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Acção

                                      Tempo

                                      Espaço

                                      Personagens

                                      Narrador

                                      Narratário

                                      Modos de Expressão e representação
                 S IC A IN T
            BÁ               E
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                                      EBICC                         Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
O texto
                                              narrativo
• O texto narrativo conta acontecimentos ou experiências conhecidas
   ou imaginadas. Contar uma história, ou seja, construir uma narrativa,
   implica uma acção, desenvolvida num determinado espaço e num
   determinado tempo, praticada por personagens, que nos é
   transmitida por um narrador.

• Normalmente, o texto narrativo é constituído por narração (a acção
   evolui), descrição (das personagens e do espaço), diálogo (as
   personagens falam entre si) e monólogo (uma personagem fala
   consigo mesma).

                         S IC A IN T
                    BÁ               E
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I - Categorias da Narrativa

                              Acção
                                                                              Acção

                                             Relevância dos                           -   acontecimentos principais e acontecimentos
                                acontecimentos                                            secundários; Acção central e acção secundária;




                              Estrutura da acção
                                                                                      -   momentos determinantes no desenrolar da acção:
                                                                                          situação inicial (introdução), desenvolvimento
                                                                                          (acontecimentos) e desenlace (desfecho ou conclusão);


                                                   Final da acção                     -   acção fechada (solucionada até ao pormenor) ou acção
                                                                                          aberta (não solucionada);

                                                 S IC A IN T
                                            BÁ               E
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                                                                      EBICC                                                Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
Ordenação dos
                                                        -   ordem real dos acontecimentos / ordem textual dos
acontecimentos e                                            acontecimentos:
                                                             -   encadeamento (ordenação cronológica dos
                                       da narrativa
                                                                 acontecimentos),
 Organização das                                             -   alternância (entrelaçamento das sequências e/ou
                                                                 acções),
                                        sequências
                                                             -   encaixe (introdução de uma sequência e/ou acção
 narrativas e/ ou                                                noutra).

                                               acções




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Espaço e Tempo
                                         Espaço   -   espaço físico (lugar da realização da acção),

                                                  -   espaço social (o meio social a que as personagens
                                                      pertencem e onde se deslocam),

                                                  -   espaço psicológico (o espaço vivenciado pela personagem,
                                                      de acordo com o seu estado de espírito, ou o lugar
                                                      do pensamento e da emoção da personagem).


                                         Tempo    -   tempo cronológico/histórico (marcas da passagem do
                                                      tempo, enquadramento histórico dos acontecimentos),

                                                  -   tempo do discurso (modo como o narrador usa o tempo
                                                      para narrar),

                                                  -   tempo psicológico (tempo vivenciado subjectivamente
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Personagem
                                                   -   central / principal / protagonista, secundária, figurante,
          Personagens
                                                       mencionada ou aludida;
relevo ou papel                                    -   modelada, plana, tipo, individual, colectiva;

                                   concepção       -   retrato das personagens:
                                                        –   físico (traços fisionómicos, vestuário, gestos),

                                                        –   psicológico (traços psicológicos, de carácter; sentimentos,
                                                            comportamentos),
caracterização
                                                        –   social (grupo social; linguagem);

                                                   -   formas de obter informações sobre as personagens:

                                        modos de        -   directa (através de palavras da personagem acerca de
                                                            si própria, de palavras de outras personagens, de afirmações do
caracterização                                              narrador),

                                                        -   indirecta (deduções do leitor acerca da personagem, a

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Narrador e
Modos de Representação
                                          Narrador   -   marcas da sua presença ou ausência - participante
                                                         (como personagem ou como observador), não
                                          presença
                                                         participante;



                      Ponto de vista                 -   marcas da sua imparcialidade ou parcialidade - objectivo
                                                         (não toma posição face aos acontecimentos), subjectivo
                                                         (narra os acontecimentos, declarando ou sugerindo o seu
                                                         ponto de vista).


              Representação
                                                     -   narração, descrição;
                                         Expressão   -   diálogo, monólogo.

