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Bases de Shirshov-Gröbner
e módulos de Weyl
Angelo Calil Bianchi
Universidade Federal de São Paulo
Instituto de Ciência e Tecnologia
-o-
Suporte da FAPESP 2015/22040-0
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 1 / 53
Estrutura da Apresentação
Bases de Gröbner – caso de polinômios comutativos – .
Bases de Shirshov – caso geral – .
Construção de bases para Módulos de Weyl.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 1 / 53
Parte I - Bases de Gröbner
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 2 / 53
Motivação: Eliminação Gaussiana
Dadas equações



fi =
X
j
aijxj + bi = 0, aij, bi ∈ C,
um método comum para resolver estas equações é usar a Eliminação
Gaussiana na matriz (A|b) (com A = (aij) e B = (bi)) para obter a sua
forma escalonada. Pode-se, então, ler as soluções a partir desta nova
matriz.
O que está acontecendo com os termos dos polinômios (que induzem
as equações dadas) durante este processo?
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 3 / 53
Motivação: algoritmo Euclideano
Dados polinômios f1, f2, . . . , fr ∈ C[x], o algoritmo de Euclides é útil
para determinar se o sistema
f1(x) = · · · = fr(x) = 0
possui uma solução.
O que o algoritmo faz com os termos dos polinômios (que induzem
estas equações)?
o que o algoritmo faz é encontrar o máximo divisor comum g(x)
destes polinômios. O sistema original possui solução quando g(x) não
é uma constante.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 4 / 53
Próximo passo
Os objetos não são lineares e envolvem várias variáveis... E agora?
É possível estender os métodos anteriores para
equações polinomiais induzidas por polinômios não lineares?
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 5 / 53
Anéis de Polinômios
Sejam C um corpo e x1, . . . , xn um conjunto de variáveis, o conjunto
C[x1, . . . , xn] =



X
i1,...,in∈Z+
ai1,...,in xi1
1 . . . xin
n com ai1,...,in ∈ C e QSN



forma:
um espaço vetorial – com as operações usuais de soma de
polinômios e de multiplicação de um escalar por um polinômio;
um anel – ao considerar a operação usual de multiplicação de
polinômios.
=⇒ Resumidamente: uma C-álgebra com as operações usuais.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 6 / 53
Nomenclaturas
Sejam c ∈ C e a1, ..., an ∈ Z≥0. Em C[x1, ..., xn],
um monômio é um elemento da forma xa1
1 · · · xan
n ;
um termo é um elemento da forma cxa1
1 · · · xan
n ;
o grau total de um termo m = cxa1
1 · · · xan
n é deg(m) = a1 + ... + an;
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 7 / 53
Primeiro ingrediente: ordens monomiais
Seja M o conjunto de todos os monômios em C[x1, ..., xn].
Uma ordenação monomial em M é uma relação ≺ em M,
satisfazendo as seguintes condições:
Para cada par de monômios m e n vale que ou m ≺ n ou n ≺ m ou
m = n. (tricotomia)
Se m ≺ n e n ≺ p, então m ≺ p. (transitividade)
Para todo monômio m 6= 1, vale que 1 ≺ m.
Se m ≺ n, então zm ≺ zn, ∀ z ∈ M. (monotonicidade da
multiplicação)
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 8 / 53
Exemplos de ordens monomiais
1 ORDEM LEXICOGRÁFICA (LEX)
m = xi1
1 ...xin
n ≺Lex xj1
1 ...xjn
n = n,
se i1 = j1, ..., ik = jk e ik+1 < jk+1, para algum k.
2 ORDEM LEXICOGRÁFICA REVERSA (REVLEX)
m = xi1
1 ...xin
n ≺Lex xj1
1 ...xjn
n = n,
se in = jn, ..., ik = jk e ik−1 < jk−1, para algum k.
3 ORDEM LEXICOGRÁFICA DE GRAU (DEGLEX)
m = xi1
1 ...xin
n ≺DegLex xj1
1 ...xjn
n = n,
se deg(m) < deg(n) ou se deg(m) = deg(n) e m ≺lex n.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 9 / 53
Mais nomenclaturas
Fixada uma ordem monomial em C[x1, ..., xn], dado f ∈ C[x1, ..., xn].
Denotaremos por:
1 `m(f) o Monômio líder de f, isto é, o maior monômio que
aparece nos termos não nulos de f.
2 `t(f) o Termo líder de f, isto é, o maior termo que aparece em f.
3 Ideal gerado pelos monômios líderes do ideal I:
`(I) = h`m(f) | f ∈ Ii = h`t(f) | f ∈ Ii
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 10 / 53
Algoritmo da Divisão em C[x]
Teorema
Sejam f, g ∈ C[x], f 6= 0. Então, existem únicos polinômios q, r ∈ C[x]
tais que g = qf + r, com 0 ≤ deg(r) < deg(f).
Corolário
Cada ideal de C[x] é gerado por apenas um polinômio (ideal principal).
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 11 / 53
Um exemplo-problema
Consideremos f1 = xy − 1, f2 = x2 + 1 e f = x2y + y em C[x, y], com a
ordem LEX, x  y. Pergunta-se: f ∈ hf1, f2i?
Dividindo f por f1 e f2, o resultado é a expressão
f = xf1 + 0f2 + (x + y).
Dividindo f por f2 e f1, o resultado é a expressão
f = 0f1 + yf2 + 0,
Como lidar com estas situações diferentes?
Como fundamentar esta divisão por um conjunto de polinômios?
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 12 / 53
Algoritmo da Divisão em C[x1, ..., xn]
Teorema
Fixada uma ordem monomial ≺ e uma sequência F = (f1, ..., fs) de
polinômios em C[x1, ..., xn], então cada polinômio f pode ser escrito
como
f = q1f1 + ... + qsfs + r,
onde qi, r ∈ C[x1, ..., xn], r = 0 ou r não é divisível por nenhum dos
`t(fi).
O resultado que se segue é um dos clássicos da teoria de ideais em
anéis polinomiais, é atribuído a David Hilbert (1891).
Teorema de Hilbert
Todo ideal em C[x1, ..., xn] é finitamente gerado.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 13 / 53
Algumas considerações...
Se I = hf1, ..., fri. Então, por definição, `m(fi) ∈ `(I), ∀ i. Em particular,
h`m(f1), ..., `m(fr)i ⊂ `(I).
No entanto, a inclusão contrária não é verdadeira em geral, isto é,
`(I) 6⊂ h`m(f1), ..., `m(fr)i .
Ilustramos isto no próximo exemplo: Seja I = x2
1, x1x2 − x2
2 e
consideremos a ordem LEX. Então,
`m(x2
1), `m(x1x2 − x2
2) = x2
1, x1x2 .
Além disso, x3
2 = x2(x2
1) − (x1 + x2)(x1x2 − x2
2) ∈ I e `m(x3
2) = x3
2 ∈ `(I),
porém x3
2 /
∈ x2
1, x1x2 .
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 14 / 53
Motivação para a definição das bases de Gröbner
As questões que se seguem são as pedras fundamentais que
conduziram o desenvolvimento do conceito de bases de Gröbner.
Seja I um ideal.
Dado um polinômio f ∈ I, existe um conjunto de geradores G de
I tal que rGf seja único para qualquer ordenação dos elementos
de G?
Existe um conjunto de geradores G de I tal que
f ∈ I ⇔ G|f?
Se a resposta para as perguntas anteriores é positiva, como
encontrar tal conjunto? A existência é garantida? Algoritmo?
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 15 / 53
Bases de Gröbner
Definição
Seja I um ideal em C[x1, ..., xn]. Fixada uma ordem monomial, um
conjunto G = {g1, ..., gs} ⊂ I tal que h`m(g1), ..., `m(gs)i = `(I) é
chamado de base de Gröbner para I.
Teorema
Fixada uma ordem monomial em C[x1, ..., xn], todo ideal I ⊆ C[x1, ..., xn]
admite uma Base de Gröbner (finita).
As bases de Gröbner respondem positivamente
às perguntas anteriores.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 16 / 53
Propriedades
1 Se G = {g1, ..., gs} é uma base de Gröbner para um ideal I, então
hg1, ..., gsi = I
2 Se G é uma base de Gröbner para um ideal I, então, para cada
f ∈ C[x1, ..., xn], o resto rG(f) é único (i.e., independe da
ordenação dos elementos de G)
3 Se G é uma base de Gröbner para um ideal I, então f ∈ I se, e
somente se, rG(f) = 0.
4 Sejam I ⊆ C[x1, ..., xn] um ideal e G = {g1, ..., gs} uma base de
Gröbner para I. Os monômios de C[x1, ..., xn] que não são
divisíveis por {`m(g1), ..., `m(gs)} formam uma C-base para
C[x1,...,xn]
I .
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 17 / 53
S-Polinômios: uma ferramenta para simplificar
Seja (f1, f2) um par fixo de elementos mônicos em C[x1, ..., xn] e ≺ uma
ordem monomial. O S-polinômio de (f1, f2) em ≺ é
S(f1,f2) =
mmc(lm(f1), lm(f2))
lm(f1)
f1 −
mmc(lm(f1), lm(f2))
lm(f2)
f2
Exemplo: Sejam (f1, f2) = (x2
1, x1x2 − x2
2) e a ordem LEX. Então,
S(f1,f2) = x2x2
1 −
x2
1x2
x1x2
(x1x2 − x2
2) = x1x2
2
Teorema: o Critério de Buchberger
Sejam G = {f1, ..., ft} o conjunto gerador do ideal I ⊆ C[x1, ..., xn] e Sfi,fj
o S-polinômio de f1 e fj. Então,
G é uma base de Gröbner de I ⇔ rG(Sfi,fj ) = 0, ∀ i, j.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 18 / 53
Algoritmo de Buchberger
Seja I = hf1, ..., fsi 6= 0 ⊆ C[x1, ..., xn] um ideal. Então, uma base de Gröbner
para I pode ser construída em uma quantidade finita de passos pelo
algoritmo:
Entrada: F = {f1, ..., fs}
Saída: uma base de Gröbner G = {g1, ..., gt} para o ideal I.
G := F
REPETIR
G0
:= G
Para cada par i 6= j em G0
faça
h := o resto da divisão de Sfi,fj
por G0
Se h 6= 0, então G := G ∪ {h}
Até que G = G0
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 19 / 53
Bases de Gröbner Reduzidas
Uma base de Gröbner reduzida para um ideal polinomial I é uma
base de Gröbner G para I satisfazendo:
i) os elementos de G são mônicos;
ii) ∀ p ∈ G, nenhum monômio de p está em `t(G − {p}).
Proposição
Fixada uma ordem monomial em C[x1, ..., xn], todo ideal (não nulo)
possui uma única base de Gröbner reduzida.
Exemplo: Seja I = x2
1, x1x3 − x2
2 . Então,

