2. FACILITA OS DEFICIENTES Segundo a Unesco cerca de 10% da população global tem algum tipo de deficiência, a maioria em países em desenvolvimento. A agência da ONU informa que as tecnologias da informação, com metodologias adaptadas, podem oferecer aos deficientes a capacidade de compensar limitações físicas ou funcionais. O resultado é a ampliação das atividades disponíveis a essas pessoas e, como consequência, maior integração social e econômica nas comunidades.
3. TECNOLOGIAS DIGITAIS As Tecnologias Digitais da informação e da comunicação trouxeram novas maneiras de ver e apreender o mundo, assim como transformaram as formas de se construir o conhecimento e de se ensinar e aprender. E nesta contextualização a chamada revolução tecnológica tem modelado novos espaços e tempos, e, estruturado novos conceitos culturais e sociais que têm condicionado uma dimensão humana planetária. As Tecnologias Digitais (TD's) começam a potencializar a construção de uma sociedade que, ao renunciar às lógicas de exclusão, aproxima-se da utopia possível de inserção para todos os seus atores sociais. O termo Acessibilidade, presente e discutido em diversas áreas, tem também na informática importante significado.
4. TECNOLOGIAS DIGITAIS A acessibilidade é de fato para o usuário não só o direito de acessar a rede de informações, mas também o direito de eliminação de barreiras arquitetônicas, de disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos. Atualmente, a importância da tecnologia na área da educação é muito discutida, mas quando falamos de Educação Especial ela se torna a meu ver quase obrigatória, uma vez que muitas pessoas dependem desse meio para ter acesso ao aprendizado e adquirir as competências básicas que são de direito de todo cidadão. Portanto, aliar tecnologia à Educação Especial é garantir o direito de acesso ao conhecimento, dando ao indivíduo uma chance de desenvolver e mostrar seu potencial como qualquer cidadão considerado 'normal' perante a sociedade.
5. TECNOLOGIAS DIGITAIS Dessa forma, é possível enxergar uma ligação entre a Educação Especial e as Tecnologias Digitais, se compreendermos o binômio "Computador e Educação", tendo em vista, o fato de que o computador se tornou um instrumento, uma ferramenta para aprendizagem, que possibilita o desenvolvimento das habilidades intelectuais e cognitivas, propiciando que o indivíduo possa desabrochar as suas potencialidades criadoras. O produto final desse processo é a formação de indivíduos autônomos, porque aprenderam a aprender, através da busca, da investigação, da descoberta e da invenção. Acredita-se que as Tecnologias Digitais favorecem ao contexto das Tecnologias Assistivas, e estas, portanto, se forem bem postas no projeto das instituições, poderão favorecer em muito o desenvolvimento das pessoas com deficiências.
6. TECNOLOGIAS DIGITAIS Sabe-se que uma ampla utilização de novas tecnologias poderá facilitar o processo de inclusão de crianças, jovens e adultos com deficiência. Para tanto, faz-se necessária a destruição e transposição de algumas barreiras e processos invisíveis que favorecem a ignorância, o preconceito, a segregação e o isolamento destes deficientes. Os deficientes têm direito à Educação, para além de discursos oficiais ou institucionais, mas ainda, de uma educação que respeite as suas singularidades e particularidades. As crianças com deficiência (visual, auditiva, ou motora) têm dificuldades que limitam sua capacidade de interagir com o mundo. Estas dificuldades podem impedir que estas crianças desenvolvam habilidades que formam a base do seu processo de aprendizagem.
7. DEFICIENTES VISUAIS A informática foi o recurso tecnológico mais importante no processo de inclusão dos deficientes visuais, apesar do braille ter contribuído muito o acesso era muito seletivo.
8. DEFICIENTES VISUAIS Para o deficiente visual o acesso através de recursos de computação, da informação, o acesso de textos, o acesso de livros se torna muito mais amplo do que ele tinha até então que era o braille. Apesar de ser fundamental na vida de um deficiente visual, o braille tem dificuldade de portabilidade, você imagina que um dicionário tem mais de 50 volumes e tem dificuldade de produção, já que é uma opção cara. Os limites são muito mais amplos do que se possa imaginar: instrumentos eletrônicos podem ser conectados ao computador, e um cego consegue fazer arranjos orquestrais e imprimir partituras; um cego pode andar sozinho pela rua, guiado por um computador acoplado a um sistema de posicionamento global (GPS); um cego pode até mesmo desenhar, usando o computador.
