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A Cultura e o alimento brasileiro 
Todas as plantas hoje cultivadas existiram um dia na natureza em 
estado selvagem. Sua domesticação começou quando passaram a 
ser 
plantadas em locais mais convenientes para o homem, nesse 
momento 
estava nascendo a agricultura. A maioria das plantas foi domesticada 
pelas mulheres, pois nas sociedades primitivas eram elas que 
cuidavam da roça, enquanto o homem cuidava da caça. Isso teve 
início há cerca de 10.000 anos, em vários pontos do Planeta. As 
sementes sempre foram preciosidades para quem as cultiva.
A troca de sementes entre 
os povos promoveu a disseminação das espécies cultivadas. Dessa forma 
os povos antigos conseguiram espalhar as espécies por eles domesticadas 
de tal maneira que hoje muitos estudos podem ser necessários para 
determinar o local de origem dessas plantas. Após a chegada de Colombo 
na América, centenas de plantas e animais foram trocados entre 
o Velho e o Novo Mundo, aumentando a diversidade das espécies usadas 
pelo homem nos dois continentes. Ao longo do tempo as espécies se 
adaptaram às condições de cada local para onde foram levadas, 
aumentando a variabilidade das espécies cultivadas. 
Quando comemos nosso gostoso prato de arroz com feijão e 
mandioca, não podemos imaginá-los separados, entretanto, a 
domesticação dessas espécies não aconteceu no mesmo local e nem no 
mesmo período. É sobre isso que vamos falar a seguir.
O feijão que consumimos no 
Brasil foi domesticado, há cerca de 
10.000 anos, no continente 
americano, provavelmente entre o 
México e o Peru. Chegou ao Brasil antes da chegada da frota de Cabral, 
por meio de troca de sementes entre povos. Posteriormente os 
portugueses introduziram sementes de outras regiões. O fato de o 
território brasileiro ser tão extenso, aliado à diferentes origens das 
sementes introduzidas, foi determinante para a grande variabilidade de 
feijões cultivados no País. 
O feijão, por suas características culturais, nutricionais e econômicas 
tem merecido grande destaque no cenário nacional e internacional como 
alimento “típico” do prato do brasileiro.
Cultura do Feijão 
O feijão, por suas características culturais, nutricionais e econômicas 
tem merecido grande destaque no cenário nacional e internacional como 
alimento “típico” do prato do brasileiro. Tem especial importância no 
Brasil, pois se caracteriza como o alimento mais produzido e5 
consumido, além de ser uma das principais fontes protéicas de origem 
vegetal do nosso povo, fornecendo ainda em média de 10% a 20% das 
necessidades diárias de adultos para vários nutrientes.
O arroz que comemos no dia a dia foi 
domesticado no sudeste da Ásia há cerca de 
5.000 anos, e ainda hoje é o principal alimento 
daquele continente. 
Os índios tupis cultivavam, em tempos pré-colombianos, 
uma espécie de arroz selvagem, conhecido como abatiuaupé 
(milho d’agua), que nunca foi domesticado, mas ainda pode 
ser encontrado em alguns locais alagados do Brasil. 
Estudos evidenciam que integrantes da expedição de Pedro Álvares 
Cabral, traziam consigo amostras de arroz. Na Bahia, em 1587, as 
lavouras arrozeiras já ocupavam grandes extensões de terras 
chegando, em 1745, ao Estado do Maranhão. Em 1766, a Coroa 
Portuguesa autorizou a instalação da primeira descascadora de arroz 
no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.
Cultura do arroz 
O arroz é um alimento de singular importância nutritiva e 
cultural, sendo, entre as espécies alimentícias, a que apresenta 
maior potencial para combater a fome do mundo. É o segundo 
cereal mais consumido, é saudável, nutritivo, e de fácil preparo, 
além de ser adaptado para o cultivo nas mais variadas regiões do 
Planeta. No Brasil é o acompanhante de quase todos os pratos 
da culinária. 
O mito de que arroz engorda tem sido superado pela 
população mundial, pois comparado a outros alimentos como 
batata frita, massas, salgadinhos industrializados, pipoca, 
sanduíches, bolachas recheadas e etc, este apresenta-se como 
um alimento saudável, rico em vitaminas e fibras e de valor 
calórico reduzido.