x2
1, x1x2
2, x1x3 − x2
2, x4
2 é a
base de Gröbner reduzida para I, quando se adota ou a ordem Lex ou
a DegLex.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 20 / 53
Teorema da Eliminação
Um aplicação muito útil das bases de Gröbner é a eliminação de
variáveis num anel polinomial.
Teorema
Seja I ⊆ C[x1, ..., xn] um ideal e seja G uma Base de Gröbner para I,
com relação à ordem reversa LEX. Então, para cada k = 0, ..., (n − 1),
Gk = G ∩ C[x1, ..., xk] é uma base de Gröbner para Ik := I ∩ C[x1, ..., xk].
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 21 / 53
Resolvendo Sistemas de Equações
Dado um sistema de equações polinomiais
f1(x1, ..., xn) = ... = fs(x1, ..., xn) = 0
em C[x1, ..., xn], como encontrar seu conjunto solução em Cn?
Adota-se a ordem LEX com x1  x2  ...  xn e calcula-se uma
base de Gröbner G = {g1, ..., gt} para o ideal I = hf1, .., fsi.
Pelo Teorema da Eliminação, G ∩ C[xk+1, ..., xn] é uma base de
Gröbner para Ik = I ∩ C[xk+1, ..., xn] ( isso garante uma
eliminação de variáveis).
Resolve-se essas equações envolvendo “variáveis maiores” e
substitui-se nas demais equações de forma semelhante ao
método de Gauss para sistemas lineares triangulares.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 22 / 53
Exemplo
Resolver em C4 o sistema de equações a seguir:













xz − yw − z + 1 = 0
yz + xw − w − 2 = 0
y2 + x2 − 1 = 0
z2 + w2 − 1 = 0
(1)
Calculando uma base de Gröbner para o ideal
I = xz − yw − z + 1, yz + xw − w − 2, y2
+ x2
− 1, z2
+ w2
− 1 ,
adotando a ordem LEX com x  y  z  w, obtemos:
G =





x + z − 2w − 1
| {z }
g1
, y − 2z − w
| {z }
g2
, z − 2w − 5/2
| {z }
g3
, w2
+ 2w + 21/20
| {z }
g4





