SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 95
Livro
Terceiro
Leis Morais
Capítulo IX –
VIII. Lei de igualdadeVIII. Lei de igualdade
q. 803 a 824.
“Assim vocês se tornarão filhos do Pai
que está no céu, porque ele faz o Sol
nascer sobre maus e bons, e a chuva
cair sobre justos e injustos.”
(Jesus, em Mateus 5,45)
Nas culturas judaica e cristã,
admitia-se:
gar fez crescer carne. Depois, da costela que
tinha tirado do homem, Javé Deus modelou
uma mulher, e apresentou-a para o homem.
Então o homem exclamou: "Esta sim é osso
dos meus ossos e carne da minha carne! Ela
será chamada mulher, porque foi tirada do
homem!"
Gn 2,20-23: “[…] o ho-
mem não encontrou
uma auxiliar que lhe
fosse semelhante. En-
tão Javé Deus fez cair
um torpor sobre o ho-
mem, e ele dormiu.
To-mou então uma
coste-la do homem e
no lu-
Gn 3,16: “E à mulher disse: Multiplicarei so-
bremodo os sofrimentos da tua gravidez; em
meio de dores darás à luz filhos; o teu dese-
jo será para o teu marido, e ele te governa-
rá.”
Gn 3,17: “E a Adão disse: Visto que atendes-
te a voz de tua mulher e comeste da árvore
que eu te ordenara não comesses, maldita é
a terra por tua causa; em fadigas obterás de-
la o sustento durante os dias de tua vida.”
Gn 17,9-12: “E Deus continuou falando a
Abraão: "Quanto a você, observe a aliança
que faço com você e com seus futuros des-
cendentes. E a aliança que eu faço com você
e seus futuros descendentes, e que vocês de-
vem observar, é a seguinte: circuncidem to-
dos os homens. Circuncidem a carne do pre-
púcio. Este será o sinal da aliança entre mim
e vocês. […].”
Prepúcio: prega cutânea que recobre a glande do pênis;
(Houaiss).
A civilização egípcia
antiga desenvolveu-
se no nordeste africa-
no (margens do rio
Nilo) entre 3.200 a.C.
(unificação do norte e
sul) a 32 a.C. (domí-
nio romano). (Site Sua
Pesquisa)
A origem dos judeus é tradicionalmente datada para
aproximadamente 2000 a.C. na Mesopotâmia, quando a
destruição de Ur e da Caldeia forçou a população a imi-
grar para outros lugares. […]. (WIKIPÉDIA).
Levítico 25,44-45: “E quanto aos escravos ou
às escravas que chegares a possuir, das
nações que estiverem ao redor de vós, delas é
que os comprareis. Também os comprareis
dentre os filhos dos estrangeiros que
peregrinarem entre vós, tanto dentre esses
como dentre as suas famílias que estiverem
convosco, que tiverem eles gerado na vossa
terra; e vos serão por possessão.”
Gn 12,5: “Abrão levou consigo sua mulher
Sarai, seu sobrinho Ló, todos os bens que
possuíam e os escravos que haviam adqui-
rido em Harã. Partiram para a terra de Canaã
[…].”
Gn 17,23: “Então Abraão tomou seu filho
Ismael, os escravos nascidos em casa ou
comprados, todos os homens de sua casa, e
circuncidou-os nesse mesmo dia, conforme
Deus lhe havia ordenado.”
Ex 21,1-7: “São estas as normas que você
promulgará para o povo: Quando você com-
prar um escravo hebreu, ele o servirá por
seis anos; mas, no sétimo ano, ele sairá livre,
sem pagar nada. […] Se o escravo disser:
Gosto do meu patrão, da minha mulher e dos
meus filhos; não quero ficar livre, então o pa-
trão o levará diante de Deus, fará com que
ele se encoste na porta ou nos batentes, e
lhe furará a orelha com uma sovela: aí, ele se
tornará seu escravo para sempre. Se alguém
vender a filha como escrava, esta não sairá
como saem os escravos.”
Vejamos o que é sovela: ==>
Sovela: instrumento formado por uma espécie
de agulha reta ou curva, com cabo, com que os
sapateiros e correeiros furam o couro para o
costurar. (Houaiss)
Colossenses 3,22-24: “Escravos, obedecei
em tudo a vossos patrões terrenos, não por
servilismo ou respeito humano, mas com
simplicidade e por respeito ao Senhor. O que
tiverdes de fazer, fazei-o de coração como se
estivésseis servindo ao Senhor e não aos ho-
mens, convencidos que do Senhor recebereis
a herança como recompensa.” (Bíblia do Peregri-
no)
Na maioria das traduções ao invés do termo “escravo” é
utilizado “servo”, que, de forma bem sutil, oculta o apoio
de Paulo à escravidão
Abominável: detestável. (HOUAISS)
Levítico 18,22: “Com ho-
mem não te deitarás,
como se fosse mulher: é
abominação.”
Levítico 20,13: “Se tam-
bém um homem se dei-
tar com outro homem,
como se fosse mulher,
ambos praticaram cousa
abominável; serão mor-
tos; o seu sangue cairá
sobre eles.”
Ex 20,17: “Não cobice a casa do seu próxi-
mo, nem a mulher do próximo, nem o escra-
vo, nem a escrava, nem o boi, nem o jumen-
to, nem coisa alguma que pertença ao seu
próximo."
Ex 20,17: “Não cobice a casa do seu próxi-
mo, nem a mulher do próximo, nem o escra-
vo, nem a escrava, nem o boi, nem o jumen-
to, nem coisa alguma que pertença ao seu
próximo."
Mulheres vocês estão liberadas
para desejarem o homem da
“próxima”, porque aquilo que
não é proibido é, em boa lógi-
ca, permitido. Certo?
Cl 3,18: “Mulheres, sejam submissas a seus
maridos, pois assim convém a mulheres cris-
tãs.”
1Tm 2,9-15: “Quanto às mulheres, que elas te-
nham roupas decentes e se enfeitem com pudor
e modéstia. Não usem tranças, nem objetos de
ouro, pérolas ou vestuário suntuoso; […]. Du-
rante a instrução, a mulher deve ficar em silên-
cio, com toda a submissão. Eu não permito que
a mulher ensine ou domine o homem. Portanto,
que ela conserve o silêncio. Porque primeiro foi
formado Adão, depois Eva. E não foi Adão que
foi seduzido, mas a mulher que, seduzida, pe-
cou. Entretanto, ela será salva pela sua mater-
nidade, desde que permaneça com modéstia na
fé, no amor e na santidade.”
Cl 3,18: “Mulheres, sejam submissas a seus
maridos, pois assim convém a mulheres cris-
tãs.”
1Tm 2,9-15: “Quanto às mulheres, que elas te-
nham roupas decentes e se enfeitem com pudor
e modéstia. Não usem tranças, nem objetos de
ouro, pérolas ou vestuário suntuoso; […]. Du-
rante a instrução, a mulher deve ficar em silên-
cio, com toda a submissão. Eu não permito que
a mulher ensine ou domine o homem. Portanto,
que ela conserve o silêncio. Porque primeiro foi
formado Adão, depois Eva. E não foi Adão que
foi seduzido, mas a mulher que, seduzida, pe-
cou. Entretanto, ela será salva pela sua mater-
nidade, desde que permaneça com modéstia na
fé, no amor e na santidade.”
1Cor 14,34-35: “Que as mulheres fiquem ca-
ladas nas assembleias, como se faz em todas
as igrejas dos cristãos, pois não lhes é permi-
tido tomar a palavra. Devem ficar submissas,
como diz também a lei. Se desejam instruir-
se sobre algum ponto, perguntem aos mari-
dos em casa; não é conveniente que a mu-
lher fale nas assembleias.”
Igualdade natural
803. Todos os homens são iguais perante
Deus?
“Sim, todos tendem para o mesmo fim e
Deus fez suas leis para todos. Frequente-
mente dizeis: O Sol brilha para todos, e com
isso enunciais uma verdade maior e mais ge-
ral do que pensais.”
Comentário de Kardec:
“Todos os homens estão submetidos às mes-
mas Leis da Natureza. Todos nascem igual-
mente fracos, acham-se sujeitos às mesmas
dores e o corpo do rico se destrói como o do
pobre. Portanto, Deus não concedeu superio-
ridade natural a nenhum homem, nem pelo
nascimento, nem pela morte; diante dele, to-
dos são iguais.”
“Deus criou todos os Espíritos simples e
ignorantes, isto é, sem saber.”
(Resposta à pergunta 115).
“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de
fazê-los chegar à perfeição.”
(Reposta à pergunta 132).
“Chegarão à perfeição, como todas as
outras, passando por outras existências.
Deus não deserda a ninguém.”
(Resposta à pergunta 787.a).
822. Sendo os homens iguais perante a Lei
de Deus, devem sê-lo igualmente perante as
leis humanas?
“O primeiro princípio de justiça é este: Não
façais aos outros o que não gostaríeis que
vos fizessem.”
“Deus criou todos os homens iguais para a
dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou ins-
truídos, todos sofrem pelas mesmas causas,
a fim de que cada um julgue em sã consciên-
cia o mal que pode fazer. […] A igualdade
diante da dor é uma sublime providência de
Deus, que quer que todos os seus filhos, ins-
truídos pela experiência comum, não prati-
quem o mal, alegando ignorância de seus
efeitos.” (Lázaro – ESE, Cap. XVII, item 7).
“Os preconceitos de raça se enfraquecem, os
povos começam a se olhar como os membros
de uma grande família; pela uniformidade e a
facilidade dos meios de transação, suprimem
as barreiras que os dividiam de todas as par-
tes do mundo, se reúnem em comícios univer-
sais pelos torneios pacíficos da inteligência.”
(Revista Espírita 1866)
Em 1828, Kardec publica Plano proposto para
a melhoria da Educação Pública; nessa épo-
ca, contava com apenas 24 anos, além de
educador sobressaia-se com a característica
de alguém que não alimentava nenhum tipo
de preconceito:
“Certamente, não está no meu pensamento,
nem nos meus princípios, desprezar nin-
guém, e menos ainda de rebaixar o nasci-
mento de quem quer que seja, pois nenhuma
classe tem o privilégio exclusivo de dar à so-
ciedade homens estimáveis; […].” (INCONTRI e
GRZYBOWSK, 2005, p. 66)
“Injustiça haveria, sim, na criação de seres
privilegiados, mais ou menos favorecidos, fru
indo gozos que outros porventura não atin-
gem senão pelo trabalho, ou que jamais pu-
dessem atingir. Ao contrário, a justiça divina
patenteia-se na igualdade absoluta que pre-
side à criação dos Espíritos; todos têm o
mesmo ponto de partida e nenhum se distin-
gue em sua formação por melhor aquinhoa-
do; nenhum cuja marcha progressiva se faci-
lite por exceção: os que chegam ao fim, têm
passado, como quaisquer outros, pelas fases
de inferioridade e respectivas provas.” (O Céu e
o Inferno, Cap. VII, item 32)