A mistura que dá certo 
O arroz e o feijão, servidos juntos, se 
complementam, rendendo ao nosso 
organismo uma mistura de alto valor 
nutritivo e de fácil digestão. Esta 
combinação proporciona ao organismo 
todas as proteínas necessárias, podendo, 
eventualmente, substituir a carne bovina ou o frango no cardápio 
semanal. Para alguns pesquisadores, a combinação de feijão com arroz 
é uma expressão da sociedade brasileira, combinando o sólido com o 
líquido, o negro com o branco, resultando em um prato de síntese, 
representativo de um estilo brasileiro de comer. O mulato, tido como 
"o brasileiro", seria a própria mistura: nem o preto do feijão, nem o 
branco do arroz, um prato miscigenado.
Mandioca 
A mandioca foi domesticada na América 
do Sul, e tem sua origem provavelmente na 
zona de transição entre a Caatinga, o Cerrado e 
a Amazônia. 
-Conta a lenda indígena que a filha de um cacique, deu à luz a uma 
menina muito linda que recebeu o nome de Mani. A criança, que morreu 
sem causa aparente foi enterrada e sua sepultura, regada diariamente, 
conforme costume indígena.
Passado algum tempo, brotou na cova uma planta inteiramente 
desconhecida, que cresceu, floresceu e deu frutos. Enfim, a terra abriu-se 
mostrando suas raízes, que os índios compararam ao corpo de Mani. 
Comeram-na, e assim, aprenderam a cultivar e usar a planta que foi 
chamada 
de mandioca, que quer dizer casa de Mani. 
Para milhares de índios brasileiros, a origem da mandioca estava 
expressa 
tanto nessa lenda, provavelmente transmitida aos tupis guaranis pelos 
aruaques, 
(cujo nome significa “povo comedor de tubérculos”) como em muitas 
outras 
coletadas, por viajantes e exploradores, após o descobrimento do 
Brasil. 
A mandioca constitui um dos principais alimentos energéticos para 
cerca de 500 milhões de pessoas, sobretudo nos países tropicais. De 
fácil 
cultivo, a mandioca está presente em todos os estados brasileiros, 
geralmente 
em pequenas áreas, com baixo nível de tecnologia. Mais de 80 países 
produzem e consomem a mandioca, sendo que o Brasil participa com 
15% da produção mundial.
Cultura da mandioca 
Quando os portugueses chegaram ao Brasil não conheciam a mandioca 
e não aceitaram-na de início, porém com o tempo foram aprendendo a 
consumi-la, acostumando-se de tal forma que a riqueza das famílias 
chegou a ser medida pelo número de pés de mandioca cultivados. Até o 
número de escravos era determinado pelo volume do mandiocal, isto é, a 
família só podia ter os escravos que pudesse alimentar. 
A mandioca sempre tem um papel importante na sustentação da 
agricultura familiar por fazer parte de nossa cultura. É de fácil manejo, 
bem adaptada a nosso clima, e relativamente resistente à seca e às 
doenças. É cultivada em todos os estados brasileiros, é o sexto produto 
agrícola em valor de produção, situando-se entre os nove principais.
O processo de construção da 
cozinha típica de um país colonizado pode ser 
descrito como um somatório de influências. Assim, pensar na construção 
da cozinha brasileira significa reconhecer o papel de cada um dos elementos 
que construíram o nosso povo: o português, o africano e o índio em maior 
parcela e todos os outros povos que aqui se estabeleceram, adotando o 
Brasil como pátria, e contribuindo para a riqueza de nossa cultura. 
Outro aspecto a ser abordado ao se falar em "cozinha brasileira" 
refere-se às regiões. Um país com as dimensões continentais como o 
Brasil apresenta significativa diversidade regional, derivada não apenas 
de seus aspectos físicos, mas também das variadas condições históricas, 
e de apropriação e colonização do território. 
Cada região possui hábitos alimentares próprios de sua cultura, 
pratos típicos, que servem como marcadores da identidade regional.
Se alguns pratos regionais são famosos em todo o País, há outros 
que são quase desconhecidos pelas demais regiões, muitas vezes pelo 
simples fato de que os ingredientes necessários são exclusivos do lugar 
de origem, mas também por razões de ordem cultural, que determinam 
certos hábitos alimentares, como a maniçoba do Pará. 
