodos analíticos [NIOSH, OSHA, INSHT, etc.] • Software IHSTAT [AIHA] Poeiras 3
  • 4. Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais Que são poeiras? Poeira é um termo genérico usado para descrever partículas finas [sólidas] que estão suspensas na atmosfera. Nome alternativo: Material particulado suspenso no ar (MP ou PM). Poeiras – caracterização geral 4
  • 5. Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais Poeiras – tamanho das partículas O tamanho da partícula pode variar desde partículas pequenas de alguns poucos nanometros (nm ou 10-9 m) até partículas grandes de 100 micrometros ou micra ( 100 x 10-6 m ou 100 µm). Nos ambientes de trabalho geralmente as poeiras são constituídas de partículas maiores que 1 µm e formadas apenas por processos de fragmentação mecânica de material sólido. Poeiras – caracterização geral 5
  • 6. Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 6 Classificação de Poeiras em função do tamanho das partículas (ambiente geral) Matéria ou material depositado Particulado total suspenso (<50 µm) PM10 – partículas de 10 µm ou menores PM2,5 – partículas de 2,5 µm ou menores Poeiras – caracterização geral 6
  • 7. Região nasofaringeal (extratorácica) Região traqueo- bronquial Região Alveolar (pulmonar) Entrada Nariz e Boca Fração Inalável <100 μm Penetração além da laringe Fração Torácica <25 μm Penetração além dos bronquíolos Fração Respirável <10 μm Em 1999 a ACGIH recomendou o critério de amostragem por seleção de tamanho de partículas Poeira em ambiente de trabalho: classificação por tamanho da partícula (ACGIH-ISO-CEN) 7
  • 8. Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 8 Classificação de Poeiras em função do tamanho das partículas no ambiente de trabalho – depende da região do trato respiratório alcançado e sistema de coleta Particulado inalável [poeira inalável] Particulado torácico [poeira torácica] Particulado respirável [poeira respirável] Particulado total [poeira total] Poeira em ambiente de trabalho 8
  • 9. Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 9 Fontes de poeiras em ambientes de trabalho Ação mecânica sobre materiais sólidos [corte, esmagamento, trituração, polimento, etc.] Movimentação de material na forma de pós ou particulado [ex. Transferências]. Ação do vento sobre material particulado depositado em superfícies ou roupas de trabalho. Movimentação de veículos ou pessoas sobre pisos com material particulado depositado Combustão (ex. diesel ou biomassa). Poeira em ambiente de trabalho 9
  • 10. Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais 10 Fatores que podem afetar a geração e a dispersão de poeiras nos ambientes de trabalho Intensidade da ação abrasiva Pulverulência do material em pó manuseado (tamanho das partículas e umidade) Ação do vento e ventilação geral Intensidade da movimentação de veículos e pessoas Medidas de controle existentes (ex. Enclausuramento de processos, métodos úmidos, ventilação local exaustora, etc.) Poeira em ambiente de trabalho 10
  • 11. Principais fontes de poeiras na mineração • remoção da vegetação e do solo • remoção de material estéril • operações de detonação e perfuração • operação de britagem e peneiramento • carregamento e descarregamento de material na ãrea de mineração e transporte para fora • transporte de veículos nas estradas de acesso e vias de circulação • ação do vento afetando pilhas de armazenamento e áreas expostas no local de mineração • combustão (emissões de diesel) Poeira em ambiente de trabalho 11
  • 12. Efeitos adversos à saúde Ação sobre o sistema respiratório – depende do local de deposição • efeitos irritativos (químico ou ação mecânica) e bronquites • sensibilização respiratória • pneumoconioses • fibrogênicas (ex. silicose, asbestose) • não fibrogênicas (ex. siderose) • cancer • trato respiratório superior • do pulmão Absorção pulmonar e toxicidade sistêmica (ex. metais) Poeiras efeitos adversos à saúde 12
  • 13. Componentes relevantes das poeiras, do ponto de vista de efeitos adversos à saúde • Silica cristalina • Amianto • Metais tóxicos (As, Pb, Mn, Cd, Be,etc.) • Hidrocarbonetos aromáticos polinucleares (HAP) • Poeiras com limites de exposição específicos. Poeira em ambiente de trabalho 13
  • 14. Termos utilizados • AIHA: Occupational exposure limits (OEL) – Limites de exposição ocupacional (LEO) • ACGIH: Threshold Limit Values (TLV) – valores limites • Quebec: Valores de referência para a exposição ocupacional • US OSHA: Permissible exposure levels (PEL) Limites de exposição permitida • Alemanha: Concentração máxima permitida (MAK) • Austrália: Padrões de exposição a contaminantes atmosféricos no local de trabalho • Brasil: Limite de Tolerância (LT) – proposta da nova NR 15 – Valores de referência para exposição ocupacional (VREO) Poeiras: Limites de exposição ocupacional 14
  • 15. Termo genérico que representa a concentração ou intensidade que é permitida, baseada em dados sobre os efeitos à saúde, e o período no qual se calcula a média das concentrações no local de trabalho. É utilizado para julgar se as concentrações medidas são menores que o limite permitido. Concentração • na zona respiratória do trabalhador (diâmetro de 30 cm em torno do nariz) • T = 25 oC e P = 1 atm ou 101,3 kPa. Poeiras: Limites de exposição ocupacional 15
  • 16. 16 Concentração do contaminante no ar da zona respiratória do trabalhador exposto (25 oC e 1 atm) • Instantânea (concentraçao máxima ou teto) • de curta duração (15 min) • média ponderada pelo tempo na jornada diária(MTP) – 8 horas / dia e 40 h/semana • média de longa duração (LD) (ex. anual) – pouco comum Unidades • ppm(v): gases e vapores • mg/m3: particulados / gases e vapores Poeiras: Limites de exposição ocupacional
  • 17. 17 Relações entre duração da exposição, tipos de efeitos à saúde e LEOs Duração / Efeito Tempo de medição LEO Exemplo Seg ou min / Efeitos agudos ou imediatos Instantâneo / contínuo Teto Curta duração H2S HCl Min ou horas / Efeitos crônicos ou sub-crônicos Curta duração ou toda jornada Curta duração MPT / 8 h Solventes Dias ou semanas / Efeitos crônicos ou sub-crônicos MPT diária, semanal, mensal MPT / 8 h LEO-LD Chumbo Anos Efeitos crônicos de longa duração Exposição média anual LEO – LD Cloreto de vinila 17
