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INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO CAMPUS SÃO LUÍS – MARACANÃ
REDE E-TEC BRASIL
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO NO SETOR DE TRANSFERÊNCIA DE
TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO INTENSIVA DE LEITE NAS UNIDADES
DEMONSTRATIVAS ATENDIDAS PELO PROGRAMA BALDE CHEIO NO
MUNICÍPIO DE PORTO FRANCO
ROMÁRIO MILHOMEM DA CRUZ
PORTO FRANCO
2015
ROMÁRIO MILHOMEM DA CRUZ
RELATÓRIO DE ESTÁGIO NO SETOR DE TRANSFERÊNCIA DE
TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO INTENSIVA DE LEITE NAS UNIDADES
DEMONSTRATIVAS ATENDIDAS PELO PROGRAMA BALDE CHEIO NO
MUNICÍPIO DE PORTO FRANCO
Relatório apresentado ao IFMA Campus São Luís –
Maracanã, à disciplina de Estágio para conclusão do
curso Técnico em Agropecuária.
Técnico Responsável: Wanderlan Parreão de Moura
Médico Veterinário
CRMV-MA 0768
PORTO FRANCO
2015
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 4
2. IFMA......................................................................................................................................... 6
2.1 Ensino industrial e agrícola ............................................................................................... 6
2.2 Ampliação no Estado do Maranhão ............................................................................... 6
2.3 Criação dos Institutos Federais....................................................................................... 7
3. SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA, ABASTECIMENTO, PRODUÇÃO
E MEIO AMBIENTE ...................................................................................................................... 8
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ....................................................................................... 8
4.1 Metodologia, visitas e acompanhamento das propriedades ......................................... 9
4.2 Planejamento de um sistema de produção de leite em pasto rotacionado ................ 11
4.2.1 Localização da Unidade Demonstrativa acompanhada............................................ 11
4.2.2 Quantidade e tipo de animais utilizados observados................................................ 12
4.2.3 Instalações e equipamentos utilizados...................................................................... 12
4.2.4 Os módulos de Piquetes ........................................................................................... 12
4.2.5 Espécie Forrageira escolhida.................................................................................... 13
4.2.6 Irrigação em pastejo rotacionado ............................................................................. 14
5. PALESTRA SOBRE MASTITE NO LEITE ...................................................................... 15
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 16
REFERÊNCIA ................................................................................................................................. 18
ANEXOS.......................................................................................................................................... 20
4
1. INTRODUÇÃO
Atualmente o Brasil detém o maior rebanho de bovinos para comércio no mundo,
graças às suas vantagens naturais, possuindo a maior área agricultável e o maior
reservatório de água doce do mundo, condições edafoclimáticas e topografia diversificada,
boa luminosidade, fatores que favorecem o potencial da produção leiteira.
Sendo o país um dos principais exportadores de alimentos do mundo, produzindo
alimentos como o milho e a soja, proteína animal, carne bovina, suína e de aves, ainda
deixa a desejar na produção de leite. Em relação à produção de leite, o Brasil tem muito
que melhorar no que diz respeito à qualidade, quantidade e também na viabilização
econômica. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura (FAO), aponta que;
Entre 2003 e 2013 a produção de leite brasileira cresceu 49,3% passando de 22,943
bilhões de litros, a sexta maior do mundo, para 34,255 milhões, a quarta maior do
planeta, mas que esse aumento ocorreu principalmente em razão da ampliação do
rebanho bovino e em menor proporção de aumento de produtividade
(AGRODEBATE, 2015).
A bovinocultura de leite é um dos segmentos mais importantes da agropecuária
do país e hoje, passa por uma grande transformação. Em virtude da nova realidade
econômica mundial, com adoção de modernas tecnologias, só quem produzir com maior
eficiência e qualidade estará em condições de competir no mercado. Isso implica não
somente no melhoramento do nível genético dos planteis e na alimentação dos animais,
mas também na construção de instalações adequadamente projetadas, baseada no conforto
animal, além dos custos e facilidades para o produtor no tocante ao manejo, a limpeza e o
aproveitamento da mão de obra, independentemente do sistema de criação adotado
(Perissionotto, 2007).
O leite é um produto importante em todos os países do mundo. Além do alto valor
nutritivo, o leite e seus derivados participam da geração de renda de muitos países gerando
empregos diretos e indiretos contribuindo com a redução da migração de pessoas do meio
rural para os centros urbanos.
No período de julho de 2015 em detrimento da exigência do curso técnico em
agropecuária do IFMA, realizei o estágio supervisionado em uma das unidades demonstrativa
(local onde ocorre a capacitação e a troca de informações, com as aulas teóricas e práticas) do
5
Projeto Balde Cheio no município de Porto Franco MA. Foi uma oportunidade ímpar, pois
através deste passei a conhecer o Programa Balde Cheio, e como foi sua implantaçao em
Porto Franco – MA. Em agosto de 2008 o Médico Veterinário Wanderlan Parreão de
Moura, em parceria com o SEBRAE, assumiu formalmente a responsabilidade pela a
implantação e acompanhamento do Programa no município. Parceria esta que oportunizou
alguns produtores da região a participarem e ou implantarem o projeto em suas
propriedades. Mediante os resultados apresentados pelo técnico citado a Secretaria
Municipal de Agricultura de Porto Franco, firma convênio ao projeto e passa a prestar
assistência aos produtores cadastrados no respectivo município.
Convém ressaltar que alguns proprietários também foram assistidos por técnicos da
Embrapa após a implantação do projeto “Balde Cheio” neste município o que viabilizou o
aumento da produção de leite, resgatou a motivação do produtor rural, e conscientizou-os
da importância de sua permanência no meio rural para o fortalecimento da extensão rural
como instrumento econômico para a agricultura. Este projeto da Embrapa Pecuária Sudeste
tem a finalidade de instruir o pequeno produtor a produzir mais de acordo com os recursos
disponíveis em suas propriedades.
Atualmente o projeto está em funcionamento em várias propriedades, sendo a
Fazenda SOLPA, propriedade do Sr. Gentil Marinho de Moura, uma das fazendas
“modelos”, mas há perspectivas de que mais propriedades adotem o projeto pelo fato do
mesmo está mostrando resultados satisfatórios a cadeia produtiva.
O projeto “Balde Cheio” da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, São Paulo) é
um projeto que demonstra viabilidade técnica e econômica da propriedade familiar para a
produção de leite. Alguns de seus resultados é a obtenção de lucro nesse tipo de
propriedade antes deficitária, o aumento de produção de leite, por hectare/ano.
O programa Balde Cheio foi escolhido para o trabalho desenvolvido em detrimento de
sua grande importância para o desenvolvimento do agronegócio da região e a metodologia
adotada para fortalecer a produção leiteira, principalmente dos pequenos produtores da
agricultura familiar, contribuindo com o desenvolvimento da pecuária de leite por meio da
transferência de tecnologias, capacitação de profissionais extensionistas rurais e dos produtores,
através de troca de informações sobre tecnologias aplicadas na região, acompanhamento e
monitoramento dos impactos ambientais, econômicos e sociais nas unidades demonstrativas
que adotaram a metodologia proposta pelo programa.
