SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 49
BIOLOGIA E CONTROLE
DE ARANHAS
O QUE SÃO?
 Estes artrópodos não são insetos, e
sim aracnídeos
 Os aracnídeos constituem a maior
e mais importante classe dos
quelicerados, onde estão incluídos
os escorpiões, ácaros, carrapatos e
as aranhas, e outras espécies
menos conhecidas do público em
geral
COMO SÃO?
 Possuem o corpo dividido em prossoma
(cefalotórax) e opistossoma (abdome). Não
apresentam antenas. São os únicos aracnídeos
que inoculam peçonha pelas quelíceras
CLASSIFICAÇÃO
São classificadas em 3 subordens:
1. Mesothelae
2. Orthognatha
3. Labidognatha
1
3
2
HÁBITOS
 A maioria vive sobre o solo
ou árvores, existindo porém
as subterrâneas e até as
aquáticas, como a
Argyroneta aquatica, que
faz uma câmara de teia
debaixo d´água, onde se
abriga. O ar que respira é
trazido da superfície, nos
pêlos de seu corpo, e
armazenado em uma bolha
Argyroneta aquatica
HÁBITOS
 Existem aproximadamente 35.000 espécies
de aranhas no mundo. Elas são muito
importantes no ecossistema, pois são
predadoras capazes de regular a população
de outros artrópodes, principalmente insetos,
que quando em grande número, podem se
tornar pragas
 Nem todas as aranhas tecem teias, mas as
que as fazem usam este artifício para caçar
insetos
HÁBITOS
 Uma espécie de aranha
da família Scytodidae
(Scytodes
thoracica), caça
esguichando uma
secreção adesiva,
outras não fazem teias,
sendo chamadas de
aranhas errantes, e
caçam pulando sobre
suas vítimas
Scytodes thoracica
HÁBITOS
 A aranha captura a presa,
geralmente um pequeno
artrópodo, o qual é morto pelas
quelíceras. A digestão ocorre
parcialmente do lado externo do
corpo
 Depois de uma boa refeição, elas
podem jejuar durante longo
período. Já se observou aranhas
ficarem até dezoito meses sem se
alimentar
HÁBITOS
 Algumas espécies podem ser transportadas ao
vento, quando existe corrente de ar, presas a
fios de teia, que, como uma vela de navio,
permitem que sejam levadas a grande
distância
HÁBITOS
 São muito sensíveis às vibrações e algumas até
produzem sons batendo os palpos, as
quelíceras, ou o abdome sobre o solo ou lugar
de apoio
HÁBITOS
 Usam vários meios para evitar inimigos
 Podem disfarçar-se, procurando um local
que possua a mesma coloração que elas
 Também se disfarçam, imitando materiais
inanimados, como: fezes de outros
animais, plantas, galhos, palha, frutos,
pedras etc
CICLO BIOLÓGICO
 Na maioria das aranhas, o macho é quase igual à
fêmea em seu aspecto externo, e em outros casos a
diferença é muito grande
 Geralmente, nas espécies em que ocorre dimorfismo
sexual, a fêmea é sempre a maior
CICLO BIOLÓGICO
 O número de mudas
(ecdises ou exuviação)
de uma aranha varia
de acordo com a
espécie
 Os machos mudam
uma ou duas vezes
menos que as fêmeas
CICLO BIOLÓGICO
 Normalmente, na última
muda, a aranha atinge a
maturidade sexual, sendo
que no macho, aparecem os
bulbos copuladores, onde
ele carrega seus
espermatozóides maduros
CICLO BIOLÓGICO
 A aranha macho tece uma
teia espermática, onde
deposita depois seu
esperma
 Encontrada a fêmea, o
macho executa movimentos
característicos, como se
estivesse se exibindo para a
fêmea. Ela se aproxima e o
processo se completa
CICLO BIOLÓGICO
 É conhecido o fato da fêmea matar o macho após o
acasalamento, e depois alimentar-se de seu
cadáver. Isto acontece, por exemplo com as
grandes caranguejeiras brasileiras
CICLO BIOLÓGICO
 O número de posturas e de
ovos varia muito de
espécie para espécie
 As aranhas que não fazem
teias, transportam seus
ovos em ootecas
(ovissacos) e outras
abandonam seus ovos em
um local escolhido
CICLO BIOLÓGICO
 As jovens aranhas, com o
auxílio do “dente de ovo”,
existente nas quelíceras,
abrem a casca do ovo e se
libertam. Muitas espécies
fazem a primeira refeição,
alimentando-se do resto do
ovo
ESPÉCIES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA MAIS
COMUNS
 No Brasil, as aranhas perigosas do ponto de vista
de saúde pública, são as dos gêneros:
 Phoneutria (armadeiras)
 Loxosceles (aranha marrom)
 Latrodectus (viúva-negra)
 Lycosa (aranha de grama ou aranha de jardim)
Phoneutria - ARMADEIRAS
 Conhecidas popularmente como
armadeiras, porque diante de
uma atitude de perigo, erguem
as pernas dianteiras e levantam
o corpo sobre as traseiras e
balançam de um lado para o
outro prontas para atacar
(armando o bote)
 Não fazem teias
Phoneutria -ARMADEIRAS
 As armadeiras adultas possuem o ventre preto e
vermelho. O corpo é castanho acinzentado com
manchas claras, formando um par de fileiras
longitudinais, às vezes pouco evidente e, de
cada lado, filas de manchas dispostas
obliquamente. As quelíceras são providas de
cerdas avermelhadas
 Possuem hábitos noturnos
 São encontradas em meio à vegetação, e no
meio urbano escondem-se em sapatos, roupas
etc
Phoneutria -ARMADEIRAS
 As fêmeas são maiores que os machos e medem
aproximadamente 3,5 cm. Suas pernas chegam a 5 cm
 Os machos possuem as pernas 1 cm mais longas que
as das fêmeas
 Os olhos são dispostos em
grupos de dois e quatro,
totalizando oito
Loxosceles - ARANHA MARROM
 Pequenas aranhas de 1 cm, com pernas de 1,3 cm
 Os olhos formam três pares, um mediano e um de cada lado da
cabeça. São sedentárias e de hábitos noturnos
 Aparecem escondidas em
cascas de árvores, folhas
secas, entulhos, tijolos,
atrás de móveis,
quadros, gavetas, em
meio a roupas etc
 Suas teias parecem de
algodão e se assemelham
a tecido fino. Acidentes
com elas ocorrem mais
no verão
Loxosceles - ARANHA MARROM
 Geralmente fazem as teias em locais
escondidos. Não são agressivas e fogem
quando incomodadas
 Só picam quando apertadas, por
exemplo, sob uma roupa
 A dor provocada pela picada é leve,
podendo passar despercebida. A dor
acentua-se depois de 12 a 24 horas. O
local fica inchado e avermelhado
Loxosceles - ARANHA MARROM
 Um mal estar generalizado toma conta do
paciente e pode ocorrer febre
 Surgem manchas de natureza
hemorrágicas, e bolhas
 Vem depois a necrose, seguida de
ulceração, e, posteriormente, insuficiência