  • 18. Partículas (insolúveis ou de baixa solubilidade) não especificadas de outra maneira (PNOS) • Baixa toxicidade, causa efeitos adversos não específicos • Manter a exposição (CMPT) abaixo de – partículas respiráveis - 3 mg/m3 – partículas inaláveis – 10 mg/m3 Poeiras: Limites de exposição ocupacional 18
  • 19. 19 Material particulado disperso no ar • TLVs são expressos em termos de particulado total • Exceto quando sua ação tóxica está relacionada com o local em que se deposita no sistema respiratório • Particulado inalável (I = fração Inalável) • Particulado torácico (T = fração toráxica) • Particulado respirável (R = fração respirável) Poeiras: Limites de exposição ocupacional 19
  • 20. 20 • Exercício – identifique no livreto da ACGIH os TLV de pelos menos dez tipos de poeiras Poeiras: Limites de exposição ocupacional 20
  • 21. 21 Legislação brasileira NR 15 – Anexo 11 – Chumbo (0,1 mg/m3) NR 15–– Anexo 12 – LT para poeiras minerais • Amianto • Manganês e seus compostos • Sílica livre cristalizada (poeira respirável e total com teor de sílica > 1%) Poeiras: Limites de exposição ocupacional 21
  • 22. 22 NR 15–– Anexo 12 – LT Sílica Livre cristalizada • Poeira respirável: LT = (8 / % de quartzo + 2) mg/m3 (poeira somente SiO2 LT ~ 0,078 mg SiO2/m3 ) • Poeira Total LT = (24 / % de quartzo + 3) mg/m3 (poeira somente SiO2 LT ~ 0,23 mg SiO2/m3) (poeira 1% SiO2 )LT ~ 8 mg/m3 ) Poeiras: Limites de exposição ocupacional
  • 23. 23 NR 09 – Não existindo valores limites na NR 15, adotar os valores propostos pela ACGIH. Ajustar ou não os valores para a jornada? Opções: modelo IRSST (Quebec) e Brief-Scala Poeiras: Limites de exposição ocupacional
  • 24. Ajustes dos valores dos limites em função de jornada diferenciada Modelo Brief-Scala (Paustenbach, 2000) Paustenbach DJ: Pharmokinectics and Unusual Work Schedules. In: Patty’s Industrial Hygiene, 5th ed., V. 3, Part.VI, Law, Regulation and Management, Chap. 40, p.1787-1901, RL Harris, Ed. John Willey & Sons, New York (2000) • Jornadas > 8 h dia • Jornadas > 40 h semana Poeiras: Limites de exposição ocupacional 24
  • 25. Modelo Brief-Scala (Paustenbach, 2000) LEO reduzido = FR x LEO Jornadas diárias: Onde h = horas efetivamente trabalhadas por dia Poeiras: Limites de exposição ocupacional 25
  • 26. Modelo Brief-Scala (Paustenbach, 2000) LEO reduzido = FR x LEO Jornada semana: Onde h = horas efetivamente trabalhadas na semana Poeiras: Limites de exposição ocupacional 26
  • 27. Modelo do Quebec – IRSST : utiliza o modelo Harber (Broder et al, 2001) Brodeur,J; Vyskocil A; Tardif R; et al. Adjustment of permissible exposure values to unusual work schedules. Am Ind Hyg Assoc J 62:584-594 (2001) Ferramenta eletrônica http://www.irsst.qc.ca/en/- tool-utility-for-the-adjustment-of-twa.html Poeiras: Limites de exposição ocupacional para exposições mistas 27
  • 28. • Fórmula da aditividade: tem-se que considerar a natureza do efeito toxicológico (mesmo tipo de efeito) • Sugestão: aplicar a ferramenta do IRSST - Mixie http://www.irsst.qc.ca/en/-tools-utilitaires- labo.html Poeiras: Limites de exposição ocupacional para exposições mistas 28
  • 29. Objetivos • Verificar a conformidade legal • Planejar medida de controle • Avaliar o desempenho de uma medida de controle • Estimar o risco à saúde e priorizar medidas de controle Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 29
  • 30. Risco Qualitativo Perigo intríseco (nocividade) + Exposição Quantitativo Combinação da probabilidade e severidade da possível consequência R = f (P, C) Quanto maior a relação Exposição/LEO maior é a probabilidade de ocorrer efeitos adversos. Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 30
  • 31. Variabilidade diária da exposição – desafio para estimar a exposição Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 31
  • 32. Variabilidade diária da exposição CCD CMPT Concentração (ppm ou mg/m3) Tempo (h) Pico de exposição Média de curta duração Média ponderada pelo tempo (8 h - diária) Valor de referência Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 32
  • 33. C C O perfil mensal de exposição do trabalhador não é assim É mais provável que seja assim... Tempo (dias) Tempo (dias) Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 33
  • 34. Programas de Higiene Ocupacional Sugestão: Adotar como referência básica o manual da AIHA [American Industrial Hygiene Association]. Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 34
  • 35. Diagrama da AIHA para a estratégia de avaliação e controle das exposições ocupacionais 35
  • 36. Início Caracterização Básica Avaliação da Exposição Incerta Controle Reavaliação Coleta de Mais Informações Exposição Inaceitável Exposição Aceitável 36
  • 37. Estabelecer Grupos de Exposição Similar (GES) Definição do Perfil de Exposição Selecionar/ Definir LEOs Comparação: Perfil de exposição e sua Incerteza LEO e sua Incerteza Aceitável Incerta Inaceitável Avaliação da Exposição 37
  • 38. Critério para julgamento das exposições (AIHA): E(Perfil de exposição) / LEO (Limite de Exposição Ocupacional. Perfil Exp.(E) Avaliação da exposição (risco) < 0,1 LEO Irrelevante 0,1-0,5 LEO Baixa(o) 0,5-1,0 LEO Moderada(o) > LEO Excessiva(Alto ou crítico) Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 38
  • 39. B B B B M M M A M M A A A C C C M C B A C5 5 4 4 3 3 2 21 1 A M A P c Risco aceitável: B= BAIXO M= MODERADO Risco Inaceitável A= ALTO C= CRÍTICO PROBABILI-DADE SEVERIDADE B Exemplo de matriz de risco em função da probabilidade e severidade da consequência ou dano Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 39
  • 40. Avaliar a exposição a exposição • Caracterização básica • Identificar a exposição (agente, via de exposição) e estabelecer grupos de exposição similar (GES) • Definir um critério de avaliação (ex. LEO – limite de exposição ocupacional) • Definir o perfil de exposição (E) • Comparar o perfil de exposição com o critério definido (ex. E / LEO) Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 40
  • 41. Caracterização Básica  Informações do Local de Trabalho  Processo  Equipamento  Controles  Materiais  Informações da Força Trabalho  Cargos  Funções  Atribuições  Informações do Agente  Agentes Agressivos à Saúde (químicos, físicos, biológicos)  Efeitos à Saúde  Limites de Exposição Ocupacional  Monitoramento de Resultados  Informações de Monitoramento  Resultados de Amostra  Mesma operação  Operação parecida 41
