1. Introdução:
Várias são as atividades agropecuárias com fins lucrativos executadas nas
propriedades rurais brasileiras, como a atividade leiteira que é exercida em todo
território nacional e torna-se uma das mais importantes do país.Agregando mais de
seis bilhões ao valor da produção agropecuária nacional, a atividade leiteira gera acima
de três milhões de empregos na produção primária.
Na Região Nordeste, a maior produção de leite é observada nos municípios da Região
Semiárida, sendo que, as maiores e mais conhecidas bacias leiteiras estão localizadas
na região de transição do agreste para o sertão, onde as chuvas são mais frequentes
e, consequentemente, a atividade leiteira passa a ser mais intensificada. Esta atividade
permite ao agricultor obter uma renda semanal, sendo uma estratégia no semiárido
agregar valor ao leite através da produção de queijos e doces, bem como, utilizar o
soro proveniente da confecção de queijos na alimentação de suínos e, assim,
diversificar as atividades nos sistemas de produção.
Produzir leite com qualidade, rentabilidade e a custo competitivo é o desafio,
mas pode ser um bom negócio, desde que os animais estejam sendo manejados num
ambiente que favoreça o bem-estar, se adote tecnologias apropriadas e o produtor
busque continuamente a eficiência. Daí, a atividade exigir que o produtor de leite tenha
sempre uma postura de vanguarda. SEBRAE, 2009.
O cenário atual da pecuária leiteira, que coincide com tendências também
verificadas em outras atividades agropecuárias, é a redução do número das unidades
de produção (vacas leiteiras) e o aumento da produtividade (volume de leite por
lactação) (HAYIRLI et al., 2002).
2. 1. DESCRIÇÃO DO LOCAL
O acompanhamento foi realizado na Fazenda “São Sebastião” de propriedade do
senhor Evanildo Valença, localizada na cidade de Sanharó, situada na mesorregião do
agreste de Pernambuco e microrregião do Vale do Ipojuca(IBGE 2008) a uma latitude
08º21’38” Sul e a uma longitude 36º33’56” Oeste, estando a uma altitude de 653
metros. A propriedade é banhada pelo rio Ipojuca, onde a água é represada e utilizada
tanto para fornecimento aos animais como nas práticas de higenização do dia-dia.
Conta com 35 hectares de área, sendo desses 3,5 destinados as instalações/currais
para a produção leiteira de bovino da raça girolando no total de 140 animais sendo no
presente momento 96 vacas em lactação e o restante tratam-se de novilhas e bezerras
que são de fim comercial ou de reposição.
Estrutura:
Cocheira com capacidade para 70 animais,
Cochos individuais,
Piso em alvenaria com declive de 3%,
15 instalações individuais para bezerras, tipo “casinha, com estrutura de
madeira e telha de amianto,
Ordenhadeira mecânica de linha média central, tipo “espinha de peixe” com 5
unidades de capacidade para 10 animais distribuídos em duas fileiras.
Currais de espera da ordenha com 15 por 20 metros, com pouco sombreamento
natural e artificial.
Controle Leiteiro
O controle leiteiro é uma ferramenta de manejo para o acompanhamento da
evolução produtiva individual dos animais do rebanho e consiste simplesmente em
pesar de tempos em tempos (pelo menos a cada 30 dias) o leite produzido em 24
horas de cada vaca em lactação, objetivando a estimativa segura da produtividade do
3. rebanho. Controla e registra eventos clássicos (partos, peso, fatores que afetam a
lactação, condição do (a) bezerro (a) ao nascer, facilidade de parto, condição corporal,
etc.) Os principais motivos para a realização do controle leiteiro são controlar e
registrar: as produções, a qualidade nutricional, entre outros. São obtidos
relatórios de desempenho mensal e anual dos animais, auxiliando na tomada de
decisões com relação à seleção, descarte de animais e no custo de produção do leite,
com isso possibilitando a identificação e seleção dos animais “elite” da propriedade,
possibilitando maior divulgação e promoção do rebanho e consequentemente maior
valorização na comercialização e aumento de renda na atividade.
No entanto o “controle leiteiro” não representa somente a pesagem mensal do
leite de todas as vacas do rebanho, vai muito além disto: o controle leiteiro de um
sistema de produção profissionalizado e moderno possibilita a avaliação periódica dos
resultados técnicos e econômicos, obtidos a partir do modelo de gerenciamento
adotado pelo produtor.
Alimentação
A dieta dos animais é composta por silagem de milho produzida na fazenda,
raspa de mandioca, resíduo de cevada, caroço de algodão, farelo de soja, concentrado
comercial “Max Leite 24” e o suplemento “Novo Bovigold”. Tem como principal
finalidade a produção do queijo de coalho, sendo dotada de uma mini-fábrica de queijo,
onde o leite é armazenado em tanques de resfriamento de aço inoxidável. Onde é
realizada a pasteurização lenta (62º a 65ºC durante 30min), para posterior obtenção do
queijo tipo coalho. A acessoria zootécnica é oferecida pela empresa “Durancho
Nutrição Animal” a qual fornece o acompanhamento de profissionais da área com a
conseguinte aquisição de ração e medicamentos fornecidos pela empresa.” Não se
deve negligenciar a necessidade de se fazer parcerias com arranjos organizacionais,
que priorizem o associativismo, a produtividade, a qualidade e a comercialização”.