renal e hemólise, ou seja, quebra de
substâncias do sangue
 É necessário tratamento e soroterapia
específica com soro antiaracnídico
Loxosceles - ARANHA MARROM
NECROSE POR Loxosceles
 Picada no rosto de uma menina,
que não buscou atendimento
médico em tempo, agravando a
situação
 A peçonha é necrosante, causando
a destruição dos tecidos ao redor
da picada
 Neste caso, é necessária uma
cirurgia plástica reparadora
NECROSE POR Loxosceles
03 dias após 06 dias após
10 dias após
Latrodectus - VIÚVA NEGRA
 Latrodectus mactans: Conhecidas
popularmente como viúvas-negras, são bem
disseminadas e muito perigosas
 Possuem abdome volumoso e medem 8 a
12 mm e com pernas na mesma medida
 São pretas com uma mancha vermelha em
forma de gravata borboleta sob o abdome,
encontradas muitas vezes em vegetação
rasteira, perto do mar ou ainda em locais
mais distantes
Latrodectus - VIÚVA NEGRA
 Latrodectus geometricus: Esbranquiçada
dorsalmente possui 14 manchas amareladas,
dispostas geometricamente
 Os olhos estão em duas fileiras transversais
quase paralelas, com quatro em cada
 Latrodectus curacaviensis: Conhecida como
flamenguinha. Predomina a cor vermelha sobre
a preta
DANOS CAUSADOS
 O veneno das aranhas é neurotóxico e dependendo da
quantidade inoculada, pode levar a vítima ao óbito
 Dependendo do caso e tipo de aranha que causou o
acidente, a vítima deverá ter rápido atendimento médico,
onde será administrado ou não o soro antipeçonha
específico
Lycosa – ARANHA DE JARDIM
 Só no Brasil foram encontradas mais de cem espécies. De porte
um pouco menor que a Phoneutria, são acinzentadas e vivem
comumente em gramados e jardins, quando a grama permanece
alta. Carregam os filhotes nas costas logo após nascerem
Lycosa – ARANHA DE JARDIM
 São conhecidas popularmente como
aranhas de jardim, aranhas de
grama, aranha-lobo ou tarântulas.
De seu nome originou-se da dança
tarantella na Itália
 O corpo mede 2 cm e as pernas de
2,5 a 3 cm. O tórax, no meio é
esbranquiçado, de onde partem
desenho de raios
 Seus hábitos são diurnos
 Geralmente os acidentes ocorrem
quando são pisadas
Lycosa – ARANHA DE JARDIM
 No dorso do abdome existe uma figura
em forma de ponta de flecha. A face
ventral do abdome e o esterno e as
ancas das pernas são pretos ou
castanhos. As quelíceras e palpos
possuem cerdas alaranjadas ou
avermelhadas
Lycosa – ARANHA DE JARDIM
 Os olhos formam três filas. A primeira com quatro olhos, e
as outras duas com dois
Esta aranha provoca acidente
benignos com suas picadas,
não pondo em risco a vida
do paciente, se feito um
curativo adequado e
orientado pelo médico
A região atingida mostra
inchaço e vermelhidão,
podendo ocorrer infecções
secundárias
IDENTIFICAÇÃO
Phoneutria LycosaLatrodectusLoxosceles
PREVENÇÃO
 Em qualquer caso de acidente
com animal peçonhento, o
paciente deve ser medicado
nas primeiras horas após o
acidente
 O soro antiveneno ou
antipeçonha é o único
tratamento eficaz
SOROTERAPIA
 Soro Antiaracnídico – contra picadas de
aranhas dos gêneros Loxosceles e Phoneutria
 Soro Antilatrodético - contra picadas de
aranhas dos gêneros Latrodectus
MEDIDAS PREVENTIVAS
 Manter limpos os jardins, aparando e cortando a
vegetação excedente
 Não plantar bananeiras próximas à residência
 Em local muito arborizado, fechar portas e janelas ao
anoitecer
 Manter fechados armários e gavetas que se constituem
de um excelente abrigo
 Examinar roupas e calçados antes de usá-los
 Observar a presença de aranhas em objetos ou móveis
que tenham sido guardados por períodos prolongados
em ambientes escuros
MEDIDAS PREVENTIVAS
JARDINS E QUINTAIS:
Mantê-los limpos e secos, com
a grama aparada e retirando o
mato ou folhas caídas
As plantas ornamentais e
trepadeiras devem ser
afastadas das paredes das
casas, evitando que as folhas
toquem o chão
MEDIDAS PREVENTIVAS
ENTULHOS: Evitar o acúmulo de restos de
construção como tijolos, pedras, areia, telhas,
madeiras, galhos ou troncos de árvore, além de
outros materiais como pneus, móveis, caixotes,
panos, latas e demais bens em desuso
MEDIDAS PREVENTIVAS
PROTEÇÃO: Andar sempre calçado e usar luvas
de couro ao mexer em entulhos ou buracos,
material de construção, lenha etc
Examinar com cuidado os calçados, sacudindo-os
bem antes de calçá-los e verificar com cuidado as
roupas, toalhas ou panos de limpeza, revirando-
os com o auxílio de um objeto antes de pôr-lhes
as mão
MEDIDAS PREVENTIVAS
PORTAS: Manter as frestas, embaixo das portas,
vedadas com rolinhos de pano cheios de areia, ou
com frisos de borracha
MÓVEIS: Mantê-los desencostados da parede
INSETICIDAS: Usar de inseticidas quando a
infestação for muito grande, porém somente
com orientação técnica de empresa legalizada,
responsável por controle de vetores e pragas
CUIDADOS APÓS ACIDENTE
 1. Lave o local da picada de preferência com água e sabão
 2. Mantenha a vítima deitada. Evite que ela se movimente
para não favorecer a absorção do veneno
 3. Se a picada for na perna ou no braço, mantenha-os em
posição mais elevada
 4. Não faça torniquete, impedindo a circulação do sangue,
pois pode causar gangrena ou necrose
CUIDADOS APÓS ACIDENTE
 5. Não fure, não corte, não queime, não esprema, não faça
sucção no local da ferida e não aplique folhas, pó de café
ou terra sobre ela para não provocar infecção
 6. Não dê a vítima pinga, querosene, ou fumo, como é
costume em algumas regiões do país
 7. Leve a vítima imediatamente ao Posto de Saúde mais
próximo, para que possa avaliar se necessita de receber
soro específico em tempo
CUIDADOS APÓS ACIDENTE
 8. Leve, se possível, o animal agressor, mesmo morto, para
facilitar a identificação e o diagnóstico
 9. Lembre-se: nenhum remédio caseiro substitui o soro
antipeçonha
PARECE... MAS NÃO É
 Alguns aracnídeos que parecem aranhas, mas
não são:
Opiliões
Opilião sob
luz UV
 Apesar da aparência assustadora, estes aracnídeos
são inofensivos
Solífugo ou SolpúgidoAmblipígeo
PARECE... MAS NÃO É
FIM
Treinamento desenvolvido pelos Departamentos
Técnico e de Comunicação da Astral Franqueadora

