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SALVADOR,BAHIA, TERÇA-FEIRA,30/09/2014 [5] 
“O objetivo dessas ações émelhorar 
a produção e a produtividade das 
pequenas emédias indústrias, 
visandouma pecuária orientada” 
Adilson Pinheiro, coordenador de Operações Especiais da ADAB 
Bahia pretende alcançar 
autossuficiência na 
produção de leite e derivados 
Investimentos em programas de 
apoio a micro e pequenas indústrias 
farão a Bahia alcançar a autossufici-ência 
na produção de leite e deriva-dos, 
em uma perspectiva de médio 
e longo prazos, segundo estimati-vas 
do setor. O desafio é elevar a ca-pacidade 
atual de 1.78 milhões para 
1.650 bilhão de litros de leite proces-sados 
anualmente. 
Com1,5 milhão de vacas leiteiras, 
cerca de 10% do seu rebanho total, 
conforme dados do IBGE, o Estado 
baiano esteve próximo de conquis-tar 
esse feito no ano de 2012, quan-do 
atingiu a marca de 1.234 bilhões 
de litros de leite. 
De acordo coma Agência Estadu-al 
de Defesa Agropecuária da Bahia 
(ADAB), até 2016, no entanto, o setor 
ganhará novo fôlego como aporte de 
R$ 156 milhões, destinados a ações 
fomentadas pelo Governo Estadual 
comfoco na agricultura familiar. 
O montante garantirá a presta-ção 
de apoios técnico e logístico pa-ra 
a regularização da atividade de pe-quenos 
fabricos leiteiros, conforme 
prevê o Programa Leite Bahia, lança-do 
em dezembro de 2013 por meio 
do Plano Estadual da Pecuária de Lei-te, 
da Secretaria de Agricultura do Es-tado 
(SEAGRI). 
A iniciativa tem como meta pro-mover 
o desenvolvimento socioeco-nômico 
da cadeia produtiva, gerando 
renda de, ao menos, umsalário míni-mo 
[R$ 724,00] por mês para cada 
produtor, cenário que antes rendia, 
em média, cerca de R$ 170. 
Entre as principais ações do plano 
estão a transferência de tecnologias 
para produtores; a implantação de 
tanques de expansão e de unidades 
de beneficiamento de leite; a promo-ção 
do mercado institucional; a insta-lação 
de laboratório certificado pelo 
Embora seja dona do maior rebanho 
leiteiro do Norte/Nordeste, a Bahia 
não ocupa posição de destaque no 
ranking nacional de produtividade. 
Coma marca de 540 litros de leite por 
vaca ordenhada/ano, o Estado oscila 
entre as 23ª e 25ª posições, enquanto 
Pernambuco e Alagoas, por exemplo, 
alcançam melhores colocações, com 
produção de 1.500 litros/ano por vaca 
ordenhada. O baixo desempenho no 
território baiano é atribuído, sobretu-do, 
à qualidade genética dos animais. 
Ações do Plano Estadual da Pecu-ária 
de Leite (Leite Bahia), emparceria 
com o Projeto Balde Cheio, da Empre-sa 
Brasileira de Pesquisa Agropecuária 
(EMBRAPA),entretanto, têmajudadoa 
mudar esse cenário por meio de inves- 
O desafio é elevar a capacidade atual de 1.78 milhão para 1.650 bilhão de litros de leite processados anualmente 
DISTRIBUIÇÃO DE INDÚSTRIAS LÁCTEAS 
QUANTO À CLASSIFICAÇÃO 
Usina de beneficiamento 
Fábrica de laticínios 
19 cooperativas 
e associações 
57 
87 
CAPACIDADEMÁXIMA INSTALADA (LITROS/DIAS) 
DAS COOPERATIVAS/ASSOCIAÇÕES POR COREG (2014) 
Cooperativas e Associações 
Demais indústrias 
Fonte: ADAB 
162.800 
10,31% 
1.415.900; 
86,69% 
Com previsão para ser inaugurada até o fim de 
2014, a indústria de Laticínos Três Lagoas, no 
município de Ubaíra (a 300 km de Salvador), 
deve retirar cerca de 60 mil litros de leite da 
clandestinidade na região do Vale do Jiquiriçá, 
de acordo coma ADAB. 