6
2. IFMA
A história do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão
(IFMA) começou a ser construída no início do século XX. No dia 23 de setembro de 1909,
por meio do Decreto nº 7.566, foram criadas as Escolas de Aprendizes Artífices nas
capitais dos Estados. Elas surgiram com o intuito de proporcionar às classes
economicamente desfavorecidas uma educação voltada para o trabalho. A Escola de
Aprendizes Artífices do Maranhão foi instalada em São Luís no dia 16 de janeiro de 1910.
Em meio a mudanças provocadas pelas disposições constitucionais que remodelaram a
educação do país, no ano de 1937 a Escola de Aprendizes Artífices do Maranhão passou a
ser chamada de Liceu Industrial de São Luís. Nesse período, a instituição funcionava no
bairro Diamante (Fonte: IFMA, 2015).
2.1 Ensino industrial e agrícola
Em 1936, foi lançada a pedra fundamental do prédio que atualmente abriga a sede
do Campus São Luís-Monte Castelo. Foi também no início dessa década que foi criado o
Ministério da Educação e Saúde, a quem o ensino industrial ficou vinculado. O ensino
agrícola, por sua vez, permaneceu ligado ao Ministério da Agricultura, Indústria e
Comércio.
Em 30 de janeiro de 1942, com a necessidade de responder às novas demandas
educacionais no setor industrial em face da intensificação do processo de substituição das
importações, o Decreto-lei nº 4.073 instituiu a Lei Orgânica do Ensino Industrial. Nesse
contexto, criaram-se as Escolas Técnicas Industriais e o então Liceu Industrial de São Luís
transformou-se na Escola Técnica Federal de São Luís.
A exclusão do ensino agrícola de um tratamento legal gerou muito protesto dos
trabalhadores do campo e dos setores produtivos rurais. Assim, em 20 de agosto de 1946,
aprovou-se por meio do Decreto-Lei nº 9613, a Lei Orgânica do Ensino Agrícola. Com a
nova lei, em 20 de outubro de 1947, o Decreto nº 22.470 estabeleceu a criação de uma
escola agrícola no Maranhão (Fonte: IFMA, 2015).
2.2 Ampliação no Estado do Maranhão
7
No ano de 1989, a Escola Técnica Federal do Maranhão foi transformada pela Lei
nº 7.863 em Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão (CEFET-MA),
adquirindo também a competência para ministrar cursos de graduação e de pós-graduação.
Esse período de transformação em CEFET propiciou o crescimento da instituição no
Estado e levou à criação da Unidade de Ensino Descentralizada de Imperatriz
(UNED). No ano de 1994, a Lei Federal nº 8.984 instituiu no país o Sistema Nacional de
Educação Tecnológica, abrindo caminho para que as Escolas Agrotécnicas Federais
também reivindicassem sua integração ao sistema, o que efetivamente só ocorreu em 1999.
Em 2006, na intenção de alavancar o desenvolvimento do interior do país, por meio do
incremento dos processos de escolarização e de profissionalização de suas populações, o
governo federal criou o Plano de Expansão da Educação Profissional – Fase I, com a
implantação de escolas federais profissionalizantes em periferias de metrópoles e
municípios distantes dos centros urbanos.
No ano seguinte, veio à fase II, com o objetivo de criar uma escola técnica em cada
cidade-polo do país. A intenção era cobrir o maior número possível de mesorregiões e
consolidar o compromisso da educação profissional e tecnológica com o desenvolvimento
local e regional (Fonte: IFMA, 2015).
2.3 Criação dos Institutos Federais
O crescimento do sistema trouxe a necessidade de sua reorganização. Para isso
foram criados em dezembro de 2008 os Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia. No Maranhão, o Instituto integrou o Centro Federal de Educação Tecnológica
do Maranhão (CEFET-MA) e as Escolas Agrotécnicas Federais de Codó, São Luís e São
Raimundo das Mangabeiras.
Hoje, o IFMA possui 26 campi (três em fase de implantação), três campi
avançados, três núcleos avançados e um Centro de Vocação Tecnológica (em fase de
implantação) distribuídos por todas as regiões do Maranhão. A instituição oferece cursos
de nível básico, técnico, graduação e pós-graduação para jovens e adultos (Fonte: IFMA,
2015).
8
3. SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA, ABASTECIMENTO,
PRODUÇÃO E MEIO AMBIENTE
A Secretaria municipal de Agricultura, Abastecimento, Produção e Meio Ambiente
de Porto Franco – SAAPROMA tem a competência de planejar, coordenar e executar
programas que objetivam o desenvolvimento da agropecuária e das atividades rurais do
município e região, sempre visando à melhoria das condições socioeconômicas do
produtor, estimulando e implantando novas práticas e tecnologias acessíveis ao produtor.
São promovidas atividades como a recuperação das matas ciliares e nascentes da
região, facilitação da comercialização dos produtos oriundos da agricultura familiar. Fazem
parte das ações propostas da Secretaria: oportunizar o incentivo da profissionalização ao
agricultor, promover feiras, reuniões e associativismo entre os produtores rurais, além de
administrar e controlar os subsídios, subvenções, incentivos governamentais, manter e
estabelecer novos convênios com entidades parceiras, desenvolvendo atividades junto à
comunidade em busca de melhores resultados através da ação conjunta.
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Durante o período de estágio foi de grande valia acompanhar o atendimento que
vem sendo realizado nessas propriedades, por meio dos técnicos extensionistas locais,
sendo dois desses técnicos formados em Técnico em Agropecuário, um em Zootecnia e
outro em Medicina Veterinária.
As metodologias de trabalho desenvolvido nas propriedades não preconizaram
porte ou volume da produção do leite, desta maneira adaptaram-se as atividades à realidade
do produtor e das propriedades da região. Algumas características são exigidas no perfil
dos produtores para que elesfossem incorporados ao sistema do programa.
- Ter como principal atividade a produção leiteira;
- Ser o gestor da propriedade sem interferência de terceiros;
- Estar flexível e concordar em adotar novas técnicas de trabalho sugeridas pelo
Programa, realizado o registro de receitas, orçamentos, entre outros dados exigidos.
9
4.1 Metodologia, visitas e acompanhamento das propriedades
Durante o acompanhamento do Programa, no período de estágio foram realizadas
várias visitas técnicas nas Unidades Demonstrativas com os técnicos locais e o
Coordenador Técnico, momento de capacitação e de realizar o acompanhamento dos
técnicos na atividade leiteira, avaliando junto com a equipe técnica o desempenho das
propriedades e do grupo de produtores da região.
Além de acompanhar os trabalhos da SAAPROMA nas avaliações e aferição dos
resultados técnicos e econômicos provenientes das propriedades assistidas, além de
auxiliar como suporte aos técnicos na coleta e processamento de dados para alimentação
do Sistema de Avaliação de Desempenho do Projeto. Também estive presente em todas as
visitas dos Técnicos que acompanharamos produtores nas anotações de despesas, controle
leiteiro, registro de animais, dados climatológicos entre outras informações exigidas pelo
Programa. Também na oportunidade do respectivo período, realizamos junto com técnicos
pesquisadores da UEMA, o controle sanitário dos rebanhos, através de exames de
brucelose e tuberculose além da vacinação contra a aftosa.
Após serem realizados os exames para detecção de brucelose e tuberculose, tive a
oportunidade de acompanhar as técnicas e metodologias propostas pelo programa, sendo
que em cada propriedade visitada as atividades foram adaptadas de acordo com a sua
realidade, tornando assim produção mais viável economicamente, além de que em cada
visita os problemas encontrados foram solucionadosvislumbrando novas perspectivas para
o proprietário.
