O documento discute a integração lavoura-pecuária como estratégia para intensificar a produção agropecuária de forma sustentável. A integração permite aumentar a produtividade e o uso da terra ao longo do ano através da rotação ou consórcio de culturas e pastagens. Os sistemas integrados trazem benefícios como a melhoria da fertilidade do solo e redução de pragas e doenças.
1. 1
Integração Lavoura-Pecuária
Estratégia para intensificação sustentável da produção da agropecuária.
Lourival Vilela
Embrapa Cerrados
2. Evolução de área de pastagem e de lavoura no Brasil
Foto: Uriley
Foto: Grupo Horita, BA
2
3. Evolução da produtividade de lavouras no Brasil
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
Soja Milho Arroz
Sequeiro
Arroz
Irrigado
Feijão
Sequeiro
Feijão
Irrigado
Trigo
Sequeiro
Trigo
Irrigado
Produtividade (kg ha-1)
1975
2010
Top produtores
Cortesia de João K. (adaptado)
3
Contudo, os problemas fitossanitários estão aumentando e intensificando...
rotação e diversificação de cultivos.
4. Produção (≈3,36%)
Área de pasto
(≈21%)
Produtividade animal
(≈79%)
X
Taxa de lotação
(≈62%)
Desempenho animal
(≈38%)
X
Martha Jr. et al. (2012).
Fatores de Crescimento na Pecuária (1950 – 2006)
4
5. Efeito poupa-terra
5
Sem estes ganhos, para se obter a mesma produção, o adicional de 525 milhões de hectares teriam que ser incorporados à produção.
6. Pastagens degradadas no Cerrado
Degradadas
Em boas condições Degradadas Total (%)
Cerrado 40.989.751 4.284.712 45.274.463 9,5
Brasil 91.594.484 9.842.925 101.437.409 9,7
Elaborado por L.Vilela, 2011.
Pastagem plantada (ha)
Região
6
Foto de Karina Miranda – Emater, DF. Dez. 2010
7. Taxa de lotação das pastagens do Cerrado
Taxa de lotação, rebanho e área de pastagem do Cerrado
Parcial Acumulada
0,50 0,35 2.556.207 6.513.003 10,6% 10,6%
1,00 0,70 19.601.119 24.564.493 39,9% 50,4%
1,25 0,88 22.001.987 19.845.094 32,2% 82,6%
1,50 1,05 9.715.454 7.175.505 11,6% 94,3%
1,75 1,23 3.630.266 2.247.329 3,6% 97,9%
2,00 1,40 1.260.656 685.951 1,1% 99,0%
2,25 1,58 645.178 308.002 0,5% 99,5%
>2,25 >1,58 825.938 277.521 0,5% 100,0%
Total 60.236.807 61.616.898
Fonte: Censo Agropecuário 2006 (IBGE, 2009), elaborada por LVilela
1 / UA= 450 kg de peso vivo.
Tx. de lotação Porcentagem de área
(cab/ha)
Tx. de lotação
(UA/ha)1 Rebanho (cab.) Área (ha)
7
8. Correção da fertilidade do solo: Lavoura x pastagens
Sistemas pH P K Al Ca+Mg M.O Argila
mg/dm3 .....cmolc/dm3..... (%)
Pastagem 5.1 0.9 0.07 0.5 0.5 2.7 57
Lavoura 6.2 34 0.12 0.0 4.9 3.4 55
Pastagem 5.3 1.1 0.13 0.6 0.4 0.7 17
Lavoura 6.3 26 0.25 0.0 2.4 0.9 13
Foto de Luciano Shozo Shiratsuchi
8
9. Perda de produtividade e degradação de pastagens
-N
-N, P, S...
Qualidade e produtividade
Vigor e produtividade
Invasoras
Cobertura de solo
M.O.
Compactação
Infiltração
Erosão
Tempo/Manejo
Intensidade
10. Perspectivas para expansão para agricultura e pecuária
Redução de emissão de GEE;
Redução de desmatamento;
Biodiversidade;
Uso eficiente do solo e da água..
Demanda crescente por alimentos, madeira e bioenergia;
Mudanças no padrão do consumo (Como foi produzido?);
Competição por espaço...