Ainda em fase experimental, a indústria 
processa 2 mil litros de leite por dia. De acordo 
com Samuel Ribeiro, sócio do empreendimen-to, 
a expectativa, porém, é dobrar a capacidade 
atual de produção. “Ha quatro meses, começa-mos 
com1 mil litros. A expectativa já para o pró-ximo 
ano é processar 5 mil litros por dia”, diz. 
A empresa gera 15 empregos diretos e 80 
indiretos. A licença permite a comercialização de 
oito tipos de produtos, entre os quais bebida lác-tea, 
iogurte, queijos lanche e mussarela, man-teiga 
e requeijão. 
Ao destacar a importância do fomento às 
[ LEITE E DERIVADOS ] POR ALEXANDRE SANTOS 
COREG 
gUAnAnbI 
IRECÊ 
ITApETIngA 
ITAbUnA 
jEqUIé 
jUAzEIro 
m. CAlmon 
r. pombAl 
v. ConqUIsTA 
TOTAL 
Açõesvisamaumentar 
produtividade por vaca ordenhada Pequenosprodutoresdestacam 
importânciadeauxílio técnico 
timentos em todo o processo de pro-dução, 
conforme afirmou à o então se-cretário 
estadual da Agricultura Eduar-do 
Salles à época do lançamento. 
Segundo o coordenador de Ope-rações 
Especiais da ADAB, Adilson Pi-nheiro, 
um dos caminhos para melho-rar 
a produtividade do setor é melho-rar 
geneticamente os rebanhos, seja 
por inseminação artificial ou por re-serva 
estratégica de plantio que ga-ranta 
alimento de qualidade para os 
animais em qualquer época do ano. 
Para Artur Pinho, administrador 
da indústria de laticínios Pialac, na 
Chapada Diamantina, os problemas 
que refletema baixa produtividade no 
setor se tratam de uma questão mul-tifatorial. 
“Apesar de a Bahia ter área 
Litros/dia 
21.000 
4.800 
21.000 
68.000 
14.000 
2.000 
4.000 
9.000 
19.000 
162.800 
pequenas e micro indústrias, Ribeiro afirma que 
a tendência é os produtores investirem em ga-dos 
de ponta, o que aumentará a quantidade 
de leite ordenhado por dia. 
“A regularização das indústrias fortalece 
economicamente a região e resulta na qualida-de 
do produto final, já que, para você vender, o 
leite tem que estar industrializado e pasteuriza-do, 
no processo que envolve uma cadeia produ-tiva 
que atua desde a captação do produto ao 
seu processamento”, assinala. 
Para Artur Pinho, administrador da Pialat, 
indústria na Chapada Diamantina com capaci-dade 
de processamento de 10 mil litros de leite 
por dia, o do Plano Estadual da Pecuária de Leite 
(Leite Bahia) está sendo fundamental para que 
pequenos e médios produtores enfrentem o de-safio 
de introduzir a pecuária leiteira como uma 
nova cultura emdiversas regiões do Estado. 
adequada, a situação também pode 
estar relacionada à falta de gestão e 
de assistência técnica adequada. Exis-tem 
Estados com o mesmo plantel de 
vacas que temos, mas que têm uma 
produtividade muito maior”, obser-va. 
Na avaliação do produtor, porém, 
com as ações desenvolvidas pelo go-verno 
do Estado, a Bahia temtudo pa-ra 
alcançar patamar favorável nos pró-ximos 
anos. 
De acordo com a SEAGRI, a bovi-nocultura 
leiteira baiana é caracteri-zada 
por pequenas propriedades pul-verizadas 
por todo o Estado, pequena 
área de pastagem de boa qualidade e 
de rebanho reduzido por propriedade, 
fatores que podem refletir na produ-ção 
de leite por vaca ordenhada. 
Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento (MAPA); e a garantia 
de infraestrutura, a exemplo de estra-das 
e energia elétrica. 
