Este documento discute o Primeiro Mandamento "Não terás outros deuses além de mim". Ele resume que o mandamento exige que Deus seja o único a receber adoração e que devemos crer e confiar somente Nele. Qualquer outra crença ou falta de fé em Deus é proibida pelo mandamento.
2.
O Primeiro Mandamento
O primeiro mandamento é: "Não terás outros
deuses além de mim" (Êx 20.3).
“o fim deste mandamento é que Deus quer ser o único a ter a preeminência
em seu povo e nele exercer seu direito em plena medida. Para que isso
aconteça, ordena que estejam longe de nós a impiedade e toda e qualquer
superstição, em virtude da qual ou se diminui ou se obscurece a glória de
sua divindade. E, pela mesma razão, prescreve que o cultuemos e o
adoremos com o verdadeiro zelo da piedade. E a própria simplicidade das
palavras soa quase que isto, porquanto não podemos ter Deus sem que, ao
mesmo tempo, abracemos as coisas que lhe são próprias. Portanto, o fato
de proibir que tenhamos deuses estranhos, com isto significa que não
devemos transferir para outrem o que lhe é exclusivo”. João Calvino
3. Para Calvino o primeiro mandamento apresenta quatro pontos
principais: Adoração, Confiança, Invocação e Ação de Graças.
“Chamo adoração a veneração e o culto que qualquer um de
nós lhe rende, quando se lhe submete à grandeza. Por isso,
não improcedentemente, incluo à adoração a submissão de
nossa consciência à sua lei. Confiança é a segurança de nele
descansar, em virtude do reconhecimento de seus
predicados, quando, atribuindo-lhe toda sabedoria, justiça,
poder, verdade, bondade, reconhecemos que somos bem-
aventurados somente em sua comunhão. Invocação é o
recurso de nossa mente à sua fidelidade e assistência, como
ao sustentáculo único, sempre que alguma necessidade
insiste. Ação de graças é a gratidão com que se lhe atribui o
louvor de todo bem”.
4.
Neste primeiro mandamento são apresentadas
algumas exigências, dentre elas:
• Conhecer Deus como o único e verdadeiro Deus e reconhecê-lo como nosso
Deus, e, por isto adorá-lo e glorificá-lo como tal (1 Cr 28.9; Dt 26.17; Is 43.10;
Sl 95.6-7; Sl 29.2; Sl 63.6)
• Pensar e meditar nÊle, nos lembrando dÊle, apreciando, honrando,
adorando, desejando, e temendo-o (Ec. 12.1; Is 45.23).
• Devemos crer nÊle, confiando, esperando, deleitando-nos e regozijando-nos
nÊle (Dt 6.5; Sl 73.25; Is 8.13; Is 26.4; Sl 130.7; Sl 37.4).
• Precisamos ter zelo por Ele; invocá-lo, dando-Lhe todo louvor e
agradecimentos, prestando-Lhe toda a obediência e submissão (Êx 14.31;
Rm 12.11; Fp 4.6).
• É nossa obrigação ter cuidado de agradá-Lo em tudo, inclusive nos
entristecendo quando Ele é ofendido em qualquer coisa (Jr 7.23; Tg 4.7; 1 Jo
3.22).
• Devemos fazer isto para andarmos humildemente com Ele (Jr 31.18; Mq 6.8).
6. O ateísmo: negar ou não crer em Deus (Sl 14.1; Ef 2.12).
A idolatria: ter ou adorar mais do que a Deus, ou qualquer outro juntamente com o
verdadeiro Deus ou em lugar dÊle (Jr 2.27-28; Is 40.18).
Não tê-lo e não confessá-lo como Deus, e nosso Deus (Sl 81.11).
A omissão ou negligência de qualquer coisa devida a Ele, exigida neste mandamento
(Is 43.22-23; Jr 4.22; Sl 50.21).
A ignorância, o esquecimento, as más concepções, as falsas opiniões, os pensamentos
indignos e ímpios quanto a Ele (Os 4.1-6; Jr 2.32; At 17.23,29).
O pesquisar audaz e curioso dos seus segredos (Dt 29.29);
Toda a impiedade, todo o ódio contra Deus, egoísmo, espírito interesseiro e toda a
aplicação desordenada e imoderada do nosso entendimento, vontade ou afetos e
outras coisas e o desvio destes de Deus, em tudo ou em parte (Tt 1.16; Hb 12.16; Rm
1.30; 2 Tm 3.2; Fl 2.21).
A vã credulidade, a incredulidade, a heresia, as crenças errôneas, a desconfiança, o
desespero (1 Jo 2.15-16; 4.1; Hb 3.12; Gl 5.20).
7. A resistência obstinada e a insensibilidade sob os juízos de Deus (At 26.9).
A dureza de coração (Sl 78.22; Gn 4.13; Jr 5.3).
A soberba (Rm 2.5; Jr 13.15).
A presunção (Sf 1.12; Mt 4.7; Rm 3.8).
A segurança carnal (Jr 17.5; Ap 3.1,16).
O tentar a Deus (2 Tm 3.4).
O uso de meios ilícitos, a confiança nos lícitos; os deleites e gozos carnais (Is 1.4-5;
Os 4.12).
Um zelo corrupto, cego e indiscreto (Cl 2.18; Rm 1.25).
O esfriamento e o amortecimento nas coisas de Deus (At 5.3).
O alienar-nos e apostatar-nos de Deus (Dt 32.15).
O orar ou prestar qualquer culto religioso a santos, anjos ou qualquer outra
criatura (Lv 20.6).
8. Todos os pactos com o diabo; o consultar com ele e dar ouvidos às suas sugestões
(Mt 4.10).
Fazer dos homes senhores da nossa fé e consciência (At 5.29).
O fazer pouco caso e desprezar a Deus e aos mandamentos (Dn 5.23).
O resistir e entristecer o seu Espírito (At 7.51; Ef 4.30).
Acusá-lo estultamente dos males com que Ele nos aflige, e o atribuir o louvor de
qualquer bem que somos, temos ou podemos fazer à fortuna, aos ídolos, a nós
mesmos, ou a qualquer outra criatura (Lc 12.19; Dt 8.17; Hc 1.16).
9.
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