Região Norte 
Tacacá 
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Arroz com pequi
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Tutu de feijão e Feijoada
Bibliografia: 
BASSINELLO, P. Z. O valor do arroz como alimento. Disponível 
em:http://www.paginarural.com.br/ 
artigos_detalhes.asp?subcategoriaid=2&id=904. ( acesso em: 
20/11/2014) 
BRIGIDE, P. Disponibilidade de ferro em grãos de feijão 
comum (Phaseolus vulgaris L.) irradiados. Escola Superior de 
Agricultura Luiz de Queiroz, 2002. Disponível em: http:// 
www.scielo.br. ( acesso em 22/11/2014) 
http://www.uepa.br/paginas/webquest/webquest_mandioca. 
htm ( acesso em 22/11/2014) 
Liliana Maria Orsini Silva

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A Cultura e o Alimento brasileiro

  • 1. A Cultura e o alimento brasileiro Todas as plantas hoje cultivadas existiram um dia na natureza em estado selvagem. Sua domesticação começou quando passaram a ser plantadas em locais mais convenientes para o homem, nesse momento estava nascendo a agricultura. A maioria das plantas foi domesticada pelas mulheres, pois nas sociedades primitivas eram elas que cuidavam da roça, enquanto o homem cuidava da caça. Isso teve início há cerca de 10.000 anos, em vários pontos do Planeta. As sementes sempre foram preciosidades para quem as cultiva.
  • 2. A troca de sementes entre os povos promoveu a disseminação das espécies cultivadas. Dessa forma os povos antigos conseguiram espalhar as espécies por eles domesticadas de tal maneira que hoje muitos estudos podem ser necessários para determinar o local de origem dessas plantas. Após a chegada de Colombo na América, centenas de plantas e animais foram trocados entre o Velho e o Novo Mundo, aumentando a diversidade das espécies usadas pelo homem nos dois continentes. Ao longo do tempo as espécies se adaptaram às condições de cada local para onde foram levadas, aumentando a variabilidade das espécies cultivadas. Quando comemos nosso gostoso prato de arroz com feijão e mandioca, não podemos imaginá-los separados, entretanto, a domesticação dessas espécies não aconteceu no mesmo local e nem no mesmo período. É sobre isso que vamos falar a seguir.
  • 3. O feijão que consumimos no Brasil foi domesticado, há cerca de 10.000 anos, no continente americano, provavelmente entre o México e o Peru. Chegou ao Brasil antes da chegada da frota de Cabral, por meio de troca de sementes entre povos. Posteriormente os portugueses introduziram sementes de outras regiões. O fato de o território brasileiro ser tão extenso, aliado à diferentes origens das sementes introduzidas, foi determinante para a grande variabilidade de feijões cultivados no País. O feijão, por suas características culturais, nutricionais e econômicas tem merecido grande destaque no cenário nacional e internacional como alimento “típico” do prato do brasileiro.
  • 4. Cultura do Feijão O feijão, por suas características culturais, nutricionais e econômicas tem merecido grande destaque no cenário nacional e internacional como alimento “típico” do prato do brasileiro. Tem especial importância no Brasil, pois se caracteriza como o alimento mais produzido e5 consumido, além de ser uma das principais fontes protéicas de origem vegetal do nosso povo, fornecendo ainda em média de 10% a 20% das necessidades diárias de adultos para vários nutrientes.
  • 5. O arroz que comemos no dia a dia foi domesticado no sudeste da Ásia há cerca de 5.000 anos, e ainda hoje é o principal alimento daquele continente. Os índios tupis cultivavam, em tempos pré-colombianos, uma espécie de arroz selvagem, conhecido como abatiuaupé (milho d’agua), que nunca foi domesticado, mas ainda pode ser encontrado em alguns locais alagados do Brasil. Estudos evidenciam que integrantes da expedição de Pedro Álvares Cabral, traziam consigo amostras de arroz. Na Bahia, em 1587, as lavouras arrozeiras já ocupavam grandes extensões de terras chegando, em 1745, ao Estado do Maranhão. Em 1766, a Coroa Portuguesa autorizou a instalação da primeira descascadora de arroz no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.
  • 6. Cultura do arroz O arroz é um alimento de singular importância nutritiva e cultural, sendo, entre as espécies alimentícias, a que apresenta maior potencial para combater a fome do mundo. É o segundo cereal mais consumido, é saudável, nutritivo, e de fácil preparo, além de ser adaptado para o cultivo nas mais variadas regiões do Planeta. No Brasil é o acompanhante de quase todos os pratos da culinária. O mito de que arroz engorda tem sido superado pela população mundial, pois comparado a outros alimentos como batata frita, massas, salgadinhos industrializados, pipoca, sanduíches, bolachas recheadas e etc, este apresenta-se como um alimento saudável, rico em vitaminas e fibras e de valor calórico reduzido.
