O documento descreve a Semana de Arte Moderna de 1922 no Brasil, incluindo as obras e artistas apresentados, como Anita Malfatti. Também resume a recepção crítica negativa de Monteiro Lobato à arte moderna e resgata um poema de Manuel Bandeira lido durante o evento que parodia os poetas parnasianos da época.
11. Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as
coisas [...]. A outra espécie é formada pelos que veem anormalmente a
natureza e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão
estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura
excessiva. [...] Embora eles se deem como novos, precursores de uma arte a
vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a
paranoia e a mistificação. [...] Essas considerações são provocadas pela
exposição da Sra. Malfatti onde se notam acentuadíssimas tendências para
uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso e
companhia.
LOBATO, Monteiro. Paranoia ou mistificação. Disponível em: http://www.artelivre.net. Acesso em: 02 jan. 2016. Fragmento.
13. O QUE FOI?
Vários artistas realizaram conferências, recitais, discursos, leituras,
concertos.
QUANDO OCORREU?
A Semana, na verdade, foi realizada nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de
1922.
POR QUE OCORREU EM DIAS SEPARADOS?
Os idealizadores da “semana” queriam ver qual seria a reação/repercussão
que a imprensa daria ao "movimento".
COMO FOI RECEBIDA PELO PÚBLICO?
Os jornais dos dias 14, 16 e 18 de fevereiro refletiram nos textos dedicados
aos eventos da "semana" a incompreensão e o escândalo sentido pelo
público que compareceu ao Teatro Municipal de São Paulo.
VISÃO GERAL DA SEMANA DE ARTE MODERNA