Conforme as orientações da Embrapa Pecuária Sudeste (2015), alguns instrumentos
e metodologia de manejo foram necessários para que as propriedades acompanhadas
adquirisse eficácia na evolução do trabalho, são elas;
 Planilhas para preenchimento no campo pelo produtor, referentes aos controles
climáticos, econômicos e zootécnicos.
 Análise do solo.
 Exames para detecção de brucelose e tuberculose.
 Levantamento plani-altimétrico detalhado da propriedade.
 Identificação dos animais com brincos numerados.
 Fita para pesagem de animais.
10
 Pluviômetro.
 Termômetro de máxima e mínima.
 Quadro circular para gerenciamento da reprodução do rebanho.
 Quadro circular para gerenciamento do desenvolvimento das fêmeas em
crescimento.
As planilhas referentes aos controles climáticos, econômicos e zootécnicos e a
analise do solo, são da responsabilidade do proprietário da unidade demonstrativa, e as
demais responsabilidades listadas acima ficam a cargo das entidades parceiras ou do
técnico, como contrapartida por utilizar a propriedade como uma espécie de “sala de aula”.
O principal foco do programa é a pecuária leiteira, mais o programa atende também
a diversas áreas, como por exemplo, o controle reprodutivo e avaliação econômica da
produção. O SEBRAE é uma das principais Instituições parceiras que esteve apoiando o
trabalho de aplicação das tecnologias da metodologia do Programa Balde Cheio, por meio
de capacitação dos pequenos e médios produtores rurais.
As principais tecnologias que estão sendo utilizado pelo programa Balde Cheio são;
Agropecuárias:
 Uso intensivo de pastagens, em sistema de pastejo rotacionado;
 Uso de sistemas de irrigação;
 Sobre-semeadura de aveia ou de azevém em pastagens tropicais durante o
período da seca;
 Fornecimento de cana-de-açúcar com ureia como suplementação alimentar no
período da seca;
 Controle reprodutivo;
 Controle sanitário no rebanho;
 Uso de técnicas de melhoria do conforto e do bem-estar dos animais.
Ambientais:
 Recuperação e conservação da fertilidade do solo;
 Plantio de árvores para formação ou renovação de matas ciliares;
11
 Preservação de áreas de proteção permanente;
 Controle de efluentes;
 Ações de melhoria da qualidade da água.
Gerenciais:
 Controle zootécnico do rebanho;
 Análise econômica da produção;
 E acompanhamento contábil das propriedades participantes. (Fonte:
SEBRAE, 2015)
4.2 Planejamento de um sistema de produção de leite em pasto rotacionado
Um dos objetivos do programa Balde Cheio é a transferência de tecnologia para os
produtores de leite, melhorando a produtividade da propriedade, durante o período de
estágio foi possível fazer o acompanhamento do planejamento de uma das etapas que está
sendo de fundamental importância para o sucesso realizado em uma das propriedades. O
planejamento é por sua vez o instrumento que direciona as decisões e atitudes a serem
seguidas, além de projetar o potencial e a avaliação das tecnologias apresentadas.
Uma observação importante é de que são diversas as maneiras de realizar o
planejamento da propriedade, uma premissa que leva os técnicos a ter tendência de iniciar
um planejamento pensando no volume/dia de leite e a estimativa da produção por vaca em
lactação. Algo que segundo os orientadores pode ser prejudicial ao produtor uma vez que
não consiga obter as expectativas de produtividade almejadas por mês.
4.2.1 Localização da Unidade Demonstrativa acompanhada
A Fazenda acompanhada no período de estágio está localizada no município de
Porto Franco, interior do Maranhão, no povoado Coité a 10 km da sede.
A região apresenta condições favoráveis para a produção de pasto, com boa
luminosidade, clima tropical e temperatura ambiente. Somando as tecnologias e as técnicas
de manejo de pastagensusados no programa, associando aos genótipos de forrageiras,
12
qualidade genética do rebanho e as práticas de controle sanitárias, patrocinam o
fortalecimento do potencial para conquistar índices produtivos desejados.
Infelizmente os índices médios da região ainda não são os ideais, onde a média de
produção por animal usuários das tecnologias disponíveis está em torno de 1000 a 1200
litros/vaca/lactação. Analisando a região e o seu potencial, esses índices não são
significantes quando comparados a potencialidades tecnológicas do sistema.
4.2.2 Quantidade e tipo de animais utilizados observados
Na fazenda são utilizadas 50 vacas em lactação, onde todos os animais pertencem à
raça Girolando.
4.2.3 Instalações e equipamentos utilizados
Na Unidade Demonstrativa existe uma sala de ordenha composto por 04 conjuntos
de teteiras, vindo à ordenhar 04 animais por vez. Além da ordenha a propriedade dispõe de
cochos para alimentação com sal mineral, piquetes divididos por cerca elétrica, cocheiras
para fornecer alimentação no período seco, galpão para armazenamento de insumos (sal
mineral, rações, medicamentos, entre outros), irrigação por aspersão, maquina forrageira,
trator e implementos agrícolas para o manejo das pastagens e produção de silagem. Isso
favoreceu o processo de aprendizagem de maneira prática sobre instalações rurais e
mecanização agrícola na respectiva fazenda.
4.2.4 Os módulos de Piquetes
Uma das atividades que fortaleceram o meu conhecimento prático sobre
forragicultura, foi o acompanhamento do manejo dos 3 (três) módulos de piquetes
rotacionado e irrigado existentes na propriedade.
Conforme o número de animais, a oferta de forragem, o período de ocupação e a
área disponível para a implantação foram os fatores decisivo para definir o tamanho de
cada piquete. Em outras propriedade foi observado que geralmente os produtores
trabalham somente com um lote do sistema de pastejo rotacionado, nesse caso se calcula o
numero de piquetes pelo quociente do PD (Período de descanso) e pelo PO (Período
13
Ocupação), somado a 1 (um).Uma das orientações são a preferencia por piquetes nas
formas geométricos quadrados ou retangulares, com a largura mínima igual a um terço do
comprimento (CORSI, 2003).
4.2.5 Espécie Forrageira escolhida
O sucesso da produção a pasto nessa propriedade está relacionado com a qualidade
e com o potencial da forrageira, sua adaptabilidade, digestibilidade, palatabilidade e o
manejo.
Um dos fatores determinantes da degradação de pastagens é a implantação de
espécies forrageiras não adaptadas às condições de solo, clima e manejo. Desta
forma, para a escolha da espécie forrageira a ser implantada deve-se levar em
consideração fatores como histórico da área, clima e solo (CAMARGO, 2009).
Nos 3 (três) módulos da propriedade foram implantados duas espécies forrageiras,
sendo 2 (dois) da espécie Mombaça e 1 (um) de estrela africana. Essas espécies foram
escolhidas por apresentarem as seguintes características;
I. Panicummaximumcv. Mombaça;
 Palatabilidade: excelente
 Capacidade Suporte/Lotação: 2,3 U.A./ha
 Produção de Matéria Seca: 20 a 28 t/ha/ano
 Resistência à Seca: média
 Proteína Bruta: 12 a 16%
 Digestibilidade: Excelente
 Percentagem de Folhas: 82%
 Exigência em Solo: média a alta (MUNIZ etal., 2011).