  • 42. Identificação ou reconhecimento das exposições e riscos • Agente: identidade química, forma física (no caso, poeira), danos potenciais à saúde (agudos ou crônicos) e limites de exposição ocupacional • Fontes e outros fatores determinantes da exposição • Medidas de controle existentes • População exposta / Perfil de Exposição qualitativo Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 42
  • 43. 43 Qual é o agente (poeira)? • Qual é a composição do material/mineral que dá origem à poeira? • Há estudos toxicológicos e LEO específico para o material como um todo? • Quais são os componentes de relevância toxicológica? Se não houver LEO específico e componentes com efeitos toxicológicos específicos e a poeira for insolúvel ou pouco solúvel: Particulado não especificado de outra forma (PNOS) Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 43
  • 44. 44 Qual é o agente (poeira)? Critério de exclusão de contaminantes em baixas concentrações Se a concentração (% m/m) na poeira total for inferior a 0,1 x (LEO/10 mg/m3 x 100%) ou menor que a concentração de corte do GHS. Ex. Pb – LEO = 0,05 mg/m3 , desconsiderar sua presença se a concentração for < 0,05 % Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição
  • 45. Definição de GES – Grupo de Exposição similar Grupo de trabalhadores que experimentam situações de exposição semelhantes, de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de qualquer trabalhador desse grupo seja representativo da exposição dos demais trabalhadores. Nota 1. Um GES não deve ser confundido com função ou cargo similar. Nota 2. Um GES pode ser constituído por trabalhadores de um mesmo processo, área, setor, função ou que executam uma determinada atividade. Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 45
  • 46. Definição de Grupos de Exposição Similar (GES) – por agente ambiental / tipo de efeito ou LEO – Classificar por: a) Processo/área e agente ambiental b) Processo/área, grupo funcional e agente ambiental c) Processo/área, grupo funcional, atividade e agente ambiental d) Processo/área, atividade e agente ambiental e) Grupo funcional e agente ambiental f) Grupo funcional, atividade e agente ambiental g) Atividade e agente ambiental h) Equipe de trabalho e agente ambiental i) Atividades ou função não repetitiva e agente ambiental. “azul” – aplicável a exposição a poeira com TLV-TW Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 46
  • 47. Perfil de exposição Magnitude e variabilidade de exposições para um GES (Grupo de exposição similar) ou trabalhador. Inclui a compreensão da medida da tendência central das exposições (tais como a média da exposição) e a compreensão da amplitude ou variabilidade das exposições, tais como a faixa das exposições (valor mínimo-valor máximo) ou a frequência com que as exposições excedem o LEO. Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 47
  • 48. Determinação do perfil de exposição • Qualitativa • Semi-quantitativa • Quantitativa – intencional – aleatória, com tratamento estatístico Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 48
  • 49. Médias geométricas - Para uma média artimética = 10 Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 49
  • 50. Perfil de Exposição 95%il 0 0.002 0.004 0.006 0.008 0.01 0.012 0.014 0 50 100 150 200 250 300 Concentração LS LE Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 50
  • 51. Exemplos de perfil de exposição Dados para particulado contendo Pb inorgânico Exposição não detectada: < 0,002 mg/m3 Semi-quantitativo: Faixa de exposição: 0,05 – 0,022 mg/m3 Quantitativo Exposição máxima (com base no pior cenário): < 0,5 mg/m3 Percentil 95% - 0,091 mg/m3 Média (aritmética) = 0,072 mg/m3 e LSC = 0,088 mg/m3 Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 51
  • 52. Exemplos de perfil de exposição Dados para particulado contendo Pb inorgânico Exposição não detectada: < 0,002 mg/m3 Qualitativo: Exposição diária a altas/moderadas/baixas concentrações, durante toda a jornada Semi-quantitativo: Faixa de exposição: 0,05 – 0,022 mg/m3 (por extrapolação) Quantitativo Exposição máxima (com base no pior cenário): < 0,5 mg/m3 Percentil 95% - 0,091 mg/m3 Média (aritmética) = 0,072 mg/m3 e LSC = 0,088 mg/m3 Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 52
  • 53. Estimativa do perfil de exposição (E): • Qualitativo e semi-quantitativo (por faixas) • Quantitativo (exploratório, estatístico) Tratamento do risco Avaliação inicial Avaliação aprofundada“tiers” Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 53
  • 54. Estratégias para determinação do perfil de exposição- (Tiers approach ou abordagem gradual) • Adoção direta de medidas de controle • Determinação do perfil de exposição – Qualitativa / Semi-quantitativa (1º. Nível) – Quantitativa Exploratória (2º. Nível) – Quantitativa / estatística simplificada (3º. Nível) – Quantitativa / abordagem estatística (4º. Nivel) 54
  • 55. Abordagens para definir o perfil de exposição Abordagem exploratória – : • poucas amostras por GES ou área • amostragem com viés ou sistemática, isto é, a escolha dos trabalhadores ou pontos avaliados não é aleatória: escolhe-se a situação de maior exposição (GES potencialmente mais exposto, ou atividade de maior exposição) ou onde a concentração ambiental é maior Obs. Recomendável apenas quando a exposição (E) esperada é baixa (E menor que 0,1 LEO) ou muito alta (provavelmente E acima do LEO) ou quando a variabilidade esperada da exposição é baixa, ou ainda para fins de adoção de medidas de controle. Estratégia de avaliação da exposição 55
  • 56. Abordagens para definir o perfil de exposição Abordagem estatística • Trabalhadores escolhidos aleatoriamente (para um mesmo GES). • Duração da coleta ou medição representativa da jornada. • Número de amostras: • simplificada (3 amostras) • Completa: maior ou igual a seis (6) para cada GES Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 56
  • 57. Efeito do tamanho da amostra sobre a estimativa da média e desvio padrão Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 59
  • 58. Tratamento e dos dados para cada GES • Amostras únicas para trabalhadores de maiores riscos: interpretar os dados considerando as informações qualitativas. • Amostragem aleatória simplificada (três amostras) – calcular a média geométrica • Amostragem aleatória com seis amostras ou mais – Usar a planilha IHSTAT Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 60
