2. REBELIÕES COLONIAIS NAAMÉRICA
PORTUGUESA
• Rebeliões sem o objetivo de separação política:
• Guerra dos Emboabas (1708)
• Revolta de Vila Rica (1720)
• Revolta de Beckman (1684)
• Guerra dos Mascates (1710)
Rebeliões com o Objetivo de separação política:
• Conjuração Mineira (1789)
• Conjuração Baiana (1798)
•Revolução Pernambucana (1817)
3. A Inconfidência Mineira
Principais medidas do projeto
mineiro:
• Libertar Minas Gerais de
Portugal
• Adotar uma nova bandeira
• Criar uma universidade em
Vila Rica
• Incentivar a natalidade
• Criar o serviço militar
obrigatório
• Estimular a agricultura.
4. A Conjuração Baiana
ou Revolta dos Búzios/Alfaiates
Objetivos dos revolucionários:
• Romper com a dominação
portuguesa.
• Abolir a escravidão.
• Aumentar a remuneração dos
soldados.
• Abrir os portos brasileiros aos
navios de todas as nações.
• Melhorar as condições gerais de
vida do povo.
• Os revolucionários não queriam
somente romper com a dominação
colonial portuguesa, mas também
modificar a ordem social interna do
Brasil, que se baseava no trabalho
escravo.
• Um desses
panfletos declarava:
"Animai-vos Povo
baiense que está
para chegar o tempo
feliz da nossa
Liberdade: o tempo
em que todos
seremos irmãos: o
tempo em que todos
seremos iguais." (in:
RUY, Afonso. A
6. A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA
• A região Nordeste: com a mudança do
eixo político-econômico sofria com
problemas de concentração de renda
e instabilidade econômica.
• Em março de 1817, a insatisfação
ganhou força se transformando em
um movimento de inspiração
separatista. Os revoltosos
estabeleceram uma República
controlada por um Governo Provisório.
• Reagindo à imposição do novo
governo, forças portuguesas atacaram
os revoltosos e após alguns meses de
conflito, a agitação separatista foi
contida e muitos revoltosos foram
punidos com a prisão e a morte.
14. Aspectos incompatíveis em relação
aos fatos históricos:
• Os belos cavalos montados por D. Pedro e seu cortejo, na
realidade, eram simplesmente mulas - um tipo de cavalgadura
menos heroico, mas muito mais adequado ao duro percurso que
os viajantes faziam. Eles tinham acabado de subir a serra do
Mar, vindo de Santos.
• Provavelmente, ninguém estaria usando os luxuosos uniformes
apresentados e sim, trajes mais simples e práticos,
provavelmente sujos do pó e da lama do caminho. Para piorar, o
próprio D. Pedro não poderia estar tão exaltado e bem disposto
assim como o artista o representa. Afinal, ele havia parado
naquele local em função de uma diarreia que o atormentava,
devido aos seus excessos alimentares em Santos, na véspera.
• O rio Ipiranga não poderia estar naquele local. Para que o rio e
suas célebres margens integrassem a paisagem do quadro, o
pintor "desviou" o curso do riacho. A rigor, ele estaria passando
por trás de quem observasse a cena naquele local.
15. O quadro de Pedro Américo foi concluído em 1888, um
ano antes da proclamação da República. O artista fez uma
ampla pesquisa, consultando historiadores, estudando
objetos e visitando o local do grito. Apesar disso, achava
que não deveria ficar "preso à verdade". Assim, entre
outros aspectos, alterou a topografia, para realçar o
riacho do Ipiranga e a colina; escolheu raças de cavalos
que dessem maior elegância ao príncipe D. Pedro e à sua
comitiva; definiu características de trajes e chapéus; e
promoveu a incorporação anacrônica da Guarda de Honra
do Imperador, regimento criado, como o próprio nome
sugere, tempos depois do 7 de Setembro, explica Cecília
Helena de Salles Oliveira, professora da Universidade de
São Paulo (USP).
As muitas independências. Revista Nossa História. Rio de
Janeiro: Biblioteca Nacional, set. 2004. n. 11. p. 14.
17. “Inicia-se assim a organização de uma
memória nacional, a partir de um marco
fundador, criando-se um mito de origem. No
quadro, D. Pedro I aparece a cavalo em meio
ao povo festivo, acenando com o chapéu. Ao
mesmo tempo que enfatiza a popularidade de
D. Pedro I, François-René reafirma a
legitimidade dos herdeiros da casa de
Bragança ao trono brasileiro, por direito divino.
No quadro, a maioria olha para o céu, como se
o futuro imperador estivesse apenas
consumando a vontade de Deus.
(Oliveira, 1999, p.90).”
18. ALBUQUERQUE, Georgina de. Sessão do Conselho de Estado. [s.d]. Museu
Histórico Nacional, Rio de Janeiro.
19. "Sessão do Conselho de Estado" apresenta uma
interpretação oposta à de Pedro Américo. Primeiro por
celebrar um outro momento. Baseando-se na
obra História do Brasil, de Rocha Pombo, a artista
identificou na reunião do Conselho de Estado, presidido
pela Princesa Leopoldina, a ocasião em que de fato
seria decidida a independência. No canto esquerdo,
sentada, regendo o evento, está a princesa Leopoldina.
À sua frente, um grupo de conselheiros, liderado por
José Bonifácio, um dos mentores da emancipação, que
expõe os fatos justificadores da decisão de se romper
com a metrópole. Em contraste com a
tela Independência ou Morte!, não se trata de cena
belicosa, mas de um fato construído politicamente. Não
há soldados, fardas ou armas, mas sim a ideia de um
processo amplamente refletido e em nada impetuoso, no
qual a protagonista é uma mulher.
20.
21. Para discutir:
1. Na sua leitura iconográfica das duas imagens do
início do capítulo, qual delas lhe parece representar
melhor a independência do Brasil? Por quê?
2. Você acredita que a independência do Brasil foi um
acontecimento pacífico acontecido em uma reunião
palaciana?
3. Qual a sua opinião sobre a atitude de Pedro
Américo ao retratar a independência do Brasil?
4. Qual o papel da vinda da Corte Portuguesa no
processo de emancipação do Brasil?
22. (...) a independência foi seguida por uma
série de guerras. No Norte e Nordeste, o
processo de ruptura com Portugal esteve
longe de ser tranquilo. Entre março e
maio de 1823, Belém registra levantes
pró-Lisboa. O mesmo ocorre no
Maranhão, no Piauí e no Ceará, onde os
conflitos armados estendem-se de
outubro de 1822 a janeiro de 1823. Na
Bahia, as lutas desdobram-se por quase
um ano.”
Del Priore, Mary. O livro de Ouro da História do Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro,
2001, p. 206
23. “Conforme sugerimos, a reengenharia política
da independência, levada a cabo por grupos
constitucionalistas, implicava esvaziar a
influência das cortes legislativas portuguesas,
criando uma similar nacional. A medida deu
certo e a ela se deve, em grande parte, ser
atribuído o sucesso do ‘grito do Ipiranga’, gesto
que, se não contasse com o inestimável apoio
das elites políticas e econômicas do Rio de
Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, passaria
para a história como mais uma ‘berro’
inconsequente do autoritário D. Pedro.”
Ibidem, p. 207