Desigualdade de aptidões
804. Por que não outorgou Deus as mesmas
aptidões a todos os homens?
“Deus criou iguais todos os Espíritos, mas cada
um destes vive há mais ou menos tempo, e,
conseguintemente, tem feito maior ou menor
soma de aquisições. A diferença entre eles es-
tá na diversidade dos graus da experiência al-
cançada e da vontade com que obram, vonta-
de que é o livre-arbítrio. Daí o se aperfeiçoa-
rem uns mais rapidamente do que outros, o
que lhes dá aptidões diversas. Necessária é a
variedade das aptidões, a fim de que cada um
possa concorrer para a execução dos desígnios
da Providência, no limite do desenvolvimento
de suas forças físicas e intelectuais. […].”
Comentário de Kardec à questão 805:
Assim, a diversidade das aptidões entre os
homens não deriva da natureza íntima da
sua criação, mas do grau de aperfeiçoamen-
to a que tenham chegado os Espíritos encar-
nados neles. Deus, portanto, não criou facul-
dades desiguais; permitiu, porém, que os Es-
píritos em graus diversos de desenvolvimen-
to estivessem em contacto, para que os mais
adiantados pudessem auxiliar o progresso
dos mais atrasados e também para que os
homens, necessitando uns dos outros, com-
preendessem a lei de caridade que os deve
unir.
Desigualdades sociais
806. A desigualdade das condições sociais é
Lei da natureza?
“Não; é obra do homem, não de Deus.”
806.a) Essa desigualdade desaparecerá al-
gum dia?
“Só as Leis de Deus são eternas. Não vês que
a desigualdade diminuir pouco a pouco a ca-
da dia? Desaparecerá quando o egoísmo e o
orgulho deixarem de predominar, restando
apenas a desigualdade do merecimento. Dia
virá em que os membros da grande família
dos filhos de Deus não mais se considerarão
como de sangue mais ou menos puro. Só o
Espírito é mais ou menos puro, e isso não de-
pende da posição social.”
807. Que se deve pensar dos que abusam da
superioridade de suas posições sociais para
oprimir os fracos em benefício próprio?
“Merecem anátema! Ai deles! Serão oprimi-
dos por sua vez e renascerão numa existên-
cia em que sofrerão tudo o que tiverem feito
sofrer aos outros.”
Anátema: reprovação enérgica. (AURÉLIO)
Desigualdade das riquezas
808. A desigualdade das riquezas não tem
sua origem na desigualdade das faculdades,
que faculta a uns mais ou menos de adquirir
bens do que outros?
“Sim e não. Que dizes da astúcia e do rou-
bo?”
“[…] fica sabendo que muitas vezes a fortuna
só vem ter às mãos de um homem para lhe
dar oportunidade de reparar uma injustiça.
Feliz dele se o compreende! […].” (q. 809)
811. A igualdade absoluta das riquezas é
possível? Já teria existindo alguma vez?
“Não; não é possível. A diversidade das facul-
dades e dos caracteres a isso se opõe.”
811-a. No entanto, há homens que creem
ser esse o remédio aos males da sociedade.
Que pensais a respeito?
“São sistemáticos ou ambiciosos e invejosos.
Não compreendem que a igualdade com que
sonham logo seria desfeita pela força das
coisas. Combatei o egoísmo, que é a vossa
chaga social, e não corrais atrás de quime-
ras.”
812-a. Será possível que todos se enten-
dam?
“Os homens se entenderão quando pratica-
rem a lei de justiça.”
813. Há pessoas que caem na privação e na
miséria por sua própria culpa. A sociedade
pode ser responsabilizada por isso?
“Sim. Como já dissemos, muitas vezes a so-
ciedade é causa principal dessas faltas. Ade-
mais, não tem ela que velar pela educação
moral dos seus membros? Quase sempre, é a
má-educação que falseia o julgamento des-
sas pessoas, em vez de sufocar suas tenden-
cias perniciosas.”
8. A desigualdade das riquezas é um dos
problemas que inutilmente se procurará re-
solver, desde que se considere apenas a vida
atual. A primeira questão que se apresenta é
esta: Por que nem todos os homens são
igualmente ricos? Não o são por uma razão
muito simples: por não serem igualmente
inteligentes, ativos e laboriosos para adqui-
rir, nem sóbrios e previdentes para conser-
var.
]=>
É, aliás, ponto matematicamente demonstra-
do que a riqueza, repartida com igualdade,
daria a cada um parcela mínima e insuficien-
te; que, supondo-se efetuada essa divisão, o
equilíbrio estaria desfeito em pouco tempo,
pela diversidade dos caracteres e das apti-
dões; que, supondo-a possível e durável,
tendo cada um somente com que viver, o
resultado seria o aniquilamento de todos os
grandes trabalhos que concorrem para o pro-
gresso e para o bem-estar da Humanidade;
]=>
que, admitido que ela desse a cada um o ne-
cessário, já não haveria o aguilhão que impe-
le os homens às grandes descobertas e aos
empreendimentos úteis. Se Deus a concentra
em certos pontos, é para que daí se expanda
em quantidade suficiente, de acordo com as
necessidades.” (KARDEC, ESE, cap. XVI, item 8)
As provas da riqueza e da miséria
“A riqueza é também uma prova, mas muito
mais perigosa que a miséria, pelas tentações
que dá e pelos abusos que enseja; também o
exemplo dos que viveram, demonstra ser ela
uma prova em que a vitória é mais difícil.
[…].” (KARDEC, O que é o Espiritismo, q. 134)
814. Por que Deus concedeu a uns a riqueza
e o poder, e a outros, a miséria?
“Para experimentá-los de modos diferentes.
Além disso, como sabeis, essas provas foram
escolhidas pelos próprios Espíritos que, no
entanto, nelas sucumbem frequentemente.”
815. Qual das duas provas é mais perigosa
para o homem, a da miséria ou a da riqueza?
“Ambas o são igualmente. A miséria provoca
as queixas contra a Providência; a riqueza le-
va a todos os excessos.”
816. Se o rico está sujeito a maiores tenta-
ções, não dispõe também de mais meios pa-
ra fazer o bem?
“É justamente o que nem sempre faz. Torna-
se egoísta, orgulhoso e insaciável. Suas ne-
cessidades aumentam com a riqueza, e ele
nunca julga ter o bastante para si mesmo.”
Comenta Kardec:
“A posição elevada neste mundo e a autori-
dade sobre os seus semelhantes são provas
tão grandes e tão arriscadas quanto a misé-
ria, porque, quanto mais rico e poderoso é o
homem, tanto mais obrigações tem que cum
prir e tanto maiores são os meios de que dis-
põe para fazer o bem e o mal. Deus experi-
menta o pobre pela resignação e o rico pelo
emprego que dá aos seus bens e ao seu po-
der.
==>
A riqueza e o poder fazem nascer todas as
paixões que nos prendem à matéria e nos
afastam da perfeição espiritual. Foi por isso
que Jesus disse: 'Em verdade vos digo que é
mais fácil um camelo passar pelo fundo de
uma agulha do que um rico entrar no reino
dos céus'.”
925. Por que Deus favorece, com os dons da
riqueza, certos homens que não parecem tê-
los merecido?
“É um favor aos olhos dos que apenas veem
o presente. Mas, sabei-o bem, a riqueza é,
quase sempre, uma prova mais perigosa do
que a miséria.”
“Como eu, também vós tereis a vossa prova
da riqueza, mas não vos apresseis em pedi-la
muito cedo. E vós outros, ricos, tende
sempre em mente que a verdadeira fortuna,
a fortu-na imorredoura, não existe na Terra;
procurai antes saber o preço pelo qual podeis
alcan-çar os benefícios do Todo-Poderoso.
Paula, na Terra Condessa de ***.”
(O Céu e o Inferno, cap. II, Espíritos Felizes)
Igualdade dos direitos do homem e
da mulher
819. Com que objetivo a mulher, do ponto
de vista físico, é mais fraca do que o
homem?
“Para lhe determinar funções especiais. Cabe
ao homem, por ser o mais forte, os trabalhos
rudes; à mulher, os trabalhos leves; a ambos
o dever de se ajudarem mutuamente a su-
portar as provas de uma vida cheia de amar-
gor.”
820. A fraqueza física da mulher não a colo-
ca naturalmente sob a dependência do ho-
mem?
“Deus deu a uns a força para protegerem o
fraco e não para o escravizarem.”
Deus apropriou o organismo de cada ser às
funções que lhe cumpre desempenhar. Se
deu à mulher menor força física, deu-lhe ao
mesmo tempo maior sensibilidade, apropria-
da à delicadeza das funções maternais e à
fragilidade dos seres confiados aos seus cui-
dados.
822-a) Sendo assim, uma legislação, para
ser perfeitamente justa, deve consagrar a
igualdade dos direitos do homem e da mu-
lher?
“De direitos, sim; de funções, não. É preciso
que cada um tenha um lugar determinado;
que o homem se ocupe do exterior e a mu-
lher do interior, cada um de acordo com a
sua aptidão. A lei humana, para ser justa,
deve consagrar a igualdade dos direitos do
homem e da mulher. Qualquer privilégio a
um ou a outro concedido é contrário à jus-
tiça. ]=>
A emancipação da mulher acompanha o pro-
gresso da civilização; sua escravização mar-
cha de par com a barbaria. Além disso, os
sexos só existem na organização física. Já
que os Espíritos podem encarnar num e nou-
tro, sob esse aspecto não há nenhuma dife-
rença entre eles, devendo, por conseguinte,
gozar dos mesmos direitos.”
“A Lei Humana, para ficar equitativa, deve
igualar todos os direitos entre o Homem e a
Mulher; todo privilégio outorgado a um ou a
outro é contrário à Justiça. A emancipação
da Mulher segue o progresso da Civilização;
sua sujeição marcha com a Barbárie.” (q. 416,
O Livro dos Espíritos, 1ª edição, 18.04.1857)
“No Dia 8 de março de 1857, operárias de
uma fábrica de tecidos, situada na cidade
norte americana de Nova Iorque, fizeram
uma grande greve. Ocuparam a fábrica e co-
meçaram a reivindicar melhores condições
de trabalho, tais como, redução na carga diá-
ria de trabalho para dez horas (as fábricas
exigiam 16 horas de trabalho diário), equipa-
ração de salários com os homens (as mulhe-
res chegavam a receber até um terço do as-
lário de um homem, para executar o mesmo
tipo de trabalho) e tratamento digno dentro
do ambiente de trabalho.
==>
A manifestação foi reprimida com total vio-
