SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 36
Aminoácidos
e Proteínas
PROTEÍNAS

As   proteínas     são     as
macromoléculas           mais
abundantes   nas    células
vivas.


Ocorrem   em     todas     as
células e em todas as
partes das mesmas.
FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS
Formam estruturas de sustentação – colágeno e elastina
Transportam oxigênio – hemoglobina
Catalisam reações químicas – enzimas
Atuam no controle do metabolismo – hormônios
São componentes de mecanismos contráteis – actina e
miosina
Coagulação sanguínea – fibrinogênio
Defesa – reação a proteínas estranhas (antígeno/anticorpo)
Controla a atividade de genes
CONSTITUIÇÃO DOS AMINOÁCIDOS
Os aminoácidos apresentam em sua molécula um grupo
amino (-NH2) base e, e um grupo carboxila (-COOH). Em pH
fisiológico eles apresentam-se ionizados.

Fórmula básica dos aminoácidos:

                              -NH2: amino, é uma base
                              fraca que é um receptor de
                              prótons (H+).
                              -COOH:      carboxila, atua
                              como um ácido fraco, que
                              doa prótons
            pH neutro
                              - R: cadeia lateral
SOLUBILIDADE DOS AMINOÁCIDOS

Os aa, podem ser classificados pelos seus grupos R:
De acordo com sua solubilidade em água os aminoácidos se
classificam em:

-Apolares (hidrofóbicos): pouca ou nenhuma solubilidade em
água – glicina, alanina, valina, leucina, isoleucina, prolina,
metionina, fenilalanina e triptofano.

-Polares (hidrofílicos): altamente solúveis em água (-OH,
-SH, -NH2 ou –COOH).
   - neutros: mesmo número de carga positiva e negativa –
asparagina, glutamina, cisteína, serina, treonina e tirosina.
   - ácidos: com predomínio de carga negativa – aspartato e
glutamato
    - básicos: com predomínio de carga positiva – arginina,
histidina e lisina.
SOLUBILIDADE DOS AMINOÁCIDOS
SOLUBILIDADE DOS AMINOÁCIDOS
SOLUBILIDADE DOS AMINOÁCIDOS
Aa essenciais
 Fenilalanina Valina Treonina Triptofano Isoleucina

  Metionina   Histidina Lisina   Arginina   Leucina

                    PROTEÍNAS

Alanina Asparagina Aspartato     Cisteína   Glutamato

    Glutamina Glicina Prolina Serina Tirosina
               Aa não-essenciais
OS AMINOÁCIDOS – ÁCIDOS E BASES
Os aa, podem agir como ácidos e bases (NATUREZA
ANFOTÉRICA)

1- Em ambientes ácidos há mais prótons (H+), portanto o
ácido fica protonado (COOH), tanto quanto a base (NH3+).

2- Quando o pH vai subindo, com a adição de hidroxila (OH),
o grupo ácido libera o próton.

3- Quando é adicionado mais (OH-), não há mais prótons no
grupo ácido, então ele retira o próton do grupo amino.
SOLUBILIDADE DOS AMINOÁCIDOS
SOLUBILIDADE DOS AMINOÁCIDOS
SOLUBILIDADE DOS AMINOÁCIDOS
PROTEÍNAS – LIGAÇÃO PEPTIDICA
Os dipeptídeos e proteínas são formados por ligações
peptídicas entre aminoácidos.

Ligação peptídica: ligação do grupo carboxila (COOH) de um
aminoácido com o grupo amino (NH2) de outro, com a saída
de 1 molécula de água.
PROTEÍNAS – LIGAÇÃO PEPTIDICA
PEPTÍDEOS E PROTEÍNAS

A cadeia poliptídica pode apresentar de 2   a milhares de
aminoácidos.


2 aa: dipeptídeo
3 aa: tripeptídeo
Até 30 aa: oligopeptídeo
> 30 aa polipetídeo
> 50 aa proteínas C
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS

Estrutura primária: é a sequência de aa ao longo da cadeia
polipetídica. Começa na porção amino e termina na porção
carboxila.
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS
Estrutura secundária: descreve a formação de estruturas regulares pela
cadeia polipeptídica.

