1. Arquitetura e Urbanismo
História e Teoria da Arquitetura e Urbanismo no Século XX
Profº Valdir Arruda
Escolas de Arte/Brasil dos anos 60
FAU USP
Vilanova Artigas
Ana Paula Oribe
Carolina Arbex
Cristiana Badra
Mayara Virgulino
Virginia Vasques
2. calização da FAU
Rua do Lago 876, Cidade
Universitária - São Paulo - Brasil
3. JÕAO BATISTA VILANOVA ARTIGAS (1915
- 1985)
Nasceu em Curitiba – PR
Arquiteto, engenheiro, urbanista, professor.
Forma-se engenheiro-arquiteto pela Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo - Poli/USP, em 1937, após ter sido
estagiário na construtora Bratke e Botti.
Abre uma empresa de projeto e construção com Duílio Marone a
Artigas & Marone Engenharia
Em 1944, afasta-se da construtora e decide montar escritório
próprio, ao lado do calculista Carlos Cascaldi.
4. Ficha Técnica
Arquitetos: João Batista Vilanova Artigas e Carlos
Cascaldi
Ano: 1969
Endereço: Rua do Lago 876, Cidade Universitária São
Paulo - Brasil
Tipo de projeto: Educacional
Materialidade: Concreto e Vidro
Estrutura: Concreto
Escritório Figueiredo Ferraz
Construtora: Administração da Cidade Universitária
ANR
5. Histórico
Para orientar o pensamento sobre o sistema escolar brasileiro, e
possibilitar maior reflexão sobre a FAU, vamos mapear o contexto ao
qual ela está inserida.
-As construções chamadas de escola surgiram na época do Império.
-Em 1890 e 1920 as escolas foram espécies de “carimbos” difundidos e adaptados
em diversos tipos de terrenos.
-Na década de 20, a escola foi enfatizada pelo caráter nacionalista.
-A revolução de 30, inaugura uma fase com uma abordagem mais realista sobre o
Brasil.
-Entre os anos 40 e 50 , surgiu uma grande demanda por escolas, devido as
campanhas políticas.
-Na década de 60, ouve a expansão da construção das escolas primárias e
introdução ao modernismo.
-A década de 70 é marcada pelo inicio da sistematização e padronização do projeto
das escolas.
-E desde a década de 80 até hoje, vemos a FDE como grande órgão competente
para a construção das escolas.
6. Trecho de um depoimento dado por Artigas sobre
a FAU:
“Com a perda do fascismo e a ideia de
liberdade, e se acrescenta com as atribuições
que nós arquitetos brasileiros começamos a dar
para o papel da arquitetura na construção da
democracia no Brasil, então para o edifício se
rebate, se projeta, uma soma de ideias que se
eram meus pessoais, eram também tudo aquilo
que nós pensávamos que a Arquitetura
Brasileira, tinha que representar com o fim da
guerra”.
7. “Eu pensei que aquilo tinha que ser um
prédio, que não tivesse a menos concessão
a nenhum barroquismo; que tivesse
insinuações, de uma extrema finura, para
dizer que partia de um bloco inerme.
O projeto é de uma tremenda
simplicidade capas de ser compreensível
para qualquer um, que não tivesse
nenhuma loquacidade necessária....Uma
espécie de quem procura a verdade
absolutamente pura”.
20. Descrição
Caixa de concreto aparente levemente
pousada em outra caixa menor
envidraçada, onde os pilares marcam a
imponência do projeto.
A caixa de concreto suspensa mede 110 m
comprimento por 66m de largura e 15 m de
altura com uma área 18.600m².
São pavimentos contínuos e
intermediários, conectados por rampas em
uma extremidade e escadas em outra.
O salão caramelo é o átrio do prédio que
faz a comunicação visual por todos os
espaços, tem 36m de comprimento por
19m largura e 15m de altura.
21. Analise Projeto
O prédio da FAU
resume-se a um grande
volume retangular
organizado ao redor de
um generoso pátio
interno com iluminação
zenital.