lência. As mulheres foram trancadas dentro
da fábrica, que foi incendiada. Aproximada-
mente 130 tecelãs morreram carbonizadas,
num ato totalmente desumano.”
(www.suapesquisa.com)
“Pobres homens! se refletísseis que os Espíri-
tos não têm sexo; que o que hoje é homem
pode ser mulher amanhã; que escolhem indi-
ferentemente, e por vezes de preferência, o
sexo feminino, antes vos deveríeis regozijar
que vos afligir com a emancipação da mu-
lher, e admiti-la no banquete da inteligência,
abrindo-lhe todas as grandes portas da ciên-
cia, porque ela tem concepções mais finas,
mais suaves, contatos mais delicados que os
do homem. […].” (Um Espírito, Revista Espírita 1867)
202. Quando errante, que prefere o Espírito:
encarnar no corpo de um homem ou no de
uma mulher?
“Isso pouco lhe importa. Vai depender das
provas por que haja de passar.”
Os Espíritos encarnam como homens ou co-
mo mulheres, porque não têm sexo. Como
devem progredir em tudo, cada sexo, como
cada posição social, lhes oferece provações,
deveres especiais e novas oportunidades de
adquirirem experiência. Aquele que fosse
sempre homem só saberia o que sabem os
homens.
Em jan/1866, na Revista Espírita, ao analisar
o assunto “As mulheres têm uma alma?”,
Kardec disse o seguinte:
“As almas ou Espíritos não têm sexo. As afei-
ções que as une nada têm de carnal, e, por
isto mesmo, são mais duráveis, porque são
fundadas sobre uma simpatia real, e não são
subordinadas às vicissitudes da matéria.
[…]
Os sexos não existem senão no organismo;
são necessários à reprodução dos seres ma-
teriais; ]=>
mas os Espíritos, sendo a criação de Deus,
não se reproduzem uns pelos outros, é por
isto que os sexos seriam inúteis no mundo
espiritual.
Os Espíritos progridem pelo trabalho que re-
alizam e as provas que têm que suportar, co-
mo o operário em sua arte pelo trabalho que
faz. Essas provas e esses trabalhos variam
segundo a sua posição social. Os Espíritos
devendo progredir em tudo e adquirir todos
os conhecimentos, cada um é chamado a
concorrer aos diversos trabalhos e a suportar
os diferentes gêneros de provas; ]=>
é por isto que renascem alternativamente co-
mo ricos ou pobres, senhores ou servidores
operários do pensamento ou da matéria.
Assim se encontra fundado, sobre as próprias
leis da Natureza, o princípio da igualdade,
uma vez que o grande da véspera pode ser o
pequeno do dia de amanhã, reciprocamente.
Deste princípio decorre o da fraternidade,
uma vez que, nas relações sociais, reencon-
tramos antigos conhecimentos, e que no in-
feliz que nos estende a mão pode se encon-
trar um parente ou um amigo. ==>
É no mesmo objetivo que os Espíritos se en-
carnam nos diferentes sexos; tal que foi um
homem poderá renascer mulher, e tal que foi
mulher poderá renascer homem, a fim de
cumprir os deveres de cada uma dessas po-
sições, e delas suportar as provas.
O Espírito encarnado sofrendo a influência do
organismo, seu caráter se modifica segundo
as circunstâncias e se dobra às necessidades
e aos cuidados que lhe impõem esse mesmo
organismo.
==>
Essa influência não se apaga imediatamente
depois da destruição do envoltório material,
do mesmo modo que não se perdem instan-
taneamente os gostos e os hábitos terres-
tres; depois, pode ocorrer que o Espírito per-
corra uma série de existências num mesmo
sexo, o que faz que, durante muito tempo,
ele possa conservar, no estado de Espírito, o
caráter de homem ou de mulher do qual a
marca permaneceu nele. Não é senão o que
ocorre a um certo grau de adiantamento e de
desmaterialização que a influência da maté-
ria se apaga completamente, e com ela o
caráter dos sexos. […]. ==>
Se essa influência repercute da vida corpórea
à vida espiritual, ocorre o mesmo quando o
Espírito passa da vida espiritual à vida corpó-
rea. Numa nova encarnação, ele trará o ca-
ráter e as inclinações que tinha como Espíri-
to; se for avançado, fará um homem avança-
do; se for atrasado, fará um homem atrasa-
do. Mudando de sexo, poderá, pois, sob essa
impressão e em sua nova encarnação, con-
servar os gostos, as tendências e o caráter
inerentes ao sexo que acaba de deixar.
Assim se explicam certas anomalias
aparentes que se notam no caráter de certos
homens e de certas mulheres.” (KARDEC, Revista
Espírita 1866)
817. O homem e a mulher são iguais peran-
te Deus e têm os mesmos direitos?
“Deus não deu a ambos o conhecimento do
bem e do mal e a faculdade de progredir?”
818. De onde procede a inferioridade moral
da mulher em certos países?
“Do domínio injusto e cruel que o homem as-
sumiu sobre ela. É resultado das instituições
sociais e do abuso da força sobre a fraqueza.
Entre homens moralmente pouco adiantados,
a força faz o direito.”
Constituição da República Federativa do
Brasil, 05 de outubro de 1988
“[…]
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residen-
tes no País a inviolabilidade do direito à vida,
à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos
e obrigações, nos termos desta Constituição;
[…].”
Igualdade perante o túmulo
823. De onde vem o desejo do homem de
perpetuar sua memória por meio de monu-
mentos fúnebres?
“Derradeiro ato de orgulho.”
823.a) Na maioria das vezes, porém, a suntu-
osidade dos monumentos fúnebres não se de-
ve aos parentes do defunto, que desejam hon-
rar sua memória, do que ao próprio defunto?
“Orgulho dos parentes, desejosos de se glorifi-
carem a si mesmos. Oh! sim, nem sempre é
pelo morto que se fazem todas essas demons-
trações, mas por amor-próprio, por considera-
ção ao mundo e ostentação de riqueza. Su-
pões que a lembrança de um ser querido dure
menos no coração do pobre, que só lhe pode
colocar sobre o túmulo uma singela flor? Acre-
ditas, porventura, que o mármore salve do
esquecimento aquele que foi inútil na Terra?”
824. Reprovais de maneira absoluto as pompas
fúnebres?
“Não; quando se têm em vista honrar a memó-
ria de um homem de bem, são justas e dão bom
exemplo.”
==>
Comentário de Kardec:
O túmulo é o ponto de
reunião de todos os ho-
mens. Aí terminam im-
placavelmente todas as
distinções humanas.
É em vão que o rico tenta perpetuar sua me-
mória por meio de faustuosos monumentos: o
tempo os destruirá, como ao seu próprio corpo.
Assim o quer a Natureza. A lembrança das boas
e más ações será menos perecível do que o seu
túmulo. A pompa dos funerais não o limpará
das suas torpezas, nem o fará subir um único
degrau na hierarquia espiritual.
Referências Bibliográficas:
INCONTRI, D. e GRZYBOWSKI, P. Kardec Educador – textos pedagógicos.
Bragança Paulista, SP: Comenius, 2005.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB,
2007c.
KARDEC, A. O Céu e o Inferno. Rio de Janeiro: FEB, 2007d.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 2007a.
KARDEC, A.Revista Espírita 1866. Araras SP: IDE, 1993.
KARDEC, A. Revista Espírita 1867. Araras, SP: IDE, 1999.
http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm
https://www.suapesquisa.com/egito/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
Imagens:
Capa: https://3dchristianity.files.wordpress.com/2011/06/431214_paper_people.jpg
Adão e Eva: http://saber.sapo.pt/w/thumb.php?f=Eva.JPG&w=250
Cavernas: http://3.bp.blogspot.com/-
FSQryLyQZa8/Uk927ABVUsI/AAAAAAAAAOc/107n0jEDoKE/s1600/3.jpg
Circuncisão: http://1.bp.blogspot.com/-yvPprflzmT8/T3-
Ia9PcSEI/AAAAAAAAA6c/1HmEa_p9jog/s320/Ancient%2BCircumcision-thumb-275x192.jpg
Tempo de Jerusalém:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/84/Jerusalem_Modell_BW_2.JPG/4
00px-Jerusalem_Modell_BW_2.JPG
Pátio das mulheres: http://3.bp.blogspot.com/-
8Le84yW4cmo/Ua6UZ1nCfyI/AAAAAAAAAmI/xSiWdVKeYdw/s400/templo_salomao2.jpg
Escravos: http://3.bp.blogspot.com/-
FSQryLyQZa8/Uk927ABVUsI/AAAAAAAAAOc/107n0jEDoKE/s1600/3.jpg
Sovela: http://loja.papelariaonlineosaka.com.br/image/cache/data/Diversos/sovela-
1000x1000.jpg e
http://4.bp.blogspot.com/_unmkamaZGQU/TNgvOjpL4NI/AAAAAAAAAJE/hveEuU0yRGk/s160
0/m%C3%A3os+a+abrir+buracos+para+passar+linha.jpg
Homossexuais: https://4.bp.blogspot.com/-
dkOT6SJdaZY/VrnlQQGrEdI/AAAAAAAALts/nVI_I76noXg/s1600/Drw%2B00.jpg
Marido e a mulher: http://www.animesuasmensagens.net/mensagens-para-
facebook/img/engracados-70.jpg
Igualdade natural: http://1.bp.blogspot.com/-ogKDh_jTWyk/T7e-
HmPd7mI/AAAAAAAABMk/rDZbWK-RDG4/s330/DEUSA%2BDA%2BJUSTI%25C3%2587A.jpg
Igualdade de justiça: http://4.bp.blogspot.com/-Ys-
XMKacdrE/USNqFLaP_1I/AAAAAAAAAvk/4ngk92kwTzE/s1600/igualdade+para+blog.jpg
Imagens
Desigualdade aptidão: http://j2ag.com/img/para-quem-fazemos.jpg
Desigualdade social: http://www.desigualdadesocial.com.br/wp-
content/uploads/2013/07/Desigualdade-social1.jpg
Desigualdade riqueza:
http://www.esquerda.net/sites/default/files/imagecache/400xY/superrico.jpg e
http://www.juntosabordo.com.br/wp-
content/uploads/2012/08/2013/03/juntosabordo.jpg
Deus nos fez iguais: http://4.bp.blogspot.com/-0XZTPqjauIk/UHNdk5O-
ljI/AAAAAAAAAEg/AF9knd8_OGg/s1600/Iguais.jpg
Igualdade Homem e Mulher: http://www.quantri.vn/uploads/images/0--------
aaajhgvamvw.jpg
Prova da riqueza/pobreza: https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?
q=tbn:ANd9GcRZgQadsGEc00WpOSSyVN6MnXD9SyZWSwIxLDqcooWwpP_XGYr
P-g
Homens e Mulheres direitos iguais:http://canalpiloto.com.br/wp-
content/uploads/2014/06/Mulheres_Aviacao_1_Canal_Piloto.jpg
Emancipação mulher: http://www.consciencia.blog.br/wp-
content/uploads/imagens/2013/03/mito-de-1857.jpg (adaptada)
Igualdade perante túmulo: http://4.bp.blogspot.com/-
s9NMxeajWT8/USu8Of3JVNI/AAAAAAAABPg/qgNPb3HJlho/s400/halloween-
graveyard.jpg
Site:
www.paulosnetos.net
E-mail:
paulosnetos@gmail.com
Versão 6