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

AULA 4 - PARASITOLOGIA (HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS).pptx
AULA 4 - PARASITOLOGIA (HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS).pptxAULA 4 - PARASITOLOGIA (HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS).pptx
AULA 4 - PARASITOLOGIA (HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS).pptxJordniaMatias2
 
Aranhas e escorpiões- Morfologia e Efeitos do Veneno
Aranhas e escorpiões- Morfologia e Efeitos do VenenoAranhas e escorpiões- Morfologia e Efeitos do Veneno
Aranhas e escorpiões- Morfologia e Efeitos do VenenoElainny Gladys
 
2 s fungi_ maio 2014
2 s fungi_ maio 20142 s fungi_ maio 2014
2 s fungi_ maio 2014Nu Barone
 
Aula n° 7 helmintos
Aula n° 7   helmintosAula n° 7   helmintos
Aula n° 7 helmintosGildo Crispim
 
Primeiros socorros acidentes com animais cobras e aranhas
Primeiros socorros acidentes com animais cobras e aranhasPrimeiros socorros acidentes com animais cobras e aranhas
Primeiros socorros acidentes com animais cobras e aranhasAnita Queiroz
 
Aula o processo infeccioso - cl ii
Aula   o processo infeccioso - cl iiAula   o processo infeccioso - cl ii
Aula o processo infeccioso - cl iiKeila Rafaela
 