.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 23 / 53
Exemplo - continuação
Como os elementos das bases de Gröbner têm os mesmos zeros do
sistema original, segue que o conjunto solução do sistema dado em
C4 é dado por:
w2 =
−10 − i
√
5
10
, z2 =
5 − 2i
√
5
10
, y2 =
−i
√
5
2
, x2 =
−25 − 4i
√
5
10
w1 =
−10 + i
√
5
10
, z1 =
5 + 2i
√
5
10
, y1 =
i
√
5
2
, x1 =
−25 + 4i
√
5
10
,
onde i é a unidade imaginária.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 24 / 53
Parte II - Bases de Shirshov
Deixando os polinômios comutativos...
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 25 / 53
Rudimentos - I
Seja X = {x1, . . . , xn, . . . } um alfabeto. Considere em X uma ordem
xi ≺ xj ⇐⇒ i  j. Denote por X∗ o semigrupo das palavras associativas
sobre X.
A palavra vazia será denotada por 1 e o comprimento de uma palavra
u será denotado por l(u) com l(1) = 0. Considere em X∗ duas ordens:
Ordem lexicográfica 
u  1 para qualquer u ∈ X∗ não vazia
u = xiu0  xjv0 = v se xi ≺ xj ou xi = xj e u0  v0 (indutivamente).
Ordem lexicográfica de comprimento 
u  v se l(u)  l(v) ou l(u) = l(v) e u  v.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 26 / 53
Rudimentos - II
Sejam F um corpo e AX a álgebra associativa gerada por X sobre F.
Sejam S, T ⊆ AX conjuntos de elementos mônicos.
 Considere o ideal bilateral JS gerado por S em AX e denote por
A = AX
JS
a álgebra associativa definida por S.
 Considere o ideal à esquerda IT de AX gerado pela imagem de T em
A e considere o A-módulo à esquerda definido por T, denotado por
M = A
IT
.
Devido ao papel específico de cada subconjunto S e T, diz-se que o
A-módulo M é definido pelo par (S, T).
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 27 / 53
Uma relação de congruência
Dado p ∈ AX  {0}, denote por p o monômio líder de p considerando a
ordem , ou seja,
p = αp +
X
βiwi
com α, βi ∈ F, α 6= 0, wi ∈ X∗ e wi  p.
Sejam p, q ∈ AX e w ∈ X∗. Diz-se que p é congruente a q com respeito
ao par (S, T) e a w, e denota-se p ≡ q mod (S, T; w), se
p − q =
X
αiaisibi +
X
βjcjtj,
onde αi, βj ∈ F, ai, bi, cj ∈ X∗, si ∈ S, tj ∈ T com aisibi  w e cjtj  w
para cada i e j.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 28 / 53
Composições de elementos em AX
Sejam p, q ∈ AX. Define-se a composição de p e q como:
Se existem a e b em X∗ tais que pa = bq = w com l(p)  l(b),
então a composição de interseção é definida como
(p, q)w = pa − bq.
Se existem a e b em X∗ tais que apb = q = w, então a composição
de inclusão é definida como (p, q)w = apb − q.
Se existe a em X∗ tal que p = aq = w, então a composição
justificada à direita é definida compo (p, q)w = p − aq.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 29 / 53
Conjuntos fechados por composições
Um conjunto S de elementos mônicos em AX é dito fechado sob
composições se para quaisquer p, q ∈ S e w ∈ X∗ tais que (p, q)w
está definido tem-se (p, q)w ≡ 0 mod (S; w).
Um conjunto T de elementos mônicos em AX é dito fechado sob
composições justificadas à direita com respeito a S se para
quaisquer p, q ∈ T e w ∈ X∗ tais que (p, q)w está definido tem-se
(p, q)w ≡ 0 mod (S, T; w).
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 30 / 53
Definição
Um par (S, T) de subconjuntos de elementos mônicos de AX é
chamado de um par de Shirshov-Gröbner para o A-módulo M definido
por (S, T) se
 S é fechado sob composição
 T é fechado sob composições justificadas à direita relativamente a S
 para todos p ∈ S, q ∈ T e w ∈ X∗ tais que (p, q)w está definido tem-se
(p, q)w ≡ 0 mod (S, T; w)
Definição
Uma palavra u ∈ X∗ é dita (S, T)-reduzida se u 6= asb e u 6= ct para
qualquer s ∈ S, t ∈ T e a, b, c ∈ X∗. Caso contrário, u ∈ X∗ é dita
(S, T)-redutível.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 31 / 53
Resultados Fundamentais
Lema da Composição de Shirshov
Se (S, T) é um par de Shirshov-Gröbner par para o A-módulo M e
p ∈ AX é trivial em M, então p é (S, T)-redutível.
Teorema da Base
Se (S, T) é um par de Shirshov-Gröbner para o A-módulo M, então o
conjunto das palavras (S, T)−reduzidas forma uma base para M.
Teorema (Completamento)
Um par (S, T ) pode ser completado a um par de Shirshov-Gröbner
(S, T) para o A-módulo M.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 32 / 53
Parte III - Módulos de Weyl
Uma aplicação em módulos de peso máximo
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 33 / 53
Historical overview
1 Local Weyl modules were first considered in ’2001 by Chari and
Pressley, in the classical and quantum affine contexts, motivated
by representations of quantum affine algebras. All the results of
that paper go over with no difficulty to the case of the current
algebras g ⊗ C[t].
2 A more general case was considered in ’2004 by Feigin and
Loktev by replacing the polynomial ring with the coordinate ring of
an algebraic variety and partial results analogous to those of
Chari and Pressley.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 34 / 53
Historical overview
3 Chari, Fourier and Khendai in ’2010 considered a categorical (i.e,
functorial) approach to the algebra g ⊗ A, where A is a
commutative associative algebra (with unit) over the complex
numbers. g ⊗ C, g ⊗ C[t], g ⊗ C[t, t−1], g ⊗ C[t]
tk
.
4 Moura and Jakelic started in ’2007 the study of the positive
characteristic analogous of local Weyl modules for loop algebras
(in the context of hyperalgebras). Followed by a joint work of B.,
Macedo and Moura in ’2015 involving loop and current algebras.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 35 / 53
Historical overview
5 Different perspectives on Weyl modules include many works in the
last 15 years... and a long list of authors: Batra, Bennett, Futorny,
Feigin, Kus, Lau, Littelmann, Loktev, Naoi, Neher, Manning,
Savage, Venkatesh, Zhao and so on.
6 Even with a large number of papers dedicated to the study of
structure, character, dimension, decomposition, tensor product,
fusion product, and reducibility of Weyl modules, only three of
them focuses in the construction of bases for local Weyl modules
and one of them about basis for truncated local Weyl modules.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 36 / 53
Origin of this work
The present work was originally intended to present a different
approach to obtain some “different types” of bases for local Weyl
modules for the sl2-current algebra with a good “computational” and
“combinatorial” behavior.
In a joint work with Evan Wilson we obtained:
an uniform approach to construct few different bases for
sl2-current algebras.
indeed, a characteristic-free construction of a basis for local
Weyl modules for the hyper current algebra associated to sl2.
a basis that agree with truncations to give a basis for truncated
local Weyl modules.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 37 / 53
Preliminaries: the base simple Lie algebra – notation.
g : a finite-dimensional complex simple Lie algebra with a fixed Cartan
subalgebra h.
R the associated root system with a fixed choice of positive roots
R+ ⊆ R and corresponding triangular decomposition
g = n− ⊕ h ⊕ n+.
I : indexing set for the nodes of the Dynkin diagram of g.
{αi | i ∈ I} : the associated simple roots.
{ωi | i ∈ I} : the fundamental weights.
P+ : the Z+-span of the fundamental weights of g.
Q+ : the Z+-span of the simple roots of g.
{x±
α , hi : α ∈ R+, i ∈ I} a Chevalley basis of g.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 38 / 53
Preliminaries: the current algebra
The current algebra of g is the vector space
g[t] = g ⊗ C[t]
with a Lie algebra structure given by
[x ⊗ f, y ⊗ g] = [x, y] ⊗ fg
for x, y ∈ g and f, g ∈ C[t].
1 g ⊗ 1 ∼
= g is a subalgebra of g[t]
2 If b is a subalgebra of g, then b[t] = b ⊗ C[t] is naturally a
subalgebra of g[t]. In particular,
g[t] = n
−
[t] ⊕ h[t] ⊕ n
+
[t].
3 The PBW theorem implies that the multiplication establishes
isomorphisms
∼ − +
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 39 / 53
Local Weyl module
Definition of local Weyl module
Given λ =
Pr
i=1 miωi ∈ P+, the local Weyl module W(λ) is the
U(g[t])-module generated by an element vλ with defining relations
(for all h ∈ U(h), α ∈ R+, k  λ(hα))
n+
[t]vλ = h ⊗ tC[t]vλ = (h − λ(h))vλ = (x−
α )(k)
vλ = 0.
1 Local Weyl modules are universal finite-dimensional highest
weight modules.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 40 / 53
Some commuting relations
Garland’s formula (Garland ’1978)
Let α ∈ R+, a, b ∈ C[t] and `, k, m, n ∈ Z+, ` ≤ k. We have
(x+
α ⊗ a)(`)
(x−
α ⊗ b)(k)
=