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Da Lei de Sociedade
Da Lei de SociedadeDa Lei de Sociedade
Da Lei de Sociedadehome
 
O consolador prometido - n. 6
O consolador prometido - n. 6O consolador prometido - n. 6
O consolador prometido - n. 6Graça Maciel
 
Palestra Espírita - Ação da prece (transmissão do pensamento)
Palestra Espírita - Ação da prece (transmissão do pensamento)Palestra Espírita - Ação da prece (transmissão do pensamento)
Palestra Espírita - Ação da prece (transmissão do pensamento)Divulgador do Espiritismo
 
3.8 - Lei do Progresso.pptx
3.8 - Lei do Progresso.pptx3.8 - Lei do Progresso.pptx
3.8 - Lei do Progresso.pptxMarta Gomes
 
Evangeliza - Lei de Sociedade
Evangeliza - Lei de SociedadeEvangeliza - Lei de Sociedade
Evangeliza - Lei de SociedadeAntonino Silva
 
Dai a Cezar o que é de Cezar ( Leonardo Pereira).
Dai a Cezar o que é de Cezar ( Leonardo Pereira). Dai a Cezar o que é de Cezar ( Leonardo Pereira).
Dai a Cezar o que é de Cezar ( Leonardo Pereira). Leonardo Pereira
 
Da Lei de Liberdade
Da Lei de LiberdadeDa Lei de Liberdade
Da Lei de Liberdadehome
 
Evangeliza - Lei do Progresso
Evangeliza - Lei do ProgressoEvangeliza - Lei do Progresso
Evangeliza - Lei do ProgressoAntonino Silva
 
Ajuda te que o céu te ajudará
Ajuda te que o céu te ajudaráAjuda te que o céu te ajudará
Ajuda te que o céu te ajudaráLisete B.
 
3.1.1 - Caracteres da lei natural.pptx
3.1.1 - Caracteres da lei natural.pptx3.1.1 - Caracteres da lei natural.pptx
3.1.1 - Caracteres da lei natural.pptxMarta Gomes
 
Provas e expiações
Provas e expiações  Provas e expiações
Provas e expiações Mima Badan
 
Roteiro 2 a prece = importância, eficácia e ação
Roteiro 2   a prece = importância, eficácia e açãoRoteiro 2   a prece = importância, eficácia e ação
Roteiro 2 a prece = importância, eficácia e açãoBruno Cechinel Filho
 

Mais procurados (20)

Da Lei de Sociedade
Da Lei de SociedadeDa Lei de Sociedade
Da Lei de Sociedade
 
O consolador prometido - n. 6
O consolador prometido - n. 6O consolador prometido - n. 6
O consolador prometido - n. 6
 
Palestra Espírita - Ação da prece (transmissão do pensamento)
Palestra Espírita - Ação da prece (transmissão do pensamento)Palestra Espírita - Ação da prece (transmissão do pensamento)
Palestra Espírita - Ação da prece (transmissão do pensamento)
 
Leis Morais - - Instituto Espírita de Educação
Leis Morais -  - Instituto Espírita de EducaçãoLeis Morais -  - Instituto Espírita de Educação
Leis Morais - - Instituto Espírita de Educação
 
3.8 - Lei do Progresso.pptx
3.8 - Lei do Progresso.pptx3.8 - Lei do Progresso.pptx
3.8 - Lei do Progresso.pptx
 
Flagelos destruidores e guerras
Flagelos destruidores e guerrasFlagelos destruidores e guerras
Flagelos destruidores e guerras
 
Evangeliza - Lei de Sociedade
Evangeliza - Lei de SociedadeEvangeliza - Lei de Sociedade
Evangeliza - Lei de Sociedade
 
Lei de adoração
Lei de adoraçãoLei de adoração
Lei de adoração
 
Alegria de Viver
Alegria de Viver Alegria de Viver
Alegria de Viver
 
Dai a Cezar o que é de Cezar ( Leonardo Pereira).
Dai a Cezar o que é de Cezar ( Leonardo Pereira). Dai a Cezar o que é de Cezar ( Leonardo Pereira).
Dai a Cezar o que é de Cezar ( Leonardo Pereira).
 
Da Lei de Liberdade
Da Lei de LiberdadeDa Lei de Liberdade
Da Lei de Liberdade
 
Evangeliza - Lei do Progresso
Evangeliza - Lei do ProgressoEvangeliza - Lei do Progresso
Evangeliza - Lei do Progresso
 
Honrar pai e mãe
Honrar pai e mãeHonrar pai e mãe
Honrar pai e mãe
 
Ajuda te que o céu te ajudará
Ajuda te que o céu te ajudaráAjuda te que o céu te ajudará
Ajuda te que o céu te ajudará
 
3.1.1 - Caracteres da lei natural.pptx
3.1.1 - Caracteres da lei natural.pptx3.1.1 - Caracteres da lei natural.pptx
3.1.1 - Caracteres da lei natural.pptx
 
AS LEIS MORAIS 1 A 4
AS LEIS MORAIS 1 A 4AS LEIS MORAIS 1 A 4
AS LEIS MORAIS 1 A 4
 
Palestra lei destruição
Palestra lei destruiçãoPalestra lei destruição
Palestra lei destruição
 
Lei de trabalho
Lei de trabalhoLei de trabalho
Lei de trabalho
 
Provas e expiações
Provas e expiações  Provas e expiações
Provas e expiações
 
Roteiro 2 a prece = importância, eficácia e ação
Roteiro 2   a prece = importância, eficácia e açãoRoteiro 2   a prece = importância, eficácia e ação
Roteiro 2 a prece = importância, eficácia e ação
 

Semelhante a Leis de igualdade na Bíblia e no Espiritismo

Respostas_Com os ricos e famosos_812014
Respostas_Com os ricos e famosos_812014Respostas_Com os ricos e famosos_812014
Respostas_Com os ricos e famosos_812014Gerson G. Ramos
 
17 Deuteronomio 5 - 26.pptx
17 Deuteronomio 5 - 26.pptx17 Deuteronomio 5 - 26.pptx
17 Deuteronomio 5 - 26.pptxPIB Penha - SP
 
A natureza missionária de Deus_132015
A natureza missionária de Deus_132015A natureza missionária de Deus_132015
A natureza missionária de Deus_132015Gerson G. Ramos
 
15 Numeros 23 - 36.ppt
15 Numeros 23 - 36.ppt15 Numeros 23 - 36.ppt
15 Numeros 23 - 36.pptPIB Penha - SP
 
Não vos afadigueis pela posse do ouro
Não vos afadigueis pela posse do ouroNão vos afadigueis pela posse do ouro
Não vos afadigueis pela posse do ouroHenrique Vieira
 
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano BComentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano BJosé Lima
 
18 deuteronomio 27 34
18 deuteronomio 27   3418 deuteronomio 27   34
18 deuteronomio 27 34PIB Penha
 
Desprendimento dos bens terrenos
Desprendimento dos bens terrenosDesprendimento dos bens terrenos
Desprendimento dos bens terrenosHenrique Vieira
 