Segundo a SEAGRI, o Leite Bahia 
abrangerá 18 territórios de identi-dade 
do Estado, agrupados em cin-co 
polos regionais por características 
edafoclimáticas semelhantes (aspec-tos 
relacionados ao clima e ao solo), 
considerando-se a vocação local para 
a produção leiteira. 
O objetivo é construir 1.592 tan-ques 
de expansão comunitários e 
20 unidades de beneficiamento 
de leite em todo o Estado. O plano 
também visa incrementar a produ-ção 
de leite/dia por família de 22 
para 70 litros. 
“O objetivo dessas ações é me-lhorar 
a produção e a produtivida-de 
das pequenas e médias indús-trias, 
visando uma pecuária orien-tada. 
Nos últimos dois anos, houve 
um avanço muito grande por cau-sa 
do trabalho das diversas secre-tarias 
do Estado, que têm incentiva-do 
a melhoria da qualidade do leite 
no território baiano”, afirma o coor-denador 
de Operações Especiais da 
ADAB, Adilson Pinheiro. 
Conforme Pinheiro, a legalização 
dos estabelecimentos com certifica-do 
de órgão competente, além de as-segurar 
produtos de qualidade para 
o consumidor, permitirá contabilizar 
a quantidade de leite produzido na 
Bahia. “Cada indústria regularizada 
tornará mais fácil essa estatística em 
relação à quantidade que elas estão 
processando”, diz. 
Em 2014, o Serviço de Inspeção 
Estadual (SIE) da ADAB registrou 144 
estabelecimentos de processamento 
de leite e derivados, com capacidade 
total de 1.578.700 de litros/dia. 
Até o fim de 2014, mais 72 uni-dades, 
cujos respectivos projetos já 
foram aprovados, serão instaladas 
nas regiões do Semiárido e do Nor-te 
do Estado. “São regiões onde a 
ADAB antigamente chegava e fecha-va, 
semdar condições para que as in-dústrias 
pudessemse legalizar. Hoje, 
legalizamos, aprovamos o projeto, 
aprovamos o terreno e damos orien-tação 
ao empreendedor”, salienta o 
coordenador. 
Para o diretor-geral da ADAB, 
Paulo Emílio Torres, a principal pro-posta 
é fazer um trabalho educati-vo 
para retirar os estabelecimentos 
da ilegalidade. “Isto garante a qua-lidade 
necessária para que o peque-no 
produtor cresça junto com o setor 
dentro das normas estabelecidas por 
órgãos de fiscalização”, salienta. 
O secretário estadual da Agricul-tura, 
Jairo Carneiro, afirma que o Pla-no 
Estadual da Pecuária de Leite foi 
criado graças a umaação transversal, 
com a participação de diversas secre-tarias 
e ministérios, entre os quais a 
Empresa Baiana de Desenvolvimento 
Agrícola (EBDA), Secretaria do Meio 
Ambiente (SEMA), Secretaria de De-senvolvimento 
Social e Combate à 
Pobreza (SEDES), Secretaria de De-senvolvimento 
e Integração Regio-nal 
(SEDIR/CAR), Infraestrutura, MA-PA, 
Ministério do Desenvolvimento 
Agrário (MDA), além da Federação 
da Agricultura do Estado da Bahia 
(FAEB) e laticínios parceiros. De acor-do 
comCarneiro, para elaborar o pla-no, 
a Câmara Setorial Estadual do Lei-te 
ampliou o Projeto Caminho do lei-te, 
apresentado anteriormente pela 
FAEB e pelo SINDILEITE. 
DADOS SEAGRI 
Plano Leite Bahia abrange cinco polosemtodos os Territórios de Identidade 
Polo 1 - Bacia do Jacuípe, Piemonte do Paraguaçu, Portal do Sertão, Semi-Árido Nordeste II, Sisal. 
Polo 2 - Agreste de Alagoinhas - Litoral Norte, Recôncavo, Vale do Jiquiriçá. 