9. DEFICIENTES VISUAIS A informática, como o Braille, entrou na vida das pessoas cegas como um vertiginoso meio de integração social, abrindo um horizonte infinito de informação, educação, cultura, mercado de trabalho e comunicação. Com os editores de texto, leitores de ecrã e sintetizadores de voz conjugados, o cego pode trocar e-mails com pessoas de qualquer parte do mundo, ler com total independência qualquer jornal internacional ou nacional, livros passados em scanner, listas de discussão e jogos de entretenimento. Além dos softwares como os leitores de ecrã e os sintetizadores de voz, que traduzem em informação sonora o conteúdo visual do ecrã, existem outro programas como o Openbook e o Jaws que, conjugados, permitem a leitura sonora de qualquer informação em papel. Com o scanner, o Openbook passa o texto do papel para o ecrã e depois o Jaws encarrega-se de traduzir o conteúdo em informação sonora.
10. O QUE MUDOU A tecnologia de computação tornou possível o rompimento de barreiras. Com o uso de "scanners", o cego pode ler escrita convencional (datilografada) diretamente. Um texto grande em Braille demorava horas para ser criado manualmente. Hoje demora minutos com o uso de impressoras Braille. Através da Internet, qualquer documento de qualquer parte do mundo pode ser transmitido com um mínimo de esforço e custo muito baixo, e traduzido para "qualquer" língua. Desta forma, um texto do New York Times pode ser lido por um cego em português no mesmo momento em que o jornal sai nos Estados Unidos, em inglês, usando a tecnologia de tradução da web.
11. RECURSOS TECNOLOGICOS DOSVOX: sistema operacional desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui um conjunto de ferramentas e aplicativos próprios além de agenda, chat e jogos interativos. Pode ser obtido gratuitamente por meio de “download” a partir do site do projeto DOSVOX: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox VIRTUAL VISION: é um software brasileiro desenvolvido pela Micropower, em São Paulo, concebido para operar com os utilitários e as ferramentas do ambiente Windows. É distribuído gratuitamente pela Fundação Bradesco e Banco Real para usuários cegos. No mais, é comercializado. Mais informações no site da empresa: http://www.micropower.com.br
12. RECURSOS TECNOLOGICOS JAWS: Software desenvolvido nos Estados Unidos e mundialmente conhecido como o leitor de tela mais completo e avançado. Possui uma ampla gama de recursos e ferramentas com tradução para diversos idiomas, inclusive para o português. No Brasil, não há alternativa de subvenção ou distribuição gratuita do Jaws, que é o mais caro entre os leitores de tela existentes no momento. Outras informações sobre esse software estão disponíveis em: http://www.lerparaver.com /http://www.laramara.org.br SCANNER: Equipamento de reconhecimento óptico de caracteres para a digitalização de textos e programas que permitem converter o texto digitalizado em arquivo de áudio.
13. RECURSOS TECNOLOGICOS BRAILE FÁCIL: Programa, para computador, que permite transcrever qualquer texto em braile. O software possui, entre outras coisas, editor gráfico para gráficos táteis, impressor braile automatizado, simulador de teclado braile e utilitários para facilitar a digitação. O texto pode ser digitado diretamente neste programa ou importado a partir de um editor de textos convencional. NVDA: Programa computacional que possibilita a pessoas cegas ou deficiências visuais a acessar e interagir com todas as funções do Windows. Ele permite que o usuário tenha um fácil acesso a internet, consiga ler e redigir documentos através do Word ou Wordpad, e mais, tudo utilizando um processo de síntese vocal.
14. DEFICIENTES MOTORES Conjunto de hardware e software especialmente idealizado para tornar o computador acessível à pessoas com privações sensoriais e motoras.
15. DEFICIENTES MOTORES Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover Vida Independente e Inclusão. A tecnologia assistiva foi criada com o objetivo de proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade. Existem, ainda, outras ferramentas que possibilitam a produção de livros em formato digital, em áudio e em braille.
16. TECNOLOGIA ASSISTIVA Entretanto o serviço de TA (Tecnologia Assistiva), dependendo da modalidade, agregará profissionais de distintas formações como os educadores, engenheiros, arquitetos, designers, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, médicos, assistentes sociais, psicólogos, entre outros para o atendimento do usuário da TA. O serviço de TA atuará realizando a avaliação, prescrição e ensino da utilização de um recurso apropriado. Todo este processo deverá envolver diretamente o usuário e terá como base o conhecimento de seu contexto, a valorização de suas intenções e necessidades funcionais pessoais, bem como suas habilidades atuais. A equipe de profissionais contribuirá com o conhecimento sobre os recursos de TA disponíveis e indicados para cada caso, ou desenvolverá um novo projeto que possa atender uma necessidade particular do usuário em questão.
17. RECURSOS OFERECIDOS SASE - Faz a varredura de softwares padrões, através da criação de máscaras e varreduras sobre o mesmo, também sob controle de um accionador. Handikeys, StickeyKeys, Access-DOS, Filch,Help-U-Type - Permitem acesso/controle do teclado convencional. MouseKeys - Permitem acesso/controle do mouse. Simulador de Teclado - Faz, no ecrã do computador, emulação do teclado, permitindo a conexão de um accionador para controlar a varredura das opções disponíveis. ERA - Emulador de Mouse - Faz, no ecrã do computador, emulação do mouse, permitindo a conexão de um accionador para controlar a varredura das opções disponíveis.