Respostas_Leis no tempo de Cristo_122014
Respostas_Leis no tempo de Cristo_122014Respostas_Leis no tempo de Cristo_122014
Respostas_Leis no tempo de Cristo_122014Gerson G. Ramos
 
8 exodo 21 30
8 exodo 21  308 exodo 21  30
8 exodo 21 30PIB Penha
 
Lição_original com textos_Com os ricos e famosos_812014
Lição_original com textos_Com os ricos e famosos_812014Lição_original com textos_Com os ricos e famosos_812014
Lição_original com textos_Com os ricos e famosos_812014Gerson G. Ramos
 
Ovalordamulher 090802121503-phpapp01
Ovalordamulher 090802121503-phpapp01Ovalordamulher 090802121503-phpapp01
Ovalordamulher 090802121503-phpapp01Patricia Machado
 

Semelhante a Leis de igualdade na Bíblia e no Espiritismo (20)

Le 814 ese_cap11_item10
Le 814 ese_cap11_item10Le 814 ese_cap11_item10
Le 814 ese_cap11_item10
 
Respostas_Com os ricos e famosos_812014
Respostas_Com os ricos e famosos_812014Respostas_Com os ricos e famosos_812014
Respostas_Com os ricos e famosos_812014
 
17 Deuteronomio 5 - 26.pptx
17 Deuteronomio 5 - 26.pptx17 Deuteronomio 5 - 26.pptx
17 Deuteronomio 5 - 26.pptx
 
A natureza missionária de Deus_132015
A natureza missionária de Deus_132015A natureza missionária de Deus_132015
A natureza missionária de Deus_132015
 
15 Numeros 23 - 36.ppt
15 Numeros 23 - 36.ppt15 Numeros 23 - 36.ppt
15 Numeros 23 - 36.ppt
 
Não vos afadigueis pela posse do ouro
Não vos afadigueis pela posse do ouroNão vos afadigueis pela posse do ouro
Não vos afadigueis pela posse do ouro
 
Cap. 1 NãO Vim Destruir A Lei
Cap. 1 NãO Vim Destruir A LeiCap. 1 NãO Vim Destruir A Lei
Cap. 1 NãO Vim Destruir A Lei
 
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano BComentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
Comentário: 28° Domingo do Tempo Comum - Ano B
 
O anticristo
O anticristoO anticristo
O anticristo
 
18 deuteronomio 27 34
18 deuteronomio 27   3418 deuteronomio 27   34
18 deuteronomio 27 34
 
Não vim destruir a lei-Marcelo do N. Rodrigues-CEM
Não vim destruir a lei-Marcelo do N. Rodrigues-CEMNão vim destruir a lei-Marcelo do N. Rodrigues-CEM
Não vim destruir a lei-Marcelo do N. Rodrigues-CEM
 
Buscai e achareis
Buscai e achareisBuscai e achareis
Buscai e achareis
 
Desprendimento dos bens terrenos
Desprendimento dos bens terrenosDesprendimento dos bens terrenos
Desprendimento dos bens terrenos
 
As parábolas de Jesus
As parábolas de Jesus  As parábolas de Jesus
As parábolas de Jesus
 
Respostas_Leis no tempo de Cristo_122014
Respostas_Leis no tempo de Cristo_122014Respostas_Leis no tempo de Cristo_122014
Respostas_Leis no tempo de Cristo_122014
 
8 exodo 21 30
8 exodo 21  308 exodo 21  30
8 exodo 21 30
 
Lição_original com textos_Com os ricos e famosos_812014
Lição_original com textos_Com os ricos e famosos_812014Lição_original com textos_Com os ricos e famosos_812014
Lição_original com textos_Com os ricos e famosos_812014
 
Elimine os Pontos da Ação Maligna
Elimine os Pontos da Ação MalignaElimine os Pontos da Ação Maligna
Elimine os Pontos da Ação Maligna
 
O Valor da Mulher
O Valor da MulherO Valor da Mulher
O Valor da Mulher
 
Ovalordamulher 090802121503-phpapp01
Ovalordamulher 090802121503-phpapp01Ovalordamulher 090802121503-phpapp01
Ovalordamulher 090802121503-phpapp01
 

Mais de home

Anjos e demônios na bíblia
Anjos e demônios na bíbliaAnjos e demônios na bíblia
Anjos e demônios na bíbliahome
 
O médium e o exercício mediúnico
O médium e o exercício mediúnicoO médium e o exercício mediúnico
O médium e o exercício mediúnicohome
 
Imortalidade da alma
Imortalidade da almaImortalidade da alma
Imortalidade da almahome
 
O Espírito 1,5h
O Espírito 1,5hO Espírito 1,5h
O Espírito 1,5hhome
 
Espiritismo e aborto-1,5h
Espiritismo e aborto-1,5hEspiritismo e aborto-1,5h
Espiritismo e aborto-1,5hhome
 
Retorno à vida corporal 1,5h
Retorno à vida corporal 1,5hRetorno à vida corporal 1,5h
Retorno à vida corporal 1,5hhome
 
Diferenças religiosas na família 1,0h
Diferenças religiosas na família 1,0hDiferenças religiosas na família 1,0h
Diferenças religiosas na família 1,0hhome
 
Homossexualidade (Espiritismo)-1,5h
Homossexualidade (Espiritismo)-1,5hHomossexualidade (Espiritismo)-1,5h
Homossexualidade (Espiritismo)-1,5hhome
 
As colônias espirituais e a codificação 1,5h
As colônias espirituais e a codificação 1,5hAs colônias espirituais e a codificação 1,5h
As colônias espirituais e a codificação 1,5hhome
 
Da encarnação dos Espíritos
Da encarnação dos EspíritosDa encarnação dos Espíritos
Da encarnação dos Espíritoshome
 
O papel do médium no mecanismo das comunicações 1,5hs
O papel do médium no mecanismo das comunicações 1,5hsO papel do médium no mecanismo das comunicações 1,5hs
O papel do médium no mecanismo das comunicações 1,5hshome
 
O que é o Espiritismo? (o tríplice aspecto)-1,5h
O que é o Espiritismo? (o tríplice aspecto)-1,5hO que é o Espiritismo? (o tríplice aspecto)-1,5h
O que é o Espiritismo? (o tríplice aspecto)-1,5hhome
 
Allan Kardec, vida e obra
Allan Kardec, vida e obraAllan Kardec, vida e obra
Allan Kardec, vida e obrahome
 
A paciência
A paciênciaA paciência
A paciênciahome
 
Alma dos animais 1,5h
Alma dos animais   1,5hAlma dos animais   1,5h
Alma dos animais 1,5hhome
 
Vigiando o pensamento-1,5h
Vigiando o pensamento-1,5hVigiando o pensamento-1,5h
Vigiando o pensamento-1,5hhome
 
O argueiro e a trave no olho
O argueiro e a trave no olhoO argueiro e a trave no olho
O argueiro e a trave no olhohome
 
Da Lei de Adoração
Da Lei de AdoraçãoDa Lei de Adoração
Da Lei de Adoraçãohome
 
Da Lei de Reprodução
Da Lei de ReproduçãoDa Lei de Reprodução
Da Lei de Reproduçãohome
 
Da lei de conservação
Da lei de conservaçãoDa lei de conservação
Da lei de conservaçãohome
 

Mais de home (20)

Anjos e demônios na bíblia
Anjos e demônios na bíbliaAnjos e demônios na bíblia
Anjos e demônios na bíblia
 
O médium e o exercício mediúnico
O médium e o exercício mediúnicoO médium e o exercício mediúnico
O médium e o exercício mediúnico
 
Imortalidade da alma
Imortalidade da almaImortalidade da alma
Imortalidade da alma
 
O Espírito 1,5h
O Espírito 1,5hO Espírito 1,5h
O Espírito 1,5h
 
Espiritismo e aborto-1,5h
Espiritismo e aborto-1,5hEspiritismo e aborto-1,5h
Espiritismo e aborto-1,5h
 
Retorno à vida corporal 1,5h
Retorno à vida corporal 1,5hRetorno à vida corporal 1,5h
Retorno à vida corporal 1,5h
 
Diferenças religiosas na família 1,0h
Diferenças religiosas na família 1,0hDiferenças religiosas na família 1,0h
Diferenças religiosas na família 1,0h
 
Homossexualidade (Espiritismo)-1,5h
Homossexualidade (Espiritismo)-1,5hHomossexualidade (Espiritismo)-1,5h
Homossexualidade (Espiritismo)-1,5h
 
As colônias espirituais e a codificação 1,5h
As colônias espirituais e a codificação 1,5hAs colônias espirituais e a codificação 1,5h
As colônias espirituais e a codificação 1,5h
 
Da encarnação dos Espíritos
Da encarnação dos EspíritosDa encarnação dos Espíritos
Da encarnação dos Espíritos
 
O papel do médium no mecanismo das comunicações 1,5hs
O papel do médium no mecanismo das comunicações 1,5hsO papel do médium no mecanismo das comunicações 1,5hs
O papel do médium no mecanismo das comunicações 1,5hs
 
O que é o Espiritismo? (o tríplice aspecto)-1,5h
O que é o Espiritismo? (o tríplice aspecto)-1,5hO que é o Espiritismo? (o tríplice aspecto)-1,5h
O que é o Espiritismo? (o tríplice aspecto)-1,5h
 
Allan Kardec, vida e obra
Allan Kardec, vida e obraAllan Kardec, vida e obra
Allan Kardec, vida e obra
 
A paciência
A paciênciaA paciência
A paciência
 
Alma dos animais 1,5h
Alma dos animais   1,5hAlma dos animais   1,5h
Alma dos animais 1,5h
 
Vigiando o pensamento-1,5h
Vigiando o pensamento-1,5hVigiando o pensamento-1,5h
Vigiando o pensamento-1,5h
 
O argueiro e a trave no olho
O argueiro e a trave no olhoO argueiro e a trave no olho
O argueiro e a trave no olho
 
