2. Animais Peçonhentos
Animal Peçonhento:
É aquele que possui veneno e apresenta
uma estrutura para inocular este veneno:
Serpentes (presas), Aranhas (quelíceras),
Escorpiões (aguilhão) e Lagartas (cerdas).
Animal Venenoso:
É aquele que possui veneno, mas não
apresentam estrutura para inocular este
veneno:
Sapos, Outros.
3. Serpentes/Cobras
No Brasil as serpentes de interesse
toxicológico pertencem a duas famílias: Viperidae
e Elapidae. A família Viperidae é representada
pelos gêneros Bothrops, Crotalus (cascavel)
e Lachesis (surucucu-pico-de-jaca). A família
Elapidae é representada pelo
gênero Micrurus (coral-verdadeira).
4. Principais Serpentes:
Jararaca (Bothrops jararaca)
Apresentam coloração marrom esverdeada, com
desenhos na forma de “V” invertido em cor preta ou
castanha escuro, cauda lisa. Podem medir
aproximadamente 1m de comprimento. Ocorrem em
todo o estado do Rio Grande do Sul.
5. Cruzeira, urutu (Bothrops alternatus)
Apresenta coloração marrom, com desenhos na
forma de gancho de telefone, com a borda branca.
Podem medir aproximadamente 1m de
comprimento. Ocorre em todo o estado do Rio
Grande do Sul, principalmente em vegetação
rasteira, perto de açudes e plantações.
6. Jararaca-pintada (Bothrops pubescens)
Apresenta coloração castanha com desenhos em
forma de trapézios. São serpentes de pequeno a
médio porte. São muito ágeis.
7. Cotiara (Bothrops cotiara)
Apresentam coloração castanha esverdeada com
desenhos de trapézios. Apresenta o ventre preto.
São serpentes de pequeno a médio porte.
8. Cascavel (Crotalus durissus)
Apresentam coloração marrom-amarelada, com
desenhos em forma de losangos mais claros no
dorso e nas laterais. Podem medir
aproximadamente 1 m de comprimento. Ocorre em
regiões pedregosas e secas do Rio Grande do Sul.
9. Coral-verdadeira (Micrurus altirostris)
Corpo dividido em anéis vermelhos, pretos e
brancos ao redor de todo o corpo. Serpente de
pequeno porte (70-80 cm). Não possui fosseta
loreal.
10. Aranhas
A maioria das aranhas não representa
perigo para as pessoas ou animais.
Alimentam-se principalmente de insetos.
As aranhas que apresentam interesse
médico e que ocorrem no Rio Grande
do Sul são:
11. Caranguejeiras (Infraordem Mygalomorphae)
Apresentam uma grande quantidade de pelos.
São escuras, apresentando variação de
tonalidade do marrom ao preto. São chamadas
de falsas-aranhas por possuírem as quelíceras
com movimentos paralelos ao eixo do corpo, ao
contrário das demais aranhas na qual os
movimentos das quelíceras são
perpendiculares ao eixo longitudinal do corpo.
12. Aranha-de-jardim (Lycosa sp.)
Apresentam coloração marrom-acinzentada,
com desenho no abdome em forma de seta.
Atingem até 3 cm de corpo e 5 cm de
envergadura de patas. São encontradas
próximas às residências, em jardins, na
grama, etc.
13. Armadeira (Phoneutria sp.)
Durante o dia escondem-se em troncos,
bananeiras, em construções, em locais
escuros como dentro dos calçados, atrás de
móveis, etc.
14. Aranha-marrom (Loxosceles sp.)
São aranhas pequenas que medem
aproximadamente 1 cm de corpo e 3 cm de
envergadura das patas. Apresentam
coloração marrom-avermelhada e abdômen
em formato de caroço de azeitona. Vivem
principalmente dentro das casas, atrás de
móveis, sótãos, porões, garagens, etc.
Picam somente quando comprimidas com o
corpo.
15. Escorpiões
Os escorpiões possuem hábitos
noturnos, portanto é à noite que saem
para procurar alimento (principalmente
baratas). Durante o dia ficam
descansando embaixo de pedras,
telhas, madeiras e troncos em
decomposição.
16. Escorpião-preto (Bothriurus bonariensis)
O escorpião mais comum em nosso meio,
encontrado em todo o RS, apresenta
coloração preta ou marrom escura ou corpo
escuro com patas marrom mais claras
(avermelhadas).
17. Escorpião-manchado (Tityus costatus)
Não é tão comum quanto o escorpião preto,
mas, também ocorre no RS. Apresenta o
corpo escuro, sendo que a cauda e as patas
são manchadas de marrom com amarelo.
18. Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus)
O tronco apresenta coloração castanha com
as patas e a cauda amarelos. Não é comum
no RS mas, tem se dispersado com
carregamentos de materiais (frutas, madeiras,
entre outras) vindos de outros estados.
19. Medidas Preventivas:
Usar botas de borracha (até o joelho), ou botinas
com perneiras ao andar no campo ou mata.
Usar luvas de raspa de couro e/ou abrigo com mangas longas
nas atividades de jardinagem. Manter jardins e quintais limpos.
Limpar terrenos baldios próximos das residências. Evitar
folhagens densas junto a paredes e muros de casas. Usar
graveto, enxada ou gancho ao mexer em lenha, buracos, folhas
secas, troncos ocos.
Rebocar paredes para que não apresentem rachaduras ou
frestas.
Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de
borracha.Colocar telas nos ralos das pias ou tanques.
Consertar rodapés soltos.
Colocar telas nas janelas.
Evitar o contato com lagartas urticantes. Observar a presença
de folhas roídas, fezes ou pupas no solo.
20. Primeiros Atendimento:
Lave o local da picada com água e sabão.
Mantenha a vítima sentada ou deitada
para não favorecer a circulação do veneno.
Se a picada for na perna ou no braço,
mantenha-os em posição mais elevada.
Leve a vítima ao serviço de saúde mais
próximo para que possa receber
atendimento.
Encaminhe o paciente para atendimento
médico.
Ligue para o CIT/RS – 0800 721 3000.
21. Em um acidente com serpente deve-
se fazer garrote?
NÃO. Não amarre o braço ou perna acidentada. O
torniquete, ou garrote, dificulta a circulação do
sangue, podendo produzir necrose ou gangrena e
não impede que o veneno seja absorvido.
http://www.cit.rs.gov.br
22. O que não fazer?
Não amarre o local da picada (galote).
Este procedimento pode impedir a
circulação podendo causar necrose.
Não corte o local da ferida!
Não aplique folhas, pó de café ou terra
sobre a ferida.
Não dê bebidas alcoólicas ou fumo para
a vítima!