∞
X
j=0
x−
α ⊗ aj
bj+1
uj+1


(k−`)
k
mod U(g[t])U(h ⊗ tC[t])0 ⊕ U(g[t])U(n+[t])0,
where the subindex k means the coefficient of uk in the respective
series and the nth-power with parenthesis is the nth-divided power of x
by x(n) = xn
n! .
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 41 / 53
...using these commuting relations
“Garland’s formula” applied to a generator of W(λ)
Let α ∈ R+ and `, k ∈ Z+ with 0 ≤ ` ≤ k, k  λ(hα). We have
(x+
α ⊗ t)(`)
(x−
α ⊗ 1)(k)
vλ =


∞
X
j=0
x−
α ⊗ tj
uj+1


(k−`)
k
vλ + Tvλ
for some T ∈ U(g[t])U(h ⊗ tC[t])0 ⊕ U(g[t])U(n+[t])0.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 42 / 53
...using these commuting relations
“Garland’s formula appliedto a generator of W(λ)
Let α ∈ R+ and `, k ∈ Z+ with 0 ≤ ` ≤ k, k  k  λ(hα). We have
(x+
α ⊗ t)(`)
(x−
α ⊗ 1)(k)
vλ
| {z }
=0
= Tvλ
|{z}
=0
+


∞
X
j=0
x−
α ⊗ tj
uj+1


(k−`)
k
vλ= 0
since we have U(g[t])U(h ⊗ tC[t])0vλ = 0 and U(g[t])U(n+[t])0vλ = 0
due to the defining relations of W(λ).
Conclusion: 

∞
X
j=0
x−
α ⊗ tj
uj+1


(k−`)
k
vλ = 0
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 43 / 53
How to get a monomial basis for W(λ)?
Let J λ be the ideal of U(n−[t]) generated by the set
{Xα(u)
(k−`)
k |0 ≤ ` ≤ k, λ(hα)  k},
where
Xα(u) =
∞
X
j=0
x−
α ⊗ tj
uj+1
The map U(n−[t]) → W(λ) sending g to gωλ induces an isomorphism
of vector spaces
U(g[t])/R ≡ U(n−
[t])/J λ ≡ W(λ).
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 44 / 53
The case g = sl2
1 I is singleton for sl2.
We simplify notation
ω := ω1, x±
:= x±
α1
, h := h1, α := α1, X(u) := Xα(u).
2 P+ is in a bijective correspondence with Z+
We denote by m the weigth mω and vm = vmω.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 45 / 53
Passing to a polynomial setting
C∞ : polynomial ring in infinite many variables.
Cm : polynomial ring in finitely many variables.
1 φ : U(n−[t]) → C∞ defined by (x− ⊗ tr)k 7→ xk
r for all r, k ∈ Z+ is an
isomorphism.
2 Let Jm the ideal in Cm corresponding to Jm.
3 φ and the inclusion Cm ,→ C∞ provide us the isomorphism
Cm/Jm
∼
= U(n−
[t])/J m
∼
= W(m)
CONCLUSION:
dim W(m) = dim Cm/Jm.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 46 / 53
The main theorem.
Theorem - B., Wilson ’2016
The set of leading monomials with respect to lexicographic order of a
reduced Gröbner basis Gm of Jm is
{x
(a0)
0 · · · x
(am−r+1)
m−r+1 |r ∈ Z≥2, a0 + a1 + · · · + am−r+1 = r, am−r+1 6= 0}.
The proof is very combinatorial and use “some group action” with:
- Kostka numbers
- Jacobi-Trudi determinant formula
- Complete (homogeneous) symmetric polynomial
Corollary - (Lexicographic basis) – B., Wilson ’2016
{x
(a0)
0 · · · x
(am−r)
m−r |r ∈ Z≥0, a0 + a1 + · · · + am−r = r} is a monomial
C-linear basis of Cm
Jm
. In particular, dim

Cm
Jm

= 2m = dim W(m).
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 47 / 53
The main theorem
Remarks
Chari-Pressley’s construction produces this same basis over C.
B.-Wilson’s construction is valid for an arbitrary characteristic base
field in the context of hyperalgebras.
Corollary - (Reverse Lexicographic basis) – B., Wilson ’2016
Let
R1 = {x
f0
0 x
f1
1 · · · x
fm−1
m−1 vm |
m−1
X
i=0
fi ≤
m
2
, (i − 1)fi + ifi+1 ≤ m − 2
m−1
X
j=i
fj, for 1 ≤ i ≤ m − 2
and
R2 = {x
f0
0 x
f1
1 · · · x
fm−1
m−1 vm |
m−1
X
i=0
fi = k 
m
2
and x
m−2k+f0
0 x
f1
1 · · · x
fm−1
m−1 ∈ R1}.
The set R = R1 ∪ R2 is a basis for W(m) over C.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 48 / 53
The truncated local Weyl module
If we consider mutatis mutandis the definition of local Weyl modules
W(m) for U(sl2 ⊗ C[t]) replacing C[t] by C[t]
htki
, we construct the so called
k-truncated local Weyl module Wk(m).
Theorem – B., Wilson ’2016
Let m, k ∈ Z+.
1 The main theorem of this work with the reverse lexicographical
order produces a monomial basis for W(m) which “contains” (in
the sense of the monomials) a basis for Wk(m).
2 Write m = nk + j with 0 ≤ j  k. Then,
dim Wk
(m) = (n + 1)k−j
.(n + 2)j
.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 49 / 53
Explicit example g = sl2 and m = 3.
 Lexicographic order:
W(3) = spanC{v3, x−
v3, x−
⊗ tv3, (x−
⊗ t2
)v3, (x−
)2
v3, x−
(x−
⊗ t)v3, (x−
)3
v3, (x−
⊗ t)2
v3}
 Reverse Lexicographic order:
W(3) =
= spanC{v3, x−
v3, x−
⊗ tv3, (x−
⊗ t2
)v3, (x−
)2
v3, x−
(x−
⊗ t)v3, (x−
)3
v3, x−
(x−
⊗ t2
)v3}
 A truncated basis for k = 2 with the reverse lexicographic order:
W2
(3) = spanC{v̇3, x−
v̇3, x−
⊗ tv̇3, (x−
)2
v̇3, x−
(x−
⊗ t)v̇3, (x−
)3
v̇3}
 A “wrong construction of a truncated basis” for k = 2 would be:
W2
(3) = spanC{v̇3, x−
v̇3, x−
⊗ tv̇3, (x−
)2
v̇3, x−
(x−
⊗ t)v̇3, (x−
)3
v̇3, (x−
⊗ t)2
v̇3}
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 50 / 53
Beyond the sl2-case.
U(n−[t]) is not commutative !!!
We can work on an (almost) polynomial quocient rings by using
Shirshov–Gröbner bases in U(n−[t])/Jλ
The advantage of the “methods a la Shirshov-Gröbner” is the
uniformity and validity for Universal Enveloping algebra and the Basis
Theorem.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 51 / 53
Obrigado!!!
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 52 / 53
Referências Bibliográficas
A. Bianchi, T. Macedo, and A. Moura On Demazure and local Weyl modules for
affine hyperalgebras, Pacific J. Math. 274 (2015), p. 257–303.
V. Chari, G. Fourier, and T. Khandai, A categorical approach to Weyl modules,
Transf. Groups 15 (2010), 517–549.
V. Chari and A. Pressley, Weyl modules for classical and quantum affine
algebras, Represent. Theory 5 (2001), 191–223.
Cox, D., Litlle, J., and O’Shea, D., Ideals, Varieties and Algorithms - An
Introduction to Computational Geometry and Commutative Algebra,
Springer-Verlag, New York-Berlin-Heidelberg, 1996.
B. Feigin and S. Loktev,Multi-dimensional Weyl modules and symmetric
functions, Comm. Math. Phys. 251 (2004), 427-?445.
H. Garland, The arithmetic theory of loop algebras, J. Algebra 53 (1978),
480–551.
D. Jakelic and A. Moura, Finite-dimensional representations of hyper loop
algebras, Pacific J. Math. 233 (2007), no. 2, 371–402.
A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 53 / 53