Da Lei de Adoração
Da Lei de AdoraçãoDa Lei de Adoração
Da Lei de Adoração
 
Da Lei de Reprodução
Da Lei de ReproduçãoDa Lei de Reprodução
Da Lei de Reprodução
 
Da lei de conservação
Da lei de conservaçãoDa lei de conservação
Da lei de conservação
 

Leis de igualdade na Bíblia e no Espiritismo

  • 1.
  • 2. Livro Terceiro Leis Morais Capítulo IX – VIII. Lei de igualdadeVIII. Lei de igualdade q. 803 a 824.
  • 3. “Assim vocês se tornarão filhos do Pai que está no céu, porque ele faz o Sol nascer sobre maus e bons, e a chuva cair sobre justos e injustos.” (Jesus, em Mateus 5,45)
  • 4. Nas culturas judaica e cristã, admitia-se:
  • 5. gar fez crescer carne. Depois, da costela que tinha tirado do homem, Javé Deus modelou uma mulher, e apresentou-a para o homem. Então o homem exclamou: "Esta sim é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque foi tirada do homem!" Gn 2,20-23: “[…] o ho- mem não encontrou uma auxiliar que lhe fosse semelhante. En- tão Javé Deus fez cair um torpor sobre o ho- mem, e ele dormiu. To-mou então uma coste-la do homem e no lu-
  • 6.
  • 7. Gn 3,16: “E à mulher disse: Multiplicarei so- bremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu dese- jo será para o teu marido, e ele te governa- rá.” Gn 3,17: “E a Adão disse: Visto que atendes- te a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás de- la o sustento durante os dias de tua vida.”
  • 8. Gn 17,9-12: “E Deus continuou falando a Abraão: "Quanto a você, observe a aliança que faço com você e com seus futuros des- cendentes. E a aliança que eu faço com você e seus futuros descendentes, e que vocês de- vem observar, é a seguinte: circuncidem to- dos os homens. Circuncidem a carne do pre- púcio. Este será o sinal da aliança entre mim e vocês. […].” Prepúcio: prega cutânea que recobre a glande do pênis; (Houaiss).
  • 9.
  • 10. A civilização egípcia antiga desenvolveu- se no nordeste africa- no (margens do rio Nilo) entre 3.200 a.C. (unificação do norte e sul) a 32 a.C. (domí- nio romano). (Site Sua Pesquisa) A origem dos judeus é tradicionalmente datada para aproximadamente 2000 a.C. na Mesopotâmia, quando a destruição de Ur e da Caldeia forçou a população a imi- grar para outros lugares. […]. (WIKIPÉDIA).
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14. Levítico 25,44-45: “E quanto aos escravos ou às escravas que chegares a possuir, das nações que estiverem ao redor de vós, delas é que os comprareis. Também os comprareis dentre os filhos dos estrangeiros que peregrinarem entre vós, tanto dentre esses como dentre as suas famílias que estiverem convosco, que tiverem eles gerado na vossa terra; e vos serão por possessão.”
  • 15. Gn 12,5: “Abrão levou consigo sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló, todos os bens que possuíam e os escravos que haviam adqui- rido em Harã. Partiram para a terra de Canaã […].” Gn 17,23: “Então Abraão tomou seu filho Ismael, os escravos nascidos em casa ou comprados, todos os homens de sua casa, e circuncidou-os nesse mesmo dia, conforme Deus lhe havia ordenado.”
  • 16. Ex 21,1-7: “São estas as normas que você promulgará para o povo: Quando você com- prar um escravo hebreu, ele o servirá por seis anos; mas, no sétimo ano, ele sairá livre, sem pagar nada. […] Se o escravo disser: Gosto do meu patrão, da minha mulher e dos meus filhos; não quero ficar livre, então o pa- trão o levará diante de Deus, fará com que ele se encoste na porta ou nos batentes, e lhe furará a orelha com uma sovela: aí, ele se tornará seu escravo para sempre. Se alguém vender a filha como escrava, esta não sairá como saem os escravos.” Vejamos o que é sovela: ==>
  • 17. Sovela: instrumento formado por uma espécie de agulha reta ou curva, com cabo, com que os sapateiros e correeiros furam o couro para o costurar. (Houaiss)
  • 18. Colossenses 3,22-24: “Escravos, obedecei em tudo a vossos patrões terrenos, não por servilismo ou respeito humano, mas com simplicidade e por respeito ao Senhor. O que tiverdes de fazer, fazei-o de coração como se estivésseis servindo ao Senhor e não aos ho- mens, convencidos que do Senhor recebereis a herança como recompensa.” (Bíblia do Peregri- no) Na maioria das traduções ao invés do termo “escravo” é utilizado “servo”, que, de forma bem sutil, oculta o apoio de Paulo à escravidão
  • 19. Abominável: detestável. (HOUAISS) Levítico 18,22: “Com ho- mem não te deitarás, como se fosse mulher: é abominação.” Levítico 20,13: “Se tam- bém um homem se dei- tar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram cousa abominável; serão mor- tos; o seu sangue cairá sobre eles.”
  • 20. Ex 20,17: “Não cobice a casa do seu próxi- mo, nem a mulher do próximo, nem o escra- vo, nem a escrava, nem o boi, nem o jumen- to, nem coisa alguma que pertença ao seu próximo."
  • 21. Ex 20,17: “Não cobice a casa do seu próxi- mo, nem a mulher do próximo, nem o escra- vo, nem a escrava, nem o boi, nem o jumen- to, nem coisa alguma que pertença ao seu próximo." Mulheres vocês estão liberadas para desejarem o homem da “próxima”, porque aquilo que não é proibido é, em boa lógi- ca, permitido. Certo?
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26. Cl 3,18: “Mulheres, sejam submissas a seus maridos, pois assim convém a mulheres cris- tãs.” 1Tm 2,9-15: “Quanto às mulheres, que elas te- nham roupas decentes e se enfeitem com pudor e modéstia. Não usem tranças, nem objetos de ouro, pérolas ou vestuário suntuoso; […]. Du- rante a instrução, a mulher deve ficar em silên- cio, com toda a submissão. Eu não permito que a mulher ensine ou domine o homem. Portanto, que ela conserve o silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E não foi Adão que foi seduzido, mas a mulher que, seduzida, pe- cou. Entretanto, ela será salva pela sua mater- nidade, desde que permaneça com modéstia na fé, no amor e na santidade.”
  • 27. Cl 3,18: “Mulheres, sejam submissas a seus maridos, pois assim convém a mulheres cris- tãs.” 1Tm 2,9-15: “Quanto às mulheres, que elas te- nham roupas decentes e se enfeitem com pudor e modéstia. Não usem tranças, nem objetos de ouro, pérolas ou vestuário suntuoso; […]. Du- rante a instrução, a mulher deve ficar em silên- cio, com toda a submissão. Eu não permito que a mulher ensine ou domine o homem. Portanto, que ela conserve o silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E não foi Adão que foi seduzido, mas a mulher que, seduzida, pe- cou. Entretanto, ela será salva pela sua mater- nidade, desde que permaneça com modéstia na fé, no amor e na santidade.”
  • 28. 1Cor 14,34-35: “Que as mulheres fiquem ca- ladas nas assembleias, como se faz em todas as igrejas dos cristãos, pois não lhes é permi- tido tomar a palavra. Devem ficar submissas, como diz também a lei. Se desejam instruir- se sobre algum ponto, perguntem aos mari- dos em casa; não é conveniente que a mu- lher fale nas assembleias.”
  • 29.
  • 31. 803. Todos os homens são iguais perante Deus? “Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez suas leis para todos. Frequente- mente dizeis: O Sol brilha para todos, e com isso enunciais uma verdade maior e mais ge- ral do que pensais.”
  • 32. Comentário de Kardec: “Todos os homens estão submetidos às mes- mas Leis da Natureza. Todos nascem igual- mente fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Portanto, Deus não concedeu superio- ridade natural a nenhum homem, nem pelo nascimento, nem pela morte; diante dele, to- dos são iguais.”
  • 33. “Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber.” (Resposta à pergunta 115). “Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição.” (Reposta à pergunta 132). “Chegarão à perfeição, como todas as outras, passando por outras existências. Deus não deserda a ninguém.” (Resposta à pergunta 787.a).
  • 34. 822. Sendo os homens iguais perante a Lei de Deus, devem sê-lo igualmente perante as leis humanas? “O primeiro princípio de justiça é este: Não façais aos outros o que não gostaríeis que vos fizessem.”
  • 35. “Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou ins- truídos, todos sofrem pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciên- cia o mal que pode fazer. […] A igualdade diante da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, ins- truídos pela experiência comum, não prati- quem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.” (Lázaro – ESE, Cap. XVII, item 7).
  • 36. “Os preconceitos de raça se enfraquecem, os povos começam a se olhar como os membros de uma grande família; pela uniformidade e a facilidade dos meios de transação, suprimem as barreiras que os dividiam de todas as par- tes do mundo, se reúnem em comícios univer- sais pelos torneios pacíficos da inteligência.” (Revista Espírita 1866)
  • 37. Em 1828, Kardec publica Plano proposto para a melhoria da Educação Pública; nessa épo- ca, contava com apenas 24 anos, além de educador sobressaia-se com a característica de alguém que não alimentava nenhum tipo de preconceito: “Certamente, não está no meu pensamento, nem nos meus princípios, desprezar nin- guém, e menos ainda de rebaixar o nasci- mento de quem quer que seja, pois nenhuma classe tem o privilégio exclusivo de dar à so- ciedade homens estimáveis; […].” (INCONTRI e GRZYBOWSK, 2005, p. 66)