O acesso se dá
por rampas, que também
unifica os sete pisos
intercalados, desde o
subsolo até o último
pavimento. A cobertura é
uma imensa laje formada
por vigas entrelaçadas
ortogonalmente, vedada
por domos translúcidos.
A estrutura é
toda em concreto
aparente, com destaque
para os pilares externos
que suportam as
empenas que moldam o
volume.
22. Estudo Estrutural
O projeto foi desenvolvido juntamente com o programa de ensino para a FAU
entre 1961 e 1969.
Com a construção plana e elevada seguindo a horizontalidade, ruas largas e
área para estacionamento e circundado por arvores de grande porte.
Utilização de concreto armado e acabamento simples.
23. O prédio da FAU defende a tese
da continuidade espacial.
Seus sete pavimentos são
ligados por rampas suaves e
amplas, em desníveis que
procuram dar a sensação de
um só plano.
Há uma interligação física
continua em todo o prédio.
É uma escola de acabamento
simples, modesto que é
também um laboratório de
ensaios.
24. Características do modernismo na FAU
- Planta livre – separação da
estrutura e vedações
- Formas geométricas puras
- Cobertura plana
- Espaço integrado e fluído
formado por planos verticais
e horizontais
- Integração interna e
externa através da
transparência de painéis de
vidro
- Disciplina e precisão no
uso de materiais
construtivos
-Importância dos apoios na
composição do espaço
25. Forma e Programa
O projeto do edifício
refletia o programa
criado:
As atividades que
poderiam ser
compartilhadas com a
comunidade externa
ficavam no térreo e nos
dois “meio-níveis”
acima e abaixo, onde se
encontram: a
diretoria, restaurante, m
useu, secretaria, grêmio,
biblioteca, auditório, ofic
ina de
modelos, tipografia, labo
ratório fotográfico.
26. Forma e Programa
Mais acima ficavam
as áreas reservadas
só para os alunos e
professores:
departamentos, salas
de aula e atelier.
As áreas que
pertencem só aos
alunos e professores
ficam ocultas, atrás
dos volumes do
museu e da
biblioteca, que
avançam em balanço
sobre a praça e cujas
paredes sobem
mais, criando
anteparos altos nas
circulações dos
ateliers e salas de
aula dos últimos
pavimentos.
27. Estrutura e Materiais
- 7 pavimentos intermediários
- 36 pilares internos (colunas)
- 14 pilares perimetrais (seção piramidal)
- Empena de concreto armado não isolante
- Cobertura em grelha com sistema caixão perdido
- 900 domus de 2,5×2,5 de fibra de vidro (iluminação zenital)
- Esquadrias auto portante com vidros transparentes
- 7 lances de rampa suave e larga com gradil de ferro;
- Iluminação artificial segue a horizontalidade do prédio;
- Nos estúdios a iluminação artificial é rebaixada por se tratar do
pé direito duplo, sendo focada nas pranchetas.
40. Bibliografia
BENEVOLO. L. História da arquitetura moderna. São Paulo: Perspectiva, 1976.
ARGAN, Giulio Carlo. A arte moderna. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
ARTIGAS, João Batista Vilanova. Caminhos da Arquitetura. São Paulo: EVA/PINI, 2ª edição,
1986. p. 24. apud THOMAZ, 1997, p. 272.
www.vitruvius.com.br – Dia 05/03/2012
www.vitruvius.com.br
http://www.docomomo.org.br/seminario%208%20pdfs/180.pdf – Dia 14/03/2012
BARDI, Lina Bo. Uma Aula de arquitetura, 1989. Revista Projeto, São Paulo, n. 149, p. 105,
1992.
Construção do prédio da F.A.U. no “campus” da Cidade Universitária. São Paulo, Setor de
Obras Raras, Biblioteca da FAUUSP. No caso, Of. GD/824 de 7.12.1966.