SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Sinopse Crítica
Walner Mamede Jr
Autor(es) do texto original
Luciana Mourão
Pedro PM Meneses
Ano
2012
Titulo
Marco Lógico como ferramenta de avaliação
em TD&E (Cap. 2)
Fonte (Livro, revista, jornal)
Medidas de avaliação em TD&E
(ABBAD, Gardênia et al)
Editor(a)
Artmed
Local
POA
Páginas
38-47
Objetivos
- Discutir a relevância do Marco Lógico
- Explicar os usos do Marco Lógico
- Caracterizar o Marco Lógico
- Detalhar o processo de avaliação em TD&E
- Explicar a análise de risco considerando o contexto
Idéias Principais
Há uma diversidade de modelos de avaliação em TD&E e o Marco Lógico é uma ferramenta
eficiente, aplicável a qualquer nível e etapa de análise, deixando claro “o quê”, “quem”, “como”,
“com o quê” e “sob que risco” avaliar. As origens do Marco Lógico assentam-se em uma
agência assistencial estadunidense (United States Agency for International Development-
USAID) nos finais dos anos 70 do séc XX, sendo o método amplamente adotado pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) como exigência àqueles que pleiteassem seu apoio
desde então. É imprescindível a associação do Marco Lógico a um modelo teórico que o
sustente e oriente sua aplicação e a interpretação dos dados e das relações, a fim de que
bem sintetize as informações sobre as estratégias e atividades instrucionais que se pretende
avaliar ou mesmo que possa ser aplicado à etapa de avaliação de necessidades de
treinamento, já no momento do planejamento, o que permite um adequado alinhamento
estratégico das ações de TD&E em todas as suas fases e garante a própria avaliabilidade do
programa. Assim, foge-se da convencional contratação de programas pré-formatados e da
centralização das ações em um ou poucos indivíduos, bem como da redução da avaliação à
mera coleta de dados sobre a reação dos partícipes ao curso. A aplicação do Marco Lógico
exige profundo conhecimento do projeto a se avaliar e do contexto no qual se insere, sendo
estruturado segundo duas lógicas, vertical (finalidade, objetivos, eventos e atividades,
mutuamente dependentes e hierarquicamente organizados) e horizontal (indicadores, meios
de verificação e suposições explicativas e de risco), e em três fases, Análise de
Necessidades (ANT), Planejamento e Execução/Avaliação, com aplicação nos cinco níveis do
Modelo de Hamblin e com indicadores (testes de conhecimento e habilidades, questionários
de reação, medidores de impacto, índices de ocorrências...) específicos para cada nível.
Uma etapa importante na elaboração do Marco Lógico é a identificação das suposições de
risco ao projeto, a fim de se possibilitar a prevenção de danos e a criação de alternativas,
caso os riscos previstos ocorram. Para isso, é necessário que se construa, também, uma
matriz de relevância do risco, na qual se estabeleça uma relação entre possibilidade e
probabilidade de ocorrência do fato previsto, a fim de determinar sua relevância, bem como
a instituição de estratégias alternativas. A relevância de um fato é diretamente proporcional
à sua probabilidade de ocorrência e ao dano potencial. Assim, o Marco Lógico é uma poderosa
ferramenta de controle dos processos, fornecendo informações prévias sobre as variáveis
intervenientes, os fatores controláveis e a possibilidade de avaliação do projeto
(avaliabilidade), por criar condições de identificar, ‘a posteriori’ dados relativos ao seu
desempenho.
De forma geral, a elaboração de um Marco Lógico exige a coleta de informações e dados
documentais (normas, boletins, manuais, comunicados, materiais instrucionais, projeto
pedagógico...), sendo às vezes necessária a coleta de depoimentos (entrevistas, grupos
focais) ou aplicação de questionários (Delphi, Likert e outros), a fim de subsidiar a escrita de
um documento orientador, o qual conterá a identificação e os fundamentos teóricos do
programa, os aspectos históricos, políticos, sociais e econômicos que motivaram o surgimento
do programa, a descrição do contexto atual no qual surgiu o problema que motivou a criação
do programa, a explicitação dos objetivos gerais do programa, a correlação dos objetivos
institucionais com os objetivos do programa e com os objetivos instrucionais, as estratégias
de ação planejadas no sentido de se atingir os objetivos propostos e o método de avaliação
(formativa e somativa) do programa com seus indicadores e meios de coleta e análise dos
dados.
Apesar das vantagens inerentes ao Marco Lógico, algumas limitações se impõem, sendo a
maior delas a necessidade de se elaborar uma matriz para cada programa de capacitação
existente, pois ele desconsidera as relações existentes entre ações diferentes, ainda que
com mesma finalidade. Outra limitação é a necessidade de elaborar mais de uma matriz
quando se tratar de programas complexos e amplos que possuem mais de uma finalidade,
sendo uma por finalidade.
Considerações
A partir do texto lido, buscando aporte em outras literaturas, poderíamos estruturar uma
matriz lógica geral da seguinte forma:
CONTEXTO PROBLEMA
PROPÓSITO
ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
RESULTADOS
Planejament
o
ANT
Finalidad
e
Objetivos
II
Objetivos
I
Eventos
Atividade
s
ANT
Indicador
es
Indicador
es
Indicadore
s
Indicadore
s
Avaliação
MeiosMeios
Somativa Formativa
Suposiçõ
es
Meios Meios
Na estrutura sugerida, os “Objetivos I” referem-se a objetivos ou metas de ensino, ou seja,
àquilo que os idealizadores pretendem realizar, estando relacionado com verbos que indicam
as intenções do programa quanto aos seus produtos e ações (conscientizar, sensibilizar,
provocar, mediar, apresentar, demonstrar, possibilitar, garantir, orientar, produzir, etc). Os
resultados de tais objetivos sobre o aprendiz são, muitas vezes, de difícil aferição e podem
estar comprometidos com sua formação ética, política e filosófica. Os “Objetivos II”
referem-se a objetivos de aprendizagem, ou seja, àquilo que o programa espera que seja
aprendido pelos partícipes e se manifeste como competência futura, estando relacionado com
verbos que indicam uma ação observável e mensurável no aprendiz (que será capaz de
executar, produzir, solucionar, comparar, relacionar, apresentar, caracterizar, demonstrar,
identificar, discutir, descrever, justificar, analisar, modificar, responder, etc.). Deve-se ter
claro que os verbos por si não são preditivos do tipo de objetivo, sendo necessário analisá-los
à luz do contexto em que foram utilizados.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Marco lógico como ferramenta de avaliação

BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...
BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...
BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...Bruno Martins Soares
 
Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...
Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...
Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...Cleide Magáli dos Santos
 
Utilização de mapas conceituais para elaboração de conteúdo da disciplina de ...
Utilização de mapas conceituais para elaboração de conteúdo da disciplina de ...Utilização de mapas conceituais para elaboração de conteúdo da disciplina de ...
Utilização de mapas conceituais para elaboração de conteúdo da disciplina de ...Moacyr Machado Cardoso Junior, PhD
 
Atps a2 2015_2_sso8_monitoramento_avaliacao_servico_social
Atps a2 2015_2_sso8_monitoramento_avaliacao_servico_socialAtps a2 2015_2_sso8_monitoramento_avaliacao_servico_social
Atps a2 2015_2_sso8_monitoramento_avaliacao_servico_socialivlux
 
Elaboração de projetos sociais metodologia atividades
Elaboração de projetos sociais metodologia atividadesElaboração de projetos sociais metodologia atividades
Elaboração de projetos sociais metodologia atividadesJosé Adriano M C Marinho
 
Aula 4-Projeto intervenção e suas etapas (CEEPIS Curso elaboração de projeto ...
Aula 4-Projeto intervenção e suas etapas (CEEPIS Curso elaboração de projeto ...Aula 4-Projeto intervenção e suas etapas (CEEPIS Curso elaboração de projeto ...
Aula 4-Projeto intervenção e suas etapas (CEEPIS Curso elaboração de projeto ...Cleide Magáli dos Santos
 