  • 59. DPG NA – nível de ação ? 1,3 0,5 x LEO 1,5 0,25 x LEO 2,0 0,1 x LEO ? 3 Processo descontrolado ou grupo pobremente definido. Adotar medidas de controle Nível de ação DPG = desvio padrão geométrio Fonte: NIOSH / AIHA Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 61
  • 60. Abordagem exploratória (baseado na norma européia) • Estimar a faixa de exposição (valor mínimo-valor máximo) • Interpretar os resultados combinando-se com informações quantitativas e qualitativas. • Para exposições estimadas entre 0,1 e 1,0 LEO recomenda-se abordagem estatística para definir os perfis de exposição se essas exposições não puderem ser facilmente reduzidas ou eliminadas. Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 62
  • 61. Análise e interpretação dos resultados (baseado na norma européia) Abordagem estatística simplificada • Calcular a média geométrica (MG) • Comparar a média geométrica com o LEO (exposição aceitável se a MG < 0,5 LEO, se 0,5 LEO < MG < 1,0 LE) – deve-se fazer abordagem completa. Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 63
  • 62. Análise e interpretação dos resultados Abordagem estatística completa • Fazer tratamento estatístico dos dados (estatística paramétrica n <50) • Na maioria dos casos, principalmente para verificar conformidade com LEO, deve-se comparar o percentil 95% com o LEO. (Usar a média apenas para agentes que tenham limites de exposição para longa duração – efeito crônico) Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 64
  • 63. Abordagem estatística Utilizar o modelo IHSTAT proposto pela AIHA (digitar no Google IHSTAT) Ex. http://ohshub.com/ihstat-statistical-analysis-of- health-safety-data/ Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 65
  • 64. NH 08 - Recomenda-se que, no relatório técnico, sejam abordados, no mínimo, os aspectos a seguir : - introdução, incluindo objetivos do trabalho, justificativa e datas ou períodos em que foram desenvolvidas as avaliações quantitativas; − materiais e equipamentos utilizados (tipo, marca e modelo de bombas e dispositivos de coleta); − procedimentos utilizados (estratégia de coleta, métodos de coleta e métodos analíticos); − descrição das situações de exposição avaliadas; − resultados obtidos; − conclusões e recomendações; − referências bibliográficas. Poeiras: Estratégia de avaliação da exposição 66
  • 65. Métodos analíticos [determinação da concentração de material particulado[ • Método tradicional: •Coleta ativa de amostras de ar em filtros de membrana, utilizando-se bombas de amostragem • Análise laboratorial para determinação • Equipamento de leitura direta • Análise de amostras sedimentadas (wipe samples) Poeiras: Métodos analíticos 67
  • 66. Objetivo dos métodos analíticos Determinar a concentração do agente [X] no AR: VX/Var ou mX/Var, onde X é o agente químico ou contaminante disperso no ar. • Gás e vapor- ppm(v) ou mg/m3 • Particulados - só mg/m3 • Poeira [dust] – • Fumo [fume] • Névoa [mist] • Mistos - mg/m3 Poeiras: Métodos analíticos 68
  • 67. Consultar: • NIOSH • OSHA (Salt Lake City) • GESTIS (base de dados alemã relaciona todos os métodos disponíveis. • INSHT • IRSST • Informativo da ENVIRON (Brasil) Poeiras: Métodos analíticos 69
  • 68. Amostragem: • Dispositivo de coleta • Fluxo de amostragem • Volume mínimo e máximo @ LEO • Estabilidade da amostra Determinação da massa • Técnica analítica • Analito (espécie quimica) • Faixa de trabalho • Desempenho: limite de detecção (LD), limite de quantificação (LQ) e precisão Poeiras: Métodos analíticos 70
  • 69. Tipos de filtro para particulados sólidos • Membrana de éster de celulose (25 e 37 mm de diâmetro, porosidade 0,8 µm) • Asbestos, fibras (quadriculado) – 25 mm • Metais – 37 mm • Névoa de óleo mineral – 37 mm • Membrana de PVC • particulado total (análise gravimétrica – indicação da massa, sem determinação qualitativa), 25 ou 37 mm • sílica cristalina (análise por difração de Raio X ou espectrofometria) – 37 mm, 5 µm) • Membrana de Teflon (PTFE) Poeiras: Métodos analíticos 71
  • 70. Dispositivo de coleta com filtro • cassete tradicional (3 peças) – • particulado total (sem separador de partículas) • particulado respirável (com separador de partículas) • Amostrador tipo IOM (particulado inalável, torácico e respirável) • Porta filtro para fibras de amianto Poeiras: Métodos analíticos 72
  • 71. Sistema de coleta • Porta-filtro com o filtro adequado • Separador de partículas (ciclones) • Bomba de amostragem • Mangueiras • Cinto e presilhas/garras para fixar o sistema no trabalhador ou materiais para montagem de sistema de coleta de amostras de área. Poeiras: Métodos analíticos 73
  • 72. Coleta de amostras de ar Texto Dispositivo de coleta para particulado total (cassete). 74
  • 73. Coleta de amostras de ar Dispositivo de coleta para particulado respirável – ciclone de nylon. 75
  • 74. Coleta de amostras de ar Texto Dispositivo de coleta para particulado respirável – ciclone de alumínio. 76
  • 75. Coletas de amostra de ar Texto Dispositivo de coleta para particulado respirável. 77
  • 76. Texto Dispositivo de coleta para particulado torácico e respirável. Coletas de amostra de ar 78
  • 77. Coleta de amostras de ar Dispositivo de coleta tipo IOM para particulado inalável 79
  • 78. Coleta de amostras de ar Dispositivo de coleta tipo BOTTON para particulado inalável 80
  • 79. Coleta de amostras de ar Bombas de amostragem de baixo fluxo 81
  • 80. Coleta de amostras de ar Sistemas de calibração das bombas de amostragem – método com bureta 82
  • 81. Coleta de amostras de ar Sistemas de calibração das bombas de amostragem – método com calibrador eletrônico 83
  • 82. Coleta de amostra de ar Posicionamento do sistema de coleta: coleta de amostra individual (pessoal) 84
  • 83. Coleta de amostras de ar Montagem do sistema de coleta para de amostra de área (estática) 85
  • 84. Acondicionamento de amostras para transporte Texto 86
  • 85. Acondicionamento de amostras para transporte Texto 87
  • 86. Importante: Tempo de coleta mínimo de cada amostra para se detectar exposições relevantes Parâmetros de cálculo • LD e LQ indicado pelo laboratório • LEO selecionado • concentração que se quer detectar ( >10% do LEO) Vol. Mínimo (m3) = LD / 0,1 LEO (adequar unidades) Tempo de coleta (mínimo) = Vmin / Q (fluxo) Poeiras: Métodos analíticos 88