Alfa-hélice: ocorre o enrolamento da cadeia ao redor de um eixo
mantidas por pontes de hidrogênio, formando uma mola ou hélice, cada
volta tem 3,6 aa., ex. cabelo e lã (estrutura elástica).
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS
Folha beta pregueada: estrutura mantida por pontes de hidrogênio entre
os aa de cadeias diferentes dispostos paralelamente. Estrutura flexível
porém não elástica (fios de seda).
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS
Estrutura terciária: o dobramento final da cadeia polipeptídica
por interação de regiões alfa-hélice ou folha beta-pregueada
ou regiões sem estrutura definida.Confere às proteínas sua
atividade biológica específica.
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS
Estruturas terciárias são estabilizadas por ligações fracas
que estabilizam os dobramentos da estrutura terciária.

TIPOS DE LIGAÇÕES:
Pontes de hidrogênio: estabelecida entre as cadeias laterais
de aa polares: serina, treonina e tirosina

Interações hidrofóbicas: formadas entre as cadeias laterais
dos aa apolares: glicina, alanina, isoleucina ,etc.

Ligações eletrostáticas ou iônicas: interações de grupos com
cargas opostas. Importante para o dobramento da cadeia.
Localizados na superfície da proteína.
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS
Estrutura quaternária: associação de 2 ou mais cadeias
polipeptídicas para formar 1 proteína funcional. Ex:
hemoglobina com 4 cadeias polipeptídicas.
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS
FORMA DAS PROTEÍNAS
As proteínas, segundo a sua forma, podem ser chamadas de
globulares ou fibrosas.

Proteínas globulares: são proteínas com formato final esférico e
com alta solubilidade em água. Ex: tripsina – proteína enovelada,
cadeias laterais hidrofóbicas no interior da molécula e cadeias
laterais ionizadas no exterior interagindo com a água.

Albuminas: solúveis em água, desnaturadas pelo calor,
ovoalbumina, albumina sérica.
Globulinas: levemente solúveis em água, desnaturadas pelo calor,
globulina sérica
Lipoproteínas: lipídios como colesterol e triglicerídeos não são
solúveis em água, devendo ser complexados com uma proteína
transportadora hidrossolúvel.
FORMA DAS PROTEÍNAS
As proteínas, segundo a sua forma, podem ser chamadas de
globulares ou fibrosas.

Proteínas globulares: são proteínas com formato final esférico e
com alta solubilidade em água. Ex: tripsina – proteína enovelada,
cadeias laterais hidrofóbicas no interior da molécula e cadeias
laterais ionizadas no exterior interagindo com a água.

Albuminas: solúveis em água, desnaturadas pelo calor,
ovoalbumina, albumina sérica.
Globulinas: levemente solúveis em água, desnaturadas pelo calor,
globulina sérica
Lipoproteínas: lipídios como colesterol e triglicerídeos não são
solúveis em água, devendo ser complexados com uma proteína
transportadora hidrossolúvel.
FORMA DAS PROTEÍNAS
Proteínas fibrosas:
1- Contém quantidades maiores de estrutura secundária
regular
2- Apresenta forma de cilindro longo
3- Apresenta baixa solubilidade em água
4- Apresenta função estrutural



Exemplos:
Alfa queratina: 2 ou 3 cadeias de alfa-hélice associados
formando longos cabos. Epiderme, cabelo, lã, chifres, unhas,
cascos, bicos, penas etc.
FORMA DAS PROTEÍNAS

Colágeno: composto por
glicina,     prolina e
hidroxiprolina




Beta queratina: as fibras
são    formadas       por
empilhamento em folhas
beta pregueadas. Ex:
fios de seda e teia de
aranha
DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS

A proteína é dita desnaturada quando sua
conformação nativa é destruída, devido a
quebra   de   ligações   não   covalentes,
resultando em uma cadeia distendida
DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS
Fatores que provocam desnaturação:
Aquecimento: aquecimento da proteína nativa provoca
rompimento de ligações não-covalentes
PH: muito alto ou muito baixo, conferem à molécula uma
elevada carga positiva ou negativa ocasionando uma
repulsão intramolecular, expondo o interior hidrofóbico.
Uréia: substituem as ligações que mantinham a estrutura
nativa da molécula
Detergentes: introdução de sua cauda hidrofóbica no interior
apolar da proteína rompe ligações hidrofóbicas.
ANEMIA FALCIFORME
Doença resultante de uma mutação com substituição de
ácido glutâmico (grupo R com carga negativa) por valina
(grupo R hidrofóbico). As moléculas da hemoglobina
substituída sofrem agregação quando estão desoxigenadas.
Os agregados formam um preciptado fibroso que distorce as
hemácias adquirindo forma de foice, que obstruem capilares
impedindo a oxigenação.
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS


 Locais:
 • estômago
 • intestino




 Síntese das
enzimas:
• estômago
• pâncreas
• intestino
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS - ENZIMAS

• Pepsina               Estômago
•   Tripsina
•   Quimotripsina
•   Elastase            Pâncreas
•   Carboxipeptidases


•   Enteropeptidase
•   Aminopeptidases
•   Dipeptidases
•   Tripeptidases       Intestino Delgado
Proteínas da dieta
              Lúmen Intestinal     Enterócito     Capilares


 Digestão   Aminoácidos             aa
            40%
                  +
                                                   Aminoácidos
            Dipeptídios                    aa
            Tripeptídios
            60%
                                 Dipeptidases
                                 Tripeptidase



Somente fetos e recém-nascidos são capazes de captar algumas
proteínas sem digestão prévia (por pinocitose). Imunoglobulinas do
colostro do leite são absorvidas intactas fornecendo → imunidade
passiva.
Fato sem importância em termos nutricionais

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Reticulo Endoplasmático
Reticulo EndoplasmáticoReticulo Endoplasmático
Reticulo Endoplasmático
BIOGERALDO
 
Bioquimica. agua
Bioquimica. aguaBioquimica. agua
Bioquimica. agua
Naisa Leal
 
Composição química da célula
Composição química da célulaComposição química da célula
Composição química da célula
MARCIAMP
 
Aula 6 replicação do dna, transcrição do rna e síntese proteica
Aula 6   replicação do dna, transcrição do rna e síntese proteicaAula 6   replicação do dna, transcrição do rna e síntese proteica
Aula 6 replicação do dna, transcrição do rna e síntese proteica
Nayara de Queiroz
 
Bioquímica metabolismo de proteínas
Bioquímica  metabolismo de proteínasBioquímica  metabolismo de proteínas
Bioquímica metabolismo de proteínas
Marcos Gomes
 
Metabolismo celular (completo)
Metabolismo celular (completo)Metabolismo celular (completo)
Metabolismo celular (completo)
Adrianne Mendonça
 
Lipídios
LipídiosLipídios
Lipídios
emanuel
 

Mais procurados (20)

Introdução à bioquímica
Introdução à bioquímicaIntrodução à bioquímica
Introdução à bioquímica
 
Proteinas
ProteinasProteinas
Proteinas
 
Proteínas composição e estrutura
Proteínas composição e estruturaProteínas composição e estrutura
Proteínas composição e estrutura
 
Aminoacidos
AminoacidosAminoacidos
Aminoacidos
 
Reticulo Endoplasmático
Reticulo EndoplasmáticoReticulo Endoplasmático
Reticulo Endoplasmático
 
Bioquimica. agua
Bioquimica. aguaBioquimica. agua
Bioquimica. agua
 
Composição química da célula
Composição química da célulaComposição química da célula
Composição química da célula
 
Aula 6 replicação do dna, transcrição do rna e síntese proteica
Aula 6   replicação do dna, transcrição do rna e síntese proteicaAula 6   replicação do dna, transcrição do rna e síntese proteica
Aula 6 replicação do dna, transcrição do rna e síntese proteica
 
Bioquímica metabolismo de proteínas
Bioquímica  metabolismo de proteínasBioquímica  metabolismo de proteínas
Bioquímica metabolismo de proteínas
 
Bioquimica introducao
Bioquimica introducaoBioquimica introducao
Bioquimica introducao
 
Metabolismo celular (completo)
Metabolismo celular (completo)Metabolismo celular (completo)
Metabolismo celular (completo)
 
