O documento descreve vários estilos de dança nordestinos brasileiros, incluindo o bumba-meu-boi, capoeira, frevo, maracatú, reisado, coco, xaxado e forró. Essas danças variam em origem, ritmos musicais, instrumentos usados e movimentos, mas todas são importantes expressões culturais das regiões nordestinas do Brasil.
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Danças Nordestinas - Kellyson Yalan
1. Danças Nordestinas
Em geral, as festas no Brasil se voltam para uma reunião de
pessoas que comemoram um batizado, um casamento, uma data
cívica, ou o dia consagrado a um santo. As datas comemorativas
brasileiras mais esperadas do ano são o Natal, o Carnaval e o São
João.
A seqüência de gestos, passos e movimentos corporais,
acompanhados pelo ritmo musical, que expressam estados
emocionais e situações 'imaginárias' de uma cultura, são
chamados de Dança. É a partir dos costumes populares que se dá
sua origem, seja ela ritual, mágica, religiosa, voltada para a
guerra ou para a arte.
No Brasil, a dança é um dos pontos mais fortes da cultura.
Conhecido por seu povo alegre e entusiasmado, o país possui os
estilos mais variados e significativos, como produto de uma
grande difusão cultural.
2. Bumba-Meu-Boi
O Nordeste é considerado berço das
principais variedades, tais como: boi
calemba, bumba (Recife), boi-de-reis, boi-
bumbá (Maranhão, Pará, Amazonas), Três
pedaços (Porto da Rua, Porto de Pedras) em
Alagoas. A narrativa encenada sobre o boi é
muito semelhante nas diferentes regiões do
país. No Maranhão, o boi é tocado com
pandeirões e roncador (uma cuíca enorme,
de som grave). No sul utiliza-se o acordeão.
Mas um dos mais populares nos últimos
anos é o boi-bumbá no Amazonas. O folclore
caboclo é celebrado nas fantasias dos blocos
de boi-bumbá, versão amazonense muito
popular do bumba-meu-boi.
3. Capoeira
A Capoeira chegou no século XVI ao
Brasil, com os escravos africanos. Sua
prática era aplicada com os pés e a
cabeça para defenderem-se dos
europeus, lutavam com as mãos, tanto
para o ataque quanto para defesa. A
capoeira foi camuflada na forma de
pantomimas mímicas e danças, para
evitar a repressão dos senhores de
escravos e da polícia. Sempre ao som
da música de berimbaus, da boca e das
palmas, sua prática tornou-se popular
em todo o país.
4. Frevo
Essa dança de rua e salão é a maior atração do carnaval pernambucano.
Característica pela marcha de ritmo sincopado, violento e frenético, trata-se
de uma dança coletiva, que se desenvolve em meio à multidão até ferver.
Essa idéia de fervura (que o povo pronuncia frevura, frever) deu origem ao
nome "frevo". O frevo possui um andamento semelhante ao da marchinha
carioca, mais pesada e barulhenta, mas com execução vigorosa e estridente
como a de fanfarra. Seu símbolo é o guarda-chuva, que serve para manter o
equilíbrio dos passistas. O curioso é que a coreografia dessa dança de
multidão é individual. Seus foliões dançam de modos diversos, são raros
aqueles que fazem gestos iguais.
5. Maracatú
O maracatu tem origem africana,
baseado nas cerimônias de coroação dos
reis do Congo. O ritmo é marcado
apenas com percussão, produzindo
aquilo que chamam de "baque virado", o
qual instiga à dança. No início, a tradição
se deu pela necessidade que os chefes
tribais vindos do Congo e Angola tinham
de mostrar sua força e poder, mesmo
com a escravidão. Foi símbolo da
resistência negra no Brasil contra a
dominação portuguesa, passando com o
tempo a ser incorporado à cultura
brasileira. Atualmente o maracatu, entre
outras manifestações populares, fazem
parte do carnaval pernambucano.
6. Reisado
Dança popular profana-religiosa, de origem
portuguesa, com que se festeja a véspera e o Dia
de Reis. No período de 24 de dezembro a 06 de
janeiro, um grupo formado por músicos, cantores e
dançadores vão de porta em porta anunciando a
chegada do Messias e fazendo louvações aos
donos das casas por onde passam e dançam. O
Reisado é de origem portuguesa e instalou-se em
Sergipe no período colonial. Atualmente, é
dançado em qualquer época do ano, os temas de
seu enredo, variam de acordo com o local e a
época em que são encenados, podem ser: amor,
guerra, religião entre outros. O Reisado se compõe
de várias partes e tem diversos personagens como
o rei, o mestre, contramestre, figuras e moleques.
Os instrumentos que acompanham o grupo são
violão, sanfona, ganzá, zabumba, triângulo e
pandeiro.
7. Coco
Dança típica de Alagoas, de origem africana, que se espalhou por
todo o Nordeste recebendo nomes e formas de coreografias
diferentes. A dança é cantada e acompanhada pela batida dos pés
ou pela vibração do patear dos cavalos. O mestre ou o tocador de
coco entoa as cantigas cujo refrão é respondido pelos cantadores.
8. Xaxado
Dança popular do sertão nordestino, cujo nome foi dado devido ao som do ruído
que as sandálias dos cangaceiros faziam ao arrastarem sobre o solo durante as
comemorações celebradas nos momentos de glória do grupo de "Lampião",
considerado entre outras denominações o "Rei do Cangaço". É dançada somente
por homens, razão pela qual nunca se tornou uma dança de salão.
Primeiramente a melodia era apenas cantada e o tempo forte marcado pela
batida de um rifle no chão, as letras eram e continuam satíricas. O grande
divulgador do xaxado foi Luís Gonzaga, que conseguiu que este gênero fosse
tocado nas rádios, televisões e teatros.
9. Forró
O nome forró deriva de forrobodó, "divertimento pagodeiro", segundo o
folclorista Câmara Cascudo. Tanto o pagode (que hoje designa samba) como o
forró são festas que foram transformadas em gêneros musicais.
O forrobodó, "baile ordinário, sem etiqueta", também conhecido por arrasta-pé,
bate-chinela ou fobó, sempre foi movido por vários tipos de música nordestina
(baião, coco, rojão, quadrilha, xaxado, xote) e animado pela pé de bode, a
popular sanfona de oito baixos.
Uma versão fantasiosa chegou a atribuir a origem do forró à deturpação da
pronúncia dos bailes for all (para todos), que no começo do século os
engenheiros ingleses da estrada de ferro Great Western, que servia Pernambuco,
Paraíba e Alagoas, promoviam para os operários nos fins de semana.