Introdução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaIntrodução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaSafia Naser
 
Conceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagens
Conceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagensConceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagens
Conceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagensMarília Gomes
 
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação Viral
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação ViralAula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação Viral
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação ViralJaqueline Almeida
 

Mais procurados (20)

AULA 4 - PARASITOLOGIA (HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS).pptx
AULA 4 - PARASITOLOGIA (HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS).pptxAULA 4 - PARASITOLOGIA (HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS).pptx
AULA 4 - PARASITOLOGIA (HELMINTOS E PROTOZOÁRIOS).pptx
 
Classificação insetos
Classificação insetosClassificação insetos
Classificação insetos
 
Aranhas e escorpiões- Morfologia e Efeitos do Veneno
Aranhas e escorpiões- Morfologia e Efeitos do VenenoAranhas e escorpiões- Morfologia e Efeitos do Veneno
Aranhas e escorpiões- Morfologia e Efeitos do Veneno
 
Diptera - vet 145
Diptera - vet 145Diptera - vet 145
Diptera - vet 145
 
Artrópodes.ppt
Artrópodes.pptArtrópodes.ppt
Artrópodes.ppt
 
2 s fungi_ maio 2014
2 s fungi_ maio 20142 s fungi_ maio 2014
2 s fungi_ maio 2014
 
Aula 12 virus
Aula   12 virusAula   12 virus
Aula 12 virus
 
Lepidópteros (lagartas)
Lepidópteros (lagartas)Lepidópteros (lagartas)
Lepidópteros (lagartas)
 
Aula n° 7 helmintos
Aula n° 7   helmintosAula n° 7   helmintos
Aula n° 7 helmintos
 
Animais peçonhentos
Animais peçonhentosAnimais peçonhentos
Animais peçonhentos
 
Artropodes
ArtropodesArtropodes
Artropodes
 
Primeiros socorros acidentes com animais cobras e aranhas
Primeiros socorros acidentes com animais cobras e aranhasPrimeiros socorros acidentes com animais cobras e aranhas
Primeiros socorros acidentes com animais cobras e aranhas
 
Parasitologia
ParasitologiaParasitologia
Parasitologia
 
Aula o processo infeccioso - cl ii
Aula   o processo infeccioso - cl iiAula   o processo infeccioso - cl ii
Aula o processo infeccioso - cl ii
 
Introdução a Parasitologia
Introdução a ParasitologiaIntrodução a Parasitologia
Introdução a Parasitologia
 
Slides fungos
Slides  fungosSlides  fungos
Slides fungos
 
Conceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagens
Conceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagensConceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagens
Conceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagens
 
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação Viral
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação ViralAula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação Viral
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação Viral
 
História da Teoria Microbiana das Doenças
História da Teoria Microbiana das DoençasHistória da Teoria Microbiana das Doenças
História da Teoria Microbiana das Doenças
 
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 003
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 003Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 003
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 003
 

Destaque (20)

Aranhas
AranhasAranhas
Aranhas
 
Escorpião ok
Escorpião okEscorpião ok
Escorpião ok
 
Escorpiões
EscorpiõesEscorpiões
Escorpiões
 
Escorpiões
EscorpiõesEscorpiões
Escorpiões
 
Trabalho de ciencias (escorpião dourado)
Trabalho de ciencias (escorpião dourado)Trabalho de ciencias (escorpião dourado)
Trabalho de ciencias (escorpião dourado)
 
Animais perçonhentos
Animais perçonhentosAnimais perçonhentos
Animais perçonhentos
 
Escorpiao..
Escorpiao..Escorpiao..
Escorpiao..
 
Picadas de aracnideos
Picadas de aracnideosPicadas de aracnideos
Picadas de aracnideos
 
Planejamento do Blog
Planejamento do BlogPlanejamento do Blog
Planejamento do Blog
 
Aranhas
Aranhas  Aranhas
Aranhas
 
Trabalho de ciencias (escorpião dourado)2
Trabalho de ciencias (escorpião dourado)2Trabalho de ciencias (escorpião dourado)2
Trabalho de ciencias (escorpião dourado)2
 
Lucas giovane biodiurno141_aranhas
Lucas giovane biodiurno141_aranhasLucas giovane biodiurno141_aranhas
Lucas giovane biodiurno141_aranhas
 
Brazilian wandering spiders.
Brazilian wandering spiders.Brazilian wandering spiders.
Brazilian wandering spiders.
 