Lipídios
LipídiosLipídios
Lipídios
 
Aminoácidos, peptídeos e proteínas
Aminoácidos, peptídeos e proteínasAminoácidos, peptídeos e proteínas
Aminoácidos, peptídeos e proteínas
 
Aula água e sais minerais
Aula água e sais mineraisAula água e sais minerais
Aula água e sais minerais
 
Aula respiração celular
Aula respiração celularAula respiração celular
Aula respiração celular
 
Aula 1 introdução a bioquímica metabólica
Aula 1   introdução a bioquímica metabólica Aula 1   introdução a bioquímica metabólica
Aula 1 introdução a bioquímica metabólica
 
ENZIMAS.ppt
ENZIMAS.pptENZIMAS.ppt
ENZIMAS.ppt
 
Aula Bioquimica
Aula BioquimicaAula Bioquimica
Aula Bioquimica
 
Lesões celulares reversíveis e irreversíveis 15.09.21
Lesões celulares reversíveis e irreversíveis 15.09.21Lesões celulares reversíveis e irreversíveis 15.09.21
Lesões celulares reversíveis e irreversíveis 15.09.21
 
Organização celular 2
Organização celular 2Organização celular 2
Organização celular 2
 

Destaque (14)

Aminoácidos, peptídeos e proteínas
Aminoácidos, peptídeos e proteínasAminoácidos, peptídeos e proteínas
Aminoácidos, peptídeos e proteínas
 
Metabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínasMetabolismo de-proteínas
Metabolismo de-proteínas
 
Alanina ph acido- basico- neutro
Alanina ph acido- basico- neutroAlanina ph acido- basico- neutro
Alanina ph acido- basico- neutro
 
Características Gerais Enzimática
Características Gerais EnzimáticaCaracterísticas Gerais Enzimática
Características Gerais Enzimática
 
Proteinas dani
Proteinas daniProteinas dani
Proteinas dani
 
Iv sinteseproteica-111013090643-phpapp02
Iv sinteseproteica-111013090643-phpapp02Iv sinteseproteica-111013090643-phpapp02
Iv sinteseproteica-111013090643-phpapp02
 
Separação de Aminoácidos por Cromatografia em 4 papel
Separação de Aminoácidos por Cromatografia em 4 papelSeparação de Aminoácidos por Cromatografia em 4 papel
Separação de Aminoácidos por Cromatografia em 4 papel
 
Proteínas e aminoácidos Bioquimica 1 - Nutrição
Proteínas e aminoácidos Bioquimica 1 - NutriçãoProteínas e aminoácidos Bioquimica 1 - Nutrição
Proteínas e aminoácidos Bioquimica 1 - Nutrição
 
004 aminoacido
004 aminoacido004 aminoacido
004 aminoacido
 
Aminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínasAminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínas
 
Proteínas
ProteínasProteínas
Proteínas
 
Equações diferenciais dennis g. zill vol 01
Equações diferenciais   dennis g. zill vol 01Equações diferenciais   dennis g. zill vol 01
Equações diferenciais dennis g. zill vol 01
 
Aminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínasAminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínas
 
Fisiologia sistema respiratório
Fisiologia sistema respiratórioFisiologia sistema respiratório
Fisiologia sistema respiratório
 

Semelhante a Aminoác. e proteínasfinal

Semelhante a Aminoác. e proteínasfinal (20)

Proteinas
ProteinasProteinas
Proteinas
 
Proteínas - estrutura e funções gerais
Proteínas - estrutura e funções geraisProteínas - estrutura e funções gerais
Proteínas - estrutura e funções gerais
 
Bioquimica
BioquimicaBioquimica
Bioquimica
 
PróTidos
PróTidosPróTidos
PróTidos
 
Aminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínasAminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínas
 
O fantástico mundo das proteínas
O fantástico mundo das proteínasO fantástico mundo das proteínas
O fantástico mundo das proteínas
 
Composição química celular continuação
Composição química celular continuaçãoComposição química celular continuação
Composição química celular continuação
 
Proteínas química orgânica
Proteínas química orgânicaProteínas química orgânica
Proteínas química orgânica
 