Atps processos gerenciais
Atps processos gerenciaisAtps processos gerenciais
Atps processos gerenciaisPriscila Nunes
 
Sessão4 guia oper-i_5_nov2010
Sessão4 guia oper-i_5_nov2010Sessão4 guia oper-i_5_nov2010
Sessão4 guia oper-i_5_nov2010gigilu
 
Projetos sociais como escrever
Projetos sociais   como escreverProjetos sociais   como escrever
Projetos sociais como escreverEliana Reis
 
Sintese4 Metodologias Operacionalizacao Parte I Drealg T2 Dez09
Sintese4  Metodologias Operacionalizacao Parte I Drealg T2 Dez09Sintese4  Metodologias Operacionalizacao Parte I Drealg T2 Dez09
Sintese4 Metodologias Operacionalizacao Parte I Drealg T2 Dez09Ana Cristina Matias
 
Definição de objetivos e estratégias comunicacionais
Definição de objetivos e estratégias comunicacionais Definição de objetivos e estratégias comunicacionais
Definição de objetivos e estratégias comunicacionais Marcelia Lupetti
 
TR04_G02_Ana Flávia Camboim
TR04_G02_Ana Flávia CamboimTR04_G02_Ana Flávia Camboim
TR04_G02_Ana Flávia CamboimAna Flávia Luna
 
Oficina Femama - Valinhos
Oficina Femama - Valinhos Oficina Femama - Valinhos
Oficina Femama - Valinhos contatofemama
 
UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...
UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...
UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...TelEduc
 
Gerência de Riscos Para certificação MPS-BR
Gerência de Riscos Para certificação MPS-BRGerência de Riscos Para certificação MPS-BR
Gerência de Riscos Para certificação MPS-BRelliando dias
 

Semelhante a Marco lógico como ferramenta de avaliação (20)

BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...
BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...
BUVINICH, Manuel Rojas. Ferramentas para avaliacao monitoramento de programas...
 
Mini curso aula 01
Mini curso aula 01Mini curso aula 01
Mini curso aula 01
 
Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...
Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...
Aula ¨6 -Avaliação em Projetos de Intervenção (CEEPIS Curso de elaboração de ...
 
Utilização de mapas conceituais para elaboração de conteúdo da disciplina de ...
Utilização de mapas conceituais para elaboração de conteúdo da disciplina de ...Utilização de mapas conceituais para elaboração de conteúdo da disciplina de ...
Utilização de mapas conceituais para elaboração de conteúdo da disciplina de ...
 
Atps a2 2015_2_sso8_monitoramento_avaliacao_servico_social
Atps a2 2015_2_sso8_monitoramento_avaliacao_servico_socialAtps a2 2015_2_sso8_monitoramento_avaliacao_servico_social
Atps a2 2015_2_sso8_monitoramento_avaliacao_servico_social
 
Elaboração de projetos sociais metodologia atividades
Elaboração de projetos sociais metodologia atividadesElaboração de projetos sociais metodologia atividades
Elaboração de projetos sociais metodologia atividades
 
Aula 4-Projeto intervenção e suas etapas (CEEPIS Curso elaboração de projeto ...
Aula 4-Projeto intervenção e suas etapas (CEEPIS Curso elaboração de projeto ...Aula 4-Projeto intervenção e suas etapas (CEEPIS Curso elaboração de projeto ...
Aula 4-Projeto intervenção e suas etapas (CEEPIS Curso elaboração de projeto ...
 
Atps processos gerenciais
Atps processos gerenciaisAtps processos gerenciais
Atps processos gerenciais
 
Sessão4 guia oper-i_5_nov2010
Sessão4 guia oper-i_5_nov2010Sessão4 guia oper-i_5_nov2010
Sessão4 guia oper-i_5_nov2010
 
Orientação de projetos
Orientação de projetosOrientação de projetos
Orientação de projetos
 
Projetos sociais como escrever
Projetos sociais   como escreverProjetos sociais   como escrever
Projetos sociais como escrever
 
