1. Romantismo no Brasil
“O que de mais alto recebemos de Deus e da
natureza é a vida, o movimento de rotação em
torno de si mesmo, o qual não conhece repouso,
nem descanso.”
Johann Wolfgang Von Goethe
Poesia e Prosa
2. Características da Literatura
Romântica
A natureza como expressão
do eu – a natureza no
arcadismo funcionava apenas
como cenário, já no
Romantismo a natureza reflete
e revela o interior do eu ( que
escreve) ou das personagens;
A religiosidade – A valorização
da espiritualidade, a
religiosidade cristã, o gosto
pelo sobrenatural são
recorrentes nessa estética; O poeta Goethe na Itália -
Tischbein, Johann Heinrich Wi
3. A idealização do amor – o
amor é tema central de
quase todas as obras do
Romantismo;
A figura feminina – mulher
idealizada “anjo” ou mulher
“demônio” ( aquela que
arrasta o homem à perdição);
O herói romântico – Um ser
em permanente conflito com a
sociedade que o oprime ou
um ser idealizado por seus
feitos, como o cavaleiro
medieval;
4. O Mal-do-Século – estado
de espírito depressivo, que
leva ao tédio, à melancolia,
ao pessimismo e ao desejo
de morte;
Obs.: Os sofrimentos do jovem
Werther, do escritor alemão
Goethe, fez tanto sucesso entre
os jovens europeus, que em todo
o continente, ocorreu um surto
de suicídios. Em Portugal, o
triste fenômeno levou cem anos
para ser vencido, graças ao pacto
de silêncio feito pela imprensa
(que parou de noticiar os casos
de suicídio).
5. Escapismo e Nacionalismo – a fuga da
realidade foi uma constante no
romantismo. Da volta ao passado
histórico resultou o nacionalismo:
exaltação da nação como um todo, das
personalidades históricas, das tradições
populares, da natureza.
6. Contexto Histórico
Escravidão.
Forte sentimento nacionalista – que
coincidiu com a independência do Brasil
– Principal fato político do século XIX.
Nascimento da burguesia entre nós.
7. A Poesia Romântica
Obra que deu início ao Romantismo no Brasil –
Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de
Magalhães (1836).
Fases:
1ª Fase - Saudosismo, nacionalismo e indianismo
(valorização das próprias raízes e da pátria) – Principal
representante: Gonçalves Dias.
2ª Fase: Mal-do-Século ou ultrarromântismo – pessimismo,
desejo de morte, solidão religiosidade. Principal
representante: Álvares de Azevedo.
3ª Fase: Condoreira - Poesia social. Principal
representante: Castro Alves – O poeta dos escravos.
8. Byron, O ídolo dos
Românticos
O poeta George Gordon Byron
(1788-1824), conhecido como Lord Byron,
levou a vida como bem quis: livre e sem
preconceitos. Sua obra inspirou toda uma
geração de românticos.
9. Prosa
O primeiro romance brasileiro –
O filho do pescador, de Teixeira
e Souza – foi publicado em
1843, entretanto não conquistou
muita popularidade, pois
apresentava uma trama bastante
confusa. Foi com A Moreninha
(1844), de Joaquim Manuel de
Macedo, que surgiu o verdadeiro
romance romântico brasileiro.
10. A prosa está compreendida em
quatro categorias:
Prosa social-urbana – ambientada nas cidades;
Prosa histórica;
Prosa Indianista (que também é histórica) – tem
como protagonista o índio – focalizado também,
como na poesia, em uma perspectiva heróica;
Prosa Regionalista – necessidade de valorizar
culturalmente todo os espaços do Brasil.
11. José de Alencar
Mais que um escritor romântico, José de Alencar
tentou construir as bases de uma literatura tipicamente
brasileira. Com longas metáforas e seu modo de
escrever peculiar, Alencar critica o Rio de Janeiro
imperial e os costumes da sociedade brasileira. Suas
críticas à sociedade da segunda metade do século XIX
renderam ao autor diversas críticas negativas na
época.
12. Joaquim Manuel
de Macedo
24/06/1820, Itaboraí (RJ)
11/4/1882, Rio de Janeiro (RJ)
Entrou para a história da literatura brasileira com o romance “a
Moreninha”.
Apesar de formar-se em medicina, parece que não tinha vocação
para a ciência médica e nem chegou a exercer a profissão. Mesmo
por que, o ano de sua formatura, 1844, é o mesmo da publicação
de "A Moreninha", escrito em um mês, durante suas férias
acadêmicas, e cujo sucesso imediato abriu-lhe amplas perspectivas
para a carreira de romancista.
13. Manuel Antônio de Almeida
De junho de 1852 a julho de 1853 publicou,
anonimamente, os folhetins que compõem
as "Memórias de um Sargento de Milícias",
reunidas em livro entre 1854-55, em dois
volumes, com o pseudônimo de "Um
Brasileiro". Na 3ª edição, em 1863 - já
póstuma - apareceu seu nome verdadeiro.
Seu romance fez sucesso pelo humor
imparcial e amoral, o estilo coloquial e,
principalmente, por seu grande talento
como narrador.
14. Bernardo Guimarães
15/8/1825, Ouro Preto (MG) 10/3/1884, Ouro Preto (MG).
Em 1875, publicou o romance que melhor
o situaria na campanha abolicionista e viria
a ser a mais popular das suas obras:
"A escrava Isaura". Capa da edição
francesa
Vale ressaltar que – apesar de todas as críticas literárias
com relação à obra- a vitalidade de sua narrativa, o
torna um sucesso, já duas vezes adaptado para as
novelas de televisão. Uma delas, exibida em vários
países do mundo, fez tamanho sucesso na China, que
tornou a atriz Lucélia Santos (que fez o papel de Isaura)
uma celebridade naquele país.