II. Cynodonplectostachyus - capim (grama) estrela africana
 É perene, prostrada, estolonífera com estolões arqueados, não possui rizomas,
apresenta colmos grossos, com folhas largas e coloração mais verde claro, e a
14
inflorescência com espigas (mais longa) e disposição digitada no extremo do
colmo.
 Exigência: elevada em fertilidade de solos.
 Adubação: especialmente a nitrogenada.
 Propagação: por mudas, estolões.
 Utilização: mais recomendado para a fenação e menos utilizado em pastagens
(MOREIRAet al., 2006).
4.2.6 Irrigação em pastejo rotacionado
Uma das práticas desenvolvidas e acompanhadas na propriedade, foi airrigação
como garantia da produção planejada de pastagens, tecnologia que faz com que mesmo
fora do período das chuvas os índices de produtividade e de rentabilidade sejam
previamente estabelecidos.
A irrigação é uma tecnologia agrícola, ao implantarmos na atividade pecuária foi
necessário antes aplicar tecnologias que viabilizassem e elevassem a produção de
forragem, como o preparo, correção e melhoramento da fertilidade do solo conforme
análise química, escolher a espécie que melhor se adapte ao ambiente.
A irrigação utilizada na propriedade acompanhada foi desenvolvida em sistema de
aspersão em malha, distribuídos geometricamente em toda área e interligados por
tubulações. Esse sistema é fixo onde se muda somente o lugar dos aspersores.
15
5. PALESTRA SOBRE MASTITE NO LEITE
Durante a XX Exposição Agropecuária de Porto Franco, a SAAPROMA junto a
Associação dos Produtores Rurais de Porto Franco, promoveram uma palestra sobre a
Mastite no Leite, a qual teve como palestrante o renomado Professor Manoel de Oliveira
Dantas, que está atualmente lecionando na UEMA de Imperatriz.
A palestra teve como foco apresentar os tipos de mastite, o impacto da mastite
sobre a composição do leite, descrever os prejuízos de ordem econômica e social que essa
infecção da glândula mamária pode causar a produção leiteira, quais são os sinais visíveis
da Mastite no animal, e as praticas que se pode adotar na prevenção ou combate da doença.
Além disso, foram realizados exames no leite e em alguns animais para identificar
se há presença ou não da doença.
16
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Balde Cheio vem apresentando resultados positivos desde a sua implantação,
tanto para a economia da região como para a vida dos pequenos produtores, devido o
projeto apresentar uma metodologia que maximiza a produção do rebanho em pequenas
áreas, elevando o nível da produtividade da pecuária leiteira. O projeto tornou-se uma
experiênciade sucesso, pois em seu sistema a produção de forragens ganha com a alta
qualidade e um manejo correto, permitindo assim o aumento da renda do agricultor
familiar.
É importante frisar o impacto econômico que o projeto trás para a pecuária de leite,
podendo ver casos de produtores que tinha renda inferior a um salário mínimo, passar a
produzir mais de R$ 10.000,00 ao mês, utilizando uma área pequena. Outro fator
importante desenvolvido nas atividades do Balde Cheio é o fato de produzir o máximo
possível em áreas pequenas, evidenciando importantes conceitos de trabalho,
produtividade e sustentabilidade.
O programa é uma verdadeira escola no campo, pois além de transferir tecnologias
e conhecimentos técnicos que viabilizam o aumento da renda do pecuarista sem prejudicar
o meio ambiente, transmite aos técnicos e produtores importantes conceitos de
sustentabilidade na produção de alimentos. O projeto proporcionou um melhor
entendimento acerca da pecuária de leite do Brasil, destacando práticas positivas como a
manutenção dos recursos naturais em longo prazo e da produtividade agrícola, reduzindo
os impactos ao meio ambiente, além do retorno financeiro adequado aos produtores e a
maximização da produção e redução do uso de insumos externos, propiciando a melhoria
da renda familiar.
Faz-se necessário uma intervenção no desenvolvimento rural considerando a
diferenças entre os produtores e suas propriedades, atendendo as particularidades de cada
categoria, identificando alternativas adequadas a realidade de cada um, de forma que
atenda os seus interesses, possibilidades e potencialidades, solucionando os problemas que
serão enfrentados.
Portanto o foco no processo produtivo deve sem ampliado através de programas de
capacitação, a introdução de novas tecnologias de produtos, processos e de gerenciamento
organizacional de forma ativa na produção, para que o agricultor e o pecuarista superem as
17
deficiências e os atrasos que se encontram, para que estes sejam inseridos no mercado
competitivo.
18
REFERÊNCIA
AGRODEBATE. Agro é 1º do mundo, mas produção de leite é 5ª divisão, diz especialista. Junho
de 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/mato-
grosso/agrodebate/noticia/2015/06/agro-e-1-do-mundo-mas-producao-de-leite-e-5-divisao-
diz-especialista.html>. Acesso em: 30 de Julho de 2015
CAMARGO, Artur Chinelatode, CAMARGO, André Luiz Monteiro Novo. MANEJO
INTENSIVO DE PASTAGENS. EMBRAPA Pecuária Sudeste. São Carlos - SP, 2009.
CORSI, M. & AGIJIAR, R. N. Sistema de manejo de pastagem e sustentabilidade.
EVANGELISTA, A. R.; REIS, S. T.; GOMIDE, E. M. Forragicultura e pastagens,
Temas em evidência: sustentabilidade. Lavras: Editora UFLA, 2003.
EMBRAPA, Pecuária Sudeste. Balde Cheio. São Carlos – SP, 2015. Disponível em:
<http://www.cppse.embrapa.br/balde-cheio>. Acesso em: 30 de Julho de 2015
EMBRAPA, Pecuária Sudeste. Metodologia do Balde Cheio. São Carlos – SP, 2015.
Disponível em: <http://www.cppse.embrapa.br/metodologia-balde-cheio>. Acesso em: 25
de Julho de 2015
IFMA, Instituto Federal do Maranhão, Ministério da Educação. Histórico. São Luis – MA,
2015. Disponível em: <https://portal.ifma.edu.br/instituto/historico/>. Acesso em: 30 de
Julho de 2015
MOREIRA, A. L.; REIS, R. A.; SIMILI, F. F.; PEDREIRA, M. D. S.; ROTH, M. D. T. P.;
RUGGIERI, A. C. Época de sobressemeadura de gramíneas anuais de inverno e de
verão no capim-Tifton 85: Valor nutritivo. Ciência e Agrotecnologia, v. 30, n. 2, 2006b.
MUNIZ, Prof. Dr. Luciano Cavalcante, JUNIOR, Prof. Dr. José Antônio Alves Cutrim.
Técnico em Agropecuária Subseqüente e PROEJA, FORRAGICULTURA. IFMA, São
Luis – MA, 2011.
19
PERISSIONOTTO, Maurício. Sistema Inteligente de Aplicado ao Acionamento dos
Sistemas de Climatização em Instalações para Bovinos Leiteiros; Tese (Doutorado em
Agronomia). Piracicaba- SP. Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “
Luiz de Queiroz”. 2007.
SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Conheça as
tecnologias utilizadas pelo programa Balde Cheio. Disponível em:
<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/Conhe%C3%A7a-as-tecnologias-
utilizadas-pelo-programa-Balde-Cheio>. Acesso em: 25 de Julho de 2015
ANEXOS
ANEXO A – Pastagem em sistema rotacionado
ANEXO B – Divisão dos Piquetes com Cerca Elétrica
ANEXO C – Produção do Rebanho no sistema rotacionado de pastagens
ANEXO D – Irrigação para pastagens
ANEXO E – Instalações da Propriedade
ANEXO F – Produção de Silagem
ANEXO G – Período de Ocupação de Animais programado
ANEXO H – Palestra Sobre Mastite com o Prof. Manoel Dantas

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Relatório de estágio sobre produção leiteira no Programa Balde Cheio

  • 1. INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO CAMPUS SÃO LUÍS – MARACANÃ REDE E-TEC BRASIL CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO NO SETOR DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO INTENSIVA DE LEITE NAS UNIDADES DEMONSTRATIVAS ATENDIDAS PELO PROGRAMA BALDE CHEIO NO MUNICÍPIO DE PORTO FRANCO ROMÁRIO MILHOMEM DA CRUZ PORTO FRANCO 2015
  • 2. ROMÁRIO MILHOMEM DA CRUZ RELATÓRIO DE ESTÁGIO NO SETOR DE TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO INTENSIVA DE LEITE NAS UNIDADES DEMONSTRATIVAS ATENDIDAS PELO PROGRAMA BALDE CHEIO NO MUNICÍPIO DE PORTO FRANCO Relatório apresentado ao IFMA Campus São Luís – Maracanã, à disciplina de Estágio para conclusão do curso Técnico em Agropecuária. Técnico Responsável: Wanderlan Parreão de Moura Médico Veterinário CRMV-MA 0768 PORTO FRANCO 2015
  • 3. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 4 2. IFMA......................................................................................................................................... 6 2.1 Ensino industrial e agrícola ............................................................................................... 6 2.2 Ampliação no Estado do Maranhão ............................................................................... 6 2.3 Criação dos Institutos Federais....................................................................................... 7 3. SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA, ABASTECIMENTO, PRODUÇÃO E MEIO AMBIENTE ...................................................................................................................... 8 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ....................................................................................... 8 4.1 Metodologia, visitas e acompanhamento das propriedades ......................................... 9 4.2 Planejamento de um sistema de produção de leite em pasto rotacionado ................ 11 4.2.1 Localização da Unidade Demonstrativa acompanhada............................................ 11 4.2.2 Quantidade e tipo de animais utilizados observados................................................ 12 4.2.3 Instalações e equipamentos utilizados...................................................................... 12 4.2.4 Os módulos de Piquetes ........................................................................................... 12 4.2.5 Espécie Forrageira escolhida.................................................................................... 13 4.2.6 Irrigação em pastejo rotacionado ............................................................................. 14 5. PALESTRA SOBRE MASTITE NO LEITE ...................................................................... 15 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 16 REFERÊNCIA ................................................................................................................................. 18 ANEXOS.......................................................................................................................................... 20
  • 4. 4 1. INTRODUÇÃO Atualmente o Brasil detém o maior rebanho de bovinos para comércio no mundo, graças às suas vantagens naturais, possuindo a maior área agricultável e o maior reservatório de água doce do mundo, condições edafoclimáticas e topografia diversificada, boa luminosidade, fatores que favorecem o potencial da produção leiteira. Sendo o país um dos principais exportadores de alimentos do mundo, produzindo alimentos como o milho e a soja, proteína animal, carne bovina, suína e de aves, ainda deixa a desejar na produção de leite. Em relação à produção de leite, o Brasil tem muito que melhorar no que diz respeito à qualidade, quantidade e também na viabilização econômica. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), aponta que; Entre 2003 e 2013 a produção de leite brasileira cresceu 49,3% passando de 22,943 bilhões de litros, a sexta maior do mundo, para 34,255 milhões, a quarta maior do planeta, mas que esse aumento ocorreu principalmente em razão da ampliação do rebanho bovino e em menor proporção de aumento de produtividade (AGRODEBATE, 2015). A bovinocultura de leite é um dos segmentos mais importantes da agropecuária do país e hoje, passa por uma grande transformação. Em virtude da nova realidade econômica mundial, com adoção de modernas tecnologias, só quem produzir com maior eficiência e qualidade estará em condições de competir no mercado. Isso implica não somente no melhoramento do nível genético dos planteis e na alimentação dos animais, mas também na construção de instalações adequadamente projetadas, baseada no conforto animal, além dos custos e facilidades para o produtor no tocante ao manejo, a limpeza e o aproveitamento da mão de obra, independentemente do sistema de criação adotado (Perissionotto, 2007). O leite é um produto importante em todos os países do mundo. Além do alto valor nutritivo, o leite e seus derivados participam da geração de renda de muitos países gerando empregos diretos e indiretos contribuindo com a redução da migração de pessoas do meio rural para os centros urbanos. No período de julho de 2015 em detrimento da exigência do curso técnico em agropecuária do IFMA, realizei o estágio supervisionado em uma das unidades demonstrativa (local onde ocorre a capacitação e a troca de informações, com as aulas teóricas e práticas) do
  • 5. 5 Projeto Balde Cheio no município de Porto Franco MA. Foi uma oportunidade ímpar, pois através deste passei a conhecer o Programa Balde Cheio, e como foi sua implantaçao em Porto Franco – MA. Em agosto de 2008 o Médico Veterinário Wanderlan Parreão de Moura, em parceria com o SEBRAE, assumiu formalmente a responsabilidade pela a implantação e acompanhamento do Programa no município. Parceria esta que oportunizou alguns produtores da região a participarem e ou implantarem o projeto em suas propriedades. Mediante os resultados apresentados pelo técnico citado a Secretaria Municipal de Agricultura de Porto Franco, firma convênio ao projeto e passa a prestar assistência aos produtores cadastrados no respectivo município. Convém ressaltar que alguns proprietários também foram assistidos por técnicos da Embrapa após a implantação do projeto “Balde Cheio” neste município o que viabilizou o aumento da produção de leite, resgatou a motivação do produtor rural, e conscientizou-os da importância de sua permanência no meio rural para o fortalecimento da extensão rural como instrumento econômico para a agricultura. Este projeto da Embrapa Pecuária Sudeste tem a finalidade de instruir o pequeno produtor a produzir mais de acordo com os recursos disponíveis em suas propriedades. Atualmente o projeto está em funcionamento em várias propriedades, sendo a Fazenda SOLPA, propriedade do Sr. Gentil Marinho de Moura, uma das fazendas “modelos”, mas há perspectivas de que mais propriedades adotem o projeto pelo fato do mesmo está mostrando resultados satisfatórios a cadeia produtiva. O projeto “Balde Cheio” da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, São Paulo) é um projeto que demonstra viabilidade técnica e econômica da propriedade familiar para a produção de leite. Alguns de seus resultados é a obtenção de lucro nesse tipo de propriedade antes deficitária, o aumento de produção de leite, por hectare/ano. O programa Balde Cheio foi escolhido para o trabalho desenvolvido em detrimento de sua grande importância para o desenvolvimento do agronegócio da região e a metodologia adotada para fortalecer a produção leiteira, principalmente dos pequenos produtores da agricultura familiar, contribuindo com o desenvolvimento da pecuária de leite por meio da transferência de tecnologias, capacitação de profissionais extensionistas rurais e dos produtores, através de troca de informações sobre tecnologias aplicadas na região, acompanhamento e monitoramento dos impactos ambientais, econômicos e sociais nas unidades demonstrativas que adotaram a metodologia proposta pelo programa.