Biologia - Proteínas
Biologia - ProteínasBiologia - Proteínas
Biologia - Proteínas
 
Aula Proteínas
Aula ProteínasAula Proteínas
Aula Proteínas
 
Aminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínas Aminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínas
 
Proteínas- Bromatologia
Proteínas- BromatologiaProteínas- Bromatologia
Proteínas- Bromatologia
 
Compostos org. (amido e proteína)
Compostos org. (amido e proteína)Compostos org. (amido e proteína)
Compostos org. (amido e proteína)
 
Proteinas
ProteinasProteinas
Proteinas
 
Aminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínasAminoácidos e proteínas
Aminoácidos e proteínas
 
aula 9- PROTEINAS simplificada
aula 9- PROTEINAS simplificadaaula 9- PROTEINAS simplificada
aula 9- PROTEINAS simplificada
 
Proteínas resumao
Proteínas resumaoProteínas resumao
Proteínas resumao
 
Bioquímica proteínas
Bioquímica proteínasBioquímica proteínas
Bioquímica proteínas
 
Composiçao quimica da celula
Composiçao quimica da celulaComposiçao quimica da celula
Composiçao quimica da celula
 
7bioquimi 2e3
7bioquimi 2e37bioquimi 2e3
7bioquimi 2e3
 

Aminoác. e proteínasfinal

  • 1.
  • 3. PROTEÍNAS As proteínas são as macromoléculas mais abundantes nas células vivas. Ocorrem em todas as células e em todas as partes das mesmas.
  • 4. FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS Formam estruturas de sustentação – colágeno e elastina Transportam oxigênio – hemoglobina Catalisam reações químicas – enzimas Atuam no controle do metabolismo – hormônios São componentes de mecanismos contráteis – actina e miosina Coagulação sanguínea – fibrinogênio Defesa – reação a proteínas estranhas (antígeno/anticorpo) Controla a atividade de genes
  • 5. CONSTITUIÇÃO DOS AMINOÁCIDOS Os aminoácidos apresentam em sua molécula um grupo amino (-NH2) base e, e um grupo carboxila (-COOH). Em pH fisiológico eles apresentam-se ionizados. Fórmula básica dos aminoácidos: -NH2: amino, é uma base fraca que é um receptor de prótons (H+). -COOH: carboxila, atua como um ácido fraco, que doa prótons pH neutro - R: cadeia lateral
  • 6. SOLUBILIDADE DOS AMINOÁCIDOS Os aa, podem ser classificados pelos seus grupos R: De acordo com sua solubilidade em água os aminoácidos se classificam em: -Apolares (hidrofóbicos): pouca ou nenhuma solubilidade em água – glicina, alanina, valina, leucina, isoleucina, prolina, metionina, fenilalanina e triptofano. -Polares (hidrofílicos): altamente solúveis em água (-OH, -SH, -NH2 ou –COOH). - neutros: mesmo número de carga positiva e negativa – asparagina, glutamina, cisteína, serina, treonina e tirosina. - ácidos: com predomínio de carga negativa – aspartato e glutamato - básicos: com predomínio de carga positiva – arginina, histidina e lisina.
  • 10. Aa essenciais Fenilalanina Valina Treonina Triptofano Isoleucina Metionina Histidina Lisina Arginina Leucina PROTEÍNAS Alanina Asparagina Aspartato Cisteína Glutamato Glutamina Glicina Prolina Serina Tirosina Aa não-essenciais
  • 11. OS AMINOÁCIDOS – ÁCIDOS E BASES Os aa, podem agir como ácidos e bases (NATUREZA ANFOTÉRICA) 1- Em ambientes ácidos há mais prótons (H+), portanto o ácido fica protonado (COOH), tanto quanto a base (NH3+). 2- Quando o pH vai subindo, com a adição de hidroxila (OH), o grupo ácido libera o próton. 3- Quando é adicionado mais (OH-), não há mais prótons no grupo ácido, então ele retira o próton do grupo amino.
  • 15. PROTEÍNAS – LIGAÇÃO PEPTIDICA Os dipeptídeos e proteínas são formados por ligações peptídicas entre aminoácidos. Ligação peptídica: ligação do grupo carboxila (COOH) de um aminoácido com o grupo amino (NH2) de outro, com a saída de 1 molécula de água.
  • 17. PEPTÍDEOS E PROTEÍNAS A cadeia poliptídica pode apresentar de 2 a milhares de aminoácidos. 2 aa: dipeptídeo 3 aa: tripeptídeo Até 30 aa: oligopeptídeo > 30 aa polipetídeo > 50 aa proteínas C
  • 18. ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Estrutura primária: é a sequência de aa ao longo da cadeia polipetídica. Começa na porção amino e termina na porção carboxila.
  • 19. ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Estrutura secundária: descreve a formação de estruturas regulares pela cadeia polipeptídica. Alfa-hélice: ocorre o enrolamento da cadeia ao redor de um eixo mantidas por pontes de hidrogênio, formando uma mola ou hélice, cada volta tem 3,6 aa., ex. cabelo e lã (estrutura elástica).
  • 20. ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Folha beta pregueada: estrutura mantida por pontes de hidrogênio entre os aa de cadeias diferentes dispostos paralelamente. Estrutura flexível porém não elástica (fios de seda).