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  • 1. Bases de Shirshov-Gröbner e módulos de Weyl Angelo Calil Bianchi Universidade Federal de São Paulo Instituto de Ciência e Tecnologia -o- Suporte da FAPESP 2015/22040-0 A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 1 / 53
  • 2. Estrutura da Apresentação Bases de Gröbner – caso de polinômios comutativos – . Bases de Shirshov – caso geral – . Construção de bases para Módulos de Weyl. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 1 / 53
  • 3. Parte I - Bases de Gröbner A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 2 / 53
  • 4. Motivação: Eliminação Gaussiana Dadas equações    fi = X j aijxj + bi = 0, aij, bi ∈ C, um método comum para resolver estas equações é usar a Eliminação Gaussiana na matriz (A|b) (com A = (aij) e B = (bi)) para obter a sua forma escalonada. Pode-se, então, ler as soluções a partir desta nova matriz. O que está acontecendo com os termos dos polinômios (que induzem as equações dadas) durante este processo? A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 3 / 53
  • 5. Motivação: algoritmo Euclideano Dados polinômios f1, f2, . . . , fr ∈ C[x], o algoritmo de Euclides é útil para determinar se o sistema f1(x) = · · · = fr(x) = 0 possui uma solução. O que o algoritmo faz com os termos dos polinômios (que induzem estas equações)? o que o algoritmo faz é encontrar o máximo divisor comum g(x) destes polinômios. O sistema original possui solução quando g(x) não é uma constante. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 4 / 53
  • 6. Próximo passo Os objetos não são lineares e envolvem várias variáveis... E agora? É possível estender os métodos anteriores para equações polinomiais induzidas por polinômios não lineares? A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 5 / 53
  • 7. Anéis de Polinômios Sejam C um corpo e x1, . . . , xn um conjunto de variáveis, o conjunto C[x1, . . . , xn] =    X i1,...,in∈Z+ ai1,...,in xi1 1 . . . xin n com ai1,...,in ∈ C e QSN    forma: um espaço vetorial – com as operações usuais de soma de polinômios e de multiplicação de um escalar por um polinômio; um anel – ao considerar a operação usual de multiplicação de polinômios. =⇒ Resumidamente: uma C-álgebra com as operações usuais. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 6 / 53
  • 8. Nomenclaturas Sejam c ∈ C e a1, ..., an ∈ Z≥0. Em C[x1, ..., xn], um monômio é um elemento da forma xa1 1 · · · xan n ; um termo é um elemento da forma cxa1 1 · · · xan n ; o grau total de um termo m = cxa1 1 · · · xan n é deg(m) = a1 + ... + an; A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 7 / 53
  • 9. Primeiro ingrediente: ordens monomiais Seja M o conjunto de todos os monômios em C[x1, ..., xn]. Uma ordenação monomial em M é uma relação ≺ em M, satisfazendo as seguintes condições: Para cada par de monômios m e n vale que ou m ≺ n ou n ≺ m ou m = n. (tricotomia) Se m ≺ n e n ≺ p, então m ≺ p. (transitividade) Para todo monômio m 6= 1, vale que 1 ≺ m. Se m ≺ n, então zm ≺ zn, ∀ z ∈ M. (monotonicidade da multiplicação) A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 8 / 53
  • 10. Exemplos de ordens monomiais 1 ORDEM LEXICOGRÁFICA (LEX) m = xi1 1 ...xin n ≺Lex xj1 1 ...xjn n = n, se i1 = j1, ..., ik = jk e ik+1 < jk+1, para algum k. 2 ORDEM LEXICOGRÁFICA REVERSA (REVLEX) m = xi1 1 ...xin n ≺Lex xj1 1 ...xjn n = n, se in = jn, ..., ik = jk e ik−1 < jk−1, para algum k. 3 ORDEM LEXICOGRÁFICA DE GRAU (DEGLEX) m = xi1 1 ...xin n ≺DegLex xj1 1 ...xjn n = n, se deg(m) < deg(n) ou se deg(m) = deg(n) e m ≺lex n. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 9 / 53
  • 11. Mais nomenclaturas Fixada uma ordem monomial em C[x1, ..., xn], dado f ∈ C[x1, ..., xn]. Denotaremos por: 1 `m(f) o Monômio líder de f, isto é, o maior monômio que aparece nos termos não nulos de f. 2 `t(f) o Termo líder de f, isto é, o maior termo que aparece em f. 3 Ideal gerado pelos monômios líderes do ideal I: `(I) = h`m(f) | f ∈ Ii = h`t(f) | f ∈ Ii A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 10 / 53
  • 12. Algoritmo da Divisão em C[x] Teorema Sejam f, g ∈ C[x], f 6= 0. Então, existem únicos polinômios q, r ∈ C[x] tais que g = qf + r, com 0 ≤ deg(r) < deg(f). Corolário Cada ideal de C[x] é gerado por apenas um polinômio (ideal principal). A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 11 / 53
  • 13. Um exemplo-problema Consideremos f1 = xy − 1, f2 = x2 + 1 e f = x2y + y em C[x, y], com a ordem LEX, x y. Pergunta-se: f ∈ hf1, f2i? Dividindo f por f1 e f2, o resultado é a expressão f = xf1 + 0f2 + (x + y). Dividindo f por f2 e f1, o resultado é a expressão f = 0f1 + yf2 + 0, Como lidar com estas situações diferentes? Como fundamentar esta divisão por um conjunto de polinômios? A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 12 / 53
  • 14. Algoritmo da Divisão em C[x1, ..., xn] Teorema Fixada uma ordem monomial ≺ e uma sequência F = (f1, ..., fs) de polinômios em C[x1, ..., xn], então cada polinômio f pode ser escrito como f = q1f1 + ... + qsfs + r, onde qi, r ∈ C[x1, ..., xn], r = 0 ou r não é divisível por nenhum dos `t(fi). O resultado que se segue é um dos clássicos da teoria de ideais em anéis polinomiais, é atribuído a David Hilbert (1891). Teorema de Hilbert Todo ideal em C[x1, ..., xn] é finitamente gerado. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 13 / 53
  • 15. Algumas considerações... Se I = hf1, ..., fri. Então, por definição, `m(fi) ∈ `(I), ∀ i. Em particular, h`m(f1), ..., `m(fr)i ⊂ `(I). No entanto, a inclusão contrária não é verdadeira em geral, isto é, `(I) 6⊂ h`m(f1), ..., `m(fr)i . Ilustramos isto no próximo exemplo: Seja I = x2 1, x1x2 − x2 2 e consideremos a ordem LEX. Então, `m(x2 1), `m(x1x2 − x2 2) = x2 1, x1x2 . Além disso, x3 2 = x2(x2 1) − (x1 + x2)(x1x2 − x2 2) ∈ I e `m(x3 2) = x3 2 ∈ `(I), porém x3 2 / ∈ x2 1, x1x2 . A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 14 / 53
  • 16. Motivação para a definição das bases de Gröbner As questões que se seguem são as pedras fundamentais que conduziram o desenvolvimento do conceito de bases de Gröbner. Seja I um ideal. Dado um polinômio f ∈ I, existe um conjunto de geradores G de I tal que rGf seja único para qualquer ordenação dos elementos de G? Existe um conjunto de geradores G de I tal que f ∈ I ⇔ G|f? Se a resposta para as perguntas anteriores é positiva, como encontrar tal conjunto? A existência é garantida? Algoritmo? A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 15 / 53
