2. O Sorveteiro
A luz atrai mariposas,
O melado, formiguinhas;
E, como a flor atrai as
abelhas,
O sorvete atrai as
criancinhas.
Mal se escuta, ao
longe o grito:
É sorvete! Vai querer?
Aparecem, sem
demora, as crianças à
correr!
Maria de Lourdes Figueiredo
3. O Vendedor de Bolas
Sempre o vejo, quando há festa;
Roupa colorida, toda enfeitada,
Fisionomia bondosa,
No meio da criançada.
Bolas de todas as cores
Segura suas mãos animadas;
São azuis, são amarelas,
Vermelhas, verdes, rosadas...
Formam um ramo colorido
Lá no alto, a balançar;
E, ao vê-las, assim, tão leves
Fico às vezes, a pensar
Como seria bonito
E divertido de olhar,
Se todas elas fugissem
E fossem ao céu enfeitar!...
Rose Fyleman
4. O Pipoqueiro
Nenhum de vocês, meninos,
Algum dia pôde ver
Como se fazem pipocas?
Pois então eu vou dizer:
Pega-se o milho todinho,
Na panela se coloca,
No óleo bem quentinho.
(É assim que se faz pipoca.)
Quando o milho está lá dentro,
Deve a panela ficar
Bem fechada, pois, senão,
Todo o milho vai saltar.
Daí a pouco, escutamos,
Na tampa, fortes batidas:
São as pipocas que pulam,
Prontas para serem comidas.
Maria de Lourdes Figueiredo
5. Tiradas da panela,
Sal nós vamos polvilhar,
E, depois –a última parte –
Só precisamos provar.
Entretanto, se quiserem
Comer pipocas de um modo
Mais cômodo, mais ligeiro,
É fácil: cheguem à calçada
E... Chamem o pipoqueiro!
6. O Sapateiro
Sapateiro meu amigo,
Que trabalhas sem cessar,
Meu sapato está rasgado. Tu o
queres consertar?
Precisa de sola nova,
Por que assim, não posso
andar...
-Se lhe ponho nova sola,
Quanto você me dará?
- Eu lhe darei um abraço...
Que tal o pagamento será?
Eleanor A. Chafee
7. Tio Eurico – O Banqueiro
O que eu estranho no tio Eurico,
É que ele sendo banqueiro rico,
Começa logo a imaginar:
“Que bom seria se eu fosse
Vendedor daquela loja de doce,
Ou mesmo até, de algum bazar
Com lindas coisas para brincar...
Isto seria mais engraçado
Do que ser um banqueiro atarefado!...”
Monica Shannon