                  S IC A IN T
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A acção
•   A acção é o desenrolar de acontecimentos que se relacionam entre si e se
    encaminham ou não para um desenlace.

•   A ordenação ou estrutura de uma narrativa caracteriza-se por uma
    situação inicial (introdução), um desenvolvimento (acontecimentos) e um
    desenlace (desfecho ou conclusão), que não existe em certas narrativas
    modernas.

•   Quando existe desenlace, isto é, a resolução de todas as dúvidas,
    expectativas, conflitos ou anseios acumulados, diz-se que se trata de uma
    acção fechada. Quando não existe desenlace, ou seja, se a narrativa
    deixar ao leitor a possibilidade de imaginar a continuação da história, diz-
    se que se trata de uma acção aberta.
                 BÁ
                      S IC A IN T
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•   Um momento da acção ou sequência é uma unidade narrativa, isto é, um
    bloco semântico (de sentido) reconhecido intuitivamente pelo leitor.

•   Os momentos da acção ou sequências podem seguir a ordem cronológica
    dos acontecimentos - encadeamento - ou não. Por vezes, são integrados,
    no tempo em que a acção decorre, factos anteriores (analepse ou flash-
    back) ou posteriores (prolepse).




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A personagem

•   A personagem é um ser ficcional em torno do qual gira a acção do texto
    narrativo.

•   As personagens definem-se em função do seu relevo ou intervenção na acção:
     –    personagens principais ou protagonistas - as que assumem o papel mais importante;

     –    personagens secundárias - as que têm uma intervenção menor;

     –    figurantes - as que não têm qualquer interferência na acção.

•   A identificação de uma personagem corresponde à atribuição de um nome.




                          S IC A IN T
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•   A caracterização das personagens revela-se através de um conjunto de atributos,
    traços, características físicas e psicológicas – retrato físico e retrato psicológico -
    moral.

•   Quando as características físicas e psicológicas das personagens são apresentadas
    pelo narrador, pelas outras personagens ou pela própria personagem, fala-se de
    caracterização directa; quando as características psicológicas ou morais podem ser
    deduzidas a partir das atitudes, do comportamento, das emoções, da maneira de
    falar das personagens, fala-se de caracterização indirecta.

•   Relativamente à construção da personagem, ela poderá ser construída sem
    profundidade e com um reduzido número de atributos - personagem plana (repete,
    por vezes com efeitos cómicos, gestos, comportamentos, «tiques» verbais); ou
    poderá possuir complexidade bastante para revelar uma personalidade vincada -
    personagem modelada (revela o seu carácter gradualmente e de forma
    imprevisível).
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O espaço

•   O espaço é o lugar ou lugares onde decorre a acção.

•   Distinguem-se três tipos de espaços, que nem sempre se encontram em
    todas as narrativas: o espaço físico, o espaço psicológico e o espaço
    social. A multiplicidade dos espaços ocorre apenas nas narrativas de maior
    extensão e complexidade, como a epopeia e o romance.




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•   O espaço físico é o conjunto dos componentes físicos que servem de
    cenário ao desenrolar da acção e à movimentação das personagens. Assim,
    o espaço físico integra os cenários geográficos (espaço físico exterior) e os
    cenários interiores, como as dependências de uma casa, a sua decoração,
    os objectos, etc. (espaço físico interior).

    O espaço físico pode constituir apenas o cenário da acção ou ter também
    uma função importante na revelação do carácter e do comportamento das
    personagens. Neste caso, convém considerar a variedade dos aspectos do espaço:
    se abrange ou não uma grande extensão, se identifica geograficamente determinada
    região, se é um espaço natural ou construído pelo homem, rural ou urbano, no país
    ou no estrangeiro.
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•   O espaço psicológico é a vivência do espaço físico pelas personagens ou o
    lugar do pensamento e da emoção das personagens. Assim, por exemplo,
    locais evocados pela memória correspondem ao espaço psicológico. Por
    outro lado, em relação ao mesmo espaço, a personagem pode
    experimentar diferentes sentimentos, conforme o seu estado de espírito
    ou condições exteriores, como as condições atmosféricas.