  • 17. Bases de Gröbner Definição Seja I um ideal em C[x1, ..., xn]. Fixada uma ordem monomial, um conjunto G = {g1, ..., gs} ⊂ I tal que h`m(g1), ..., `m(gs)i = `(I) é chamado de base de Gröbner para I. Teorema Fixada uma ordem monomial em C[x1, ..., xn], todo ideal I ⊆ C[x1, ..., xn] admite uma Base de Gröbner (finita). As bases de Gröbner respondem positivamente às perguntas anteriores. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 16 / 53
  • 18. Propriedades 1 Se G = {g1, ..., gs} é uma base de Gröbner para um ideal I, então hg1, ..., gsi = I 2 Se G é uma base de Gröbner para um ideal I, então, para cada f ∈ C[x1, ..., xn], o resto rG(f) é único (i.e., independe da ordenação dos elementos de G) 3 Se G é uma base de Gröbner para um ideal I, então f ∈ I se, e somente se, rG(f) = 0. 4 Sejam I ⊆ C[x1, ..., xn] um ideal e G = {g1, ..., gs} uma base de Gröbner para I. Os monômios de C[x1, ..., xn] que não são divisíveis por {`m(g1), ..., `m(gs)} formam uma C-base para C[x1,...,xn] I . A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 17 / 53
  • 19. S-Polinômios: uma ferramenta para simplificar Seja (f1, f2) um par fixo de elementos mônicos em C[x1, ..., xn] e ≺ uma ordem monomial. O S-polinômio de (f1, f2) em ≺ é S(f1,f2) = mmc(lm(f1), lm(f2)) lm(f1) f1 − mmc(lm(f1), lm(f2)) lm(f2) f2 Exemplo: Sejam (f1, f2) = (x2 1, x1x2 − x2 2) e a ordem LEX. Então, S(f1,f2) = x2x2 1 − x2 1x2 x1x2 (x1x2 − x2 2) = x1x2 2 Teorema: o Critério de Buchberger Sejam G = {f1, ..., ft} o conjunto gerador do ideal I ⊆ C[x1, ..., xn] e Sfi,fj o S-polinômio de f1 e fj. Então, G é uma base de Gröbner de I ⇔ rG(Sfi,fj ) = 0, ∀ i, j. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 18 / 53
  • 20. Algoritmo de Buchberger Seja I = hf1, ..., fsi 6= 0 ⊆ C[x1, ..., xn] um ideal. Então, uma base de Gröbner para I pode ser construída em uma quantidade finita de passos pelo algoritmo: Entrada: F = {f1, ..., fs} Saída: uma base de Gröbner G = {g1, ..., gt} para o ideal I. G := F REPETIR G0 := G Para cada par i 6= j em G0 faça h := o resto da divisão de Sfi,fj por G0 Se h 6= 0, então G := G ∪ {h} Até que G = G0 A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 19 / 53
  • 21. Bases de Gröbner Reduzidas Uma base de Gröbner reduzida para um ideal polinomial I é uma base de Gröbner G para I satisfazendo: i) os elementos de G são mônicos; ii) ∀ p ∈ G, nenhum monômio de p está em `t(G − {p}). Proposição Fixada uma ordem monomial em C[x1, ..., xn], todo ideal (não nulo) possui uma única base de Gröbner reduzida. Exemplo: Seja I = x2 1, x1x3 − x2 2 . Então, x2 1, x1x2 2, x1x3 − x2 2, x4 2 é a base de Gröbner reduzida para I, quando se adota ou a ordem Lex ou a DegLex. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 20 / 53
  • 22. Teorema da Eliminação Um aplicação muito útil das bases de Gröbner é a eliminação de variáveis num anel polinomial. Teorema Seja I ⊆ C[x1, ..., xn] um ideal e seja G uma Base de Gröbner para I, com relação à ordem reversa LEX. Então, para cada k = 0, ..., (n − 1), Gk = G ∩ C[x1, ..., xk] é uma base de Gröbner para Ik := I ∩ C[x1, ..., xk]. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 21 / 53
  • 23. Resolvendo Sistemas de Equações Dado um sistema de equações polinomiais f1(x1, ..., xn) = ... = fs(x1, ..., xn) = 0 em C[x1, ..., xn], como encontrar seu conjunto solução em Cn? Adota-se a ordem LEX com x1 x2 ... xn e calcula-se uma base de Gröbner G = {g1, ..., gt} para o ideal I = hf1, .., fsi. Pelo Teorema da Eliminação, G ∩ C[xk+1, ..., xn] é uma base de Gröbner para Ik = I ∩ C[xk+1, ..., xn] ( isso garante uma eliminação de variáveis). Resolve-se essas equações envolvendo “variáveis maiores” e substitui-se nas demais equações de forma semelhante ao método de Gauss para sistemas lineares triangulares. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 22 / 53
  • 24. Exemplo Resolver em C4 o sistema de equações a seguir:              xz − yw − z + 1 = 0 yz + xw − w − 2 = 0 y2 + x2 − 1 = 0 z2 + w2 − 1 = 0 (1) Calculando uma base de Gröbner para o ideal I = xz − yw − z + 1, yz + xw − w − 2, y2 + x2 − 1, z2 + w2 − 1 , adotando a ordem LEX com x y z w, obtemos: G =      x + z − 2w − 1 | {z } g1 , y − 2z − w | {z } g2 , z − 2w − 5/2 | {z } g3 , w2 + 2w + 21/20 | {z } g4      . A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 23 / 53
  • 25. Exemplo - continuação Como os elementos das bases de Gröbner têm os mesmos zeros do sistema original, segue que o conjunto solução do sistema dado em C4 é dado por: w2 = −10 − i √ 5 10 , z2 = 5 − 2i √ 5 10 , y2 = −i √ 5 2 , x2 = −25 − 4i √ 5 10 w1 = −10 + i √ 5 10 , z1 = 5 + 2i √ 5 10 , y1 = i √ 5 2 , x1 = −25 + 4i √ 5 10 , onde i é a unidade imaginária. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 24 / 53
  • 26. Parte II - Bases de Shirshov Deixando os polinômios comutativos... A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 25 / 53
  • 27. Rudimentos - I Seja X = {x1, . . . , xn, . . . } um alfabeto. Considere em X uma ordem xi ≺ xj ⇐⇒ i j. Denote por X∗ o semigrupo das palavras associativas sobre X. A palavra vazia será denotada por 1 e o comprimento de uma palavra u será denotado por l(u) com l(1) = 0. Considere em X∗ duas ordens: Ordem lexicográfica u 1 para qualquer u ∈ X∗ não vazia u = xiu0 xjv0 = v se xi ≺ xj ou xi = xj e u0 v0 (indutivamente). Ordem lexicográfica de comprimento u v se l(u) l(v) ou l(u) = l(v) e u v. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 26 / 53
  • 28. Rudimentos - II Sejam F um corpo e AX a álgebra associativa gerada por X sobre F. Sejam S, T ⊆ AX conjuntos de elementos mônicos. Considere o ideal bilateral JS gerado por S em AX e denote por A = AX JS a álgebra associativa definida por S. Considere o ideal à esquerda IT de AX gerado pela imagem de T em A e considere o A-módulo à esquerda definido por T, denotado por M = A IT . Devido ao papel específico de cada subconjunto S e T, diz-se que o A-módulo M é definido pelo par (S, T). A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 27 / 53
  • 29. Uma relação de congruência Dado p ∈ AX {0}, denote por p o monômio líder de p considerando a ordem , ou seja, p = αp + X βiwi com α, βi ∈ F, α 6= 0, wi ∈ X∗ e wi p. Sejam p, q ∈ AX e w ∈ X∗. Diz-se que p é congruente a q com respeito ao par (S, T) e a w, e denota-se p ≡ q mod (S, T; w), se p − q = X αiaisibi + X βjcjtj, onde αi, βj ∈ F, ai, bi, cj ∈ X∗, si ∈ S, tj ∈ T com aisibi w e cjtj w para cada i e j. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 28 / 53