  • 87. Tempo de coleta mínimo de cada amostra para se detectar exposições relevantes Exemplo de cálculo para poeira contendo Chumbo • LD indicado pelo laboratório = 2 µg/amostra • LEO (Pb) = 0,05 mg/m3 (TLV-TWA da ACGIH) • concentração a ser detectada (10% do LEO = 0,005 mg/m3) Vol. Mínimo (m3) = 2 µg / 0,005 mg/m3 = 0,4 m3 = 400 litros Tempo de coleta (mínimo) = Vmin / Q (fluxo) = 200 min se o fluxo utilizado for 2 litros/min Poeiras: Métodos analíticos 89
  • 88. Exercício Calcule o tempo mínimo para duração da coleta de amostra de ar para particulado inalável (PNOS) para se detectar exposições acima de 10% do LEO. O laboratório informou que o limite de detecção de seu método é de 0,05 µg/amostra. Suponha um fluxo de amostragem igual a 2 L/min. Poeiras: Métodos analíticos 90
  • 89. Condições necessárias para planejar a coleta das amostras •Agente identificado (tipo de poeira) e respectivo LEO • Objetivo e estratégia de avaliação definidos • Métodos analíticos selecionados, incluindo desempenho do laboratório • Estimativas da concentração provável (ou medições exploratórias) • Tempo de duração de cada amostra (volume de ar adequado para obter a quantidade de material particulado dentro da faixa de trabalho do método analítico, considerando o limite de exposição ocupacional) Poeiras: Métodos analíticos 91
  • 91. Procedimento de coleta Calibração da bomba de amostragem antes da coleta, com dispositivo de coleta em linha (não o que será utilizado) Montagem do sistema de coleta (bomba + dispositivo de coleta) Colocação da bomba no trabalhador selecionado ou montar sistema de amostragem de área Ligar e desligar a bomba, anotando o horário. Acompanhar a coleta, fazendo anotações relevantes do ambiente de trabalho e atividades do trabalhador Retirar o sistema do trabalhador e calibrar novamente a bomba de amostragem Registrar todos os dados na folha de campo, acondicionar amostras e enviar para laboratório. Poeiras: Métodos analíticos 93
  • 92. Cálculo do volume de ar amostrado O volume de ar amostrado deve ser calculado para cada amostra, de acordo com a seguinte expressão: V = Qm x t / 1000 sendo: V = volume de ar amostrado em m3 Qm = vazão média em L/min t = tempo total de coleta em minutos Poeiras: Métodos analíticos 94
  • 93. Cálculo da concentração do agente na amostra de ar A concentração de material particulado no ar deve ser calculada para cada amostra de acordo com a seguinte expressão: C = m / V sendo: C = concentração da amostra em mg/m3 m = massa da amostra em mg V = volume de ar amostrado em m3 Poeiras: Métodos analíticos 95
  • 95. HAP Benzo[a]pireno (usado como indicador de HAPs) Estruturas moleculares dos principais HAPs 95 97
  • 96. HAP – Propriedades físico-químicas Benzo[a]antraceno Benzo[a]pireno No. CAS 56-55-3 50-32-8 Fórmula molecular C18H12 C20H12 Massa molecular 228,30 252,31 Ponto de fusão (oC) 158 179 Ponto de ebulição (oC) 438 435 Solubilidade (mg/L) 0,0094 0,0002 a 0,0062 Log Kow 5,76 6,04 Pressão de vapor(mmHg) 2,1 x 10-7 desprezível Constante da Lei de Henry (atm-m³/mole) (25°C) 1,2 x 10-5 nd Ponto de fulgor (oC) 209,1 nd Fonte: International Chemical Safety Card – INCHEM e Wikipedia Benzo[b]fluoranteno 205-99-2 C20H12 252,31 168 228,6 desprezível nd nd 98
  • 97. Propriedades físico-químicas indicam • Sólidos nas condições ambientes e apresentam baixa pressão de vapor • Pouco solúvel em água, mas altamente lipofílico • Tendem a acumular em tecidos lipídicos de plantas e animais HAP – Propriedades físico-químicas 99
  • 98. HAP – exposição humana Exposição (ocupacional e não ocupacional) • Inalação de aerossóis [particulados] • Contato com a pele e absorção cutânea • Ingestão [de alimentos contendo HAPs] 100
  • 99. HAP – Efeitos adversos à saúde humana Os HAPs podem • ser cancerígenos para humanos (pele, pulmão) • causar efeitos mutagênicos • causar efeitos adversos para a reprodução humana • causar dermatites por sensibilização 101
  • 100. HAP – Efeitos adversos à saúde humana Consultar informações sobre compostos • ICSC - Fichas Internacionais de Segurança Química [sites do INCHEM ou NIOSH] • Base de dados GESTIS • Base de dados da ECHA • Echemportal 102
  • 101. GHS - Perigos à saúde humana CLASSES CATEGORIAS Toxicidade aguda 1 2 3 4 5 Corrosão / Irritação à pele 1 2 3 Lesões oculares graves / Irritação ocular 1 2A 2B Sensibilização respiratória 1AB Sensibilização à pele 1AB Mutagenicidade em células germinativas 1AB 2 Carcinogenicidade 1AB 2 Toxicidade à reprodução 1AB 2 Lactação 103
  • 102. CLASSES CATEGORIAS Toxicidade para órgãos-alvo específicos- Exposição única 1 2 3 Toxicidade para órgãos-alvo específicos – Exposição repetida 1 2 2B Perigo por aspiração 1 2 GHS - Perigos à saúde humana 104
  • 103. Limites de concentração de contaminantes para classes de perigo à saúde [cut off values] Classe de perigo Concentração Toxicidade aguda ≥ 1 % Corrosão / irritação da pele ≥ 1 % Lesões oculares grave s/ irritação ocular ≥ 1 % Sensibilizante respiratório ≥ 0,1 % Sensibilizante da pele ≥ 0,1 % Mutagenicidade em células germinativas – Cat. 1 ≥ 0,1 % Mutagenicidade em células germinativas – Cat. 2 ≥ 1 % Carcinogenicidade ≥ 0,1 % Toxicidade à reprodução ≥ 0,1 % Toxicidade para órgãos-alvo específicos- Exposição única ≥ 1 % Toxicidade para órgãos-alvo específicos- Exposição repetida ≥ 1 % 105
  • 105. Classificação de produtos derivados do Petróleo segundo o GHS Fonte: www.ipieca.org 107
  • 106. 108
  • 107. HAP – fontes de exposição Fontes de exposição a HAPs (antropogênicas, nos ambientes de trabalho) • Uso de produtos derivados de petróleo e do carvão • Combustão incompleta de combustíveis fósseis e biomassa • Formação de HAPs durante processos industriais 109
  • 108. HAP – fontes de exposição Principais fontes ocupacionais • Fornos de coque • Produção de eletrodos de grafite • Produção de alumínio (metal primário) • Pavimentação de rodovias com asfalto (piche) • Impermealização de telhados • Fabricação e manuseio de creosoto • Tratamento e manuseio de dormentes de ferrovias tratados com creosoto 109-B
  • 109. HAP Critérios para avaliação da exposição Norma Regulamentadora 15 (NR 15) – Os HPAs não constam do anexo 11 – Enquadramento legal: são consideradas insalubres as atividades mencionadas no anexo 13. • Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono: Insalubridade grau máximo: Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina ou outras substâncias cancerígenas afins. • Operações diversas: Insalubridade grau máximo – operações com benzopireno. 109