Polo 3 - Chapada Diamantina, Irecê, Médio Rio das Contas, Vitória da Conquista. 
Polo 4 - ExtremoSul, Itapetinga, Litoral Sul. 
Polo 5 - Bacia do Rio Corrente, Sertão Produtivo, Velho Chico. 
PARAOPERÍODO 2013-2016 ESTÃOPREVISTAS AÇÕES DE: 
• Aitêcia tcica eeciaiada aa 18.733 a	icut
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A Bahia está entre as 23ª e 25ª posições em litros de leite por vaca ordenhada/ano 
FOTOS ASCOMADAB/ DIVULGAÇÃO 
HECKEL JUNIOR/ SEAGRI

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Bahia pretende alcançar autossuficiência na produção de leite e derivados

  • 1. SALVADOR,BAHIA, TERÇA-FEIRA,30/09/2014 [5] “O objetivo dessas ações émelhorar a produção e a produtividade das pequenas emédias indústrias, visandouma pecuária orientada” Adilson Pinheiro, coordenador de Operações Especiais da ADAB Bahia pretende alcançar autossuficiência na produção de leite e derivados Investimentos em programas de apoio a micro e pequenas indústrias farão a Bahia alcançar a autossufici-ência na produção de leite e deriva-dos, em uma perspectiva de médio e longo prazos, segundo estimati-vas do setor. O desafio é elevar a ca-pacidade atual de 1.78 milhões para 1.650 bilhão de litros de leite proces-sados anualmente. Com1,5 milhão de vacas leiteiras, cerca de 10% do seu rebanho total, conforme dados do IBGE, o Estado baiano esteve próximo de conquis-tar esse feito no ano de 2012, quan-do atingiu a marca de 1.234 bilhões de litros de leite. De acordo coma Agência Estadu-al de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), até 2016, no entanto, o setor ganhará novo fôlego como aporte de R$ 156 milhões, destinados a ações fomentadas pelo Governo Estadual comfoco na agricultura familiar. O montante garantirá a presta-ção de apoios técnico e logístico pa-ra a regularização da atividade de pe-quenos fabricos leiteiros, conforme prevê o Programa Leite Bahia, lança-do em dezembro de 2013 por meio do Plano Estadual da Pecuária de Lei-te, da Secretaria de Agricultura do Es-tado (SEAGRI). A iniciativa tem como meta pro-mover o desenvolvimento socioeco-nômico da cadeia produtiva, gerando renda de, ao menos, umsalário míni-mo [R$ 724,00] por mês para cada produtor, cenário que antes rendia, em média, cerca de R$ 170. Entre as principais ações do plano estão a transferência de tecnologias para produtores; a implantação de tanques de expansão e de unidades de beneficiamento de leite; a promo-ção do mercado institucional; a insta-lação de laboratório certificado pelo Embora seja dona do maior rebanho leiteiro do Norte/Nordeste, a Bahia não ocupa posição de destaque no ranking nacional de produtividade. Coma marca de 540 litros de leite por vaca ordenhada/ano, o Estado oscila entre as 23ª e 25ª posições, enquanto Pernambuco e Alagoas, por exemplo, alcançam melhores colocações, com produção de 1.500 litros/ano por vaca ordenhada. O baixo desempenho no território baiano é atribuído, sobretu-do, à qualidade genética dos animais. Ações do Plano Estadual da Pecu-ária de Leite (Leite Bahia), emparceria com o Projeto Balde Cheio, da Empre-sa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA),entretanto, têmajudadoa mudar esse cenário por meio de inves- O desafio é elevar a capacidade atual de 1.78 milhão para 1.650 bilhão de litros de leite processados anualmente DISTRIBUIÇÃO DE INDÚSTRIAS LÁCTEAS QUANTO À CLASSIFICAÇÃO Usina de beneficiamento Fábrica de laticínios 19 cooperativas e associações 57 87 CAPACIDADEMÁXIMA INSTALADA (LITROS/DIAS) DAS COOPERATIVAS/ASSOCIAÇÕES POR COREG (2014) Cooperativas e Associações Demais indústrias Fonte: ADAB 162.800 10,31% 1.415.900; 86,69% Com