Sintese4 Metodologias Operacionalizacao Parte I Drealg T2 Dez09
Sintese4  Metodologias Operacionalizacao Parte I Drealg T2 Dez09Sintese4  Metodologias Operacionalizacao Parte I Drealg T2 Dez09
Sintese4 Metodologias Operacionalizacao Parte I Drealg T2 Dez09
 
Definição de objetivos e estratégias comunicacionais
Definição de objetivos e estratégias comunicacionais Definição de objetivos e estratégias comunicacionais
Definição de objetivos e estratégias comunicacionais
 
TR04_G02_Ana Flávia Camboim
TR04_G02_Ana Flávia CamboimTR04_G02_Ana Flávia Camboim
TR04_G02_Ana Flávia Camboim
 
Oficina Femama - Valinhos
Oficina Femama - Valinhos Oficina Femama - Valinhos
Oficina Femama - Valinhos
 
UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...
UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...
UM MODELO DE SUPORTE À AVALIAÇÃO FORMATIVA PARA AMBIENTES DE EDUCAÇÃO A DISTÂ...
 
Guia oper i-5_nov2010
Guia oper i-5_nov2010Guia oper i-5_nov2010
Guia oper i-5_nov2010
 
Aula 13 maia
Aula 13   maiaAula 13   maia
Aula 13 maia
 
Gerência de Riscos Para certificação MPS-BR
Gerência de Riscos Para certificação MPS-BRGerência de Riscos Para certificação MPS-BR
Gerência de Riscos Para certificação MPS-BR
 
Foresight Lab Report
Foresight Lab ReportForesight Lab Report
Foresight Lab Report
 

Mais de Walner Mamede

Impacto em amplitude
Impacto em amplitudeImpacto em amplitude
Impacto em amplitudeWalner Mamede
 
Transferência de treinamento
Transferência de treinamentoTransferência de treinamento
Transferência de treinamentoWalner Mamede
 
Construção de medidas em TD&E
Construção de medidas em TD&EConstrução de medidas em TD&E
Construção de medidas em TD&EWalner Mamede
 
Colóquio sobre educação, modernidade e pós-modernidade
Colóquio sobre educação, modernidade e pós-modernidadeColóquio sobre educação, modernidade e pós-modernidade
Colóquio sobre educação, modernidade e pós-modernidadeWalner Mamede
 
Bases conceituais em treinamento, desenvolvimento e educação resenha
Bases conceituais em treinamento, desenvolvimento e educação resenhaBases conceituais em treinamento, desenvolvimento e educação resenha
Bases conceituais em treinamento, desenvolvimento e educação resenhaWalner Mamede
 
Caracterização das tendências pedagógicas
Caracterização das tendências pedagógicasCaracterização das tendências pedagógicas
Caracterização das tendências pedagógicasWalner Mamede
 
O Anticristo_Friedrich Nietzsche
O Anticristo_Friedrich NietzscheO Anticristo_Friedrich Nietzsche
O Anticristo_Friedrich NietzscheWalner Mamede
 
A expropriação da saude_Ivan Illich
A expropriação da saude_Ivan IllichA expropriação da saude_Ivan Illich
A expropriação da saude_Ivan IllichWalner Mamede
 
Aprendizagem de habilidades motoras (sinopse crítica)
Aprendizagem de habilidades motoras (sinopse crítica)Aprendizagem de habilidades motoras (sinopse crítica)
Aprendizagem de habilidades motoras (sinopse crítica)Walner Mamede
 
Aprendizagem em organizações (sinopse critica)
Aprendizagem em organizações (sinopse critica)Aprendizagem em organizações (sinopse critica)
Aprendizagem em organizações (sinopse critica)Walner Mamede
 
Considerações sobre o positivismo
Considerações sobre o positivismoConsiderações sobre o positivismo
Considerações sobre o positivismoWalner Mamede
 

Mais de Walner Mamede (12)

Impacto em amplitude
Impacto em amplitudeImpacto em amplitude
Impacto em amplitude
 
Transferência de treinamento
Transferência de treinamentoTransferência de treinamento
Transferência de treinamento
 
Construção de medidas em TD&E
Construção de medidas em TD&EConstrução de medidas em TD&E
Construção de medidas em TD&E
 
