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ÍNDICE
Pág.
Definição ............................................................................................................................ 3
Cuidados com as mãos ...................................................................................................... 3
Efeitos da palpação no paciente ....................................................................................... 3
Técnicas de palpação ........................................................................................................ 4
Aprimoramento da arte da palpação .............................................................................. 4
Cabeça e pescoço ............................................................................................................... 5
Crânio ................................................................................................................................. 5
Pescoço ............................................................................................................................... 7
Tórax .................................................................................................................................. 8
Esterno ............................................................................................................................... 8
Costelas .............................................................................................................................. 9
Vértebras............................................................................................................................ 10
Abdome .............................................................................................................................. 12
Abertura torácica inferior ................................................................................................ 12
Cíngulo do membro inferior ............................................................................................ 12
Membro superior .............................................................................................................. 13
Região do cíngulo do membro superior .......................................................................... 13
Clavícula ............................................................................................................................ 13
Escápula ............................................................................................................................. 13
Extremidade superior do úmero ...................................................................................... 14
Cotovelo.............................................................................................................................. 15
Punho e mão ...................................................................................................................... 16
Membro Inferior ............................................................................................................... 17
Quadril ............................................................................................................................... 17
Joelho.................................................................................................................................. 18
Tornozelo ........................................................................................................................... 20
Pé ........................................................................................................................................ 21
Referências ......................................................................................................................... 22
3. 3
ANATOMIA PALPATÓRIA ÓSSEA
Definição
Palpação: Forma de exame físico que consiste em aplicar os dedos, ou a palma, de uma ou de
ambas as mãos, com pressão leve ou forte, em qualquer região do corpo humano, tateando-a, com o
objetivo de perceber fenômenos normais ou patológicos nos elementos anatômicos que fazem parte
de determinada região do corpo.
Examinar: Analisar com atenção e minúcia; fazer o exame de; pesquisar.
A palpação utiliza um dos principais sentidos, o tato, para investigar e obter informações ou
para complementar as já obtidas por outros meios. Este método parece ser uma combinação de
toque, sensação, exame, feedback sensorial e interpretação de acordo com experiências anteriores.
O aprimoramento ou aperfeiçoamento da arte é atingido por meio da prática e do uso contínuos. O
estudo e a prática das técnicas de contato manual por um período prolongado proporcionam ao
profissional a habilidade de receber informações relativas a cada um dos pacientes. Muitos anos de
experiência de palpação de modo cuidadoso e controlado permitem mover, alongar e comprimir
tecidos com um controle minucioso.
O indivíduo que é palpado tem consciência da capacidade e da habilidade do profissional.
Durante um exame inicial, tanto o profissional quanto o indivíduo passam por um processo de
aprendizado em que cada um avalia o outro, dando e recebendo informação. Pouca informação pode
ser obtida se um dos participantes reluta em comunicar-se.
A habilidade de palpar não é apenas um mero toque ou contato. Na verdade, é um exame de
caráter investigativo que fornece informações para ambos os participantes.
Cuidados com as mãos
Em todas as atividades nas quais se utiliza as mãos para realizar movimentos precisos com
fina sensibilidade tátil, é preciso tomar providências para manter sua mobilidade, sensibilidade e
destreza. A limpeza é essencial e contribui para a sensação do tato, devendo-se, para isso, lavar as
mãos com água corrente, sabão neutro e secá-las por completo, evitando o uso de cremes ou outras
substâncias que venham, posteriormente, danificar a qualidade da textura das mãos. A qualidade da
palpação depende, em grande parte, da flexibilidade das mãos, sendo necessário preservar as
articulações em condições adequadas de uso, com a musculatura firme e forte, utilizando exercícios
específicos que visem a manutenção da mobilidade e aumento da força nas mãos.
Efeitos da palpação no paciente
Normalmente o paciente se apresenta com uma combinação normal de dúvidas, problemas e
informações, sem uma ordem específica de prioridade, exceto, talvez, a presença prevalente de dor.
O investigador precisa ser receptivo a todas as formas de informação, tentando analisar os fatos e
produzindo uma avaliação completa da situação, utilizando, para isso, um plano pré-determinado
para facilitar a compilação dos fatos em uma ordem específica, o que auxiliará na conclusão ou
diagnóstico.
