Neste documento, a autora Nelly Novaes Coelho discute a literatura infantil e juvenil no Brasil como um campo de conhecimento. Ela analisa os pioneiros que escreveram teorias sobre o assunto e propõe novas abordagens. Coelho também reflete sobre como a literatura infantil pode ser usada para formar leitores e discute questões como seu papel educacional versus de entretenimento.
1. “A constituição da Literatura
Infantil e Juvenil como Gênero
literário e como campo de
conhecimento no Brasil”
2. Vimos nos textos estudados
anteriormente como começou, e vinha se
constituindo como campo específico no
Brasil a literatura infantil e juvenil.
Lourenço Filho foi pioneiro em escrever uma
teoria em que apontasse a importância e os
problemas desse campo. A sugerir estudos e
denunciar a qualidade da produção.
Cecília Meirelles abordou problemas como a
própria conceituação do livro infantil, obras
não destinadas às crianças e que foram lidas
por elas, a fragmentação da obra literária para
fins didáticos e outros.
3. Leonardo Arroyo escreveu a primeira teoria
sobre o gênero. “Que ainda não existia
concretamente”.
Influenciou outros pesquisadores.
5. Na obra A Literatura Infantil: história,
teoria, análise de Nelly Novaes Coelho.
A autora discorre de forma ampla sobre o campo
de conhecimento literatura infantil e juvenil.
Mostrando possíveis abordagens, leituras ou
análises.
E também a necessidade de reflexão e críticas
acerca dos problemas causados pela arte
literária produzida até o momento (1981).
Em sua abordagem mostrou outro ponto de vista e
que outros pesquisadores ainda não tinham
estudado.
Como professora escritora, uniu bem a literatura
ao ensino e traçou uma metodologia
esclarecedora. O livro já foi atualizado e agora
tem como título Literatura Infantil Teoria –
Análise - Didática.
6. LITERATURA INFANTIL: PROBLEMAS
DE CONCEITUAÇÃO
O livro foi produzido no início da década
de 80. Momento em que surgia a
tecnologia eletrônica e científica: vídeo
games, laser nas danceterias, criação da
MTV maior emissora de música no mundo,
fundação da TVS (SBT), domínio do
espaço planetário e outros.
7. Período pós moderno, em que o mundo
estava passando por transformações e o
povo experimentando-as. Influenciado por
países com sociedades mais avançada. O
Brasil vivia um desequilíbrio social.
Exigindo urgência em estudar e refletir
sobre a educação e o ensino.
Aonde todas, (Coelho) as experiências,
debates, propostas para reformas
educacionais vinha se multiplicando e o
mais polêmico eram nas áreas da
Literatura Infantil e na do ensino da Língua.
8. Coelho, defende a literatura infantil como agente
formador em que o professor deve estar
“antenado” com as mudanças do momento
devendo reorganizar seu conhecimento
de mundo.
Orientado em três direções: da Literatura, da
Realidade Social e da Docência.
Ela observa que no século XX, no campo da
literatura estava sendo “semeados” valores, que
iria integrar a nova mentalidade futura, resultante
do confronto do “valores tradicionais” do século
XIX, com os “valores novos” e que ainda não
tinham sido ponderados em sistema. Mas, que
determinam à especialidade da literatura.
9. A NATUREZA DA
LITERATURA INFANTIL
Quanto à natureza da literatura infantil, Coelho
(1987), afirma que a Literatura Infantil é antes de
tudo arte resultante da criatividade que
representa o Mundo, o Homem, a Vida, através
da palavra. Unindo os sonhos e a vida prática; a
imaginação e a realidade; os desejos e sua
possível/impossível realização...
A essência da literatura para o adulto e para a
criança é a mesma o que a diferencia é a
natureza do seu leitor/receptor: a própria
criança.
10. Ao escrever o livro demonstra
preocupação com: a “...iniciação lúdica
do pré leitor no mundo da literatura...”
(Coelho. 1987.pg. 12).
Em sua opinião a formação do mesmo
deve começar cedo, e prosseguir de
maneira gradativa sendo aprofundada,
até o final dos estudos na escola.
Baseando-se na psicologia experimental
sugere a adequação dos textos as
várias “faixas etárias” do
desenvolvimento da criança.
11. Por isso ela viu a necessidade de uma
formação educativa em decorrência dos
problemas existentes no Brasil com
relação a criança e seu contato com os
livros.
Em que acredita ser um processo de
evolução, a médio e longo prazo.
No texto propõe um roteiro de temas para
reflexão e estudo.
Considerando a literatura como um triplo
fenômeno de criação, produção e de
matéria para leitura, prazer e estudo.
12. O POPULAR E O
INFANTIL
Identificam-se devido os sentimentos,
emoções e a consciência primária, porque
tanto o povo quanto a criança vivenciam
apenas o presente. Os valores são abstratos
e a forma para transmiti-los manifestou e
manifesta pela linguagem poética.
O que eterniza e faz permanente a literatura é a
linguagem simbólica a qual representa os
sentimentos humanos.
13. LITERATURA INFANTIL:
ARTE LITERÁRIA OU
PEDAGÓGICA?
Coelho apresenta o primeiro problema da
literatura infantil.