18. RECURSOS OFERECIDOS KENIX - Faz a emulação do teclado e mouse, permitindo a conexão com todo tipo de acionador, teclado de conceitos, etc., para o controle do sistema de varredura. Permite, também, a criação de novos emuladores, de acordo com o desejo do usuário. WinLOGO - Simulador de teclado com predição de palavras para ambiente gráfico, este trabalho partiu de uma experiência anterior com a criação de um Simulador de Teclado, que foi elaborado com o objetivo de possibilitar o uso do computador a pessoas que não teriam condições de utilizar um teclado convencional. O problema encontrado na utilização do referido software, foi a impossibilidade de poder utilizá-lo em sistemas gráficos. A partir do descrito acima, foi desenvolvida uma versão de simulador para ambientes gráficos, especificamente para o WinLOGO.
19. DEFICIENTES AUDITIVOS A informática supriu a necessidades dos deficientes visuais que tinham dificuldades para utilizar aparelhos como telefones celulares.
20. DEFICIENTES AUDITIVOS A deficiência auditiva pode ter maior ou menor intensidade. Quando a deficiência é parcial, o que permite o indivíduo ter resíduo de audição, pode ser caracterizado como Deficiente Auditivo, porém, se a deficiência é de tal forma que não permite a diferenciação dos sons inibindo a fala, o indivíduo é Surdo. Há 15 ou 20 anos, os Surdos tinham como alternativa a comunicação escrita. Sim, uma carta escrita que chegava pelo correio. Havia demora em chegar, para ler, ser respondida e postada nos correios. Imaginem vocês que isso era só o que tínhamos. Depois tivemos o Pager (bip), que era usado digitando a mensagem. De um jeito ou de outro havia dificuldade para interpretação do texto, ou seja, o surdo não tem a mesma fluência em português que um ouvinte e sempre acabava havendo problemas para assimilar a mensagem.
21. DEFICIENTES AUDITIVOS Simultaneamente temos o milagre da Internet, pois a comunica-ção é facilitada, embora a grande maioria não possa ter um computador em casa, devido seu custo. Hoje então temos a tecnologia 3G: texto, voz, Internet Full Time, Messenger instância, E-mail, Vídeo Conferência e SMS, todos esses recursos num único equipamento. Essa tecnologia funcionalmente permite que os surdos usem a Libras. Libras, o que é isso? Língua Brasileira de Sinais, regulamentada pelo Decreto 5.626, isto em Dezembro de 2006. Libras é a língua usada pelos surdos para sua comunicação. Assim como as diversas línguas existentes, ela é composta por níveis lingüísticos como: fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Da mesma forma que nas línguas oral-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais também existem itens lexicais, que recebem o nome de sinais. A única diferença é sua modalidade viso-espacial.
22. RECURSOS TECNOLOGICOS Dicionário LIBRAS ilustrado - que correlaciona a língua portuguesa escrita e os sinais. (Governo do Estado de São Paulo, 2002). Software Falibras - que transmite a palavra em português para LIBRAS, capta a fala através do microfone e exibe no monitor a interpretação em LIBRAS na forma gestual e animada em tempo real. (Protótipo in CORADINI, 2003). SignWebmessage - que é um protótipo de software cujo objetivo é utilizar a escrita da língua de sinais para comunicação assíncrona na Web que utiliza tanto LIBRAS como língua portuguesa (SOUZA & PINTO, 2002). Signtalk - que é uma ferramenta para chat que consta da apresentação da LIBRAS, da escrita da língua portuguesa e da escrita da língua de sinais. (Em desenvolvimento in CAMPOS, 2001).
23. RECURSOS OFERECIDOS Swedit - que apresenta como principal funcionalidade, a edição de textos em língua de sinais escrita. (TORCHELSEN etal, 2003). Aparelhos auditivos - Atualmente, a evolução da tecnologia permite o diagnóstico da deficiência auditiva cada vez mais cedo. Sabemos dos benefícios da identificação e intervenção fonoaudiológica o mais cedo possível para minimizar os prejuízos causados pela perda auditiva no desenvolvimento da criança (habilidades auditivas, linguísticas e cognitivas) Neste contexto, a adaptação dos aparelhos auditivos é uma etapa muito importante.
24. 3ª QUESTÃO – TECNOLOGIA NA VIDA DOS DEFICIENTES Indique as mudanças geradas pelo avanço tecnológico que facilitaram a vida dos deficientes. Cite pelo menos cinco. De acordo com a sua opinião, os professores estão preparados para inclusão social nas escolas? Como a escola deve se preparar para atender aos alunos com deficiência sem gerar preconceitos?