  • 6. 6 2. IFMA A história do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) começou a ser construída no início do século XX. No dia 23 de setembro de 1909, por meio do Decreto nº 7.566, foram criadas as Escolas de Aprendizes Artífices nas capitais dos Estados. Elas surgiram com o intuito de proporcionar às classes economicamente desfavorecidas uma educação voltada para o trabalho. A Escola de Aprendizes Artífices do Maranhão foi instalada em São Luís no dia 16 de janeiro de 1910. Em meio a mudanças provocadas pelas disposições constitucionais que remodelaram a educação do país, no ano de 1937 a Escola de Aprendizes Artífices do Maranhão passou a ser chamada de Liceu Industrial de São Luís. Nesse período, a instituição funcionava no bairro Diamante (Fonte: IFMA, 2015). 2.1 Ensino industrial e agrícola Em 1936, foi lançada a pedra fundamental do prédio que atualmente abriga a sede do Campus São Luís-Monte Castelo. Foi também no início dessa década que foi criado o Ministério da Educação e Saúde, a quem o ensino industrial ficou vinculado. O ensino agrícola, por sua vez, permaneceu ligado ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Em 30 de janeiro de 1942, com a necessidade de responder às novas demandas educacionais no setor industrial em face da intensificação do processo de substituição das importações, o Decreto-lei nº 4.073 instituiu a Lei Orgânica do Ensino Industrial. Nesse contexto, criaram-se as Escolas Técnicas Industriais e o então Liceu Industrial de São Luís transformou-se na Escola Técnica Federal de São Luís. A exclusão do ensino agrícola de um tratamento legal gerou muito protesto dos trabalhadores do campo e dos setores produtivos rurais. Assim, em 20 de agosto de 1946, aprovou-se por meio do Decreto-Lei nº 9613, a Lei Orgânica do Ensino Agrícola. Com a nova lei, em 20 de outubro de 1947, o Decreto nº 22.470 estabeleceu a criação de uma escola agrícola no Maranhão (Fonte: IFMA, 2015). 2.2 Ampliação no Estado do Maranhão
  • 7. 7 No ano de 1989, a Escola Técnica Federal do Maranhão foi transformada pela Lei nº 7.863 em Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão (CEFET-MA), adquirindo também a competência para ministrar cursos de graduação e de pós-graduação. Esse período de transformação em CEFET propiciou o crescimento da instituição no Estado e levou à criação da Unidade de Ensino Descentralizada de Imperatriz (UNED). No ano de 1994, a Lei Federal nº 8.984 instituiu no país o Sistema Nacional de Educação Tecnológica, abrindo caminho para que as Escolas Agrotécnicas Federais também reivindicassem sua integração ao sistema, o que efetivamente só ocorreu em 1999. Em 2006, na intenção de alavancar o desenvolvimento do interior do país, por meio do incremento dos processos de escolarização e de profissionalização de suas populações, o governo federal criou o Plano de Expansão da Educação Profissional – Fase I, com a implantação de escolas federais profissionalizantes em periferias de metrópoles e municípios distantes dos centros urbanos. No ano seguinte, veio à fase II, com o objetivo de criar uma escola técnica em cada cidade-polo do país. A intenção era cobrir o maior número possível de mesorregiões e consolidar o compromisso da educação profissional e tecnológica com o desenvolvimento local e regional (Fonte: IFMA, 2015). 2.3 Criação dos Institutos Federais O crescimento do sistema trouxe a necessidade de sua reorganização. Para isso foram criados em dezembro de 2008 os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. No Maranhão, o Instituto integrou o Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão (CEFET-MA) e as Escolas Agrotécnicas Federais de Codó, São Luís e São Raimundo das Mangabeiras. Hoje, o IFMA possui 26 campi (três em fase de implantação), três campi avançados, três núcleos avançados e um Centro de Vocação Tecnológica (em fase de implantação) distribuídos por todas as regiões do Maranhão. A instituição oferece cursos de nível básico, técnico, graduação e pós-graduação para jovens e adultos (Fonte: IFMA, 2015).
  • 8. 8 3. SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA, ABASTECIMENTO, PRODUÇÃO E MEIO AMBIENTE A Secretaria municipal de Agricultura, Abastecimento, Produção e Meio Ambiente de Porto Franco – SAAPROMA tem a competência de planejar, coordenar e executar programas que objetivam o desenvolvimento da agropecuária e das atividades rurais do município e região, sempre visando à melhoria das condições socioeconômicas do produtor, estimulando e implantando novas práticas e tecnologias acessíveis ao produtor. São promovidas atividades como a recuperação das matas ciliares e nascentes da região, facilitação da comercialização dos produtos oriundos da agricultura familiar. Fazem parte das ações propostas da Secretaria: oportunizar o incentivo da profissionalização ao agricultor, promover feiras, reuniões e associativismo entre os produtores rurais, além de administrar e controlar os subsídios, subvenções, incentivos governamentais, manter e estabelecer novos convênios com entidades parceiras, desenvolvendo atividades junto à comunidade em busca de melhores resultados através da ação conjunta. 4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Durante o período de estágio foi de grande valia acompanhar o atendimento que vem sendo realizado nessas propriedades, por meio dos técnicos extensionistas locais, sendo dois desses técnicos formados em Técnico em Agropecuário, um em Zootecnia e outro em Medicina Veterinária. As metodologias de trabalho desenvolvido nas propriedades não preconizaram porte ou volume da produção do leite, desta maneira adaptaram-se as atividades à realidade do produtor e das propriedades da região. Algumas características são exigidas no perfil dos produtores para que elesfossem incorporados ao sistema do programa. - Ter como principal atividade a produção leiteira; - Ser o gestor da propriedade sem interferência de terceiros; - Estar flexível e concordar em adotar novas técnicas de trabalho sugeridas pelo Programa, realizado o registro de receitas, orçamentos, entre outros dados exigidos.
  • 9. 9 4.1 Metodologia, visitas e acompanhamento das propriedades Durante o acompanhamento do Programa, no período de estágio foram realizadas várias visitas técnicas nas Unidades Demonstrativas com os técnicos locais e o Coordenador Técnico, momento de capacitação e de realizar o acompanhamento dos técnicos na atividade leiteira, avaliando junto com a equipe técnica o desempenho das propriedades e do grupo de produtores da região. Além de acompanhar os trabalhos da SAAPROMA nas avaliações e aferição dos resultados técnicos e econômicos provenientes das propriedades assistidas, além de auxiliar como suporte aos técnicos na coleta e processamento de dados para alimentação do Sistema de Avaliação de Desempenho do Projeto. Também estive presente em todas as visitas dos Técnicos que acompanharamos produtores nas anotações de despesas, controle leiteiro, registro de animais, dados climatológicos entre outras informações exigidas pelo Programa. Também na oportunidade do respectivo período, realizamos junto com técnicos pesquisadores da UEMA, o controle sanitário dos rebanhos, através de exames de brucelose e tuberculose além da vacinação contra a aftosa. Após serem realizados os exames para detecção de brucelose e tuberculose, tive a oportunidade de acompanhar as técnicas e metodologias propostas pelo programa, sendo que em cada propriedade visitada as atividades foram adaptadas de acordo com a sua realidade, tornando assim produção mais viável economicamente, além de que em cada visita os problemas encontrados foram solucionadosvislumbrando novas perspectivas para o proprietário. Conforme as orientações da Embrapa Pecuária Sudeste (2015), alguns instrumentos e metodologia de manejo foram necessários para que as propriedades acompanhadas adquirisse eficácia na evolução do trabalho, são elas;  Planilhas para preenchimento no campo pelo produtor, referentes aos controles climáticos, econômicos e zootécnicos.  Análise do solo.  Exames para detecção de brucelose e tuberculose.  Levantamento plani-altimétrico detalhado da propriedade.  Identificação dos animais com brincos numerados.  Fita para pesagem de animais.