  • 30. Composições de elementos em AX Sejam p, q ∈ AX. Define-se a composição de p e q como: Se existem a e b em X∗ tais que pa = bq = w com l(p) l(b), então a composição de interseção é definida como (p, q)w = pa − bq. Se existem a e b em X∗ tais que apb = q = w, então a composição de inclusão é definida como (p, q)w = apb − q. Se existe a em X∗ tal que p = aq = w, então a composição justificada à direita é definida compo (p, q)w = p − aq. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 29 / 53
  • 31. Conjuntos fechados por composições Um conjunto S de elementos mônicos em AX é dito fechado sob composições se para quaisquer p, q ∈ S e w ∈ X∗ tais que (p, q)w está definido tem-se (p, q)w ≡ 0 mod (S; w). Um conjunto T de elementos mônicos em AX é dito fechado sob composições justificadas à direita com respeito a S se para quaisquer p, q ∈ T e w ∈ X∗ tais que (p, q)w está definido tem-se (p, q)w ≡ 0 mod (S, T; w). A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 30 / 53
  • 32. Definição Um par (S, T) de subconjuntos de elementos mônicos de AX é chamado de um par de Shirshov-Gröbner para o A-módulo M definido por (S, T) se S é fechado sob composição T é fechado sob composições justificadas à direita relativamente a S para todos p ∈ S, q ∈ T e w ∈ X∗ tais que (p, q)w está definido tem-se (p, q)w ≡ 0 mod (S, T; w) Definição Uma palavra u ∈ X∗ é dita (S, T)-reduzida se u 6= asb e u 6= ct para qualquer s ∈ S, t ∈ T e a, b, c ∈ X∗. Caso contrário, u ∈ X∗ é dita (S, T)-redutível. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 31 / 53
  • 33. Resultados Fundamentais Lema da Composição de Shirshov Se (S, T) é um par de Shirshov-Gröbner par para o A-módulo M e p ∈ AX é trivial em M, então p é (S, T)-redutível. Teorema da Base Se (S, T) é um par de Shirshov-Gröbner para o A-módulo M, então o conjunto das palavras (S, T)−reduzidas forma uma base para M. Teorema (Completamento) Um par (S, T ) pode ser completado a um par de Shirshov-Gröbner (S, T) para o A-módulo M. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 32 / 53
  • 34. Parte III - Módulos de Weyl Uma aplicação em módulos de peso máximo A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 33 / 53
  • 35. Historical overview 1 Local Weyl modules were first considered in ’2001 by Chari and Pressley, in the classical and quantum affine contexts, motivated by representations of quantum affine algebras. All the results of that paper go over with no difficulty to the case of the current algebras g ⊗ C[t]. 2 A more general case was considered in ’2004 by Feigin and Loktev by replacing the polynomial ring with the coordinate ring of an algebraic variety and partial results analogous to those of Chari and Pressley. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 34 / 53
  • 36. Historical overview 3 Chari, Fourier and Khendai in ’2010 considered a categorical (i.e, functorial) approach to the algebra g ⊗ A, where A is a commutative associative algebra (with unit) over the complex numbers. g ⊗ C, g ⊗ C[t], g ⊗ C[t, t−1], g ⊗ C[t] tk . 4 Moura and Jakelic started in ’2007 the study of the positive characteristic analogous of local Weyl modules for loop algebras (in the context of hyperalgebras). Followed by a joint work of B., Macedo and Moura in ’2015 involving loop and current algebras. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 35 / 53
  • 37. Historical overview 5 Different perspectives on Weyl modules include many works in the last 15 years... and a long list of authors: Batra, Bennett, Futorny, Feigin, Kus, Lau, Littelmann, Loktev, Naoi, Neher, Manning, Savage, Venkatesh, Zhao and so on. 6 Even with a large number of papers dedicated to the study of structure, character, dimension, decomposition, tensor product, fusion product, and reducibility of Weyl modules, only three of them focuses in the construction of bases for local Weyl modules and one of them about basis for truncated local Weyl modules. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 36 / 53
  • 38. Origin of this work The present work was originally intended to present a different approach to obtain some “different types” of bases for local Weyl modules for the sl2-current algebra with a good “computational” and “combinatorial” behavior. In a joint work with Evan Wilson we obtained: an uniform approach to construct few different bases for sl2-current algebras. indeed, a characteristic-free construction of a basis for local Weyl modules for the hyper current algebra associated to sl2. a basis that agree with truncations to give a basis for truncated local Weyl modules. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 37 / 53
  • 39. Preliminaries: the base simple Lie algebra – notation. g : a finite-dimensional complex simple Lie algebra with a fixed Cartan subalgebra h. R the associated root system with a fixed choice of positive roots R+ ⊆ R and corresponding triangular decomposition g = n− ⊕ h ⊕ n+. I : indexing set for the nodes of the Dynkin diagram of g. {αi | i ∈ I} : the associated simple roots. {ωi | i ∈ I} : the fundamental weights. P+ : the Z+-span of the fundamental weights of g. Q+ : the Z+-span of the simple roots of g. {x± α , hi : α ∈ R+, i ∈ I} a Chevalley basis of g. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 38 / 53
  • 40. Preliminaries: the current algebra The current algebra of g is the vector space g[t] = g ⊗ C[t] with a Lie algebra structure given by [x ⊗ f, y ⊗ g] = [x, y] ⊗ fg for x, y ∈ g and f, g ∈ C[t]. 1 g ⊗ 1 ∼ = g is a subalgebra of g[t] 2 If b is a subalgebra of g, then b[t] = b ⊗ C[t] is naturally a subalgebra of g[t]. In particular, g[t] = n − [t] ⊕ h[t] ⊕ n + [t]. 3 The PBW theorem implies that the multiplication establishes isomorphisms ∼ − + A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 39 / 53
  • 41. Local Weyl module Definition of local Weyl module Given λ = Pr i=1 miωi ∈ P+, the local Weyl module W(λ) is the U(g[t])-module generated by an element vλ with defining relations (for all h ∈ U(h), α ∈ R+, k λ(hα)) n+ [t]vλ = h ⊗ tC[t]vλ = (h − λ(h))vλ = (x− α )(k) vλ = 0. 1 Local Weyl modules are universal finite-dimensional highest weight modules. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 40 / 53