Colóquio sobre educação, modernidade e pós-modernidade
Colóquio sobre educação, modernidade e pós-modernidadeColóquio sobre educação, modernidade e pós-modernidade
Colóquio sobre educação, modernidade e pós-modernidade
 
Bases conceituais em treinamento, desenvolvimento e educação resenha
Bases conceituais em treinamento, desenvolvimento e educação resenhaBases conceituais em treinamento, desenvolvimento e educação resenha
Bases conceituais em treinamento, desenvolvimento e educação resenha
 
Caracterização das tendências pedagógicas
Caracterização das tendências pedagógicasCaracterização das tendências pedagógicas
Caracterização das tendências pedagógicas
 
O Anticristo_Friedrich Nietzsche
O Anticristo_Friedrich NietzscheO Anticristo_Friedrich Nietzsche
O Anticristo_Friedrich Nietzsche
 
A expropriação da saude_Ivan Illich
A expropriação da saude_Ivan IllichA expropriação da saude_Ivan Illich
A expropriação da saude_Ivan Illich
 
Aprendizagem de habilidades motoras (sinopse crítica)
Aprendizagem de habilidades motoras (sinopse crítica)Aprendizagem de habilidades motoras (sinopse crítica)
Aprendizagem de habilidades motoras (sinopse crítica)
 
Estudando a MPB
Estudando a MPBEstudando a MPB
Estudando a MPB
 
Aprendizagem em organizações (sinopse critica)
Aprendizagem em organizações (sinopse critica)Aprendizagem em organizações (sinopse critica)
Aprendizagem em organizações (sinopse critica)
 
Considerações sobre o positivismo
Considerações sobre o positivismoConsiderações sobre o positivismo
Considerações sobre o positivismo
 

Último

Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 

Último (20)

Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 

Marco lógico como ferramenta de avaliação

  • 1. Sinopse Crítica Walner Mamede Jr Autor(es) do texto original Luciana Mourão Pedro PM Meneses Ano 2012 Titulo Marco Lógico como ferramenta de avaliação em TD&E (Cap. 2) Fonte (Livro, revista, jornal) Medidas de avaliação em TD&E (ABBAD, Gardênia et al) Editor(a) Artmed Local POA Páginas 38-47 Objetivos - Discutir a relevância do Marco Lógico - Explicar os usos do Marco Lógico - Caracterizar o Marco Lógico - Detalhar o processo de avaliação em TD&E - Explicar a análise de risco considerando o contexto Idéias Principais Há uma diversidade de modelos de avaliação em TD&E e o Marco Lógico é uma ferramenta eficiente, aplicável a qualquer nível e etapa de análise, deixando claro “o quê”, “quem”, “como”, “com o quê” e “sob que risco” avaliar. As origens do Marco Lógico assentam-se em uma agência assistencial estadunidense (United States Agency for International Development- USAID) nos finais dos anos 70 do séc XX, sendo o método amplamente adotado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como exigência àqueles que pleiteassem seu apoio desde então. É imprescindível a associação do Marco Lógico a um modelo teórico que o sustente e oriente sua aplicação e a interpretação dos dados e das relações, a fim de que bem sintetize as informações sobre as estratégias e atividades instrucionais que se pretende avaliar ou mesmo que possa ser aplicado à etapa de avaliação de necessidades de treinamento, já no momento do planejamento, o que permite um adequado alinhamento estratégico das ações de TD&E em todas as suas fases e garante a própria avaliabilidade do programa. Assim, foge-se da convencional contratação de programas pré-formatados e da centralização das ações em um ou poucos indivíduos, bem como da redução da avaliação à mera coleta de dados sobre a reação dos partícipes ao curso. A aplicação do Marco Lógico exige profundo conhecimento do projeto a se avaliar e do contexto no qual se insere, sendo estruturado segundo duas lógicas, vertical (finalidade, objetivos, eventos e atividades, mutuamente dependentes e hierarquicamente organizados) e horizontal (indicadores, meios de verificação e suposições explicativas e de risco), e em três fases, Análise de Necessidades (ANT), Planejamento e Execução/Avaliação, com aplicação nos cinco níveis do Modelo de Hamblin e com indicadores (testes de conhecimento e habilidades, questionários de reação, medidores de impacto, índices de ocorrências...) específicos para cada nível. Uma etapa importante na elaboração do Marco Lógico é a identificação das suposições de risco ao projeto, a fim de se possibilitar a prevenção de danos e a criação de alternativas, caso os riscos previstos ocorram. Para isso, é necessário que se construa, também, uma matriz de relevância do risco, na qual se estabeleça uma relação entre possibilidade e probabilidade de ocorrência do fato previsto, a fim de determinar sua relevância, bem como
  • 2. a instituição de estratégias alternativas. A relevância de um fato é diretamente proporcional à sua probabilidade de ocorrência e ao dano potencial. Assim, o Marco Lógico é uma poderosa ferramenta de controle dos processos, fornecendo informações prévias sobre as variáveis intervenientes, os fatores controláveis e a possibilidade de avaliação do projeto (avaliabilidade), por criar condições de identificar, ‘a posteriori’ dados relativos ao seu desempenho. De forma geral, a elaboração de um Marco Lógico exige a coleta de informações e dados documentais (normas, boletins, manuais, comunicados, materiais instrucionais, projeto pedagógico...), sendo às vezes necessária a coleta de depoimentos (entrevistas, grupos focais) ou aplicação de questionários (Delphi, Likert e outros), a fim de subsidiar a escrita de um documento orientador, o qual conterá a identificação e os fundamentos teóricos do programa, os aspectos históricos, políticos, sociais e econômicos que motivaram o surgimento do programa, a descrição do contexto atual no qual surgiu o problema que motivou a criação do programa, a explicitação dos objetivos gerais do programa, a correlação dos objetivos institucionais com os objetivos do programa e com os objetivos instrucionais, as estratégias de ação planejadas no sentido de se atingir os objetivos propostos e o método de avaliação (formativa e somativa) do programa com seus indicadores e meios de coleta e análise dos dados. Apesar das vantagens inerentes ao Marco Lógico, algumas limitações se impõem, sendo a maior delas a necessidade de se elaborar uma matriz para cada programa de capacitação existente, pois ele desconsidera as relações existentes entre ações diferentes, ainda que com mesma finalidade. Outra limitação é a necessidade de elaborar mais de uma matriz quando se tratar de programas complexos e amplos que possuem mais de uma finalidade, sendo uma por finalidade. Considerações A partir do texto lido, buscando aporte em outras literaturas, poderíamos estruturar uma matriz lógica geral da seguinte forma: CONTEXTO PROBLEMA PROPÓSITO ESTRATÉGIAS DE AÇÃO RESULTADOS Planejament o ANT Finalidad e Objetivos II Objetivos I Eventos Atividade s ANT Indicador es Indicador es Indicadore s Indicadore s Avaliação MeiosMeios Somativa Formativa Suposiçõ es Meios Meios
  • 3. Na estrutura sugerida, os “Objetivos I” referem-se a objetivos ou metas de ensino, ou seja, àquilo que os idealizadores pretendem realizar, estando relacionado com verbos que indicam as intenções do programa quanto aos seus produtos e ações (conscientizar, sensibilizar, provocar, mediar, apresentar, demonstrar, possibilitar, garantir, orientar, produzir, etc). Os resultados de tais objetivos sobre o aprendiz são, muitas vezes, de difícil aferição e podem estar comprometidos com sua formação ética, política e filosófica. Os “Objetivos II” referem-se a objetivos de aprendizagem, ou seja, àquilo que o programa espera que seja aprendido pelos partícipes e se manifeste como competência futura, estando relacionado com verbos que indicam uma ação observável e mensurável no aprendiz (que será capaz de executar, produzir, solucionar, comparar, relacionar, apresentar, caracterizar, demonstrar, identificar, discutir, descrever, justificar, analisar, modificar, responder, etc.). Deve-se ter claro que os verbos por si não são preditivos do tipo de objetivo, sendo necessário analisá-los à luz do contexto em que foram utilizados.