SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 52
Baixar para ler offline
Unidade 02 – Flexão Composta
Resistência dos Materiais II
Elson Toledo
Flávia Bastos
Leonardo Goliatt
Departamento de Mecânica Aplicada e Computacional
Universidade Federal de Juiz de Fora
versão 13.05
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 1 / 26
Flexão Composta
Programa
1 Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Determinação da linha neutra
Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Núcleo central de inércia
Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Exemplos
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 2 / 26
Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência
Programa
1 Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Determinação da linha neutra
Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Núcleo central de inércia
Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Exemplos
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 2 / 26
Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência
Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Encontramos diversas situações em Engenharia onde as peças estão solicitadas
simultamente pela ação de momentos fletores e esforços normais
A esse tipo de solicitação denominamos flexão composta
Ocorrências usuais:
Pilares de canto
Ganchos
Sapatas com cargas excêntricas
Vigas protendidas
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 2 / 26
Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência
Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 3 / 26
Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência
Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Fundações submetidas a cargas excêntricas
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 4 / 26
Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência
Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Vigas protendidas
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 5 / 26
Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência
Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Vigas protendidas
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 5 / 26
Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência
Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Projeto de componentes mecânicos1
1Springer handbook of mechanical engineering, edited by K.-H. Grote and E.K. Antonsson, Springer-
Verlag, 2009; pg 349-351
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 6 / 26
Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência
Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Projeto de componentes mecânicos1
1Springer handbook of mechanical engineering, edited by K.-H. Grote and E.K. Antonsson, Springer-
Verlag, 2009; pg 349-351
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 6 / 26
Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência
Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 7 / 26
Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta
Programa
1 Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Determinação da linha neutra
Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Núcleo central de inércia
Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Exemplos
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 8 / 26
Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta
Flexão Composta
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Carga normal aplicada no ponto (zc, yc) denominado centro de solicitação
Carga aplicada fora do centroide
Provoca momentos fletores decorrentes de sua excentricidade
α
y
z
P
α
y
z
zc
yc
Mz = Pyc
My = Pzc
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 8 / 26
Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta
Flexão Composta
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Carga normal aplicada no ponto (zc, yc) denominado centro de solicitação
Carga aplicada fora do centroide
Provoca momentos fletores decorrentes de sua excentricidade
P
y
z
C(zc, yc) zc
yc
y
z
zc
yc
α
ES
s
s
M
Mz
MyM
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 8 / 26
Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta
Flexão Composta
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Considere y e z eixos principais de inércia
Redução da força P em C(zc, yc) ao centroide
da seção resulta em uma força e um momento
N = P
My = −Nzc
Mz = Nyc
P é aplicada na direção do eixo da peça
P é positivo se provoca tração na seção
As tensões atuantes são determinadas por su-
perposição de efeitos
σx = σN
x + σ
My
x + σMz
x
y
z
zc
yc
α
s
s
Mz
MyM
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 9 / 26
Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta
Flexão Composta
Distribuição de tensões normais na flexão composta
As tensões atuantes são determinadas por su-
perposição de efeitos
σx = σN
x + σ
My
x + σMz
x
onde
σN
x = N
A
σ
My
x = −
My
Iy
z
σMz
x = Mz
Iz
y
o que resulta em
σx =
N
A
−
My
Iy
z +
Mz
Iz
y
y
z
zc
yc
α
s
s
Mz
MyM
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 9 / 26
Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta
Flexão Composta
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Considerando que
N = P
My = −Nzc
Mz = Nyc
e substituindo em
σx =
N
A
−
My
Iy
z +
Mz
Iz
y
temos que
σx =
N
A
+
Nzc
Iy
z +
Nyc
Iz
y
y
z
zc
yc
α
s
s
Mz
MyM
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 9 / 26
Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta
Flexão Composta
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Com os eixos principais de inércia
σx = N
A + Mz
Iz
y −
My
Iy
z
= N
A + Nyc
Iz
y + −Nzc
Iy
z
Definindo o raio de giração tal que Ii = ρ2
i A, podemos reescrever
σx =
N
A

1 +
yc
ρ2
z
y +
zc
ρ2
y
z


Essa é a equação de um plano que não passa pela origem (centroide da seção)
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 10 / 26
Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta
Flexão Composta
Distribuição de tensões normais na flexão composta
z
y
C
x
yc
zc
My = Pzc
Mz = Pyc
P σx =
N
A

1 +
yc
ρ2
z
y +
zc
ρ2
y
z


Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 11 / 26
Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta
Flexão Composta
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Com o eixo na linha neutra, onde LNC
é a posição da LN na flexão composta
σx =
N
A
+
Mn
In
u
s
s
M
ES
LNO
f
f
P
LNC
σN
x = N
A
σMn
x = Mn
In
u σx = N
A + Mn
In
u
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 12 / 26
Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta
Flexão Composta
Distribuição de tensões normais na flexão composta
E se os sistema de eixos não coincidir com os eixos principais de inércia,
σx =
N
A
+