Aumentar a eficiência dos sistemas de produção
Intensificar o uso da terra em áreas agrícolas.
Como equilibrar essas demandas?
10
11. Intensificação sustentável da agricultura e da pecuária
Aumentar a eficiência dos sistemas de produção
Intensificar o uso da terra em áreas agrícolas.
11
Sistema de produção intensificado não deve ser sinônimo de uso de corretivos e fertilizantes, mas sim de uso intensivo dos recursos naturais, de tecnologia compatível para maximizar lucros sem comprometer o ambiente.
12. Integração lavoura-pecuária-floresta
Estratégia de produção que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado, buscando efeitos sinérgicos entre os componentes do agroecossistema.
(Balbino et al., 2011)
12
13. Modalidades de ILPF
Integração Lavoura-Pecuária ou Sistema Agropastoril: sistema de produção que integra os componentes agrícola e pecuário em rotação, consórcio ou sucessão, na mesma área e no mesmo ano agrícola ou por múltiplos anos;
Integração Lavoura-Floresta ou Sistema Silviagrícola: sistema de produção que integra os componentes florestal e agrícola pela consorciação de espécies arbóreas com cultivos agrícolas (anuais ou perenes);
Integração Pecuária-Floresta ou Sistema Silvipastoril: sistema de produção que integra os componentes pecuário (pastagem e animal) e florestal, em consórcio; e,
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta ou Sistema Agrossilvipastoril: sistema de produção que integra os componentes agrícola, pecuário e florestal em rotação, consórcio ou sucessão, na mesma área.
13
14. Benefícios potenciais
•Melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo;
•Redução de pragas, doenças e invasoras;
•Intensificação e utilização racional dos fatores de produção;
•Produtos ambientalmente adequados que melhoram a oportunidade para carne produzida a pasto;
•Mitigação do déficit de forragem na estação da seca;
•Mitigação da emissão de GEE’s nos sistemas;
•Aumento na produção de grãos e de forragem => carne, leite;
•Redução de risco pela diversificação de atividades => sustentabilidade econômica.
14
15. Fósforo Fósforo recuperado
aplicado Anuais Anuais e capim
(kg/ha de P2O5) ---------------- % ---------------
100 44 85
200 40 82
400 35 70
800 40 62
.
Eficiência de uso de nutrientes
Fonte: Sousa et a1l.5 1997
16. Melhoria das propriedades físicas do solo: Agregação do solo
Sistemas
Agregados > 2.0 mm (%)
0
20
40
60
80
100
Cerrado virgem
Pastagem contínua
Lavoura/Pastagem
Lavoura (1 ano)
Lavoura (4 anos)
Ayarza et al. 1993
Cerrado Nativo
Pastagem depois
de cerrado
1° ano lavoura
depois de pasto
Pastagem depois de
lavoura (1° ano)
4° ano lavoura
depois de pasto
16
17. Raízes de braquiária. Fazendas do Grupo Horita, oeste baiano
Foto L.Vilela, 13maio2009
17
18. Solo 3 Anos Braquiária
Solo 2 Anos Braquiária
Solo 1 Ano Braquiária
Alelopatia
Supressão física
Mofo branco
Buva na soja
Enraizamento
Palhada de milho
Palhada de braquiária
Benefícios das braquiárias
Cortesia de João K.
18
19. ILP: Uso dos Fatores de Produção
Soja 42% do tempo
Milho 50% do tempo
Milho + Braquiária/Pecuária 92% do tempo ( 8%)
Soja + milho safrinha 80% do tempo
Soja + milho safrinha + pecuária 92% do tempo
OUT
NOV
DEZ
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
19
20. Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária
1.Fazendas de pecuária em que a introdução de culturas de grãos (arroz, milho, sorgo) em áreas de pastagens tem por objetivo recuperar a produtividade dos pastos com custos menores (amortização dos custos de recuperação por meio da venda dos grãos);
2.Fazendas especializadas em lavouras de grãos que adotam as gramíneas forrageiras para melhorar a cobertura de solo para o sistema de plantio direto e, na entressafra, podem, quando desejado, utilizar a forragem produzida na alimentação de bovinos;
3.Fazendas que, sistematicamente, adotam a rotação de pasto e lavoura para intensificar o uso da terra e se beneficiar do sinergismo entre as duas atividades.