  • 42. Some commuting relations Garland’s formula (Garland ’1978) Let α ∈ R+, a, b ∈ C[t] and `, k, m, n ∈ Z+, ` ≤ k. We have (x+ α ⊗ a)(`) (x− α ⊗ b)(k) =   ∞ X j=0 x− α ⊗ aj bj+1 uj+1   (k−`) k mod U(g[t])U(h ⊗ tC[t])0 ⊕ U(g[t])U(n+[t])0, where the subindex k means the coefficient of uk in the respective series and the nth-power with parenthesis is the nth-divided power of x by x(n) = xn n! . A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 41 / 53
  • 43. ...using these commuting relations “Garland’s formula” applied to a generator of W(λ) Let α ∈ R+ and `, k ∈ Z+ with 0 ≤ ` ≤ k, k λ(hα). We have (x+ α ⊗ t)(`) (x− α ⊗ 1)(k) vλ =   ∞ X j=0 x− α ⊗ tj uj+1   (k−`) k vλ + Tvλ for some T ∈ U(g[t])U(h ⊗ tC[t])0 ⊕ U(g[t])U(n+[t])0. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 42 / 53
  • 44. ...using these commuting relations “Garland’s formula appliedto a generator of W(λ) Let α ∈ R+ and `, k ∈ Z+ with 0 ≤ ` ≤ k, k k λ(hα). We have (x+ α ⊗ t)(`) (x− α ⊗ 1)(k) vλ | {z } =0 = Tvλ |{z} =0 +   ∞ X j=0 x− α ⊗ tj uj+1   (k−`) k vλ= 0 since we have U(g[t])U(h ⊗ tC[t])0vλ = 0 and U(g[t])U(n+[t])0vλ = 0 due to the defining relations of W(λ). Conclusion:   ∞ X j=0 x− α ⊗ tj uj+1   (k−`) k vλ = 0 A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 43 / 53
  • 45. How to get a monomial basis for W(λ)? Let J λ be the ideal of U(n−[t]) generated by the set {Xα(u) (k−`) k |0 ≤ ` ≤ k, λ(hα) k}, where Xα(u) = ∞ X j=0 x− α ⊗ tj uj+1 The map U(n−[t]) → W(λ) sending g to gωλ induces an isomorphism of vector spaces U(g[t])/R ≡ U(n− [t])/J λ ≡ W(λ). A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 44 / 53
  • 46. The case g = sl2 1 I is singleton for sl2. We simplify notation ω := ω1, x± := x± α1 , h := h1, α := α1, X(u) := Xα(u). 2 P+ is in a bijective correspondence with Z+ We denote by m the weigth mω and vm = vmω. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 45 / 53
  • 47. Passing to a polynomial setting C∞ : polynomial ring in infinite many variables. Cm : polynomial ring in finitely many variables. 1 φ : U(n−[t]) → C∞ defined by (x− ⊗ tr)k 7→ xk r for all r, k ∈ Z+ is an isomorphism. 2 Let Jm the ideal in Cm corresponding to Jm. 3 φ and the inclusion Cm ,→ C∞ provide us the isomorphism Cm/Jm ∼ = U(n− [t])/J m ∼ = W(m) CONCLUSION: dim W(m) = dim Cm/Jm. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 46 / 53
  • 48. The main theorem. Theorem - B., Wilson ’2016 The set of leading monomials with respect to lexicographic order of a reduced Gröbner basis Gm of Jm is {x (a0) 0 · · · x (am−r+1) m−r+1 |r ∈ Z≥2, a0 + a1 + · · · + am−r+1 = r, am−r+1 6= 0}. The proof is very combinatorial and use “some group action” with: - Kostka numbers - Jacobi-Trudi determinant formula - Complete (homogeneous) symmetric polynomial Corollary - (Lexicographic basis) – B., Wilson ’2016 {x (a0) 0 · · · x (am−r) m−r |r ∈ Z≥0, a0 + a1 + · · · + am−r = r} is a monomial C-linear basis of Cm Jm . In particular, dim Cm Jm = 2m = dim W(m). A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 47 / 53
  • 49. The main theorem Remarks Chari-Pressley’s construction produces this same basis over C. B.-Wilson’s construction is valid for an arbitrary characteristic base field in the context of hyperalgebras. Corollary - (Reverse Lexicographic basis) – B., Wilson ’2016 Let R1 = {x f0 0 x f1 1 · · · x fm−1 m−1 vm | m−1 X i=0 fi ≤ m 2 , (i − 1)fi + ifi+1 ≤ m − 2 m−1 X j=i fj, for 1 ≤ i ≤ m − 2 and R2 = {x f0 0 x f1 1 · · · x fm−1 m−1 vm | m−1 X i=0 fi = k m 2 and x m−2k+f0 0 x f1 1 · · · x fm−1 m−1 ∈ R1}. The set R = R1 ∪ R2 is a basis for W(m) over C. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 48 / 53
  • 50. The truncated local Weyl module If we consider mutatis mutandis the definition of local Weyl modules W(m) for U(sl2 ⊗ C[t]) replacing C[t] by C[t] htki , we construct the so called k-truncated local Weyl module Wk(m). Theorem – B., Wilson ’2016 Let m, k ∈ Z+. 1 The main theorem of this work with the reverse lexicographical order produces a monomial basis for W(m) which “contains” (in the sense of the monomials) a basis for Wk(m). 2 Write m = nk + j with 0 ≤ j k. Then, dim Wk (m) = (n + 1)k−j .(n + 2)j . A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 49 / 53
  • 51. Explicit example g = sl2 and m = 3. Lexicographic order: W(3) = spanC{v3, x− v3, x− ⊗ tv3, (x− ⊗ t2 )v3, (x− )2 v3, x− (x− ⊗ t)v3, (x− )3 v3, (x− ⊗ t)2 v3} Reverse Lexicographic order: W(3) = = spanC{v3, x− v3, x− ⊗ tv3, (x− ⊗ t2 )v3, (x− )2 v3, x− (x− ⊗ t)v3, (x− )3 v3, x− (x− ⊗ t2 )v3} A truncated basis for k = 2 with the reverse lexicographic order: W2 (3) = spanC{v̇3, x− v̇3, x− ⊗ tv̇3, (x− )2 v̇3, x− (x− ⊗ t)v̇3, (x− )3 v̇3} A “wrong construction of a truncated basis” for k = 2 would be: W2 (3) = spanC{v̇3, x− v̇3, x− ⊗ tv̇3, (x− )2 v̇3, x− (x− ⊗ t)v̇3, (x− )3 v̇3, (x− ⊗ t)2 v̇3} A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 50 / 53
  • 52. Beyond the sl2-case. U(n−[t]) is not commutative !!! We can work on an (almost) polynomial quocient rings by using Shirshov–Gröbner bases in U(n−[t])/Jλ The advantage of the “methods a la Shirshov-Gröbner” is the uniformity and validity for Universal Enveloping algebra and the Basis Theorem. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 51 / 53
  • 53. Obrigado!!! A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 52 / 53
  • 54. Referências Bibliográficas A. Bianchi, T. Macedo, and A. Moura On Demazure and local Weyl modules for affine hyperalgebras, Pacific J. Math. 274 (2015), p. 257–303. V. Chari, G. Fourier, and T. Khandai, A categorical approach to Weyl modules, Transf. Groups 15 (2010), 517–549. V. Chari and A. Pressley, Weyl modules for classical and quantum affine algebras, Represent. Theory 5 (2001), 191–223. Cox, D., Litlle, J., and O’Shea, D., Ideals, Varieties and Algorithms - An Introduction to Computational Geometry and Commutative Algebra, Springer-Verlag, New York-Berlin-Heidelberg, 1996. B. Feigin and S. Loktev,Multi-dimensional Weyl modules and symmetric functions, Comm. Math. Phys. 251 (2004), 427-?445. H. Garland, The arithmetic theory of loop algebras, J. Algebra 53 (1978), 480–551. D. Jakelic and A. Moura, Finite-dimensional representations of hyper loop algebras, Pacific J. Math. 233 (2007), no. 2, 371–402. A. Bianchi (Unifesp) 08/09/2016 53 / 53