Aranha marrom
Aranha marromAranha marrom
Aranha marrom
 
Animais 1
Animais 1Animais 1
Animais 1
 
Picada animais peçonhentos
Picada animais peçonhentosPicada animais peçonhentos
Picada animais peçonhentos
 
TPM Sexualidade humana 7 a 03
TPM Sexualidade humana 7 a 03TPM Sexualidade humana 7 a 03
TPM Sexualidade humana 7 a 03
 
Chelicerata seminário
Chelicerata   seminárioChelicerata   seminário
Chelicerata seminário
 
Evitar Asfixia com Alimentos
Evitar Asfixia com AlimentosEvitar Asfixia com Alimentos
Evitar Asfixia com Alimentos
 
Aracnideos
AracnideosAracnideos
Aracnideos
 

Semelhante a Biologia e controle de aranhas

Semelhante a Biologia e controle de aranhas (20)

Guia de Bolso Animais Peçonhentos Digital.pdf
Guia de Bolso Animais Peçonhentos Digital.pdfGuia de Bolso Animais Peçonhentos Digital.pdf
Guia de Bolso Animais Peçonhentos Digital.pdf
 
Artropodes
ArtropodesArtropodes
Artropodes
 
Aula de Animais peçonhentos em power points
Aula de Animais peçonhentos em power pointsAula de Animais peçonhentos em power points
Aula de Animais peçonhentos em power points
 
Resumo de animais peçonhentos
Resumo de animais peçonhentosResumo de animais peçonhentos
Resumo de animais peçonhentos
 
Ambiente terrestre i
Ambiente terrestre  iAmbiente terrestre  i
Ambiente terrestre i
 
ANIMAIS+PEÇONHENTOS+AULA.ppt
ANIMAIS+PEÇONHENTOS+AULA.pptANIMAIS+PEÇONHENTOS+AULA.ppt
ANIMAIS+PEÇONHENTOS+AULA.ppt
 
Os animais peconhentos
Os animais peconhentosOs animais peconhentos
Os animais peconhentos
 
Matéria de Especialidade - Anfíbios.pdf
Matéria de Especialidade - Anfíbios.pdfMatéria de Especialidade - Anfíbios.pdf
Matéria de Especialidade - Anfíbios.pdf
 
Ecossistema
EcossistemaEcossistema
Ecossistema
 
Animais peçonhentos ofidismo
Animais peçonhentos ofidismoAnimais peçonhentos ofidismo
Animais peçonhentos ofidismo
 
Ambiente terrestre
Ambiente terrestre Ambiente terrestre
Ambiente terrestre
 
Especilaidade anfibios.pptx
Especilaidade anfibios.pptxEspecilaidade anfibios.pptx
Especilaidade anfibios.pptx
 
Artropoda arachnida
Artropoda arachnidaArtropoda arachnida
Artropoda arachnida
 
Artrópodes
ArtrópodesArtrópodes
Artrópodes
 
Ecossistema
EcossistemaEcossistema
Ecossistema
 
Artrópodes
ArtrópodesArtrópodes
Artrópodes
 
Classe Dos AnfíBios
Classe Dos AnfíBiosClasse Dos AnfíBios
Classe Dos AnfíBios
 
ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS.pptx
ACIDENTES POR ANIMAIS  PEÇONHENTOS.pptxACIDENTES POR ANIMAIS  PEÇONHENTOS.pptx
ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS.pptx
 
ESPECIALIDADE DE ANFIBIOS (2).pdf
ESPECIALIDADE DE ANFIBIOS (2).pdfESPECIALIDADE DE ANFIBIOS (2).pdf
ESPECIALIDADE DE ANFIBIOS (2).pdf
 
Guiadecampoanimaispeonhentos 140624073006-phpapp02
Guiadecampoanimaispeonhentos 140624073006-phpapp02Guiadecampoanimaispeonhentos 140624073006-phpapp02
Guiadecampoanimaispeonhentos 140624073006-phpapp02
 

Mais de Astral Saúde Ambiental - Líder no controle de pragas

Mais de Astral Saúde Ambiental - Líder no controle de pragas (20)

Astral group (slideshare)
Astral group (slideshare)Astral group (slideshare)
Astral group (slideshare)
 
Lacraias
LacraiasLacraias
Lacraias
 
Biologia e controle de serpentes peçonhentas
Biologia e controle de serpentes peçonhentasBiologia e controle de serpentes peçonhentas
Biologia e controle de serpentes peçonhentas
 
Biologia e controle de abelhas e vespas
Biologia e controle de abelhas e vespasBiologia e controle de abelhas e vespas
Biologia e controle de abelhas e vespas
 
Vigilancia de especies mosquitos no Zoológico RJ
Vigilancia de especies mosquitos no Zoológico RJVigilancia de especies mosquitos no Zoológico RJ
Vigilancia de especies mosquitos no Zoológico RJ
 
Treinamento dengue para Voluntários dos Jogos Panamericanos RJ (castello)
Treinamento dengue para Voluntários dos Jogos Panamericanos RJ (castello)Treinamento dengue para Voluntários dos Jogos Panamericanos RJ (castello)
Treinamento dengue para Voluntários dos Jogos Panamericanos RJ (castello)
 
Os sentidos dos mosquitos
Os sentidos dos mosquitosOs sentidos dos mosquitos
Os sentidos dos mosquitos
 
Histórico do aedes gve 2006
Histórico do aedes  gve 2006Histórico do aedes  gve 2006
Histórico do aedes gve 2006
 
Vigilancia Entomilogica na cidade do Rio de Janeiro - Vigentomoccv
Vigilancia Entomilogica na cidade do Rio de Janeiro - VigentomoccvVigilancia Entomilogica na cidade do Rio de Janeiro - Vigentomoccv
Vigilancia Entomilogica na cidade do Rio de Janeiro - Vigentomoccv
 
PREFEITURA RIO - Setor de controle Vetores da Malária
PREFEITURA RIO - Setor de controle Vetores da MaláriaPREFEITURA RIO - Setor de controle Vetores da Malária
PREFEITURA RIO - Setor de controle Vetores da Malária
 
PREFEITURA RIO - Setor de controle Vetores em PORTOS e AEROPORTOS.
PREFEITURA RIO - Setor de controle Vetores em PORTOS e AEROPORTOS.PREFEITURA RIO - Setor de controle Vetores em PORTOS e AEROPORTOS.
PREFEITURA RIO - Setor de controle Vetores em PORTOS e AEROPORTOS.
 