20
21. Espaço
Tempo
Ano 1
Ano 2
Ano 3
Ano 4
Ano 5
Ano 6
Implantação de ILP em fazendas de pecuária
21
22. 2005/06
2005/06
2006/07
2007/08
2005/06 2006/07 2007/08 2005/06 2006/07 2007/08
PD PD PD 2.047 4.187
PC PD PD 2.281 4.344
1/ PD= plantio direto e PC=plantio convencional.
2/ Rendimento de soja cv. Valiosa (2005/06 e 2006/07) e de milho BRS 1010
consorciado com capim-Piatã (2007/08)
Sistema de plantio1 Rendimento (kg/ha)2
8.520
22
23. Recria de novilhas em “pasto safrinha”, Planaltina, DF.
Tx. Lotação
(UA/ha) (g/animal/dia) (kg/animal) (kg/ha)
Sal mineralizado (SM) 2,82 223±56 25,6±6,5 161
SM + uréia 2,81 213±62 24,5±7,1 154
Proteinado de baixo consumo 2,85 281±59 32,3±6,8 203
Proteinado de alto consumo 2,94 409±86 47,0±9,8 295
Período de avaliação: 8/julho a 31/outubro. Guimarães Jr. et al. 2008 (dados não publicados).
Ganho de Peso
Suplementação
23
24. Correção química do solo
Pastagem => correção física e biológica do solo
Soja em plantio direto (PD)
Pastejo: 6 a 9 meses
Pastagem
Pastagem
Soja em PD
Pastagem
Pastagem
Soja em PD
ILP
Adequação do solo
Pastagem degradada
Adaptado de J. C. Salton et al., 2013
Sistema ILP São Mateus
25. Produtividade: Sistema São Mateus
SSMateus Plantio Direto Plantio Convencional
2008/2009 1080ns 900 900
2009/2010 3.060 nd nd
2010/2011 3.973 a 3027 b 3286 b
2011/2012 2.075 nd nd
2012/2013 3.960 a 2650 b nd
............................ kg/ha ......................................
Safra
nsNão significativo. nd Não determinado, colheita mecânica não realizada em razão da
baixa produtividade. *Letras iguais indicam semelhança entre as média por Tukey 5%.
Ganho de peso Produtividade
(g/cab/dia (@/ha)
SSMateus - 1º depois da soja 500 19
SSMateus - 2º depois da soja 420 16
Pastagem referência 553 5
SSMateus - 1º depois da soja 782 22,8
SSMateus - 2º depois da soja 689 15,5
Pastagem referência 642 7,9
Nov./2010 a Mai./2011
Nov./2011 a Mai./2012
Período Sistema
J. C. Salton et al., 2013 – Embrapa Agropecuária Oeste
Rendimento de soja
Desempenho animal
25
26. Produtividade do pasto
Tempo
Adubação de manutenção ou ILP!
Como manter a produtividade do pasto?
26
27. L. Vilela et al., 2007 (dados não publicados).
Lavoura depois de pasto adubado
27
29. Épocas de semeadura e arranjo de plantas
•Semeadura simultânea
•Semeaduras defasadas sobressemeadura em soja R5...
Herbicida (subdoses)
•Não-transgênicos
•Transgênicos Competição
Consórcio
Alternativas
Luz
Água
Nutrientes
Consórcio cultura de grãos/capim
29
30. 0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 15 25 35 45 75 90
Matéria seca (ton/ha)
Dias após emergência
Milho
B. brizantha sem herbicida
B. brizantha – nicosulfuron (8 g i.a./ha)
B. brizantha – nicosulfuron (12 g i.a./ha)
B. brizantha 20 dias após emergência
Adaptado de Tarcísio Cobucci
Consórcio milho com Brachiaria brizantha cv. Marandu
30
33. Atividades/Tempo
1ª Safra
2ª Safra
Cobertura para PD e/ou pasto?