  • 10. 10  Pluviômetro.  Termômetro de máxima e mínima.  Quadro circular para gerenciamento da reprodução do rebanho.  Quadro circular para gerenciamento do desenvolvimento das fêmeas em crescimento. As planilhas referentes aos controles climáticos, econômicos e zootécnicos e a analise do solo, são da responsabilidade do proprietário da unidade demonstrativa, e as demais responsabilidades listadas acima ficam a cargo das entidades parceiras ou do técnico, como contrapartida por utilizar a propriedade como uma espécie de “sala de aula”. O principal foco do programa é a pecuária leiteira, mais o programa atende também a diversas áreas, como por exemplo, o controle reprodutivo e avaliação econômica da produção. O SEBRAE é uma das principais Instituições parceiras que esteve apoiando o trabalho de aplicação das tecnologias da metodologia do Programa Balde Cheio, por meio de capacitação dos pequenos e médios produtores rurais. As principais tecnologias que estão sendo utilizado pelo programa Balde Cheio são; Agropecuárias:  Uso intensivo de pastagens, em sistema de pastejo rotacionado;  Uso de sistemas de irrigação;  Sobre-semeadura de aveia ou de azevém em pastagens tropicais durante o período da seca;  Fornecimento de cana-de-açúcar com ureia como suplementação alimentar no período da seca;  Controle reprodutivo;  Controle sanitário no rebanho;  Uso de técnicas de melhoria do conforto e do bem-estar dos animais. Ambientais:  Recuperação e conservação da fertilidade do solo;  Plantio de árvores para formação ou renovação de matas ciliares;
  • 11. 11  Preservação de áreas de proteção permanente;  Controle de efluentes;  Ações de melhoria da qualidade da água. Gerenciais:  Controle zootécnico do rebanho;  Análise econômica da produção;  E acompanhamento contábil das propriedades participantes. (Fonte: SEBRAE, 2015) 4.2 Planejamento de um sistema de produção de leite em pasto rotacionado Um dos objetivos do programa Balde Cheio é a transferência de tecnologia para os produtores de leite, melhorando a produtividade da propriedade, durante o período de estágio foi possível fazer o acompanhamento do planejamento de uma das etapas que está sendo de fundamental importância para o sucesso realizado em uma das propriedades. O planejamento é por sua vez o instrumento que direciona as decisões e atitudes a serem seguidas, além de projetar o potencial e a avaliação das tecnologias apresentadas. Uma observação importante é de que são diversas as maneiras de realizar o planejamento da propriedade, uma premissa que leva os técnicos a ter tendência de iniciar um planejamento pensando no volume/dia de leite e a estimativa da produção por vaca em lactação. Algo que segundo os orientadores pode ser prejudicial ao produtor uma vez que não consiga obter as expectativas de produtividade almejadas por mês. 4.2.1 Localização da Unidade Demonstrativa acompanhada A Fazenda acompanhada no período de estágio está localizada no município de Porto Franco, interior do Maranhão, no povoado Coité a 10 km da sede. A região apresenta condições favoráveis para a produção de pasto, com boa luminosidade, clima tropical e temperatura ambiente. Somando as tecnologias e as técnicas de manejo de pastagensusados no programa, associando aos genótipos de forrageiras,
  • 12. 12 qualidade genética do rebanho e as práticas de controle sanitárias, patrocinam o fortalecimento do potencial para conquistar índices produtivos desejados. Infelizmente os índices médios da região ainda não são os ideais, onde a média de produção por animal usuários das tecnologias disponíveis está em torno de 1000 a 1200 litros/vaca/lactação. Analisando a região e o seu potencial, esses índices não são significantes quando comparados a potencialidades tecnológicas do sistema. 4.2.2 Quantidade e tipo de animais utilizados observados Na fazenda são utilizadas 50 vacas em lactação, onde todos os animais pertencem à raça Girolando. 4.2.3 Instalações e equipamentos utilizados Na Unidade Demonstrativa existe uma sala de ordenha composto por 04 conjuntos de teteiras, vindo à ordenhar 04 animais por vez. Além da ordenha a propriedade dispõe de cochos para alimentação com sal mineral, piquetes divididos por cerca elétrica, cocheiras para fornecer alimentação no período seco, galpão para armazenamento de insumos (sal mineral, rações, medicamentos, entre outros), irrigação por aspersão, maquina forrageira, trator e implementos agrícolas para o manejo das pastagens e produção de silagem. Isso favoreceu o processo de aprendizagem de maneira prática sobre instalações rurais e mecanização agrícola na respectiva fazenda. 4.2.4 Os módulos de Piquetes Uma das atividades que fortaleceram o meu conhecimento prático sobre forragicultura, foi o acompanhamento do manejo dos 3 (três) módulos de piquetes rotacionado e irrigado existentes na propriedade. Conforme o número de animais, a oferta de forragem, o período de ocupação e a área disponível para a implantação foram os fatores decisivo para definir o tamanho de cada piquete. Em outras propriedade foi observado que geralmente os produtores trabalham somente com um lote do sistema de pastejo rotacionado, nesse caso se calcula o numero de piquetes pelo quociente do PD (Período de descanso) e pelo PO (Período
  • 13. 13 Ocupação), somado a 1 (um).Uma das orientações são a preferencia por piquetes nas formas geométricos quadrados ou retangulares, com a largura mínima igual a um terço do comprimento (CORSI, 2003). 4.2.5 Espécie Forrageira escolhida O sucesso da produção a pasto nessa propriedade está relacionado com a qualidade e com o potencial da forrageira, sua adaptabilidade, digestibilidade, palatabilidade e o manejo. Um dos fatores determinantes da degradação de pastagens é a implantação de espécies forrageiras não adaptadas às condições de solo, clima e manejo. Desta forma, para a escolha da espécie forrageira a ser implantada deve-se levar em consideração fatores como histórico da área, clima e solo (CAMARGO, 2009). Nos 3 (três) módulos da propriedade foram implantados duas espécies forrageiras, sendo 2 (dois) da espécie Mombaça e 1 (um) de estrela africana. Essas espécies foram escolhidas por apresentarem as seguintes características; I. Panicummaximumcv. Mombaça;  Palatabilidade: excelente  Capacidade Suporte/Lotação: 2,3 U.A./ha  Produção de Matéria Seca: 20 a 28 t/ha/ano  Resistência à Seca: média  Proteína Bruta: 12 a 16%  Digestibilidade: Excelente  Percentagem de Folhas: 82%  Exigência em Solo: média a alta (MUNIZ etal., 2011). II. Cynodonplectostachyus - capim (grama) estrela africana  É perene, prostrada, estolonífera com estolões arqueados, não possui rizomas, apresenta colmos grossos, com folhas largas e coloração mais verde claro, e a
  • 14. 14 inflorescência com espigas (mais longa) e disposição digitada no extremo do colmo.  Exigência: elevada em fertilidade de solos.  Adubação: especialmente a nitrogenada.  Propagação: por mudas, estolões.  Utilização: mais recomendado para a fenação e menos utilizado em pastagens (MOREIRAet al., 2006). 4.2.6 Irrigação em pastejo rotacionado Uma das práticas desenvolvidas e acompanhadas na propriedade, foi airrigação como garantia da produção planejada de pastagens, tecnologia que faz com que mesmo fora do período das chuvas os índices de produtividade e de rentabilidade sejam previamente estabelecidos. A irrigação é uma tecnologia agrícola, ao implantarmos na atividade pecuária foi necessário antes aplicar tecnologias que viabilizassem e elevassem a produção de forragem, como o preparo, correção e melhoramento da fertilidade do solo conforme análise química, escolher a espécie que melhor se adapte ao ambiente. A irrigação utilizada na propriedade acompanhada foi desenvolvida em sistema de aspersão em malha, distribuídos geometricamente em toda área e interligados por tubulações. Esse sistema é fixo onde se muda somente o lugar dos aspersores.