Desmitificando o aedes aegypti
Desmitificando o aedes aegyptiDesmitificando o aedes aegypti
Desmitificando o aedes aegypti
 
Entomologia médica
Entomologia médicaEntomologia médica
Entomologia médica
 
X siconbiol piryproxyfen
X siconbiol   piryproxyfenX siconbiol   piryproxyfen
X siconbiol piryproxyfen
 
Medidas preventivas
Medidas preventivasMedidas preventivas
Medidas preventivas
 
Biologia e controle de carrapatos e ácaros
Biologia e controle de carrapatos e ácarosBiologia e controle de carrapatos e ácaros
Biologia e controle de carrapatos e ácaros
 
Biologia e controle de baratas
Biologia e controle de baratasBiologia e controle de baratas
Biologia e controle de baratas
 
Caramujo achatina fulica
Caramujo achatina fulicaCaramujo achatina fulica
Caramujo achatina fulica
 
Biologia e controle de pombos
Biologia e controle de pombosBiologia e controle de pombos
Biologia e controle de pombos
 
Mosquitos e vetores abate basf
Mosquitos e vetores   abate basfMosquitos e vetores   abate basf
Mosquitos e vetores abate basf
 

Biologia e controle de aranhas

  • 2. O QUE SÃO?  Estes artrópodos não são insetos, e sim aracnídeos  Os aracnídeos constituem a maior e mais importante classe dos quelicerados, onde estão incluídos os escorpiões, ácaros, carrapatos e as aranhas, e outras espécies menos conhecidas do público em geral
  • 3. COMO SÃO?  Possuem o corpo dividido em prossoma (cefalotórax) e opistossoma (abdome). Não apresentam antenas. São os únicos aracnídeos que inoculam peçonha pelas quelíceras
  • 4. CLASSIFICAÇÃO São classificadas em 3 subordens: 1. Mesothelae 2. Orthognatha 3. Labidognatha 1 3 2
  • 5. HÁBITOS  A maioria vive sobre o solo ou árvores, existindo porém as subterrâneas e até as aquáticas, como a Argyroneta aquatica, que faz uma câmara de teia debaixo d´água, onde se abriga. O ar que respira é trazido da superfície, nos pêlos de seu corpo, e armazenado em uma bolha Argyroneta aquatica
  • 6. HÁBITOS  Existem aproximadamente 35.000 espécies de aranhas no mundo. Elas são muito importantes no ecossistema, pois são predadoras capazes de regular a população de outros artrópodes, principalmente insetos, que quando em grande número, podem se tornar pragas  Nem todas as aranhas tecem teias, mas as que as fazem usam este artifício para caçar insetos
  • 7. HÁBITOS  Uma espécie de aranha da família Scytodidae (Scytodes thoracica), caça esguichando uma secreção adesiva, outras não fazem teias, sendo chamadas de aranhas errantes, e caçam pulando sobre suas vítimas Scytodes thoracica
  • 8. HÁBITOS  A aranha captura a presa, geralmente um pequeno artrópodo, o qual é morto pelas quelíceras. A digestão ocorre parcialmente do lado externo do corpo  Depois de uma boa refeição, elas podem jejuar durante longo período. Já se observou aranhas ficarem até dezoito meses sem se alimentar
  • 9. HÁBITOS  Algumas espécies podem ser transportadas ao vento, quando existe corrente de ar, presas a fios de teia, que, como uma vela de navio, permitem que sejam levadas a grande distância
  • 10. HÁBITOS  São muito sensíveis às vibrações e algumas até produzem sons batendo os palpos, as quelíceras, ou o abdome sobre o solo ou lugar de apoio
  • 11. HÁBITOS  Usam vários meios para evitar inimigos  Podem disfarçar-se, procurando um local que possua a mesma coloração que elas  Também se disfarçam, imitando materiais inanimados, como: fezes de outros animais, plantas, galhos, palha, frutos, pedras etc
  • 12. CICLO BIOLÓGICO  Na maioria das aranhas, o macho é quase igual à fêmea em seu aspecto externo, e em outros casos a diferença é muito grande  Geralmente, nas espécies em que ocorre dimorfismo sexual, a fêmea é sempre a maior
  • 13. CICLO BIOLÓGICO  O número de mudas (ecdises ou exuviação) de uma aranha varia de acordo com a espécie  Os machos mudam uma ou duas vezes menos que as fêmeas
  • 14. CICLO BIOLÓGICO  Normalmente, na última muda, a aranha atinge a maturidade sexual, sendo que no macho, aparecem os bulbos copuladores, onde ele carrega seus espermatozóides maduros
  • 15. CICLO BIOLÓGICO  A aranha macho tece uma teia espermática, onde deposita depois seu esperma  Encontrada a fêmea, o macho executa movimentos característicos, como se estivesse se exibindo para a fêmea. Ela se aproxima e o processo se completa
  • 16. CICLO BIOLÓGICO  É conhecido o fato da fêmea matar o macho após o acasalamento, e depois alimentar-se de seu cadáver. Isto acontece, por exemplo com as grandes caranguejeiras brasileiras