•   O espaço social consiste nas relações sociais, económicas, políticas e
    culturais entre as personagens. Constitui-se através das personagens
    figurantes e das personagens-tipo, correspondendo à descrição de um
    determinado ambiente que ilustra, por exemplo, vícios e deformações de
    uma sociedade, servindo então para expressar uma intencionalidade
    crítica.

•   A descrição é o modo de representação das três espécies de espaço.
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O tempo
•   O tempo corresponde à sucessão dos momentos, de acordo com a sua
    contagem (minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, séculos, etc.).

•   Distinguem-se três espécies de tempo: o tempo cronológico, o tempo
    histórico e o tempo psicológico.

•   O tempo cronológico refere-se às marcas da passagem do tempo,
    obedecendo às regras da sua contagem ou cronometria, e pode ser
    considerado o tempo físico, real. Corresponde à sucessão cronológica de
    eventos susceptíveis de serem datados.




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•   O tempo histórico engloba o enquadramento histórico dos
    acontecimentos, ou seja, revela-se nas indicações cronológicas que
    inserem a acção numa determinada época histórica.

•   O tempo psicológico refere-se ao tempo vivenciado subjectivamente, ou
    seja, opõe-se muitas vezes ao tempo cronológico, que tem a ver com os
    dados objectivos. O tempo psicológico revela-se nas impressões que as
    personagens manifestam relativamente ao desenrolar temporal, bem como
    nos dados provenientes da memória ou da imaginação, e pode indicar
    também as mudanças operadas pela passagem do tempo e as experiências
    vividas.

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O narrador
•   O narrador é um ser ficcional, não devendo ser confundido com o autor
    real que o cria. O narrador tem a função de enunciar e organizar o
    discurso; é ele que nos transmite o mundo inventado ou recriado numa
    narrativa.

•   Distinguem-se diferentes tipos de narrador, tendo em conta a sua presença
    ou ausência no universo da narrativa, a adopção de determinado ponto de
    vista e o grau de conhecimento que demonstra ter da história que conta.




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•   Relativamente à presença, o narrador classifica-se como participante ou
    não participante.

•   O narrador participante é aquele que se integra no mundo narrado,
    estando presente na acção de dois modos possíveis, participante como
    personagem (narra na primeira pessoa, podendo ser também o
    protagonista) ou participante como observador (narra na primeira pessoa,
    mas não interfere na acção, limita-se a acompanhá-la).

•   O narrador não participante exprime-se na terceira pessoa e está ausente
    do universo narrativo.


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•   Em relação ao ponto de vista adoptado, o narrador classifica-se como
    objectivo ou subjectivo. Se o narrador revela imparcialidade, ou seja, se
    não assume posição face aos acontecimentos, é objectivo. Se o narrador é
    parcial, ou seja, se afirma ou sugere o seu ponto de vista, é subjectivo.

•   O narrador caracteriza-se também em função do conhecimento da história:
    ele pode fingir que sabe apenas o que presencia, enquanto personagem
    ou observador, ou manifestar um total conhecimento da acção e das
    personagens, ou seja, revelar que sabe mais que as personagens.




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O narratário
• O narratário pode identificar-se com o leitor virtual (todo o leitor
   que venha a ler a obra). É a ele que se dirige o narrador. Pode
   também ter o estatuto de uma personagem e intervir na acção.




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Modos de representação
        e de expressão
•   O texto narrativo pode apresentar várias modalidades de discurso. O
    discurso do narrador, mais próximo da ficção narrada, apresenta-se sob as
    formas de:
     –                            narração - relato de acontecimentos e de conflitos, situados
                                  no tempo e encadeados de forma dinâmica, originando a acção
                                  (verbos de movimento e formas verbais do pretérito-perfeito,
                                  imperfeito e mais-que-perfeito);

     –                            descrição - informações sobre as personagens, os objectos, o
                                  tempo e os lugares, que interrompem a dinâmica da acção e vão
                                  desenhando os cenários (verbos copulativos ou de ligação e formas
                                  verbais do pretérito imperfeito).