  • 15. 15 5. PALESTRA SOBRE MASTITE NO LEITE Durante a XX Exposição Agropecuária de Porto Franco, a SAAPROMA junto a Associação dos Produtores Rurais de Porto Franco, promoveram uma palestra sobre a Mastite no Leite, a qual teve como palestrante o renomado Professor Manoel de Oliveira Dantas, que está atualmente lecionando na UEMA de Imperatriz. A palestra teve como foco apresentar os tipos de mastite, o impacto da mastite sobre a composição do leite, descrever os prejuízos de ordem econômica e social que essa infecção da glândula mamária pode causar a produção leiteira, quais são os sinais visíveis da Mastite no animal, e as praticas que se pode adotar na prevenção ou combate da doença. Além disso, foram realizados exames no leite e em alguns animais para identificar se há presença ou não da doença.
  • 16. 16 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Balde Cheio vem apresentando resultados positivos desde a sua implantação, tanto para a economia da região como para a vida dos pequenos produtores, devido o projeto apresentar uma metodologia que maximiza a produção do rebanho em pequenas áreas, elevando o nível da produtividade da pecuária leiteira. O projeto tornou-se uma experiênciade sucesso, pois em seu sistema a produção de forragens ganha com a alta qualidade e um manejo correto, permitindo assim o aumento da renda do agricultor familiar. É importante frisar o impacto econômico que o projeto trás para a pecuária de leite, podendo ver casos de produtores que tinha renda inferior a um salário mínimo, passar a produzir mais de R$ 10.000,00 ao mês, utilizando uma área pequena. Outro fator importante desenvolvido nas atividades do Balde Cheio é o fato de produzir o máximo possível em áreas pequenas, evidenciando importantes conceitos de trabalho, produtividade e sustentabilidade. O programa é uma verdadeira escola no campo, pois além de transferir tecnologias e conhecimentos técnicos que viabilizam o aumento da renda do pecuarista sem prejudicar o meio ambiente, transmite aos técnicos e produtores importantes conceitos de sustentabilidade na produção de alimentos. O projeto proporcionou um melhor entendimento acerca da pecuária de leite do Brasil, destacando práticas positivas como a manutenção dos recursos naturais em longo prazo e da produtividade agrícola, reduzindo os impactos ao meio ambiente, além do retorno financeiro adequado aos produtores e a maximização da produção e redução do uso de insumos externos, propiciando a melhoria da renda familiar. Faz-se necessário uma intervenção no desenvolvimento rural considerando a diferenças entre os produtores e suas propriedades, atendendo as particularidades de cada categoria, identificando alternativas adequadas a realidade de cada um, de forma que atenda os seus interesses, possibilidades e potencialidades, solucionando os problemas que serão enfrentados. Portanto o foco no processo produtivo deve sem ampliado através de programas de capacitação, a introdução de novas tecnologias de produtos, processos e de gerenciamento organizacional de forma ativa na produção, para que o agricultor e o pecuarista superem as
  • 17. 17 deficiências e os atrasos que se encontram, para que estes sejam inseridos no mercado competitivo.
  • 18. 18 REFERÊNCIA AGRODEBATE. Agro é 1º do mundo, mas produção de leite é 5ª divisão, diz especialista. Junho de 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/mato- grosso/agrodebate/noticia/2015/06/agro-e-1-do-mundo-mas-producao-de-leite-e-5-divisao- diz-especialista.html>. Acesso em: 30 de Julho de 2015 CAMARGO, Artur Chinelatode, CAMARGO, André Luiz Monteiro Novo. MANEJO INTENSIVO DE PASTAGENS. EMBRAPA Pecuária Sudeste. São Carlos - SP, 2009. CORSI, M. & AGIJIAR, R. N. Sistema de manejo de pastagem e sustentabilidade. EVANGELISTA, A. R.; REIS, S. T.; GOMIDE, E. M. Forragicultura e pastagens, Temas em evidência: sustentabilidade. Lavras: Editora UFLA, 2003. EMBRAPA, Pecuária Sudeste. Balde Cheio. São Carlos – SP, 2015. Disponível em: <http://www.cppse.embrapa.br/balde-cheio>. Acesso em: 30 de Julho de 2015 EMBRAPA, Pecuária Sudeste. Metodologia do Balde Cheio. São Carlos – SP, 2015. Disponível em: <http://www.cppse.embrapa.br/metodologia-balde-cheio>. Acesso em: 25 de Julho de 2015 IFMA, Instituto Federal do Maranhão, Ministério da Educação. Histórico. São Luis – MA, 2015. Disponível em: <https://portal.ifma.edu.br/instituto/historico/>. Acesso em: 30 de Julho de 2015 MOREIRA, A. L.; REIS, R. A.; SIMILI, F. F.; PEDREIRA, M. D. S.; ROTH, M. D. T. P.; RUGGIERI, A. C. Época de sobressemeadura de gramíneas anuais de inverno e de verão no capim-Tifton 85: Valor nutritivo. Ciência e Agrotecnologia, v. 30, n. 2, 2006b. MUNIZ, Prof. Dr. Luciano Cavalcante, JUNIOR, Prof. Dr. José Antônio Alves Cutrim. Técnico em Agropecuária Subseqüente e PROEJA, FORRAGICULTURA. IFMA, São Luis – MA, 2011.
  • 19. 19 PERISSIONOTTO, Maurício. Sistema Inteligente de Aplicado ao Acionamento dos Sistemas de Climatização em Instalações para Bovinos Leiteiros; Tese (Doutorado em Agronomia). Piracicaba- SP. Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “ Luiz de Queiroz”. 2007. SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Conheça as tecnologias utilizadas pelo programa Balde Cheio. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/Conhe%C3%A7a-as-tecnologias- utilizadas-pelo-programa-Balde-Cheio>. Acesso em: 25 de Julho de 2015
  • 21. ANEXO A – Pastagem em sistema rotacionado ANEXO B – Divisão dos Piquetes com Cerca Elétrica ANEXO C – Produção do Rebanho no sistema rotacionado de pastagens
  • 22. ANEXO D – Irrigação para pastagens ANEXO E – Instalações da Propriedade ANEXO F – Produção de Silagem
  • 23. ANEXO G – Período de Ocupação de Animais programado ANEXO H – Palestra Sobre Mastite com o Prof. Manoel Dantas