E questiona sua finalidade destinada aos
pequenos, Instruir? Ou Divertir? e afirma que
o problema está longe de se resolvido. Pois,
as opiniões se divergem e até se radicalizam.
Restando aos escritores se situarem no
tempo e associar a intenção da literatura
infantil, fundindo o ensinar e o divertir.
14. LITERATURA E CONSCIÊNCIA DE
MUNDO
O autor precisa ter uma consciência de
mundo e se suas relações, entre ele, o
espaço, e o tempo forem profundas e
coerentes, melhor será sua criação literária.
(Coelho, 1987, p. 31), explica e mostra um
exemplo em que a especificidade da
literatura infantil fundida no divertir e no
ensinar foi plenamente atingida.
Ex: a série infantil “Um, Dois, feijão com
arroz”.
15. A LITERATURA INFANTIL IDEAL:
REALISTA OU FANTASISTA?
Segundo problema levantado pela autora
(Coelho, 1987.p. 31) é a da validade, maior ou
menor, da cada uma das formas básicas da
Literatura Infantil:... Provocando discussões e
dividindo opiniões conforme a época.
Ela afirma que nenhuma das formas é melhor
ou pior,...São apenas diferentes e dependem
das relações de conhecimento que os
escritores fizerem com os homens e o mundo.
As duas tendências alternam-se conforme a
época.
16. Sobre o maravilhoso e a formação do espírito
infantil faz um questionamento e analisa
concordando com Bettelheim, afirmando que
este material estudado por ela será útil para
reflexões a cerca da criação literária.
Levando – nos a acreditar que por meio da
literatura infantil se prepara à criança para
enfrentar problemas e dificuldades na vida,
assim como vivenciar suas experiências.
17. LITERATURA ATUALIZADA E LITERATURA
DEFASADA
Neste trecho a autora questiona e analisa a
época, afirma que o teor da obra literária atual
com a vida prática já superou os valores
herdados prevalecendo os “valores novos”.
Mesmo ainda não apropriados pelo sistema.
Apela para que os escritores nacionais tomem
consciência do processo evolutivo e o ajudem a
se desenvolver de forma dinâmica.
18. Uns dos objetivos desse é ajudar os jovens
profissionais da educação a se posicionarem,
criticamente, diante da realidade histórica,
social e cultural para que entendessem a
Tradição herdada e a sua dissociação .
Quanto à crítica e a literatura infantil: outros
ramos das ciências humanas tinha se
interessado pela literatura infantil não como
fenômeno literário. Mas, como veículo de ideias
ou padrões de comportamento. Pois, coloca em
risco a literariedade do gênero. No livro Coelho,
sugere a organização de uma crítica literária
para Literatura Infantil Brasileira
20. Na segunda parte do livro, Coelho
estuda e questiona a estrutura
da literatura infantil: o que é;
como se constrói; a partir do
que; quais os gêneros,
subgêneros, formas ou
espécies. E tenta responder
estas questões sem a intenção
de encerrar esse material.
Criando uma espécie de
gramática que oriente os
interessados no uso do texto
literário.
21. Na análise a autora detalha
os fatores estruturais,
características estilísticas
do texto literário antigo e
contemporâneo e explica
as técnicas construtivas.
Refere-se aos textos antigos
como narrativas
primordiais e que se
tornaram obras clássicas.
Exemplifica por meio de
textos consagrados. E ao
longo da análise sugere
temas para discussões e
pesquisas.
22. LITERATURA INFANTIL
Visualidade e poesia
O álbum de figuras ou o livro de estampas
23. Álbum de Figuras(Álbums du Pére Castor-
Experiência pioneira na França por Faucher
-Traduzida 1980)
A invenção/produção desses álbuns,
surgiram em consequência das atividades
do educador e orientador pedagógico.Foi
através de pesquisas / intercâmbios de
ideias / congressos / pesquisas
pedagógicas que em 1931 surge o
primeiro resultado concreto,que vem se
constituir em uma das grande conquistas
na divulgação dos princípios
24. da Escola Nova. O álbum de figuras foi
concebido por Faucher e realizado por
uma equipe de profissionais da educação.
(p.137)
E a partir dos anos 30 o elemento literário
passa a ser visto com relevância, na
tentativa de livrar as crianças da leitura
convencional para a de experiência vivida.
25. Linguagem iconográfica á Verbal
Através dos estudos da
psicologia da criança e a
experimental, sabe –se
que o conhecimento
infantil se processa
basicamente pelo
contato direto da
criança com o objeto
com que ela entra em
contato.(p.143)
26. Por fim fica registrado aqui que a literatura
tem de se preocupar com esse público leitor-
curioso que inicia suas leituras e merece ser
tratado como ser que pensa,critica ,emociona-
se e se deixa levar pela história,muitas vezes
identificando-se com ela,formando assim,sua
própria opinião sobre vários assuntos
apresentados.
Elenir (elenir_haach@hotmail.com)
Silvana (silvana-let@hotmail.com)
DISCIPLINA MESTRADO UEMS LITERATURA
INFANTIL E JUVENIL E FORMAÇÃO DE
LEITORES/2011/45h/03 CRÉDITOS