  • 17. CICLO BIOLÓGICO  O número de posturas e de ovos varia muito de espécie para espécie  As aranhas que não fazem teias, transportam seus ovos em ootecas (ovissacos) e outras abandonam seus ovos em um local escolhido
  • 18. CICLO BIOLÓGICO  As jovens aranhas, com o auxílio do “dente de ovo”, existente nas quelíceras, abrem a casca do ovo e se libertam. Muitas espécies fazem a primeira refeição, alimentando-se do resto do ovo
  • 19. ESPÉCIES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA MAIS COMUNS  No Brasil, as aranhas perigosas do ponto de vista de saúde pública, são as dos gêneros:  Phoneutria (armadeiras)  Loxosceles (aranha marrom)  Latrodectus (viúva-negra)  Lycosa (aranha de grama ou aranha de jardim)
  • 20. Phoneutria - ARMADEIRAS  Conhecidas popularmente como armadeiras, porque diante de uma atitude de perigo, erguem as pernas dianteiras e levantam o corpo sobre as traseiras e balançam de um lado para o outro prontas para atacar (armando o bote)  Não fazem teias
  • 21. Phoneutria -ARMADEIRAS  As armadeiras adultas possuem o ventre preto e vermelho. O corpo é castanho acinzentado com manchas claras, formando um par de fileiras longitudinais, às vezes pouco evidente e, de cada lado, filas de manchas dispostas obliquamente. As quelíceras são providas de cerdas avermelhadas  Possuem hábitos noturnos  São encontradas em meio à vegetação, e no meio urbano escondem-se em sapatos, roupas etc
  • 22. Phoneutria -ARMADEIRAS  As fêmeas são maiores que os machos e medem aproximadamente 3,5 cm. Suas pernas chegam a 5 cm  Os machos possuem as pernas 1 cm mais longas que as das fêmeas  Os olhos são dispostos em grupos de dois e quatro, totalizando oito
  • 23. Loxosceles - ARANHA MARROM  Pequenas aranhas de 1 cm, com pernas de 1,3 cm  Os olhos formam três pares, um mediano e um de cada lado da cabeça. São sedentárias e de hábitos noturnos
  • 24.  Aparecem escondidas em cascas de árvores, folhas secas, entulhos, tijolos, atrás de móveis, quadros, gavetas, em meio a roupas etc  Suas teias parecem de algodão e se assemelham a tecido fino. Acidentes com elas ocorrem mais no verão Loxosceles - ARANHA MARROM
  • 25.  Geralmente fazem as teias em locais escondidos. Não são agressivas e fogem quando incomodadas  Só picam quando apertadas, por exemplo, sob uma roupa  A dor provocada pela picada é leve, podendo passar despercebida. A dor acentua-se depois de 12 a 24 horas. O local fica inchado e avermelhado Loxosceles - ARANHA MARROM
  • 26.  Um mal estar generalizado toma conta do paciente e pode ocorrer febre  Surgem manchas de natureza hemorrágicas, e bolhas  Vem depois a necrose, seguida de ulceração, e, posteriormente, insuficiência renal e hemólise, ou seja, quebra de substâncias do sangue  É necessário tratamento e soroterapia específica com soro antiaracnídico Loxosceles - ARANHA MARROM
  • 27. NECROSE POR Loxosceles  Picada no rosto de uma menina, que não buscou atendimento médico em tempo, agravando a situação  A peçonha é necrosante, causando a destruição dos tecidos ao redor da picada  Neste caso, é necessária uma cirurgia plástica reparadora
  • 28. NECROSE POR Loxosceles 03 dias após 06 dias após 10 dias após
  • 29. Latrodectus - VIÚVA NEGRA  Latrodectus mactans: Conhecidas popularmente como viúvas-negras, são bem disseminadas e muito perigosas  Possuem abdome volumoso e medem 8 a 12 mm e com pernas na mesma medida  São pretas com uma mancha vermelha em forma de gravata borboleta sob o abdome, encontradas muitas vezes em vegetação rasteira, perto do mar ou ainda em locais mais distantes
  • 30. Latrodectus - VIÚVA NEGRA  Latrodectus geometricus: Esbranquiçada dorsalmente possui 14 manchas amareladas, dispostas geometricamente  Os olhos estão em duas fileiras transversais quase paralelas, com quatro em cada  Latrodectus curacaviensis: Conhecida como flamenguinha. Predomina a cor vermelha sobre a preta
  • 31. DANOS CAUSADOS  O veneno das aranhas é neurotóxico e dependendo da quantidade inoculada, pode levar a vítima ao óbito  Dependendo do caso e tipo de aranha que causou o acidente, a vítima deverá ter rápido atendimento médico, onde será administrado ou não o soro antipeçonha específico
  • 32. Lycosa – ARANHA DE JARDIM  Só no Brasil foram encontradas mais de cem espécies. De porte um pouco menor que a Phoneutria, são acinzentadas e vivem comumente em gramados e jardins, quando a grama permanece alta. Carregam os filhotes nas costas logo após nascerem