  • 38. “Injustiça haveria, sim, na criação de seres privilegiados, mais ou menos favorecidos, fru indo gozos que outros porventura não atin- gem senão pelo trabalho, ou que jamais pu- dessem atingir. Ao contrário, a justiça divina patenteia-se na igualdade absoluta que pre- side à criação dos Espíritos; todos têm o mesmo ponto de partida e nenhum se distin- gue em sua formação por melhor aquinhoa- do; nenhum cuja marcha progressiva se faci- lite por exceção: os que chegam ao fim, têm passado, como quaisquer outros, pelas fases de inferioridade e respectivas provas.” (O Céu e o Inferno, Cap. VII, item 32)
  • 39.
  • 40.
  • 41.
  • 43. 804. Por que não outorgou Deus as mesmas aptidões a todos os homens? “Deus criou iguais todos os Espíritos, mas cada um destes vive há mais ou menos tempo, e, conseguintemente, tem feito maior ou menor soma de aquisições. A diferença entre eles es- tá na diversidade dos graus da experiência al- cançada e da vontade com que obram, vonta- de que é o livre-arbítrio. Daí o se aperfeiçoa- rem uns mais rapidamente do que outros, o que lhes dá aptidões diversas. Necessária é a variedade das aptidões, a fim de que cada um possa concorrer para a execução dos desígnios da Providência, no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais. […].”
  • 44. Comentário de Kardec à questão 805: Assim, a diversidade das aptidões entre os homens não deriva da natureza íntima da sua criação, mas do grau de aperfeiçoamen- to a que tenham chegado os Espíritos encar- nados neles. Deus, portanto, não criou facul- dades desiguais; permitiu, porém, que os Es- píritos em graus diversos de desenvolvimen- to estivessem em contacto, para que os mais adiantados pudessem auxiliar o progresso dos mais atrasados e também para que os homens, necessitando uns dos outros, com- preendessem a lei de caridade que os deve unir.
  • 46. 806. A desigualdade das condições sociais é Lei da natureza? “Não; é obra do homem, não de Deus.”
  • 47. 806.a) Essa desigualdade desaparecerá al- gum dia? “Só as Leis de Deus são eternas. Não vês que a desigualdade diminuir pouco a pouco a ca- da dia? Desaparecerá quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar, restando apenas a desigualdade do merecimento. Dia virá em que os membros da grande família dos filhos de Deus não mais se considerarão como de sangue mais ou menos puro. Só o Espírito é mais ou menos puro, e isso não de- pende da posição social.”
  • 48. 807. Que se deve pensar dos que abusam da superioridade de suas posições sociais para oprimir os fracos em benefício próprio? “Merecem anátema! Ai deles! Serão oprimi- dos por sua vez e renascerão numa existên- cia em que sofrerão tudo o que tiverem feito sofrer aos outros.” Anátema: reprovação enérgica. (AURÉLIO)
  • 50. 808. A desigualdade das riquezas não tem sua origem na desigualdade das faculdades, que faculta a uns mais ou menos de adquirir bens do que outros? “Sim e não. Que dizes da astúcia e do rou- bo?”
  • 51. “[…] fica sabendo que muitas vezes a fortuna só vem ter às mãos de um homem para lhe dar oportunidade de reparar uma injustiça. Feliz dele se o compreende! […].” (q. 809)
  • 52. 811. A igualdade absoluta das riquezas é possível? Já teria existindo alguma vez? “Não; não é possível. A diversidade das facul- dades e dos caracteres a isso se opõe.”
  • 53. 811-a. No entanto, há homens que creem ser esse o remédio aos males da sociedade. Que pensais a respeito? “São sistemáticos ou ambiciosos e invejosos. Não compreendem que a igualdade com que sonham logo seria desfeita pela força das coisas. Combatei o egoísmo, que é a vossa chaga social, e não corrais atrás de quime- ras.”
  • 54. 812-a. Será possível que todos se enten- dam? “Os homens se entenderão quando pratica- rem a lei de justiça.”
  • 55. 813. Há pessoas que caem na privação e na miséria por sua própria culpa. A sociedade pode ser responsabilizada por isso? “Sim. Como já dissemos, muitas vezes a so- ciedade é causa principal dessas faltas. Ade- mais, não tem ela que velar pela educação moral dos seus membros? Quase sempre, é a má-educação que falseia o julgamento des- sas pessoas, em vez de sufocar suas tenden- cias perniciosas.”
  • 56. 8. A desigualdade das riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará re- solver, desde que se considere apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que nem todos os homens são igualmente ricos? Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adqui- rir, nem sóbrios e previdentes para conser- var. ]=>
  • 57. É, aliás, ponto matematicamente demonstra- do que a riqueza, repartida com igualdade, daria a cada um parcela mínima e insuficien- te; que, supondo-se efetuada essa divisão, o equilíbrio estaria desfeito em pouco tempo, pela diversidade dos caracteres e das apti- dões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o pro- gresso e para o bem-estar da Humanidade; ]=>
  • 58. que, admitido que ela desse a cada um o ne- cessário, já não haveria o aguilhão que impe- le os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.” (KARDEC, ESE, cap. XVI, item 8)
  • 59. As provas da riqueza e da miséria
  • 60. “A riqueza é também uma prova, mas muito mais perigosa que a miséria, pelas tentações que dá e pelos abusos que enseja; também o exemplo dos que viveram, demonstra ser ela uma prova em que a vitória é mais difícil. […].” (KARDEC, O que é o Espiritismo, q. 134)
  • 61. 814. Por que Deus concedeu a uns a riqueza e o poder, e a outros, a miséria? “Para experimentá-los de modos diferentes. Além disso, como sabeis, essas provas foram escolhidas pelos próprios Espíritos que, no entanto, nelas sucumbem frequentemente.”
  • 62. 815. Qual das duas provas é mais perigosa para o homem, a da miséria ou a da riqueza? “Ambas o são igualmente. A miséria provoca as queixas contra a Providência; a riqueza le- va a todos os excessos.”
  • 63. 816. Se o rico está sujeito a maiores tenta- ções, não dispõe também de mais meios pa- ra fazer o bem? “É justamente o que nem sempre faz. Torna- se egoísta, orgulhoso e insaciável. Suas ne- cessidades aumentam com a riqueza, e ele nunca julga ter o bastante para si mesmo.”
  • 64. Comenta Kardec: “A posição elevada neste mundo e a autori- dade sobre os seus semelhantes são provas tão grandes e tão arriscadas quanto a misé- ria, porque, quanto mais rico e poderoso é o homem, tanto mais obrigações tem que cum prir e tanto maiores são os meios de que dis- põe para fazer o bem e o mal. Deus experi- menta o pobre pela resignação e o rico pelo emprego que dá aos seus bens e ao seu po- der. ==>
  • 65. A riqueza e o poder fazem nascer todas as paixões que nos prendem à matéria e nos afastam da perfeição espiritual. Foi por isso que Jesus disse: 'Em verdade vos digo que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus'.”
  • 66. 925. Por que Deus favorece, com os dons da riqueza, certos homens que não parecem tê- los merecido? “É um favor aos olhos dos que apenas veem o presente. Mas, sabei-o bem, a riqueza é, quase sempre, uma prova mais perigosa do que a miséria.”
  • 67. “Como eu, também vós tereis a vossa prova da riqueza, mas não vos apresseis em pedi-la muito cedo. E vós outros, ricos, tende sempre em mente que a verdadeira fortuna, a fortu-na imorredoura, não existe na Terra; procurai antes saber o preço pelo qual podeis alcan-çar os benefícios do Todo-Poderoso. Paula, na Terra Condessa de ***.” (O Céu e o Inferno, cap. II, Espíritos Felizes)
  • 68. Igualdade dos direitos do homem e da mulher
  • 69. 819. Com que objetivo a mulher, do ponto de vista físico, é mais fraca do que o homem? “Para lhe determinar funções especiais. Cabe ao homem, por ser o mais forte, os trabalhos rudes; à mulher, os trabalhos leves; a ambos o dever de se ajudarem mutuamente a su- portar as provas de uma vida cheia de amar- gor.”
  • 70. 820. A fraqueza física da mulher não a colo- ca naturalmente sob a dependência do ho- mem? “Deus deu a uns a força para protegerem o fraco e não para o escravizarem.” Deus apropriou o organismo de cada ser às funções que lhe cumpre desempenhar. Se deu à mulher menor força física, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, apropria- da à delicadeza das funções maternais e à fragilidade dos seres confiados aos seus cui- dados.
  • 71. 822-a) Sendo assim, uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mu- lher? “De direitos, sim; de funções, não. É preciso que cada um tenha um lugar determinado; que o homem se ocupe do exterior e a mu- lher do interior, cada um de acordo com a sua aptidão. A lei humana, para ser justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. Qualquer privilégio a um ou a outro concedido é contrário à jus- tiça. ]=>
  • 72. A emancipação da mulher acompanha o pro- gresso da civilização; sua escravização mar- cha de par com a barbaria. Além disso, os sexos só existem na organização física. Já que os Espíritos podem encarnar num e nou- tro, sob esse aspecto não há nenhuma dife- rença entre eles, devendo, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos.”
  • 73. “A Lei Humana, para ficar equitativa, deve igualar todos os direitos entre o Homem e a Mulher; todo privilégio outorgado a um ou a outro é contrário à Justiça. A emancipação da Mulher segue o progresso da Civilização; sua sujeição marcha com a Barbárie.” (q. 416, O Livro dos Espíritos, 1ª edição, 18.04.1857)
  • 74.
  • 75. “No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e co- meçaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diá- ria de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equipa- ração de salários com os homens (as mulhe- res chegavam a receber até um terço do as- lário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. ==>