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•   O discurso das personagens, mais distante do narrador, apresenta-se sob
    as formas de:
     –                          diálogo - interacção verbal ou conversa entre duas ou mais
                                personagens (discurso directo com registos de língua variados);

     –                          monólogo - conversa da personagem consigo mesma, discurso
                                mental não pronunciado ou pronunciado, mas sem ouvinte (discurso
                                directo com frases simples e reduzidas, muitas vezes com suspensões).


                                                 Fonte:




                                                                                                       Fim!
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Acção, Espaço, Personagens e Modos de Expressão

  • 1. Acção Tempo Espaço Personagens Narrador Narratário Modos de Expressão e representação S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 2. O texto narrativo • O texto narrativo conta acontecimentos ou experiências conhecidas ou imaginadas. Contar uma história, ou seja, construir uma narrativa, implica uma acção, desenvolvida num determinado espaço e num determinado tempo, praticada por personagens, que nos é transmitida por um narrador. • Normalmente, o texto narrativo é constituído por narração (a acção evolui), descrição (das personagens e do espaço), diálogo (as personagens falam entre si) e monólogo (uma personagem fala consigo mesma). S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 3. I - Categorias da Narrativa Acção Acção Relevância dos - acontecimentos principais e acontecimentos acontecimentos secundários; Acção central e acção secundária; Estrutura da acção - momentos determinantes no desenrolar da acção: situação inicial (introdução), desenvolvimento (acontecimentos) e desenlace (desfecho ou conclusão); Final da acção - acção fechada (solucionada até ao pormenor) ou acção aberta (não solucionada); S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 4. Ordenação dos - ordem real dos acontecimentos / ordem textual dos acontecimentos e acontecimentos: - encadeamento (ordenação cronológica dos da narrativa acontecimentos), Organização das - alternância (entrelaçamento das sequências e/ou acções), sequências - encaixe (introdução de uma sequência e/ou acção narrativas e/ ou noutra). acções S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 5. Espaço e Tempo Espaço - espaço físico (lugar da realização da acção), - espaço social (o meio social a que as personagens pertencem e onde se deslocam), - espaço psicológico (o espaço vivenciado pela personagem, de acordo com o seu estado de espírito, ou o lugar do pensamento e da emoção da personagem). Tempo - tempo cronológico/histórico (marcas da passagem do tempo, enquadramento histórico dos acontecimentos), - tempo do discurso (modo como o narrador usa o tempo para narrar), - tempo psicológico (tempo vivenciado subjectivamente A BÁ S IC A IN T E pelas personagens). G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 6. Personagem - central / principal / protagonista, secundária, figurante, Personagens mencionada ou aludida; relevo ou papel - modelada, plana, tipo, individual, colectiva; concepção - retrato das personagens: – físico (traços fisionómicos, vestuário, gestos), – psicológico (traços psicológicos, de carácter; sentimentos, comportamentos), caracterização – social (grupo social; linguagem); - formas de obter informações sobre as personagens: modos de - directa (através de palavras da personagem acerca de si própria, de palavras de outras personagens, de afirmações do caracterização narrador), - indirecta (deduções do leitor acerca da personagem, a A BÁ S IC A IN T E partir de atitudes ou comportamentos da mesma). G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 7. Narrador e Modos de Representação Narrador - marcas da sua presença ou ausência - participante (como personagem ou como observador), não presença participante; Ponto de vista - marcas da sua imparcialidade ou parcialidade - objectivo (não toma posição face aos acontecimentos), subjectivo (narra os acontecimentos, declarando ou sugerindo o seu ponto de vista). Representação - narração, descrição; Expressão - diálogo, monólogo. S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 8. A acção • A acção é o desenrolar de acontecimentos que se relacionam entre si e se encaminham ou não para um desenlace. • A ordenação