  • 33. Lycosa – ARANHA DE JARDIM  São conhecidas popularmente como aranhas de jardim, aranhas de grama, aranha-lobo ou tarântulas. De seu nome originou-se da dança tarantella na Itália  O corpo mede 2 cm e as pernas de 2,5 a 3 cm. O tórax, no meio é esbranquiçado, de onde partem desenho de raios  Seus hábitos são diurnos  Geralmente os acidentes ocorrem quando são pisadas
  • 34. Lycosa – ARANHA DE JARDIM  No dorso do abdome existe uma figura em forma de ponta de flecha. A face ventral do abdome e o esterno e as ancas das pernas são pretos ou castanhos. As quelíceras e palpos possuem cerdas alaranjadas ou avermelhadas
  • 35. Lycosa – ARANHA DE JARDIM  Os olhos formam três filas. A primeira com quatro olhos, e as outras duas com dois Esta aranha provoca acidente benignos com suas picadas, não pondo em risco a vida do paciente, se feito um curativo adequado e orientado pelo médico A região atingida mostra inchaço e vermelhidão, podendo ocorrer infecções secundárias
  • 37. PREVENÇÃO  Em qualquer caso de acidente com animal peçonhento, o paciente deve ser medicado nas primeiras horas após o acidente  O soro antiveneno ou antipeçonha é o único tratamento eficaz
  • 38. SOROTERAPIA  Soro Antiaracnídico – contra picadas de aranhas dos gêneros Loxosceles e Phoneutria  Soro Antilatrodético - contra picadas de aranhas dos gêneros Latrodectus
  • 39. MEDIDAS PREVENTIVAS  Manter limpos os jardins, aparando e cortando a vegetação excedente  Não plantar bananeiras próximas à residência  Em local muito arborizado, fechar portas e janelas ao anoitecer  Manter fechados armários e gavetas que se constituem de um excelente abrigo  Examinar roupas e calçados antes de usá-los  Observar a presença de aranhas em objetos ou móveis que tenham sido guardados por períodos prolongados em ambientes escuros
  • 40. MEDIDAS PREVENTIVAS JARDINS E QUINTAIS: Mantê-los limpos e secos, com a grama aparada e retirando o mato ou folhas caídas As plantas ornamentais e trepadeiras devem ser afastadas das paredes das casas, evitando que as folhas toquem o chão
  • 41. MEDIDAS PREVENTIVAS ENTULHOS: Evitar o acúmulo de restos de construção como tijolos, pedras, areia, telhas, madeiras, galhos ou troncos de árvore, além de outros materiais como pneus, móveis, caixotes, panos, latas e demais bens em desuso
  • 42. MEDIDAS PREVENTIVAS PROTEÇÃO: Andar sempre calçado e usar luvas de couro ao mexer em entulhos ou buracos, material de construção, lenha etc Examinar com cuidado os calçados, sacudindo-os bem antes de calçá-los e verificar com cuidado as roupas, toalhas ou panos de limpeza, revirando- os com o auxílio de um objeto antes de pôr-lhes as mão
  • 43. MEDIDAS PREVENTIVAS PORTAS: Manter as frestas, embaixo das portas, vedadas com rolinhos de pano cheios de areia, ou com frisos de borracha MÓVEIS: Mantê-los desencostados da parede INSETICIDAS: Usar de inseticidas quando a infestação for muito grande, porém somente com orientação técnica de empresa legalizada, responsável por controle de vetores e pragas
  • 44. CUIDADOS APÓS ACIDENTE  1. Lave o local da picada de preferência com água e sabão  2. Mantenha a vítima deitada. Evite que ela se movimente para não favorecer a absorção do veneno  3. Se a picada for na perna ou no braço, mantenha-os em posição mais elevada  4. Não faça torniquete, impedindo a circulação do sangue, pois pode causar gangrena ou necrose
  • 45. CUIDADOS APÓS ACIDENTE  5. Não fure, não corte, não queime, não esprema, não faça sucção no local da ferida e não aplique folhas, pó de café ou terra sobre ela para não provocar infecção  6. Não dê a vítima pinga, querosene, ou fumo, como é costume em algumas regiões do país  7. Leve a vítima imediatamente ao Posto de Saúde mais próximo, para que possa avaliar se necessita de receber soro específico em tempo
  • 46. CUIDADOS APÓS ACIDENTE  8. Leve, se possível, o animal agressor, mesmo morto, para facilitar a identificação e o diagnóstico  9. Lembre-se: nenhum remédio caseiro substitui o soro antipeçonha
  • 47. PARECE... MAS NÃO É  Alguns aracnídeos que parecem aranhas, mas não são: Opiliões Opilião sob luz UV
  • 48.  Apesar da aparência assustadora, estes aracnídeos são inofensivos Solífugo ou SolpúgidoAmblipígeo PARECE... MAS NÃO É
  • 49. FIM Treinamento desenvolvido pelos Departamentos Técnico e de Comunicação da Astral Franqueadora