  • 76. A manifestação foi reprimida com total vio- lência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximada- mente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.” (www.suapesquisa.com)
  • 77. “Pobres homens! se refletísseis que os Espíri- tos não têm sexo; que o que hoje é homem pode ser mulher amanhã; que escolhem indi- ferentemente, e por vezes de preferência, o sexo feminino, antes vos deveríeis regozijar que vos afligir com a emancipação da mu- lher, e admiti-la no banquete da inteligência, abrindo-lhe todas as grandes portas da ciên- cia, porque ela tem concepções mais finas, mais suaves, contatos mais delicados que os do homem. […].” (Um Espírito, Revista Espírita 1867)
  • 78. 202. Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem ou no de uma mulher? “Isso pouco lhe importa. Vai depender das provas por que haja de passar.” Os Espíritos encarnam como homens ou co- mo mulheres, porque não têm sexo. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes oferece provações, deveres especiais e novas oportunidades de adquirirem experiência. Aquele que fosse sempre homem só saberia o que sabem os homens.
  • 79. Em jan/1866, na Revista Espírita, ao analisar o assunto “As mulheres têm uma alma?”, Kardec disse o seguinte: “As almas ou Espíritos não têm sexo. As afei- ções que as une nada têm de carnal, e, por isto mesmo, são mais duráveis, porque são fundadas sobre uma simpatia real, e não são subordinadas às vicissitudes da matéria. […] Os sexos não existem senão no organismo; são necessários à reprodução dos seres ma- teriais; ]=>
  • 80. mas os Espíritos, sendo a criação de Deus, não se reproduzem uns pelos outros, é por isto que os sexos seriam inúteis no mundo espiritual. Os Espíritos progridem pelo trabalho que re- alizam e as provas que têm que suportar, co- mo o operário em sua arte pelo trabalho que faz. Essas provas e esses trabalhos variam segundo a sua posição social. Os Espíritos devendo progredir em tudo e adquirir todos os conhecimentos, cada um é chamado a concorrer aos diversos trabalhos e a suportar os diferentes gêneros de provas; ]=>
  • 81. é por isto que renascem alternativamente co- mo ricos ou pobres, senhores ou servidores operários do pensamento ou da matéria. Assim se encontra fundado, sobre as próprias leis da Natureza, o princípio da igualdade, uma vez que o grande da véspera pode ser o pequeno do dia de amanhã, reciprocamente. Deste princípio decorre o da fraternidade, uma vez que, nas relações sociais, reencon- tramos antigos conhecimentos, e que no in- feliz que nos estende a mão pode se encon- trar um parente ou um amigo. ==>
  • 82. É no mesmo objetivo que os Espíritos se en- carnam nos diferentes sexos; tal que foi um homem poderá renascer mulher, e tal que foi mulher poderá renascer homem, a fim de cumprir os deveres de cada uma dessas po- sições, e delas suportar as provas. O Espírito encarnado sofrendo a influência do organismo, seu caráter se modifica segundo as circunstâncias e se dobra às necessidades e aos cuidados que lhe impõem esse mesmo organismo. ==>
  • 83. Essa influência não se apaga imediatamente depois da destruição do envoltório material, do mesmo modo que não se perdem instan- taneamente os gostos e os hábitos terres- tres; depois, pode ocorrer que o Espírito per- corra uma série de existências num mesmo sexo, o que faz que, durante muito tempo, ele possa conservar, no estado de Espírito, o caráter de homem ou de mulher do qual a marca permaneceu nele. Não é senão o que ocorre a um certo grau de adiantamento e de desmaterialização que a influência da maté- ria se apaga completamente, e com ela o caráter dos sexos. […]. ==>
  • 84. Se essa influência repercute da vida corpórea à vida espiritual, ocorre o mesmo quando o Espírito passa da vida espiritual à vida corpó- rea. Numa nova encarnação, ele trará o ca- ráter e as inclinações que tinha como Espíri- to; se for avançado, fará um homem avança- do; se for atrasado, fará um homem atrasa- do. Mudando de sexo, poderá, pois, sob essa impressão e em sua nova encarnação, con- servar os gostos, as tendências e o caráter inerentes ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes que se notam no caráter de certos homens e de certas mulheres.” (KARDEC, Revista Espírita 1866)
  • 85. 817. O homem e a mulher são iguais peran- te Deus e têm os mesmos direitos? “Deus não deu a ambos o conhecimento do bem e do mal e a faculdade de progredir?” 818. De onde procede a inferioridade moral da mulher em certos países? “Do domínio injusto e cruel que o homem as- sumiu sobre ela. É resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito.”
  • 86. Constituição da República Federativa do Brasil, 05 de outubro de 1988 “[…] Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo- se aos brasileiros e aos estrangeiros residen- tes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; […].”
  • 88. 823. De onde vem o desejo do homem de perpetuar sua memória por meio de monu- mentos fúnebres? “Derradeiro ato de orgulho.”
  • 89. 823.a) Na maioria das vezes, porém, a suntu- osidade dos monumentos fúnebres não se de- ve aos parentes do defunto, que desejam hon- rar sua memória, do que ao próprio defunto? “Orgulho dos parentes, desejosos de se glorifi- carem a si mesmos. Oh! sim, nem sempre é pelo morto que se fazem todas essas demons- trações, mas por amor-próprio, por considera- ção ao mundo e ostentação de riqueza. Su- pões que a lembrança de um ser querido dure menos no coração do pobre, que só lhe pode colocar sobre o túmulo uma singela flor? Acre- ditas, porventura, que o mármore salve do esquecimento aquele que foi inútil na Terra?”
  • 90. 824. Reprovais de maneira absoluto as pompas fúnebres? “Não; quando se têm em vista honrar a memó- ria de um homem de bem, são justas e dão bom exemplo.” ==>
  • 91. Comentário de Kardec: O túmulo é o ponto de reunião de todos os ho- mens. Aí terminam im- placavelmente todas as distinções humanas. É em vão que o rico tenta perpetuar sua me- mória por meio de faustuosos monumentos: o tempo os destruirá, como ao seu próprio corpo. Assim o quer a Natureza. A lembrança das boas e más ações será menos perecível do que o seu túmulo. A pompa dos funerais não o limpará das suas torpezas, nem o fará subir um único degrau na hierarquia espiritual.
  • 92. Referências Bibliográficas: INCONTRI, D. e GRZYBOWSKI, P. Kardec Educador – textos pedagógicos. Bragança Paulista, SP: Comenius, 2005. KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB, 2007c. KARDEC, A. O Céu e o Inferno. Rio de Janeiro: FEB, 2007d. KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 2007a. KARDEC, A.Revista Espírita 1866. Araras SP: IDE, 1993. KARDEC, A. Revista Espírita 1867. Araras, SP: IDE, 1999. http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm https://www.suapesquisa.com/egito/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
  • 93. Imagens: Capa: https://3dchristianity.files.wordpress.com/2011/06/431214_paper_people.jpg Adão e Eva: http://saber.sapo.pt/w/thumb.php?f=Eva.JPG&w=250 Cavernas: http://3.bp.blogspot.com/- FSQryLyQZa8/Uk927ABVUsI/AAAAAAAAAOc/107n0jEDoKE/s1600/3.jpg Circuncisão: http://1.bp.blogspot.com/-yvPprflzmT8/T3- Ia9PcSEI/AAAAAAAAA6c/1HmEa_p9jog/s320/Ancient%2BCircumcision-thumb-275x192.jpg Tempo de Jerusalém: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/84/Jerusalem_Modell_BW_2.JPG/4 00px-Jerusalem_Modell_BW_2.JPG Pátio das mulheres: http://3.bp.blogspot.com/- 8Le84yW4cmo/Ua6UZ1nCfyI/AAAAAAAAAmI/xSiWdVKeYdw/s400/templo_salomao2.jpg Escravos: http://3.bp.blogspot.com/- FSQryLyQZa8/Uk927ABVUsI/AAAAAAAAAOc/107n0jEDoKE/s1600/3.jpg Sovela: http://loja.papelariaonlineosaka.com.br/image/cache/data/Diversos/sovela- 1000x1000.jpg e http://4.bp.blogspot.com/_unmkamaZGQU/TNgvOjpL4NI/AAAAAAAAAJE/hveEuU0yRGk/s160 0/m%C3%A3os+a+abrir+buracos+para+passar+linha.jpg Homossexuais: https://4.bp.blogspot.com/- dkOT6SJdaZY/VrnlQQGrEdI/AAAAAAAALts/nVI_I76noXg/s1600/Drw%2B00.jpg Marido e a mulher: http://www.animesuasmensagens.net/mensagens-para- facebook/img/engracados-70.jpg Igualdade natural: http://1.bp.blogspot.com/-ogKDh_jTWyk/T7e- HmPd7mI/AAAAAAAABMk/rDZbWK-RDG4/s330/DEUSA%2BDA%2BJUSTI%25C3%2587A.jpg Igualdade de justiça: http://4.bp.blogspot.com/-Ys- XMKacdrE/USNqFLaP_1I/AAAAAAAAAvk/4ngk92kwTzE/s1600/igualdade+para+blog.jpg
  • 94. Imagens Desigualdade aptidão: http://j2ag.com/img/para-quem-fazemos.jpg Desigualdade social: http://www.desigualdadesocial.com.br/wp- content/uploads/2013/07/Desigualdade-social1.jpg Desigualdade riqueza: http://www.esquerda.net/sites/default/files/imagecache/400xY/superrico.jpg e http://www.juntosabordo.com.br/wp- content/uploads/2012/08/2013/03/juntosabordo.jpg Deus nos fez iguais: http://4.bp.blogspot.com/-0XZTPqjauIk/UHNdk5O- ljI/AAAAAAAAAEg/AF9knd8_OGg/s1600/Iguais.jpg Igualdade Homem e Mulher: http://www.quantri.vn/uploads/images/0-------- aaajhgvamvw.jpg Prova da riqueza/pobreza: https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images? q=tbn:ANd9GcRZgQadsGEc00WpOSSyVN6MnXD9SyZWSwIxLDqcooWwpP_XGYr P-g Homens e Mulheres direitos iguais:http://canalpiloto.com.br/wp- content/uploads/2014/06/Mulheres_Aviacao_1_Canal_Piloto.jpg Emancipação mulher: http://www.consciencia.blog.br/wp- content/uploads/imagens/2013/03/mito-de-1857.jpg (adaptada) Igualdade perante túmulo: http://4.bp.blogspot.com/- s9NMxeajWT8/USu8Of3JVNI/AAAAAAAABPg/qgNPb3HJlho/s400/halloween- graveyard.jpg