O/N
A/M
S/O
Segunda safra com boi e cobertura de solo
33
34. 2ª Safra
Atividades/Tempo 1ª Safra
“Safrinha de boi”
O/N
F/M
J/J
S/O
3000 a 4000 kg/ha
4000 a 8000 kg/ha 90 a 150 kg/ha (eq. carcaça)
Segunda safra de grãos e “safrinha de boi”
34
36. Fazenda Triunfo, Formosa do Rio Preto, BA
Forrageiras
(kg/ha) (saco/ha) (kg/ha de MS)
Milho+Piatã a lanço 8434 b 140,6 5.337
Milho+B.ruziziensis a lanço 9246 a 154,1 2.175
Milho+B.ruziziensis entre linha (20 DAE) 9672 a 161,2 3.966
Milho solteiro 9641 a 160,7
Sistema Rendimento de grãos
Vilela & Manjabosco; 2009 (dados não publicados)
36
37. 0,947a
0,800b
0,000
0,250
0,500
0,750
1,000
B. brizantha cv. Piatã B. ruziziensis
Ganho de peso (kg/animal/dia)
6,9 @/ha
3,4 @/ha
Vilela & Manjabosco; 2009 (dados não publicados)
Fazenda Triunfo, Formosa do Rio Preto, BA
37
38. “Onde há variações existem oportunidades de ganhos". Falconi,2009.
1,8
8,4
41,0
30,8
13,2
4,8
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
0,381 0,605 0,829 1,053 1,277 1,501
Frequência (%)
Classes de ganho de peso (kg/animal/dia)
n=227
=0,829
σ=0,224
Fazenda Triunfo, Formosa do Rio Preto, BA
Vilela & Manjabosco; 2009 (dados não publicados)
38
39. 3275
4049
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
Sem braquiária Com braquiária
Grãos (kg/ha)
Fazenda Triunfo, Formosa do Rio Preto, BA
Vilela & Manjabosco; 2009 (dados não publicados)
39
40. Decomposição da MS e liberação de nutrientes
Elaborado por L.Vilela. Adaptado de Santos , F. C . et al., 2014.
Dias
0 15 40 110 170 220
MS (kg/ha)
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
Y=6,22e(-0,006x) R2=0,99
Dias depois do pastejo
0 15 40 110 170 220
Liberação acumulada (kg/ha)
0
10
20
30
40
50
YK=42(1-e(-0,064x)) R2=0,99
YN=31,9(1-e(-0,015x)) R2+0,99
YP=7,8(1-e(-0,023x)) R2=0,96
42. “Boi safrinha”/”Pasto safrinha”
LVilela et al., 2012 (prelo)
Milho consorciado com capim
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
"Safrinha de boi"
Soja
Milho consorciado com capim ou
sorgo consorciado com capim "Safrinha de boi"
Soja "Safrinha de boi"
Soja
PD de forrageiras
anuais e perenes "Safrinha de boi"
Sobressemeadura de
forrageiras anuais e perenes
Forrageiras pós-colheita
da soja
42
44. Sistemas de ILP consolidados
Fazendas que, sistematicamente, adotam a rotação de pasto e lavoura para intensificar o uso da terra e se beneficiar do sinergismo entre as duas atividades.
44
45. Fazenda Sta. Terezinha, Uberlândia, MG
100%
Pasto depois
de cerrado
1983
1988
1996 1992
45
Rebanho Tx. de Lotação
(cabeça) (cabeça/ha)
1983 1094 1,1
1992 1150 2,8
1996 1200 3,2
Anos
46. Rotação lavoura/pasto
P
A
S
T
O
S
O
J
A
S
O
J
A
P
A
S
T
O
S
O
J
A
P
A
S
T
O
P
A
S
T
O
S
O
J
A
P
A
S
T
O
P
A
S
T
O
S
O
J
A
S
O
J
A
S
O
J
A
P
A
S
T
O
P
A
S
T
O
Lago
S
O
J
A
Reserva
Reserva
Cortesia de Ake Bernard van der Vinne, Fazenda Cabeceiras, Maracaju, MS
46
47. Pastagem
Soja
Algodão
Soja
Lago
Reserva
Rotação lavoura/pasto
47
Cortesia de Ake Bernard van der Vinne, Fazenda Cabeceiras, Maracaju, MS
48. Fotos de Edmar Paiva
780 cab./139 ha
Rotação soja/B. brizantha cv. Marandu – Faz. Ouro Verde, TO
49. Sistema Sta. Fé – Faz. Sta. Brígida, Ipameri, GO
Foto: Priscila de Oliveira
Abril <== ± 60 dias de pastejo ==> Junho <== ± 60 dias de pastejo ==> Agosto <== ± 60 dias de pastejo ==> Outubro
Taxa de lotação média do período: ± 3,9 UA/ha
*Proteinado (0,25% do PV) Fonte: Anábio Ribeiro, Faz. Sta. Brígida (comunicação pessoal, 12/06/2012)
Bezerros
Garrotes
(18-20 meses de idade)
Terminação*
(2,5 UA/ha) (5,0 UA/ha) (4,3 UA/ha)
49
50. 0
10
20
30
Safra 2006/2007 Safra 2011/2012
Empregos Diretos Empregos Indiretos
Geração de empregos. Faz. Sta. Brígida, Ipameri, GO
Cortesia de João K.
