2. 3º Slide
Copa do Mundo de 1994 nos EUA
Brasil x Itália
A Copa dos Estados Unidos foi a única a ser decidida na cobrança
de pênaltis. Resultado Final 3 x 2.
Após 24 anos de jejum, o Brasil chegou ao tetra sobre a Itália com
a experiência de Taffarel, a defesa menos vazada, a sorte de
Zagallo, a consagração da era Dunga e a má pontaria de Baggio.
3. MAIS MATERIAL PARA ESTUDO SOBRE O TEMA
Aprender a ler e escrever põe em jogo duas atividades
cognitivas: a identificação dos signos que compõem a linguagem
escrita (esta atividade pressupõe que o leitor faça a
correspondência entre grafemas e fonemas) e a compreensão do
significado da linguagem escrita (o que pressupõe um ato de
interpretação por parte do leitor).
COMO ALGUÉM APRENDE A LER E ESCREVER?
EMÍLIA FERREIRO, a psicolinguística argentina, estudando os mecanismos
pelos quais as crianças aprendem a ler e escrever, ao invés de perguntar como se
ensina a ler e escrever, perguntou como alguém aprende a ler e escrever
independente do ensino. A partir daí desenvolveuteorias que deixam de fundamentar-
se em concepções mecanicistas/interacionistas, fundamentando-se em Vygotsky e
Piaget.
O que isso significa? Significa que o processo de ensinar se desloca para o ato
de aprender, por meio da construção do conhecimento que será realizado pelo
educando, que se torna agente de sua aprendizagem.
Os conceitos que os professores trabalham separadamente, de acordo com
Ferreiro, como imaturidade, prontidão, habilidades motoras e perceptuais deixam de
ter sentido isoladamente. Os aspectos motores,cognitivos e afetivos são importantes,
na medida que tratados no contexto da realidade sócio-cultural dos alunos. “Hoje a
perspectiva construtivista considera a interação de todos eles, numa visão política,
integral, para explicar a aprendizagem” diz Ferreiro.
Os níveis diferentes em que normalmente os alunos se encontram e vão se
desenvolvendo durante o processo de alfabetização, e a interação entre eles, é muito
importante para o desenvolvimento do processo.
Esta análise do desenvolvimento cognitivo do aluno é conhecido por “Nível da
Psicogênese”. Ana Teberosky é uma das criadoras junto com Emilia Ferreiro da
Psicogênese da Língua Escrita, novos elementos para esclarecer o processo vivido
pelo aluno que está aprendendo a ler e a escrever.
Nessa linha de pensamento conhecida como “construtivismo”, para que a
alfabetização tenha sentido é necessário ser um processo interativo, dentro do
contexto da criança, com histórias e com intervenções das próprias crianças, que
podem aglutinar, contrair “engolir” palavras, desde que essas palavras ou histórias
façam algum sentido para elas.
Os “erros” das crianças podem ser trabalhados, eles demonstram uma
construção, e com o tempo vão diminuindo, pois elas começam a se preocupar com
outras (como ortografia), que não se preocupavam antes, pois estavam apenas
descobrindo a escrita.
4. Magda Soares, no artigo “Letramento e alfabetização: as muitas facetas”, 26ª
Reunião Anual da ANPED. GT Alfabetização, Leitura e Escrita, resume bem a
proposta construtivista: “(….) a perspectiva construtivista trouxe importantes e
diferentes contribuiçõespara a alfabetização: (...) Alterou profundamente a concepção
do processo de construção da representação da língua escrita, pela criança, que
deixa de ser considerada como dependente de estímulos externos para aprender o
sistema de escrita, concepção presente nos métodos de alfabetização até então em
uso, hoje designados tradicionais, e passa a sujeito ativo capaz de progressivamente
(re)construir esse sistemade representação,interagindo com a língua escrita em seus
usos e práticas sociais, isto é, interagindo com material para ler, não com material
artificialmente produzido para aprender a ler; os chamados para a aprendizagem pré-
requisitos da escrita, que caracterizam a criança pronta ou madura para ser
alfabetizada - pressuposto dos métodos tradicionais de alfabetização - são negados
por uma visão interacionista, que rejeita uma ordem hierárquica de habilidades,
afirmando que a aprendizagem se dá por uma progressiva construção do
conhecimento, na relação da criança com o objeto língua escrita; as dificuldades da
criança no processo da construção do sistema de representação que é a língua
escrita - consideradas deficiências ou disfunções, na perspectiva dos métodos
tradicionais - passam a ser vistas como erros construtivos, resultado de constantes
reestruturações.”
Ao contrário do que muitos pensam Emília Ferreiro trouxe valiosas contribuições
para a compreensão da aquisição e desenvolvimento do conhecimento cognitivo na
alfabetização, porém Emília Ferreiro não é um Método de Alfabetização.
(…) a minha contribuição foi encontrar uma explicação segundo a qual, por trás
da mão que pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam há uma
criança que pensa” Emília Ferreiro