ou estrutura de uma narrativa caracteriza-se por uma situação inicial (introdução), um desenvolvimento (acontecimentos) e um desenlace (desfecho ou conclusão), que não existe em certas narrativas modernas. • Quando existe desenlace, isto é, a resolução de todas as dúvidas, expectativas, conflitos ou anseios acumulados, diz-se que se trata de uma acção fechada. Quando não existe desenlace, ou seja, se a narrativa deixar ao leitor a possibilidade de imaginar a continuação da história, diz- se que se trata de uma acção aberta. BÁ S IC A IN T E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 9. Um momento da acção ou sequência é uma unidade narrativa, isto é, um bloco semântico (de sentido) reconhecido intuitivamente pelo leitor. • Os momentos da acção ou sequências podem seguir a ordem cronológica dos acontecimentos - encadeamento - ou não. Por vezes, são integrados, no tempo em que a acção decorre, factos anteriores (analepse ou flash- back) ou posteriores (prolepse). S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 10. A personagem • A personagem é um ser ficcional em torno do qual gira a acção do texto narrativo. • As personagens definem-se em função do seu relevo ou intervenção na acção: – personagens principais ou protagonistas - as que assumem o papel mais importante; – personagens secundárias - as que têm uma intervenção menor; – figurantes - as que não têm qualquer interferência na acção. • A identificação de uma personagem corresponde à atribuição de um nome. S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 11. A caracterização das personagens revela-se através de um conjunto de atributos, traços, características físicas e psicológicas – retrato físico e retrato psicológico - moral. • Quando as características físicas e psicológicas das personagens são apresentadas pelo narrador, pelas outras personagens ou pela própria personagem, fala-se de caracterização directa; quando as características psicológicas ou morais podem ser deduzidas a partir das atitudes, do comportamento, das emoções, da maneira de falar das personagens, fala-se de caracterização indirecta. • Relativamente à construção da personagem, ela poderá ser construída sem profundidade e com um reduzido número de atributos - personagem plana (repete, por vezes com efeitos cómicos, gestos, comportamentos, «tiques» verbais); ou poderá possuir complexidade bastante para revelar uma personalidade vincada - personagem modelada (revela o seu carácter gradualmente e de forma imprevisível). A BÁ S IC A IN T E G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 12. O espaço • O espaço é o lugar ou lugares onde decorre a acção. • Distinguem-se três tipos de espaços, que nem sempre se encontram em todas as narrativas: o espaço físico, o espaço psicológico e o espaço social. A multiplicidade dos espaços ocorre apenas nas narrativas de maior extensão e complexidade, como a epopeia e o romance. S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 13. O espaço físico é o conjunto dos componentes físicos que servem de cenário ao desenrolar da acção e à movimentação das personagens. Assim, o espaço físico integra os cenários geográficos (espaço físico exterior) e os cenários interiores, como as dependências de uma casa, a sua decoração, os objectos, etc. (espaço físico interior). O espaço físico pode constituir apenas o cenário da acção ou ter também uma função importante na revelação do carácter e do comportamento das personagens. Neste caso, convém considerar a variedade dos aspectos do espaço: se abrange ou não uma grande extensão, se identifica geograficamente determinada região, se é um espaço natural ou construído pelo homem, rural ou urbano, no país ou no estrangeiro. S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 14. O espaço psicológico é a vivência do espaço físico pelas personagens ou o lugar do pensamento e da emoção das personagens. Assim, por exemplo, locais evocados pela memória correspondem ao espaço psicológico. Por outro lado, em relação ao mesmo espaço, a personagem pode experimentar diferentes sentimentos, conforme o seu estado de espírito ou condições exteriores, como as condições atmosféricas. • O espaço social consiste nas relações sociais, económicas, políticas e culturais entre as personagens. Constitui-se através das personagens figurantes e das personagens-tipo, correspondendo à descrição de um determinado ambiente que ilustra, por exemplo, vícios e deformações de uma sociedade, servindo então para expressar uma intencionalidade crítica. • A