  • 7. A mistura que dá certo O arroz e o feijão, servidos juntos, se complementam, rendendo ao nosso organismo uma mistura de alto valor nutritivo e de fácil digestão. Esta combinação proporciona ao organismo todas as proteínas necessárias, podendo, eventualmente, substituir a carne bovina ou o frango no cardápio semanal. Para alguns pesquisadores, a combinação de feijão com arroz é uma expressão da sociedade brasileira, combinando o sólido com o líquido, o negro com o branco, resultando em um prato de síntese, representativo de um estilo brasileiro de comer. O mulato, tido como "o brasileiro", seria a própria mistura: nem o preto do feijão, nem o branco do arroz, um prato miscigenado.
  • 8. Mandioca A mandioca foi domesticada na América do Sul, e tem sua origem provavelmente na zona de transição entre a Caatinga, o Cerrado e a Amazônia. -Conta a lenda indígena que a filha de um cacique, deu à luz a uma menina muito linda que recebeu o nome de Mani. A criança, que morreu sem causa aparente foi enterrada e sua sepultura, regada diariamente, conforme costume indígena.
  • 9. Passado algum tempo, brotou na cova uma planta inteiramente desconhecida, que cresceu, floresceu e deu frutos. Enfim, a terra abriu-se mostrando suas raízes, que os índios compararam ao corpo de Mani. Comeram-na, e assim, aprenderam a cultivar e usar a planta que foi chamada de mandioca, que quer dizer casa de Mani. Para milhares de índios brasileiros, a origem da mandioca estava expressa tanto nessa lenda, provavelmente transmitida aos tupis guaranis pelos aruaques, (cujo nome significa “povo comedor de tubérculos”) como em muitas outras coletadas, por viajantes e exploradores, após o descobrimento do Brasil. A mandioca constitui um dos principais alimentos energéticos para cerca de 500 milhões de pessoas, sobretudo nos países tropicais. De fácil cultivo, a mandioca está presente em todos os estados brasileiros, geralmente em pequenas áreas, com baixo nível de tecnologia. Mais de 80 países produzem e consomem a mandioca, sendo que o Brasil participa com 15% da produção mundial.
  • 10. Cultura da mandioca Quando os portugueses chegaram ao Brasil não conheciam a mandioca e não aceitaram-na de início, porém com o tempo foram aprendendo a consumi-la, acostumando-se de tal forma que a riqueza das famílias chegou a ser medida pelo número de pés de mandioca cultivados. Até o número de escravos era determinado pelo volume do mandiocal, isto é, a família só podia ter os escravos que pudesse alimentar. A mandioca sempre tem um papel importante na sustentação da agricultura familiar por fazer parte de nossa cultura. É de fácil manejo, bem adaptada a nosso clima, e relativamente resistente à seca e às doenças. É cultivada em todos os estados brasileiros, é o sexto produto agrícola em valor de produção, situando-se entre os nove principais.
  • 11. O processo de construção da cozinha típica de um país colonizado pode ser descrito como um somatório de influências. Assim, pensar na construção da cozinha brasileira significa reconhecer o papel de cada um dos elementos que construíram o nosso povo: o português, o africano e o índio em maior parcela e todos os outros povos que aqui se estabeleceram, adotando o Brasil como pátria, e contribuindo para a riqueza de nossa cultura. Outro aspecto a ser abordado ao se falar em "cozinha brasileira" refere-se às regiões. Um país com as dimensões continentais como o Brasil apresenta significativa diversidade regional, derivada não apenas de seus aspectos físicos, mas também das variadas condições históricas, e de apropriação e colonização do território. Cada região possui hábitos alimentares próprios de sua cultura, pratos típicos, que servem como marcadores da identidade regional.
  • 12. Se alguns pratos regionais são famosos em todo o País, há outros que são quase desconhecidos pelas demais regiões, muitas vezes pelo simples fato de que os ingredientes necessários são exclusivos do lugar de origem, mas também por razões de ordem cultural, que determinam certos hábitos alimentares, como a maniçoba do Pará. Região Norte Tacacá Região Centro-Oeste Arroz com pequi
  • 13. Região Nordeste Baião de dois Região Sul Arroz de carreteiro Região Sudeste Tutu de feijão e Feijoada
  • 14. Bibliografia: BASSINELLO, P. Z. O valor do arroz como alimento. Disponível em:http://www.paginarural.com.br/ artigos_detalhes.asp?subcategoriaid=2&id=904. ( acesso em: 20/11/2014) BRIGIDE, P. Disponibilidade de ferro em grãos de feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) irradiados. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2002. Disponível em: http:// www.scielo.br. ( acesso em 22/11/2014) http://www.uepa.br/paginas/webquest/webquest_mandioca. htm ( acesso em 22/11/2014) Liliana Maria Orsini Silva