Durante o período de questionamento é bom fazer um contato cuidadoso com a área de dor,
o que incentiva ambas as partes a centrarem a atenção no motivo da consulta. Os movimentos
devem ser testados com grande cuidado, palpando e observando continuamente, monitorando
qualquer relutância para se mover, tensão, espasmo muscular, anomalias articulares e dor.
4. 4
Ao examinar o movimento, já é preciso existir certo sentimento de confiança, e se a
manipulação for cuidadosa ainda que firme, muito da tensão pode ser reduzida. Um sentimento de
cooperação e confiança supera a relutância inicial com relação ao atendimento.
A palpação continua durante todo exame e o tratamento subseqüente. Se for realizada com
atenção e sensibilidade, fornece dados sobre os problemas físicos do paciente e também pode
“desvendar” problemas psicológicos. Todos os profissionais devem estar alertas para essa
possibilidade e devem anotar qualquer comentário estranho que venha a desembocar na
conversação. O contato físico com o paciente parece ser o elo necessário para esse processo, mas a
habilidade de reconhecer o sinal depende da capacidade, do treinamento e da sensibilidade do
observador.
O paciente precisa confiar no profissional, que deve fornecer informações verbais e não-
verbais. Outros dados referentes à condição do paciente devem ser continuamente recebidos durante
o tratamento. Mesmo o tratamento mais simples deve alimentar a sensação de estar sendo cuidado,
de confiança e de compreensão.
Técnicas de palpação
A palpação é uma busca de informações e deve ser abordada de modo racional e planejado.
Não é suficiente só colocar as mãos sobre o corpo, na esperança de receber as informações
necessárias. Muito pouco se percebe ao contatar uma superfície com as mãos permanecendo
estacionárias. Os movimentos das mãos são necessários para que as estruturas passem sob os dedos
de forma controlada, visando determinar quais as áreas da superfície se encontram alteradas.
Utilizando uma ou as duas palmas das mãos e os dedos, é possível obter um número maior
de informações referente ao movimento abaixo da superfície e sobre a reação do paciente ao
contato. Em geral, se as estruturas abaixo da superfície são estacionárias, as mãos precisam ser
usadas em um movimento controlado, enquanto se as estruturas forem móveis, as mãos devem ficar
estacionárias.
O profissional deve estar absolutamente certo de que a posição do paciente é estável e que o
movimento testado situa-se na articulação examinada e no plano que circunda o eixo desejado.
Aprimoramento da arte da palpação
O desenvolvimento do sentido do tato precisa ser cultivado. Cada contato com outro objeto
deve ser realizado como se não houvesse visão nem audição, obtendo-se o máximo possível de
informações. O contínuo estudo da anatomia se faz essencial, devido os poucos benefícios obtidos
com a palpação sem consciência do que deve ser palpado.
5. 5
Cabeça e pescoço
Crânio
Bregma: intersecção dos ossos frontal e parietais (suturas frontal e sagital, respectivamente);
Lambda: interseção dos ossos parietais e occipital (suturas sagital e lambdóide,
respectivamente).
Visão superior
Processo mastóideo: grande protuberância óssea projetada para baixo a partir do osso
temporal, o qual se une com o occipital.
Visão posterior
6. 6
Osso temporal: forma a região central da lateral do crânio, articulando-se com o osso
occipital, posteriormente, com o parietal, superiormente, com os ossos esfenóide e
zigomático, anteriormente, e com a mandíbula, inferiormente;
Arco do zigomático: crista óssea situada à frente do trago (tecido mole situado à frente do
pavilhão da orelha), a qual é formada parte pelo osso temporal e parte pelo zigomático.
Visão lateral
Órbita: cavidade óssea delimitada pelo osso frontal, superiormente, pelo osso zigomático,
lateralmente, pelo osso nasal, medialmente, e pela maxila, inferiormente.
Visão anterior
7. 7
Pescoço
Osso hióide: situado aproximadamente 3-5 cm abaixo da mandíbula;
Cartilagem tireóide: lâmina alargada e achatada situada abaixo de uma depressão inferior ao
osso hióide;
Proeminência laríngea: projeção situada na linha mediana anteriormente às lâminas da
cartilagem tireóide;
Cartilagem cricóide: situada aproximadamente 4 cm abaixo da cartilagem tireóide.