  • 110. HAP Critérios para avaliação da exposição ACGIH – Consta do livre TLVs e BEIs apenas os compostos: benzo[a]antraceno, benzo[b]fluoranteno e benzo[a] pireno – Não há indicação de TLVs, mas recomenda que as exposições por todas as vias devem ser contraladas a níveis o mais baixo possíveis. – Notações: • A2 (suspeito de cancerígeno para humanos) • BEI (hidropireno na urina, amostra coletada no final da jornada) 110
  • 111. HAP Critérios para avaliação da exposição Estados Unidos Agente OSHA NIOSH Antraceno 0.2 mg/m3 - Benzo[a]pireno 0.2 mg/m3 - Criseno 0.2 mg/m3 Cancerígeno humano potencial Fenantreno 0.2 mg/m3 - Pireno 0.2 mg/m3 - 111
  • 112. HAP Critérios para avaliação da exposição de outros países –benzo[a]pireno Pais LEO – 8h LEO curta duração Alemanha 0.0007 mg/m3 0,00007 mg/m3 (*) Holanda 0,0005507 mg/m3 Suécia 0,002 mg/m3 0,02 mg/m3 Suiça 0,002 mg/m3 Canadá - Ontário Mesma orientação da ACGIH Fonte: GESTIS (*) como indicador chave na mistura de vários HAPs 112
  • 113. HAP – Métodos de análise Métodos analíticos desenvolvidos pelo NIOSH • NIOSH 5800 – PAH total • NIOSH 5506 – PAH por HPLC • NIOSH 5515 - PAH por CG 113
  • 114. Método NIOSH 55800 – PAH total Coleta das amostras de ar • Dispositivos de coleta – Filtro PTFE (37 mm, 2 µm) + tubo adsorvente (washed XAD-2, 100mg/50 mg) • Fluxo de amostragem: 1 a 2L/min • Volume da ar recomendado – Min: 5 L @ 0.01 mg/m3 Max: 1000 L • Transporte da amostra: enviar @ 0 oC ( mas deve-se transferir os filtros para tubos de cultura; envolver os tubos com folhas de Al) • Estabilidade da amostra: pelo menos 30 dias, @ 5 C HAP – Métodos de análise 114
  • 115. Método NIOSH 5800 PAH total Determinação da massa [laboratório] • Técnica analítica – FIA (Flow Injection Analysis) Análise por injeção de fluxo e detector de fluorescência (dois em série) • Analito: HPAs totais (não há especiação) • Limite de detecção – 0,012 µg por amostra) • Aplicabilidade: – Este método é aplicável para a comparação de ambientes que utilizam a mesma fonte de fumos. A especiação dos HAP como uma classe química é realizada por extracção de fase sólida, seguido por extracção líquido-líquido. HAP – Métodos de análise 115
  • 116. Método NIOSH 5506 – PAH por HPLC Coleta das amostras de ar • Dispositivos de coleta – Filtro PTFE (37 mm, 2 µm) + tubo adsorvente (washed XAD-2, 100mg/50 mg) • Fluxo de amostragem: 2L/min • Volume da ar recomendado – Min: 200 L Max: 1000 L • Transporte da amostra: transferir os filtros para tubos de cultura; envolver os tubos com folhas de Al; enviar @ 0 oC • Estabilidade da amostra: desconhecida, proteger a amostra de calor e luz ultravioleta HAP – Métodos de análise 116
  • 117. Método NIOSH 5515 PAH por HPLC Determinação da massa [laboratório] • Técnica analítica – HPLC, detector de fluorescência e UV • Analito: vários HPAs (listados no método) • Limite de detecção – Varia conforme o analito (na faixa de 0,005 a 2 µg por amostra) • Aplicabilidade: – este método de aplica a amostras que possam ser extraídas com acetonitrila. Este método não se aplica a amostras que exigem extração com outros solventes ou que contenham grandes quantidades de material particulado altamente adsorvente. - e.g. cinzas volantes ou de fuligem de diesel, este método também não é aplicável a amostras de fumos de asfalto HAP – Métodos de análise 117
  • 118. Método NIOSH 5515 PAH por CG Coleta das amostras de ar • Dispositivos de coleta – Filtro PTFE (37 mm, 2 µm) + tubo adsorvente (washed XAD-2, 100mg/50 mg) • Fluxo de amostragem: 2L/min • Volume da ar recomendado – Min: 200 L Max: 1000 L • Transporte da amostra: transferir os filtros para tubos de cultura; envolver os tubos com folhas de Al; enviar @ 0 oC • Estabilidade da amostra: desconhecida, proteger a amostra de calor e luz ultravioleta HAP – Métodos de análise 118
  • 119. Método NIOSH 5515 PAH por CG Determinação da massa [laboratório] • Técnica analítica – Cromatografia Gasosa (CG), com coluna capilar, Detector de fotoionização (FID) • Analito: vários HPAs (listados no método) • Limite de detecção – 0,3 a 2 µg por amostra • Aplicabilidade: – A faixa de trabalho de B [a] P é 3 a 150 mg / m 3 para uma amostra de ar de 400-L. Conjuntos de amostras específicas podem requerer modificação na extração do filtro com solvente, a escolha do método de medição, e condições de medição. HAP – Métodos de análise 119
  • 120. Estratégia de avaliação da exposição • Identificação das exposições – Verificar se o material ou produto que constitui a fonte tem teor de HAP > 0,1% em peso ou teor solúvel em DMSO > 3% ( Método IP 346) = considerar como cancerígeno 1B (GHS) – Coletar uma amostra “bulk” e determinar o teor de HAPs totais ou usar o benzo[a]pireno como indicador HAP – Avaliação da exposição 120
  • 121. HAP Estratégia de avaliação da exposição • Avaliação das exposições – Qualitativa – analisar cuidadosamente como ocorre as exposições e a efetividade das medidas de controle (menor exposição possível) – Quantitativa: • 1º. Coletar amostras para as situações de maior risco (observando o volume mínimo / limite de deteção do método) • 2º. Coletar amostras representativas para demais grupos de exposição similar. • Analisar os dados de forma qualitativa. 121
  • 122. HAP Controle das exposições • Reduzir as exposições ao mínimo possível – Evitar o contato com a pele (processos automatizados) – Se possível adotar sistemas fechados. Caso contrário usar ventilação local exaustora. – Completar a proteção com uso de EPI (proteção da pele e proteção respiratória) 122
  • 123. HAP Procedimento para descaracterizar a condição insalubre • No caso de produtos químicos que potencialmente pode conter HAPs, demonstrar que não se trata de produto classificado como cancerígeno. • Se não for detectada a presença de HAP em amostras representativas, não reconhecer as exposições 123
  • 124. HAP Exercício Faça o planejamento detalhado para realizar a avaliação da exposição a HAP na atividade de mineração subterrânea, onde se usa vários equipamentos com motor usando óleo diesel como combustível. Indique no mínimo: – critério de avaliação – estratégia de avaliação – procedimentos a serem usados (coleta e análise) 124
  • 126. Fluidos de usinagem Objetivo • Relacionar e analisar os principais riscos ocupacionais e os sistemas de controle desses riscos no uso de fluidos de usinagem. • Apresentar os métodos de avaliação da exposição ocupacional Foco: prática convencional de usinagem de metal. 126