(SEBRAE 2009)
4. Ordenha
A ordenha ou retirada do leite pode ser realizada de forma manual ou
mecanizada, sendo que o número de vacas em lactação, a capacidade de investimento
do produtor, a disponibilidade de pessoas capacitadas para realizar a ordenha e o nível
de produção das vacas são os principais fatores que influenciam o produtor quanto à
escolha pela ordenha manual ou mecânica. No entanto, a fazenda São Sebastião
utiliza a tecnologia de ordenhadeira mecânica, sendo utilizadas os sistema espinha de
peixe ,possuindo ordenhadeira de linha média central com cinco unidades. De acordo
com a literatura, deve-se seguir uma linha de ordenha a fim de evitar que vacas que
apresentem ou já apresentaram problemas de mamite contaminem animais com úbere
sadio pelo uso de utensílios ou pelas mãos do ordenhador.
A ordenha é realizada duas vezes ao dia, sendo uma dada início às 05:00 horas
e outra às 13:30 horas. Durante a ordenha os animais permanecem no curral de espera
enquanto aguardam o momento de se dirigirem a ordenhadeira. Ao chegarem a
mesma, colocam-se no posicionamento transversal com a traseira voltada ao fosso,
são contidas e realizado o procedimento “pré-dipping”,que consiste na desinfecção dos
tetos antes da ordenha e tem como objetivo a prevenção da mastite ambiental. Este
consiste na imersão dos tetos em solução desinfetante, podendo ser utilizada solução
de iodo (0,25%), solução de clorexidine (de 0,25 a 0,5%) ou ainda de cloro(0,2%).O
teste da caneca de fundo preto para diagnóstico da mastite clínica em todas as vacas e
em todas as ordenhas. Além do teste da caneca, pode ser feita a palpação do úbere
nos casos de suspeita de mastite; úbere mais rígido que o normal, quente e
avermelhado é sinal de mastite.
Posteriormente a desinfecção através do banho nos tetos com o “mastin plus”,
se dá um tempo para que sequem e auxiliado com o uso de papel toalha, até serem
colocados os aparelhos de sucção da ordenhadeira. Todo o procedimento é realizado
pelo funcionário o qual recebe treinamento específico para realização da ordenha
mecanizada.
5. Procedimentos de Higienização de Equipamentos
Os procedimentos de higienização de equipamentos correto, proporciona melhor
qualidade para o leite produzido. Mas é importante ressaltar que para que consiga
realizar este procedimento de forma correta é necessária à compreensão de algumas
áreas, e uma destas áreas é a limpeza e a sanitização dos equipamentos.A qualidade
do leite é um dos temas mais discutidos atualmente dentro do cenário nacional de
produção leiteira.
A limpeza de equipamentos inclui tanto a remoção de resíduos após a ordenha
quanto a eliminação de microrganismos, processo este denominado de desinfecção.
Os procedimentos de limpeza podem ser por método manual ou circulação. Isso
depende do tipo de equipamento, pois ordenhadeiras balde ao pé necessita de limpeza
manual com escovas apropriadas para a limpeza, já ordenhadeiras canalizadas possui
limpeza por circulação, sendo que, a limpeza de alguns equipamentos é realizada
manualmente durante intervalos de dias, realizando a desmontagem de algumas
peças.
6. da glândula mamária, da superfície exterior do úbere e tetos, e da superfície
dos equipamentos e utensílios de ordenha e tanque (Santos & Fonseca, 2001).
A limpeza de equipamentos inclui tanto a remoção de resíduos após a ordenha
quanto a eliminação de microrganismos, processo este denominado de
desinfecção. Os procedimentos de limpeza podem ser por método manual ou
circulação. Isso depende do tipo de equipamento, pois ordenhadeiras balde ao
pé necessita de limpeza manual com escovas apropriadas para a limpeza, já
ordenhadeiras canalizadas possui limpeza por circulação, sendo que, a limpeza
de alguns equipamentos é realizada manualmente durante intervalos de dias,
realizando a desmontagem de algumas peças.
Considerações Finais
Foram de grande importância os conhecimentos adquiridos durante o
estágio, pois possibilitou colocar em prática muitos ensinamentos adquiridos
em sala de aula e, mais importantes, conhecer novas técnicas e aprimorar o
conhecimento sobre manejo e rotinas de ordenhas
7. Referências Bibliográficas:
Bovinocultura leiteira: informações técnicas e de gestão./Acácio Sânzio de Brito;
Fernando Viana Nobre; José Ronil Rodrigues Fonseca (Orgs.). – Natal: SEBRAE/RN,
2009
HAYIRLI, A.R., GRUMMER, R.R., NORDHEIM, E.V., CRUMP, P.M., Animal
and dietary factors affecting feed intake during the prefresh transition period in
Holsteins. Journal of Dairy Science 85, 3430–3443. 2002.
Disponível em http://www.cnpgl.embrapa.br/sistemaproducao/book/export/html/421
Acesso em 04.mar.2014
Disponível em http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/Bemestar-
animal/manual_ordenha.pdf Acesso em 08.mar.2014