3.
“Este é um século democrático; tudo o que se fizer há
de ser pelo povo e com o povo...ou não se faz. Os
príncipes deixaram de ser, nem podem ser,
Augustos. Os poetas fizeram-se cidadãos, tomaram
parte na coisa pública como sua [...]” Almeida Garret
Século XVIII – Século das Luzes
4.
Da Revolução Industrial (VXIII) – I Guerra Mundial
(1924);
Ascenção da Burguesia: individualismo,
nacionalismo e liberdade formal e temática;
Liberalismo europeu;
Processos de Independência nas Américas;
Contexto ideológico
5.
NEOCLASSICISMO ROMANTISMO
Aristocracia Burguesia
Antropocentrismo Egocentrismo
Modelo clássico Sem modelos
Geral, universal Particular
Impessoal, objetivo Subjetivo
Antiguidade Clássica Idade Média
Paganismo Cristianismo
Razão Sensibilidade
Elitização Motivos populares e burgueses
Disciplina Libertação
Imagem racional do amor e da
mulher
Imagem subjetiva do amor e da
mulher
Formas poéticas fixas Formas livres
6.
Ideal – Antero de Quental
Aquela, que eu adoro, não é feita
De lírios nem de rosas purpurinas,
Não tem as formas languidas, divinas
Da antiga Vénus de cintura estreita...
Não é a Circe, cuja mão suspeita
Compõe filtros mortaes entre ruinas,
Nem a Amazona, que se agarra ás crinas
D'um corcel e combate satisfeita...
A mim mesmo pergunto, e não atino
Com o nome que dê a essa visão,
Que ora amostra ora esconde o meu destino...
É como uma miragem, que entrevejo,
Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpável do Desejo...
7.
Os poetas neoclássicos imitavam os autores antigos. Que
imagens o eu-lírico recusa para representar a mulher
amada?
Classicismo: representação da Mulher = ideal abstrato de
perfeição (mitologia);
Romantismo: representação da mulher = emoção e
imaginação.
Para pensarmos...
8.
Verdadeiro início de uma literatura de caráter
genuinamente nacional;
1808 vinda da Família Real, fugitiva da invasão
napoleônica;
Autoafirmação da Pátria, após a Independência
(1822).
Brasil
9.
Exaltação da natureza; criação do herói nacional
(índio); sentimentalismo e religiosidade;
Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães.
1. Geração Nacionalista ou Indianista
10.
Influência de Lord Byron – byroniana;
Ultrarromantismo;
Egocentrismo, negativismo boêmio, pessimismo;
Fuga da realidade, idealização da infância, exaltação
da morte;
Ávares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes
Varela e Junqueira Freire.
2. Geração “mal do século”
11.
Influência de Victor Hugo – hugoana; eloquência e
luta de classes
Poesia social e libertária; o condor é a ave que voa
alto e livre, a poesia que é voltada para o receptor,
função apelativa.
Poesia lírico-amorosa; aponta experiência amorosa
em sua plenitude sentimental e carnal (mulher
menos idealizada e mais sensual).
Castro Alves e Sousândrade;
3. Geração Condoeira
12.
O Romantismo, na prosa brasileira, destacou o
nacionalismo literário – consistiu em escrever sobre
coisas locais (lugares, cenas, fatos e costumes),
ampliando a visão sobre a terra e sobre o brasileiro.
Predomínio do enredo e de personagens tipos.
Primeiro romance O filho do pescador, de Teixeira
Sousa (1843);
Joaquim Manoel de Macedo – A moreninha (1844),
utilizou um esquema que agradou e assim atingiu
grande sucesso;
A prosa de ficção
13.
José de Alencar – o grande nome da prosa do
Romantismo brasileiro, teve seus romances, mostra
aplo painel que permite uma visão panorâmica da
terra, do povo, da história e da cultura, podem ser
classificados e divididos em:
Romance indianista: Iracema, O Guarani, Ubirajara.
Romance histórico: As minas de prata, A guerra dos
mascates, O Garatuja, Alfarrábios.
Romance regionalista: O Tronco do Ipê, O Gaúcho, O
Sertanejo, Til.
Romance urbano: Cinco Minutos, A viuvinha, Lucíola,
Diva, A Pata da Gazela, Sonhos d΄Ouro, Senhora,
Encarnação.
14. Manuel Antonio de Almeida(1831/1861) – a exceção
O livro foi escrito sob pseudônimo “Um brasileiro” – é considerado exceção a todas as características
dos romances do Romantismo, pois não apresenta idealizações e menos um herói. Apresenta as
camadas inferiores da sociedade, tipos populares com humor.
15. ROMANCE DE FOLHETIM
“Estas histórias de leitura rápida eram publicadas todos os
dias nos jornais em espaços determinados e destinados ao
entretenimento, era o Folhetim, gênero importado da
França, e que com o gradual desenvolvimento das cidades,
em especial o Rio de Janeiro, ocasionou a criação de
inúmeros jornais diários, encontrou amplo espaço de
publicação na capital do Império, e no interior do país.
A leitura das publicações de romances de folhetim e muitos
outros costumes influenciaram de uma maneira marcante a
formação da identidade nacional brasileira, que assimilava
os modelos europeus e os adaptava ao nosso cotidiano, em
um momento de construção do estilo de vida que estava
sendo adotado pelo povo brasileiro.” (BRAGA; REIS)
16.
Bernardo Guimarães(1825/1884): admirado em seu
tempo, criticado pelos estudiosos atuais. Suas obras
mais importantes: Oseminarista (considerada sua
melhor obra), A escrava Isaura (sua obra mais
popular).
Visconde de Taunay(1843/1899): autor que escreveu
mais de cinquenta livros, no entanto ficou conhecido
apenas por dois títulos: A retirada da Laguna e
Inocência.
O romance regionalista
ou sertanejo
17.
João Batista de Almeida Garret (1799/1854): introdutor da poesia romântica e
iniciador do teatro nacional português. Com uma atribulada vida sentimental,
retratou-a ora em um trecho de poema, ora em uma cena dramática. Obras: Flores sem
fruto e Folhas Caídas.
Alexandre Herculano (1810/1877): participou ativamente das lutas liberais ao lado
de Almeida Garret, foi exilado e quando retorna a Portugal publica suas primeiras
narrativas históricas, assim consolida o Romantismo no país. Obra: Eurico, o
presbítero.
Camilo Castelo Branco (1825/1890): consolidou a novela passional, que promovia o
amor à categoria do sagrado. Há uma randeza trágica de paixões e de situações
(personagens penitentes ao amor). Obra: Amor de perdição.
O Romantismo em Portugal