Visão anterior
C1: também denominada de atlas, não possui corpo vertebral, possuindo duas massas
laterais que sustentam o crânio. Tem um tubérculo posterior, ao invés do processo
espinhoso, e seus processos transversos são largos e pontiagudos;
C2: também denominada de áxis, possui o processo odontóide, o qual se projeta para cima a
partir de seu corpo. Processo espinho grande e proeminente, e processos transversos
pequenos;
C3 a C6: corpos vertebrais ovais e pequenos, canais vertebrais grandes, lâminas compridas,
processos espinhosos bífidos e amplos processos transversos com um forame;
C7: possui um processo espinhoso proeminente e não-bífido.
Visão posterior
8. 8
Processo transverso de C1: palpável entre o ângulo da mandíbula e a ponta do processo
mastóideo;
Linha dos processos transversos: identificada aproximadamente 2 cm anterior à ponta dos
processos espinhosos.
Visão lateral
Tórax
Esterno
A extremidade anterior da primeira costela está situada 1 cm abaixo e 1 cm lateral à
extremidade medial da clavícula;
Junção manubrioesternal: local de inserção das cartilagens das segundas costelas;
Junção xifoesternal: local de inserção da cartilagem das sétimas costelas.
Região anterior
9. 9
Costelas
Costelas 1 a 12: articulam-se com a coluna vertebral através das cabeças;
Costelas 1 a 10: articulam-se com a coluna vertebral através dos tubérculos;
Costelas 2 a 8: ocultadas pela escápula;
Costela 8: a mais longa;
Costelas 8 a 10: suas cartilagens formam a parte anterior da margem costal, unindo-se ao
processo xifóide;
Costela 11: sua ponta está situada anterior à linha do ponto mediano da axila;
Costela 12: a mais curta;
Ângulo da costela: situado aproximadamente 3-4 cm lateral às pontas dos processos
transversos, sendo que a primeira costela não possui ângulo;
Ângulo costal: ângulo e projeção formados situado no nível da nona cartilagem costal, do
processo espinhoso de L1 e a ponta da décima segunda costela.
Região anterior
Região posterior
10. 10
Vértebras
Processos espinhosos: os que estão localizados na parte superior do tórax têm suas
respectivas pontas niveladas com a face superior do corpo vertebral inferior, enquanto os
que estão na parte inferior têm processos mais longos, os quais atingem a margem inferior
da vértebra de baixo;
T3: ponta do processo espinhoso aproximadamente no mesmo nível da raiz da espinha da
escápula;
T7: ponta do processo espinho aproximadamente no mesmo nível do ângulo inferior da
escápula;
T12: processo espinhoso semelhante aos das vértebras lombares;
Processos transversos: suas pontas laterais estão situadas 3 cm lateral e paralelas aos
processos espinhosos.
12. 12
Abdome
Abertura torácica inferior
Delimitada pelas seguintes estruturas: processo xifóide, margem costal, ângulo costal até a
décima costela, décima primeira costela (anterior à linha axilar média) e ponta da décima
segunda costela (mesmo nível do processo espinhoso de L1).
Cíngulo do membro inferior
Delimitado pelas seguintes estruturas: EIAS, crista ilíaca, EIPS e sacro (região ântero-
posterior) e tubérculos púbicos (região anterior);
Sacro: delimitado pela L5, superiormente, pelos ílios, lateralmente, e pelo cóccix,
inferiormente.
13. 13
Membro superior
Região do cíngulo do membro superior
Clavícula
Localizada na região ântero-superior da parede torácica;
Situada entre o manúbrio do esterno, medialmente, e o acrômio da escápula, lateralmente;
Aproximadamente 10 cm de comprimento;
Osso longo em forma de “S”, quando visto de cima;
Faces articulares revestidas por fibrocartilagem.
Região anterior
Escápula
Localizada na região póstero-superior da parede torácica;
Osso triangular e plano, composto por 3 ângulos, 3 margens e 2 faces;
Margem medial: situada aproximadamente 5 cm lateral aos processos espinhosos de T2 a
T8;
Processo coracóide: situado 3 cm abaixo da junção do dos terços lateral e médio da
clavícula;
Cavidade glenoidal: situada aproximadamente 3 cm abaixo e lateral ao processo coracóide.