descrição é o modo de representação das três espécies de espaço. S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 15. O tempo • O tempo corresponde à sucessão dos momentos, de acordo com a sua contagem (minutos, horas, dias, semanas, meses, anos, séculos, etc.). • Distinguem-se três espécies de tempo: o tempo cronológico, o tempo histórico e o tempo psicológico. • O tempo cronológico refere-se às marcas da passagem do tempo, obedecendo às regras da sua contagem ou cronometria, e pode ser considerado o tempo físico, real. Corresponde à sucessão cronológica de eventos susceptíveis de serem datados. S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 16. O tempo histórico engloba o enquadramento histórico dos acontecimentos, ou seja, revela-se nas indicações cronológicas que inserem a acção numa determinada época histórica. • O tempo psicológico refere-se ao tempo vivenciado subjectivamente, ou seja, opõe-se muitas vezes ao tempo cronológico, que tem a ver com os dados objectivos. O tempo psicológico revela-se nas impressões que as personagens manifestam relativamente ao desenrolar temporal, bem como nos dados provenientes da memória ou da imaginação, e pode indicar também as mudanças operadas pela passagem do tempo e as experiências vividas. S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 17. O narrador • O narrador é um ser ficcional, não devendo ser confundido com o autor real que o cria. O narrador tem a função de enunciar e organizar o discurso; é ele que nos transmite o mundo inventado ou recriado numa narrativa. • Distinguem-se diferentes tipos de narrador, tendo em conta a sua presença ou ausência no universo da narrativa, a adopção de determinado ponto de vista e o grau de conhecimento que demonstra ter da história que conta. S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 18. Relativamente à presença, o narrador classifica-se como participante ou não participante. • O narrador participante é aquele que se integra no mundo narrado, estando presente na acção de dois modos possíveis, participante como personagem (narra na primeira pessoa, podendo ser também o protagonista) ou participante como observador (narra na primeira pessoa, mas não interfere na acção, limita-se a acompanhá-la). • O narrador não participante exprime-se na terceira pessoa e está ausente do universo narrativo. S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 19. Em relação ao ponto de vista adoptado, o narrador classifica-se como objectivo ou subjectivo. Se o narrador revela imparcialidade, ou seja, se não assume posição face aos acontecimentos, é objectivo. Se o narrador é parcial, ou seja, se afirma ou sugere o seu ponto de vista, é subjectivo. • O narrador caracteriza-se também em função do conhecimento da história: ele pode fingir que sabe apenas o que presencia, enquanto personagem ou observador, ou manifestar um total conhecimento da acção e das personagens, ou seja, revelar que sabe mais que as personagens. S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 20. O narratário • O narratário pode identificar-se com o leitor virtual (todo o leitor que venha a ler a obra). É a ele que se dirige o narrador. Pode também ter o estatuto de uma personagem e intervir na acção. S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 21. Modos de representação e de expressão • O texto narrativo pode apresentar várias modalidades de discurso. O discurso do narrador, mais próximo da ficção narrada, apresenta-se sob as formas de: – narração - relato de acontecimentos e de conflitos, situados no tempo e encadeados de forma dinâmica, originando a acção (verbos de movimento e formas verbais do pretérito-perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito); – descrição - informações sobre as personagens, os objectos, o tempo e os lugares, que interrompem a dinâmica da acção e vão desenhando os cenários (verbos copulativos ou de ligação e formas verbais do pretérito imperfeito). S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
  • 22. O discurso das personagens, mais distante do narrador, apresenta-se sob as formas de: – diálogo - interacção verbal ou conversa entre duas ou mais personagens (discurso directo com registos de língua variados); – monólogo - conversa da personagem consigo mesma, discurso mental não pronunciado ou pronunciado, mas sem ouvinte (discurso directo com frases simples e reduzidas, muitas vezes com suspensões). Fonte: Fim! S IC A IN T BÁ E A G L RA O ESC DA EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006