50
51. Resultado econômico de ILP: soja/pecuária (terminação)
TL-baixa TL-média TL-alta
TIR (%) -0,12 2,45 4,74
Margem bruta (R$/ha) 199,47 315,94 432,40
Lucro operacional (R$/ha) -0,84 115,62 232,09
TIR (%) 5,47 7,24 8,89
Margem bruta (R$/ha) 388,90 480,94 572,99
Lucro operacional (R$/ha) 219,00 311,05 403,09
..........ILP: soja-soja-soja-pec.-pec (70% pec. + 30% soja).............
...........ILP: soja-soja-soja-pec.-pec (40% pec. + 60% soja)............
Taxa de Lotação (cab/ha)
Indicadores
Cenário 2
ILP:Soja/Soja/Soja/Pec/Pec (70%pec:30%soja)
Indicadores Taxa de lotação (cab/ha)
TL-baixa TL-média TL-alta
TIR (%) -0,12% 2,45% 4,74%
Payback (an.) >30a >30a >30a
Tx.Ret. (%) -14,75% -8,15% -4,08%
R$/ha
COE 1.814,20 2.523,49 3.232,78
COT 2.014,52 2.723,81 3.433,09
CT 2.292,53 3.001,81 3.711,10
M.Bruta 199,47 315,94 432,40
Lucro Oper. -0,84 115,62 232,09
RLíq. -338,08 -244,77 -151,46
Obs.: R$ 46,00/sc.; R$ 74,50/@; R$ 950,00/boi magro(12@).
TL (cab/ha), baixa: 2,50; 1,63; 1,06; 0,69; 0,45. TL (cab/ha), alta: 5,50; 3,58; 2,32; 1,51; 0,98.
TL (cab/ha), média: 4,00; 2,60; 1,69; 1,10; 0,71. Soja (sc./ha): 50 - 1o ciclo e 55 - demais ciclos.
A tomada de decisão a favor de sistemas especializados ou mistos varia em função dos
preços relativos de produtos e insumos. A ILP compete com sistemas especializados de
pecuária, mas não apresenta taxas de retorno competitivas com sistemas
especializados de soja. (Martha Jr et al., 2010) 51
52. Mitigação do déficit de forragem na época seca
Oferta de forragem nos sistemas “tradicionais”
Oferta de forragem na ILP
53. Tratamento
Emissão de CH4
(g.kgGPV-1)
(g. kgGPV.ha-1)
Pasto 1º ano de ILP
171,1
46,6
Pasto 6º ano de ILP (s/manutenção)
247,8
75,9
GPV = peso vivo ganho. Oferta de forragem inicial de 10% e final de 7% para todos os tratamentos. Peso vivo médio em jejum = (322 ± 33kg). Adaptado de Guimarães Júnior, 2014 (dados não publicados).
Emissão de metano entérico em relação ao ganho por animal e por área em fêmeas Nelore pastejando B. brizantha cv. Piatã, durante 124 dias de pastejo
Mitigação na emissão de metano
54. “Quando a criação do novo está em jogo, resignar-se ao provável e ao exequível é condenar-se ao passado e à repetição”
Eduardo Giannetti, 2005.
Foto de Adriano Lupinacci
Muito obrigado pelo seu tempo e sua atenção!
54
lourival.vilela@embrapa.br
www.embrapa.br