previsão para ser inaugurada até o fim de 2014, a indústria de Laticínos Três Lagoas, no município de Ubaíra (a 300 km de Salvador), deve retirar cerca de 60 mil litros de leite da clandestinidade na região do Vale do Jiquiriçá, de acordo coma ADAB. Ainda em fase experimental, a indústria processa 2 mil litros de leite por dia. De acordo com Samuel Ribeiro, sócio do empreendimen-to, a expectativa, porém, é dobrar a capacidade atual de produção. “Ha quatro meses, começa-mos com1 mil litros. A expectativa já para o pró-ximo ano é processar 5 mil litros por dia”, diz. A empresa gera 15 empregos diretos e 80 indiretos. A licença permite a comercialização de oito tipos de produtos, entre os quais bebida lác-tea, iogurte, queijos lanche e mussarela, man-teiga e requeijão. Ao destacar a importância do fomento às [ LEITE E DERIVADOS ] POR ALEXANDRE SANTOS COREG gUAnAnbI IRECÊ ITApETIngA ITAbUnA jEqUIé jUAzEIro m. CAlmon r. pombAl v. ConqUIsTA TOTAL Açõesvisamaumentar produtividade por vaca ordenhada Pequenosprodutoresdestacam importânciadeauxílio técnico timentos em todo o processo de pro-dução, conforme afirmou à o então se-cretário estadual da Agricultura Eduar-do Salles à época do lançamento. Segundo o coordenador de Ope-rações Especiais da ADAB, Adilson Pi-nheiro, um dos caminhos para melho-rar a produtividade do setor é melho-rar geneticamente os rebanhos, seja por inseminação artificial ou por re-serva estratégica de plantio que ga-ranta alimento de qualidade para os animais em qualquer época do ano. Para Artur Pinho, administrador da indústria de laticínios Pialac, na Chapada Diamantina, os problemas que refletema baixa produtividade no setor se tratam de uma questão mul-tifatorial. “Apesar de a Bahia ter área Litros/dia 21.000 4.800 21.000 68.000 14.000 2.000 4.000 9.000 19.000 162.800 pequenas e micro indústrias, Ribeiro afirma que a tendência é os produtores investirem em ga-dos de ponta, o que aumentará a quantidade de leite ordenhado por dia. “A regularização das indústrias fortalece economicamente a região e resulta na qualida-de do produto final, já que, para você vender, o leite tem que estar industrializado e pasteuriza-do, no processo que envolve uma cadeia produ-tiva que atua desde a captação do produto ao seu processamento”, assinala. Para Artur Pinho, administrador da Pialat, indústria na Chapada Diamantina com capaci-dade de processamento de 10 mil litros de leite por dia, o do Plano Estadual da Pecuária de Leite (Leite Bahia) está sendo fundamental para que pequenos e médios produtores enfrentem o de-safio de introduzir a pecuária leiteira como uma nova cultura emdiversas regiões do Estado. adequada, a situação também pode estar relacionada à falta de gestão e de assistência técnica adequada. Exis-tem Estados com o mesmo plantel de vacas que temos, mas que têm uma produtividade muito maior”, obser-va. Na avaliação do produtor, porém, com as ações desenvolvidas pelo go-verno do Estado, a Bahia temtudo pa-ra alcançar patamar favorável nos pró-ximos anos. De acordo com a SEAGRI, a bovi-nocultura leiteira baiana é caracteri-zada por pequenas propriedades pul-verizadas por todo o Estado, pequena área de pastagem de boa qualidade e de rebanho reduzido por propriedade, fatores que podem refletir na produ-ção de leite por vaca ordenhada. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); e a garantia de infraestrutura, a exemplo de estra-das e energia elétrica. Segundo a SEAGRI, o Leite Bahia abrangerá 18 territórios de identi-dade do Estado, agrupados em cin-co polos regionais por características edafoclimáticas semelhantes (aspec-tos relacionados ao clima e ao solo), considerando-se a vocação local para a produção leiteira. O objetivo é construir 1.592 tan-ques de expansão comunitários e 20 unidades de beneficiamento de leite em todo o Estado. O plano também visa incrementar a produ-ção de leite/dia por família de 22 para 70 litros. “O objetivo dessas ações é me-lhorar a produção e a produtivida-de das pequenas e médias indús-trias, visando uma pecuária orien-tada. Nos últimos dois anos, houve um avanço muito grande por cau-sa do trabalho das diversas secre-tarias do Estado, que têm incentiva-do a melhoria da qualidade do leite no território baiano”, afirma o coor-denador de Operações Especiais da ADAB, Adilson Pinheiro. Conforme Pinheiro, a legalização dos estabelecimentos com certifica-do de órgão competente, além de as-segurar produtos de qualidade para o consumidor, permitirá contabilizar a quantidade de leite produzido na Bahia. “Cada indústria regularizada tornará mais fácil essa estatística em relação à quantidade que elas estão processando”, diz. Em 2014, o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) da ADAB registrou 144 estabelecimentos de processamento de leite e derivados, com capacidade total de 1.578.700 de litros/dia. Até o fim de 2014, mais 72 uni-dades, cujos respectivos projetos já foram aprovados, serão instaladas nas regiões do Semiárido e do Nor-te do Estado. “São regiões onde a ADAB antigamente chegava e fecha-va, semdar condições para que as in-dústrias pudessemse legalizar. Hoje, legalizamos, aprovamos o projeto, aprovamos o terreno e damos orien-tação ao empreendedor”, salienta o coordenador. Para o diretor-geral da ADAB, Paulo Emílio Torres, a principal pro-posta é fazer um trabalho educati-vo para retirar os estabelecimentos da ilegalidade. “Isto garante a qua-lidade necessária para que o peque-no produtor cresça junto com o setor dentro das normas estabelecidas por órgãos de fiscalização”, salienta. O secretário estadual da Agricul-tura, Jairo Carneiro, afirma que o Pla-no Estadual da Pecuária de Leite foi criado graças a umaação transversal, com a participação de diversas secre-tarias e ministérios, entre os quais a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), Secretaria de De-senvolvimento Social e Combate à Pobreza (SEDES), Secretaria de De-senvolvimento e Integração Regio-nal (SEDIR/CAR), Infraestrutura, MA-PA, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), além da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB) e laticínios parceiros. De acor-do comCarneiro, para elaborar o pla-no, a Câmara Setorial Estadual do Lei-te ampliou o Projeto Caminho do lei-te, apresentado anteriormente pela FAEB e pelo SINDILEITE. DADOS SEAGRI Plano Leite Bahia abrange cinco polosemtodos os Territórios de Identidade Polo 1 - Bacia do Jacuípe, Piemonte do Paraguaçu, Portal do Sertão, Semi-Árido Nordeste II, Sisal. Polo 2 - Agreste de Alagoinhas - Litoral Norte, Recôncavo, Vale do Jiquiriçá. Polo 3 - Chapada Diamantina, Irecê, Médio Rio das Contas, Vitória da Conquista. Polo 4 - ExtremoSul, Itapetinga, Litoral Sul. Polo 5 - Bacia do Rio Corrente, Sertão Produtivo, Velho Chico. PARAOPERÍODO 2013-2016 ESTÃOPREVISTAS AÇÕES DE: • Aitêcia tcica eeciaiada aa 18.733 a icut e faiiae idetificad c ic e e ue dut e de eite, ed 6 i dut eeaetaet e 12.773 dut e idii-duai , ditiuíd 18 Teitói de Idetidade. • Itaaçã de 1.592 Ta ue de Exaã C uitái , ed 160 ta ueeaetaet e 1.432 Ta uee u de dut e. • Iataçã de 20 Uidade de eeficiaet de eite, cua ieia etaa e deu e ud eete de 2013. A Bahia está entre as 23ª e 25ª posições em litros de leite por vaca ordenhada/ano FOTOS ASCOMADAB/ DIVULGAÇÃO HECKEL JUNIOR/ SEAGRI