  • 127. Fluidos de usinagem Bibliografia básica BURGESS, William A. - Usinagem de metais Identificação de possíveis riscos à saúde do trabalhador nos diversos processos industriais. Belo Horizonte: Ergo Editora, 1997. Capítulo, 9p.141- 166 NIOSH. What do you need to know about occupational exposure to metalworking fluids. Cincinnati: NIOSH, 1998 (dísponível no site www.cdc.gov/niosh - ver publicações) Health Effects of Mineral oil mist and metalworking fluids symposium. Applied Occupational and Environmental Hygiene, vol. 18. m; 11. nov. 2003. 127
  • 128. Fluidos de usinagem As principais questões de doenças ocupacionais associadas com operações de usinagem de metais são atribuíveis ao contato dérmico e exposições à inalação de névoas de fluidos de usinagem usados na operação. 128
  • 130. Fluidos de usinagem Fluidos de usinagem são projetados para • Resfriar e lubrificar as superfícies ou pontos de contatos entre a ferramenta de corte e a peça de matéria prima • Remoção de cavacos • Se escolhido adequadamente aumenta a vida útil da ferramenta, melhora o acabamento da superfície e a estabilidade dimensional da peça durante a usinagem. 130
  • 131. Fluidos de usinagem Nome preferido Sinônimos ÓLEO PURO Óleo mineral Óleo de petróleo Óleo de corte ÓLEO EMULSIONADO Óleo solúvel Fluido à base de água Água de sabão Emulsões FLUIDO SINTÉTICO Fluido de corte FLUIDO DE USINAGEM Refrigerantes Fluidos para trabalho em metal Nomenclatura de fluidos de usinagem 131
  • 132. Fluidos de usinagem Histórico • Sec. XIX – associação entre o contato da pele com os fluidos de usinagem à base de óleo mineral e o carcinoma de células escamosas foi descrita no Reino Unido. • 1987 - O óleo mineral foi classificado como carcinogênico pela IARC. 132
  • 133. Fluidos de usinagem Histórico • Anos 1960 em diante: uso de fluidos emulsionados e óleos refinados • Anos 1980– Evidência de ocorrência em dobro de câncer na laringe em operadores de máquinas de usinagem (fluidos à base de óleo mineral). Outros distúrbios respiratórios (bronquite, asma) Dermatoses ocupacionais (1 em cada 3 trabalhadores é afetado). 133
  • 134. Fluidos de usinagem Histórico • Anos 1990 em diante: aumento do uso de fluido à base de água e fluído químico. Surgimento de surtos de Pneumonite [Pneumonia] por Hipersensibilidade (PH) Preocupação: Carcinogenicidade dos fluidos de usinagem em geral. 134
  • 135. Fluidos de usinagem Composição dos fluidos de usinagem • Óleos minerais – contêm mais de 80% de óleo mineral balanceado com vários aditivos • Óleos emulsionados – 3-10% de óleo mineral, emulsionadores, outros aditivos e água. • Fluidos de usinagem sintéticos – ingredientes químicos ativos em solução aquosa. 135
  • 136. Fluidos de usinagem Nocividade dos fluidos de usinagem • Conhecer a composição • Identificar componentes classificados como perigosos (segundo o GHS) • Excluir componentes em concentração abaixo do valor da concentração de corte (cut-off) proposta pelo sistema de classficação. 136
  • 137. Fluidos de usinagem Nocividade dos fluidos de usinagem Componentes perigosos • Identificar o no. CAS do componentes potencialmente perigosos (excluir água, sabão e outros tensoativos) • Consultar bases de dados revisadas por pares – ex. ECHA , GESTIS ou echemportal • Usar a tabela de valores de concentração de corte do GHS. • Recomenda-se rever o conteúdo das fichas de dados de segurança (FDS ou FISPQ) 137
  • 138. Fluidos de usinagem Nocividade dos fluidos de usinagem (agentes químicos ou biológicos?) Vias de exposição • Contato com a pele • Inalação de névoas (todos os componentes do fluido) Efeitos adversos reconhecidos • Carcinogenicidade (associada ao óleo mineral) • Dermatoses • Doenças respiratórias – Bronquite, asma, pneumonite por hipersensibilidade • Outros efeitos adversos de vias aéreas superiores 138
  • 139. Fluidos de usinagem Nocividade dos fluidos de usinagem – carcinogenicidade - Óleo mineral – HPA – hidrocarbonetos aromáticos policíclicos são os agentes responsáveis pela carcinogenicidade - Ex. Benzo[a]pireno 139
  • 140. Fluidos de usinagem Nocividade dos fluidos de usinagem Carcinogenicidade do Óleo mineral – depende do grau de refino • Óleos pobre ou moderadamente refinados : carcinogênico humano suspeito (GHS – 1B, IARC – 2, ACGIH – A2) • Óleos altamente ou severamente refinados : não classificado como carcinogênico humano • Critério: Teste IP 346 < 3% de HAP no extrato em dimetil sulfóxido – DMSO) – ver: Concawe 140
  • 141. Fluidos de usinagem Nocividade dos fluidos de usinagem - Dermatites Irritação – associada a • pH • Etanolaminas • biocidas Sensibilização • Formaldeído e agentes de liberação que contém formaldeído 141
  • 142. Fluidos de usinagem Nocividade dos fluidos de usinagem – Contaminação por microorganismos • Óleo emulsionado e fluidos de usinagem oferecem água, nutrientes e condições de temperatura necessárias ao crescimento de microorganismos. – Bactérias anaeróbicas (redução de sulfatos, produzindo sulfetos) – Bactérias aeróbicas (causam queda do pH) • Pesquisas sugerem que os microorganismos e/ou seus produtos tais como endotoxinas podem ser a causa dos efeitos repiratórios adversos 142
  • 143. Pneumonite por hipersensibilidade (PH) associada a fluidos de corte • A partir dos anos 1990 há inúmeros artigos relacionando a utilização de fluidos de corte à base de água com a ocorrência de HP • Os fluidos podem estar contaminados com diversos tipos de microorganismos , inclusive presença de micobactérias • Os biocidas não são ativos em relação a micobactérias. Os casos de PH aumentaram com o uso de biocidas • Foi estabelecido que um grupo de micobactérias é o agente mais relacionado ao aparecimento de PH. (Roosmoore, 2004; Rosenman, 2009; Moore, 2000; Weiss, 2001; Beckett, 2001; Kreiss e Cox-Gransser, 1997; Shelton, 1999; Roussel et al. 2012 ) Fluidos de usinagem 143
  • 144. Fluidos de usinagem Critérios legais brasileiros • Não estão relacionados no anexo 11 da NR 15 • Enquadramento legal: são consideradas insalubres as atividades mencionadas no anexo 13. – Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono: Insalubridade grau máximo: Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina ou outras substâncias cancerígenas afins. 144