  • 21. ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Estrutura terciária: o dobramento final da cadeia polipeptídica por interação de regiões alfa-hélice ou folha beta-pregueada ou regiões sem estrutura definida.Confere às proteínas sua atividade biológica específica.
  • 22. ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Estruturas terciárias são estabilizadas por ligações fracas que estabilizam os dobramentos da estrutura terciária. TIPOS DE LIGAÇÕES: Pontes de hidrogênio: estabelecida entre as cadeias laterais de aa polares: serina, treonina e tirosina Interações hidrofóbicas: formadas entre as cadeias laterais dos aa apolares: glicina, alanina, isoleucina ,etc. Ligações eletrostáticas ou iônicas: interações de grupos com cargas opostas. Importante para o dobramento da cadeia. Localizados na superfície da proteína.
  • 24. ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS Estrutura quaternária: associação de 2 ou mais cadeias polipeptídicas para formar 1 proteína funcional. Ex: hemoglobina com 4 cadeias polipeptídicas.
  • 27. FORMA DAS PROTEÍNAS As proteínas, segundo a sua forma, podem ser chamadas de globulares ou fibrosas. Proteínas globulares: são proteínas com formato final esférico e com alta solubilidade em água. Ex: tripsina – proteína enovelada, cadeias laterais hidrofóbicas no interior da molécula e cadeias laterais ionizadas no exterior interagindo com a água. Albuminas: solúveis em água, desnaturadas pelo calor, ovoalbumina, albumina sérica. Globulinas: levemente solúveis em água, desnaturadas pelo calor, globulina sérica Lipoproteínas: lipídios como colesterol e triglicerídeos não são solúveis em água, devendo ser complexados com uma proteína transportadora hidrossolúvel.
  • 28. FORMA DAS PROTEÍNAS As proteínas, segundo a sua forma, podem ser chamadas de globulares ou fibrosas. Proteínas globulares: são proteínas com formato final esférico e com alta solubilidade em água. Ex: tripsina – proteína enovelada, cadeias laterais hidrofóbicas no interior da molécula e cadeias laterais ionizadas no exterior interagindo com a água. Albuminas: solúveis em água, desnaturadas pelo calor, ovoalbumina, albumina sérica. Globulinas: levemente solúveis em água, desnaturadas pelo calor, globulina sérica Lipoproteínas: lipídios como colesterol e triglicerídeos não são solúveis em água, devendo ser complexados com uma proteína transportadora hidrossolúvel.
  • 29. FORMA DAS PROTEÍNAS Proteínas fibrosas: 1- Contém quantidades maiores de estrutura secundária regular 2- Apresenta forma de cilindro longo 3- Apresenta baixa solubilidade em água 4- Apresenta função estrutural Exemplos: Alfa queratina: 2 ou 3 cadeias de alfa-hélice associados formando longos cabos. Epiderme, cabelo, lã, chifres, unhas, cascos, bicos, penas etc.
  • 30. FORMA DAS PROTEÍNAS Colágeno: composto por glicina, prolina e hidroxiprolina Beta queratina: as fibras são formadas por empilhamento em folhas beta pregueadas. Ex: fios de seda e teia de aranha
  • 31. DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS A proteína é dita desnaturada quando sua conformação nativa é destruída, devido a quebra de ligações não covalentes, resultando em uma cadeia distendida
  • 32. DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS Fatores que provocam desnaturação: Aquecimento: aquecimento da proteína nativa provoca rompimento de ligações não-covalentes PH: muito alto ou muito baixo, conferem à molécula uma elevada carga positiva ou negativa ocasionando uma repulsão intramolecular, expondo o interior hidrofóbico. Uréia: substituem as ligações que mantinham a estrutura nativa da molécula Detergentes: introdução de sua cauda hidrofóbica no interior apolar da proteína rompe ligações hidrofóbicas.
  • 33. ANEMIA FALCIFORME Doença resultante de uma mutação com substituição de ácido glutâmico (grupo R com carga negativa) por valina (grupo R hidrofóbico). As moléculas da hemoglobina substituída sofrem agregação quando estão desoxigenadas. Os agregados formam um preciptado fibroso que distorce as hemácias adquirindo forma de foice, que obstruem capilares impedindo a oxigenação.
  • 34. DIGESTÃO DE PROTEÍNAS Locais: • estômago • intestino Síntese das enzimas: • estômago • pâncreas • intestino
  • 35. DIGESTÃO DE PROTEÍNAS - ENZIMAS • Pepsina Estômago • Tripsina • Quimotripsina • Elastase Pâncreas • Carboxipeptidases • Enteropeptidase • Aminopeptidases • Dipeptidases • Tripeptidases Intestino Delgado
  • 36. Proteínas da dieta Lúmen Intestinal Enterócito Capilares Digestão Aminoácidos aa 40% + Aminoácidos Dipeptídios aa Tripeptídios 60% Dipeptidases Tripeptidase Somente fetos e recém-nascidos são capazes de captar algumas proteínas sem digestão prévia (por pinocitose). Imunoglobulinas do colostro do leite são absorvidas intactas fornecendo → imunidade passiva. Fato sem importância em termos nutricionais