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Região posterior
Extremidade superior do úmero
Situada verticalmente sob a margem lateral do cíngulo do membro superior;
Tubérculo menor do úmero: projeção ligeiramente em ponta situada lateralmente ao
processo coracóide;
Tubérculo maior do úmero: responsável pela saliência arredondada da região do ombro.
Região anterior
15. 15
Cotovelo
Crista supracondilar lateral: margem aguda que termina no epicôndilo lateral;
Cabeça do rádio: situada imediatamente abaixo do epicôndilo lateral;
Crista supracondilar medial: margem aguda que termina no epicôndilo medial, o qual pode
ser palpado aproximadamente 2 cm acima da articulação do cotovelo;
Olécrano: grande formação óssea que pode ser palpada na face posterior do cotovelo.
Região lateral esquerda
Região posterior
16. 16
Punho e mão
Piramidal e pisiforme: ossos do carpo que podem ser palpados imediatamente distais à
cabeça da ulna;
Face lateral do escafóide, trapézio (ossos do carpo) e base do primeiro metacarpo: situados
distalmente ao processo estilóide do rádio;
Extremidades inferiores do rádio e da ulna: concavidade que permite o encaixe do escafóide,
semilunar e piramidal;
Fileira proximal do carpo: concavidade que permite o encaixe do trapézio, trapezóide,
capitato e hamato.
Região palmar
Processo estilóide da ulna: pequena projeção situada na região póstero-medial da cabeça da
ulna;
Tubérculo dorsal do rádio: situado na região posterior da extremidade distal do rádio.
Região dorsal
17. 17
Membro Inferior
Quadril
Crista ilíaca: crista óssea localizada na região da cintura, delimitada anteriormente pela
Espinha Ilíaca Ântero-Superior e, posteriormente, pela Espinha Ilíaca Póstero-Superior;
Margem anterior da pelve menor: crista óssea situada aproximadamente 4 cm acima da
genitália, cuja depressão central abrange a união dos ossos púbicos;
Trocânter maior do fêmur: situado aproximadamente 10 cm abaixo da região mais lateral da
crista ilíaca;
Face lateral do sacro: forma o componente medial da incisura isquiática, fazendo trajeto
inferior e lateralmente, terminado no cóccix;
Tubérculos articulares: pequenos tubérculos situados lateralmente aos processos espinhosos
do sacro, alinhados aos processos articulares das vértebras acima;
Túber isquiático: situado ântero-lateral à face lateral do sacro e póstero-medial ao trocânter
do fêmur.
Região anterior
Região posterior
18. 18
Joelho
Patela: situada na região anterior do joelho, sendo mais larga na margem superior e mais
estreita na inferior;
Côndilos do fêmur: convexos para frente, delimitados pelos epicôndilos medial e lateral do
fêmur e situados, respectivamente, nas faces medial e lateral do terço distal do fêmur;
Cabeça da fíbula: situada aproximadamente 1 cm abaixo da borda do côndilo lateral da tíbia
e lateralmente à fossa poplítea.
Região anterior
Região posterior
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Tornozelo
Maléolos medial e lateral: delimitam a linha da articulação do tornozelo, sendo que entre
suas respectivas faces anteriores se localiza a cabeça do tálus.
Região anterior
Astrágalo: crista horizontal do sustentáculo do tálus, situada 1 cm abaixo da ponta do
maléolo medial;
Sulco maleolar: situado posteriormente às margens posteriores dos maléolos medial e
lateral.
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Região posterior
Pé
Navicular: situado à frente da cabeça do tálus, cuja grande tuberosidade se projeta para
baixo e medialmente, ficando aproximadamente 2,5-3 cm para baixo e à frente da ponta do
maléolo medial;
Tubérculo da fíbula: situado 1 cm abaixo e anteriormente à ponta do maléolo lateral.
Região dorsal
Calcanhar: região mais posterior do calcâneo, delimitada pelos processos medial e lateral da
tuberosidade do calcâneo.
Região plantar
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Referências
1. FIELD, D.. Anatomia palpatória. 2 ed. São Paulo. 2001
2. STONE, R. J.. Atlas musculoesquelético. 5 ed. Porto Alegre. Artmed, 2006.