A civilização egípcia se desenvolveu no vale do Nilo a partir de aldeias neolíticas, se organizando em reinos que foram unificados por Menés. O período do Antigo Império viu a construção de pirâmides, seguido por um período de fragmentação no Médio Império e expansão territorial no Novo Império. A civilização núbia teve forte influência egípcia e desenvolveu seus próprios reinos ao longo do Nilo.
3. Aspectos:
Localização: Nordeste da África;
Isolamento natural: entre o
mar Mediterrâneo, Mar
Vermelho, montanhas do
Sudão e Saara
Formação:
Aldeias neolíticas no vale;
Regime das cheias do rio;
Desenvolvimento de
sistemas de irrigação
7. Período pré-dinástico
Evolução das vilas ribeirinhas: formação dos NOMOS;
Nomarcas: governante dos nomos;
Evolução e diferenciação entre os nomos;
Desenvolvimento da escrita e do calendário solar;
Diferenciações sociais;
Conflitos entre os nomos;
Formação dos reinos do Alto (sul) e do Baixo Egito
(norte)
8. Antigo Império (3200 – 2000 aC):
Unificação dos reinos realizada por Menés, rei do
Alto Egito
As coroas egípcias e Menés
– o primeiro faraó
9. Início da construção das pirâmides
Djoser e sua pirâmide (2625 – 2605 aC)
10. Construção das Pirâmides de Gizé (início por volta
de 2600 aC)
11. Crise (por volta de 2200 aC):
• Enfraquecimento do poder central;
• Custos da burocracia estatal;
• Seca e diminuição das cheias do Nilo;
• Revoltas populares;
• Ampliação dos poderes dos nomarcas;
• Período “feudal” e disputas entre nomos.
Templo em Mênfis,
antiga capital egípcia
12. Médio Império (2000 – 1580 aC):
Restabelecimento do poder dos faraós;
Nova capital: Tebas
Prosperidade: grandes obras de irrigação, ampliação
agrícola, grandes construções e desenvolvimento
artístico;
Crises sociais: disputas entre nobres e penúria do povo;
Invasões estrangeiras e domínio dos hicsos (1800 aC)
13. Novo Império (1580 – 525 aC)
Dominação dos hicsos: reforço de militarismo
egípcio;
Amósis: expulsão dos hicsos e domínio sobre hebreus;
Ampliação das fronteiras;
Tutmés III:
• Maior extensão territorial;
• Domínio sobre assírios,
fenícios e outros povos;
• Organização do exército:
infantaria, cavalaria e
esquadra
14. Amenófis IV / Akhenaton: O “Rei Herético”
• Revolução religiosa: experiência monoteísta ATÓN
(Círculo Solar);
• Novo nome: Amenófis (“Amon-Ra está satisfeito”) para
Akhenaton (“aquele que agrada Aton”);
• Confisco de bens do clero e construção de nova capital:
Akhetaton;
• Sem herdeiros varões apesar dos vários casamentos
(incluindo com filhas) e mesmo com sua principal esposa,
Nefertiti;
• Deposição pelos sacerdotes: coroação do genro
Tutankhamon (“aquele que vive com Amon”) e anulação
das reformas
15.
16. Ramsés II:
• Reinou por mais de 70 anos;
• 59 filhas e 79 filhos;
• Vitória sobre os hititas após 15 anos
de lutas: batalha de kadesh (1271
aC);
• Grandes construções em Karnak e
Luxor
18. Decadência:
• Disputa entre faraós e sacerdotes: Formação de estados
paralelos
• Fragilidade do exército mercenário: falta de coordenação;
• Perdas das conquistas territoriais;
• Nova divisão entre norte e sul e avanços de
invasores: domínio assírio sob Assurbanipal;
• Tentativa de restauração: renascimento saíta (663-525 aC);
• Disputas políticas entre burocratas, sacerdotes e militares
e revoltas populares;
• Deposição do faraó Psamético III pelo rei persa Cambises;
• Posteriores invasões: gregos, macedônios, romanos,
árabes, turcos e ingleses.
19. Economia:
Controle estatal;
Organização e administração das atividades
produtivas;
Estoques distribuídos em período de escassez;
Pecuária: caprinos, ovinos, gansos e pesca;
Atividades artesanais: tecidos, vidros, navios.
Perfumistas
egípcias
20.
21. Sociedade:
Faraó: deus vivo;
Sacerdotes: administração da religião e do patrimônio
dos templos;
Parentes dos faraós e alta burocracia estatal: nobreza;
Enorme estrutura administrativa empregava grande
número de funcionários públicos, como os escribas;
Artesãos livres;
População em geral: trabalhadores rurais e urbanos
submetidos ao regime de servidão coletiva;
Exploração de escravos.
22.
23. Religião:
Politeísmo;
Correspondência entre deuses e fatores ligados à natureza;
Antropomorfismo = divindades “humanas”;
Zoomorfismo = divindades em formas animais;
Antropozoomorfismo = divindades em formas mistas entre
humanos e animais;
Elementos naturais = atribuições divinas;
Morte = simbolismos e preocupação corrente:
• Mumificação e rituais fúnebres complexos;
• Construções funerárias: mastabas (construções
trapezóides simples), hipogeus (tumbas subterrâneas) e
pirâmides.
43. Arte:
Inspiração religiosa predominante;
Variadas expressões em pintura, escultura, ourivesaria,
entalhes e arquitetura;
Escritas:
• Hieroglífica: + de 600 sinais e de uso “oficial” e
ritual;
• Hierática: derivação dos hieróglifos para uso em
documentação regular;
• Demótica: de uso popular e derivação da hierática
com cerca de 350 sinais
59. Ciência
Astronomia: surgiu da necessidade de prever as cheias
do Nilo;
Matemática: da necessidade de quantificar produção
e extensões das terras para cultura;
Criação de calendário solar com 365 dias e 12 meses;
Medicina: estudos sobre anatomia e realização de
procedimentos cirúrgicos.
67. Reino de Kush
Desenvolvimento ligado ao Egito: Trocas culturais e
comerciais;
Domínio egípcio (1.500 aC)
e posterior domínio cuxita
sobre o Egito;
Desenvolvimento de
obras hídricas a partir do
rio Nilo;
Centros urbanos
principais: Méroe e
Napata.
68. Monarca escolhido por lideranças locais após consulta
aos deuses das cidades;
Cabia aos reis o comando militar, político e religioso.
Acentuada militarização e preparo constante para as
guerras – principalmente contra o Egito;
Estabilidade interna:
redução de tensões
sociais e ampliada
participação
feminina.
69. Sociedade agrícola, com
produção de grãos, hortaliças
e frutas, algodão, etc
Rainhas-Mães: Kandaces (ou Kandakes)
chegavam a assumir o poder e reinar
Economia
Alta capacidade da
mineração: Ouro
abundante
70.
71. Século III aC: Empobrecimento material acentuado;
Decadência
Domínio realizado pelo reino de Axum e posterior
cristianização via povo dominador.