Notas do Editor

  1. As proteínas são responsáveis pela transmissão das características hereditárias, são componentes da pele, cabelo e unhas, tecido conjuntivo e de suporte.
  2. Glicina o R é um H. CH3 alanina
  3. aa. Polares: encontrados na superfície da mol. Protéica, apresentam grupos com carga elétrica que interage com a água. aa. Ácidos são dicarboxílicos. Aa polares sem carga asparagina e glutamida (grupo amida), cisteína grupo sulfidrila, serina, treonina e tirosina grupo hidroxila
  4. Essa natureza anfótera das proteínas explica sua capacidade de atuar como tampões no sangue, podendo reagir com ácidos e bases para evitar um excesso de qualquer um dos dois.
  5. Oxitocina 9 aa, glucagon 29 aa, hemoglobina 574 aa , insulina 51 aa
  6. Exemplo a insulina humana, a quebra das pontes dissulfeto inativa a proteína.
  7. Ponte de H: ligação entre o – H do - NH2 de um aa e o O do – C0 do grupo ácido de outro.
  8. Ponte de H: ligação entre o – H do - NH2 de um aa e o O do – C0 do grupo ácido de outro.
  9. A hemoglobina apresenta 2 cadeias alfa(clara) e 2 beta(escura), cada cadeia envolve um grupo heme contendo ferro.
  10. Indivíduos diabéticos apresentam albuminúria
  11. Indivíduos diabéticos apresentam albuminúria
  12. Uréia: estabelecem pontes de hidrogênio com radicais da proteína.
  13. Essas hemácias são mais frágeis promovendo hemólise e anemia severa e são mais rígidas que as hemácias normais. Sintomas febre, inchaço e dor em várias partes do corpo, suas vítimas morrem na infância, comum entre hispânicos e negros. Hetero problemas quando existe uma forte queda no nível de O2, grandes altitudes, exerc. Mergulho, intoxicação alcoólica.