  • 145. Fluidos de usinagem Métodos analíticos desenvolvidos pelo NIOSH • NIOSH 5524 – METALWORKING FLUIDS (MWF) ALL CATEGORIES • NIOSH 5026 – OIL MIST, MINERAL 145
  • 146. Fluidos de usinagem Método NIOSH 5524 – METALWORKING FLUIDS (MWF) ALL CATEGORIES Coleta das amostras de ar • Particulado torácico – Filtro PTFE pré-pesado (37 mm, 2 µm) + ciclone para material para fração torácia • Particulado torácico – Filtro PTFE pré-pesado (37 mm, 2 µm) • Fluxo de amostragem: fração torácica – 1,6 L/min particulado total – 2 L/min • Volume da ar recomendado – Min1000 L @ 0.4 mg/m3 ou 0.5 mg/m3 Max: não determinado • Transporte da amostra: rotina • Estabilidade da amostra: Manter na geladeira após o recebimento no laboratório, analisar dentro de 2 semanas após a coleta 146
  • 147. Fluidos de usinagem Método NIOSH 5524 – METALWORKING FLUIDS (MWF) ALL CATEGORIES Determinação da massa [laboratório] • Técnica analítica – Gravimetria • Analito: fluido de usinagem disperso no ar • Limite de detecção – Massa total: 0,03 mg por amostra) • Aplicabilidade: – A faixa trabalho é de 0,050-2 mg / amostra para uma amostra de ar de 1000-L. 147
  • 148. Fluidos de usinagem NIOSH 5026 – OIL MIST, MINERAL Coleta das amostras de ar • Filtro 37 mm – MCE (membrana de éster de celulose, 0,8 µm), PVC 5µm ou PTFE 2 µm • Fluxo de amostragem: 1 a 3 L/min • Volume da ar recomendado – Min 20 L @ 5 mg/m3 – Max: 500 L • Transporte da amostra: rotina • Estabilidade da amostra: estável 148
  • 149. Fluidos de usinagem NIOSH 5026 – OIL MIST, MINERAL Determinação da massa [laboratório] • Técnica analítica – Espectrofotometria Infravermelho • Analito: óleo mineral • Limite de detecção – Massa total: 0,05 mg por amostra • Aplicabilidade: – A faixa de trabalho é de 1 a 20 mg/m3 para 100 L de amostra de ar. Este método é aplicável a todas as névoas de óleo mineral solúveis em triclorofluoroetano, mas não a fluidos de corte semi-sintético ou sintético. 149
  • 150. Fluidos de usinagem Limites de exposição a névoas de óleos minerais segundo a ACGIH, excluindo os fluidos de usinagem • Puro, altamente ou severamente refinado – 5mg/m3 (fração inalável) • Moderadamente ou pobremente refinado – exposições por todas as vias de devem ser cuidadosamente controladas a níveis o mais baixo possíveis. 150
  • 151. Fluidos de usinagem Controle das exposições aos fluidos de Usinagem – Projeto de usinagem (prevenção antecipada) • redução da geração da névoa e contaminação ambiental. – sistemas com alimentação independente (contaminantes crescem rapidamente e a manutenção é crítica) – sistemas de alimentação central (protege melhor a qualidade dos fluidos) • Enclausuramento total, com ventilação exaustora é o controle mais efetivo para a névoa. • Controle da temperatura no ponte de corte (aumento da vazão do fluxo de fluidos de usinagem) • Barreiras de proteção para evitar respingos 151
  • 152. Fluidos de usinagem Controle das exposições aos fluidos de Usinagem – Seleção do fluido de usinagem - Fluidos à base de óleo mineral – utilizar aqueles com óleo altamente refinado (não classificado como carcinogênico) - Formulações que não contenham ou evitem a geração de formaldeídos (sensibilizantes, cancerígenos) - Substituição de componentes – aditivos menos irritantes e não alergênicos - Formulações que favorecem o controle do pH e reduzam o crescimento de microorganismos patogênicos 152
  • 153. Fluidos de usinagem Controle das exposições aos fluidos de Usinagem – Controle da contaminação biológica - Uso de biocidas - Não evita o crescimento de micobactérias e pode inclusive favorecer - Controle biológico 153
  • 154. Fluidos de usinagem Controle biológico do crescimento de bactérias patogênicas Dilger, S.; Fluri, A.; Sonntag, H.G. Bacterial contamination of preserved and non-preserved metalworking fluids. Int J Hyg Environ Health 208(6):467-476, 2005 154
  • 155. Fluidos de usinagem Controle biológico do crescimento de bactérias patogênicas Princípio: As formulações para as emulsões destinam-se a tolerar uma população significativa de Bactérias Pseudomonas – espécies sempre presentes, não-patogênicas. A pseudomonas restringem o crescimento de todos os outros microrganismos sob condições normais de funcionamento, incluindo os indesejáveis​​. 155
  • 156. Fluidos de usinagem Prevenção de doenças relacionadas a fluidos de usinagem • Formação em SST (adequada para identificar, avaliar e controlar os riscos) • Avaliação dos riscos nos locais de trabalho • Prevenção e controle dos riscos 156
  • 157. Fluidos de usinagem Prevenção e controle dos riscos – foco nas fontes de risco • Seleção do fluido • Controle no uso e aplicação do fluido • Manutenção do fluido e controle de microorganismos • Isolamento e sistemas de ventilação • Roupa de proteção e outros EPIs • Limpeza e higiene pessoal 157
  • 158. Fluidos de usinagem Monitoração • Avaliação da exposição a névoas (agentes químicos e biológicos) • Vigilância da saúde dos trabalhadores (foco nas doenças do sistema respiratório e dematoses) 158
  • 159. Referências bibliográficas Bagatin, E.; Pereira, C.A.C.; Afiune, J. B. Doenças granulomatosas ocupacionais. J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 1):S69-S84 Rosenman, KD. (2009) Asthma, hypersensitivity pneumonitis and other respiratory diseases caused by metalworking fluids. Curr Opin Allerg Clin Immunol. 9, 97-102 Rossmoore, H.; Basset, D. (2004) Oil mist exposures and the development of hypersensitivity pneumonitis. Presented at the American Conference of Governmental Industrial Hygienists, Cincinnati, OH, USA Roussel, S. et al. Immuno-reactive proteins from Mycobacterium immunogenum useful for serodiagnosis of metal working fluid hypersensitivity pneumonitis. International Journal of Microbiology, 2012 (article in press) Moore, JS; Christensen, M; Wilson, RW; Wallace, RJ; Zhang, Y; Nash, DR; Shelton, B. (2000) Mycobacterial contamination of metalworking fluids: Involvement of a possible new taxon of rapidly growing mycobacteria. Am Ind Hyg Assoc. 61, 205-213 Weiss, LPC; Lewis, R; Rossmoore, H; Fink, J; Harney, J; Trout, D. (2001) Respiratory illness in workers exposed to metal working fluid contaminated with nontuberculous mycobacteria. Ohio. Morb Mortal Wkly Rep. 51, 349-352 Kreiss, K. and Cox-Ganser, J. (1997), Metalworking fluid-associated hypersensitivity pneumonitis: A workshop summary. American Journal of Industrial Medicine, 32: 423–432. 159