MzIy + MyIyz
IzIy + I2
yz

 y −


MyIz − MzIyz
IzIy − I2
yz

 z
ou
σx =
N
A
+
(MzIy + MyIyz)y − (MyIz + MzIyz)z
IzIy − I2
yz
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 13 / 26
Flexão Composta Determinação da linha neutra
Programa
1 Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Determinação da linha neutra
Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Núcleo central de inércia
Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Exemplos
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 14 / 26
Flexão Composta Determinação da linha neutra
Flexão Composta
Determinação da linha neutra
Por definição, a linha neutra (LN) é o
lugar geométrico onde σx = 0
Usando os eixos principais de inércia,
e fazendo
σx =
N
A

1 +
yc
ρ2
z
y +
zc
ρ2
y
z

 = 0
temos
1 +
yc
ρ2
z
y +
zc
ρ2
y
z = 0
Esta é uma equação de uma reta que
não passa pela origem
z
y
C
x
yc
zc
My = Pzc
Mz = Pyc
P
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 14 / 26
Flexão Composta Determinação da linha neutra
Flexão Composta
Determinação da linha neutra
Para determinar as ordenadas y0 e z0,
podemos usar a equação
1 +
yc
ρ2
z
y +
zc
ρ2
y
z = 0
e escrever a forma segmentária
y
y0
+
z
z0
= 1
Após algum algebrismo,
z = 0 ⇒ y = y0 ⇒ y0 = −
ρ2
z
yc
y = 0 ⇒ z = z0 ⇒ z0 = −
ρ2
y
zc
y
z
n0
n0
s
s
ES
n
n
LN
y0
z0
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 14 / 26
Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Programa
1 Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Determinação da linha neutra
Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Núcleo central de inércia
Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Exemplos
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 15 / 26
Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Flexão Composta
Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Podemos determinar o paralelismo da
LN na flexão composta com a LN da
flexão oblíqua
Seja β1 a inclinação com relação ao
eixo z da LN na flexão pura
Seja β a inclinação da LN na flexão
composta
Vamos mostrar que β = β1
Na flexão oblíqua temos que
tan α tan β1 = −
Iz
Iy
y
z
n0
n0
s
s
ES
n
n
LN
C
Mz
My
α β1
β
zc
yc
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 15 / 26
Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Flexão Composta
Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Na flexão composta observamos que
tan α =
yc
zc
e que a equação da LN é
1 +
zcz
ρ2
y
+
ycy
ρ2
z
= 0
o que permite escever
y =
−ρ2
z
yc

1 +
zcz
ρ2
y

 = a + bz
onde b é a inclinação da LN com
relação ao eixo z
y
z
n0
n0
s
s
ES
n
n
LN
C
Mz
My
α β1
β
zc
yc
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 15 / 26
Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Flexão Composta
Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
O valor de b pode ser calculado como
b = tan β =
dy
dx
=
−ρ2
z zc
ρ2
yyc
Substituindo ρ2
z A = Iz, ρ2
y A = Iy e
tan α = yc
zc
tan β = −
Iz
Iy
yc
zc
= −
Iz
Iy
1
tan α
Resultando em
tan α tan β = −
Iz
Iy
y
z
n0
n0
s
s
ES
n
n
LN
C
Mz
My
α β1
β
zc
yc
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 15 / 26
Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Flexão Composta
Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Comparando os dois resultados
tan α tan β1 = −
Iz
Iy
, tan α tan β = −
Iz
Iy
Tem-se imediatamente que
tan β1 = tan β ⇒ β = β1
Conclusão:
Estando a secão sujeita aos mes-
mos momentos fletores, as LN’s na
flexão oblíqua e composta têm a
mesma inclinação
y
z
n0
n0
s
s
ES
n
n
LN
C
Mz
My
α β1
β
zc
yc
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 15 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Programa
1 Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Determinação da linha neutra
Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Núcleo central de inércia
Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Exemplos
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 16 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
Quando se varia o centro de aplicação da carga, a posição da linha neutra varia
O diagrama de tensões pode ser:
Bi-triangular: tensões de tração e compressão no campo da seção
Trapezoidal: tensão de um único sinal em toda a tensão (a LN não corta a seção);
Triangular: a tensão nula se reduz a um único ponto
2
2Vitor Dias da Silva, Mechanics and Strength of Materials, Springer-Verlag Berlin Heidelberg 2006,
XVI, 529 p.
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 16 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
Definição: O núcleo central de inércia é o lu-
gar geométrico da seção transver-
sal, tal que, se nele for aplicada
uma carga de compressão P, toda a
seção está comprimida. Alternativa-
mente,
região da seção transversal
onde aplicada uma força nor-
mal, sua linha neutra não corta
a seção
LN 1
LN 2
LN 3
y
z
1
2
3
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 17 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
Conseqüência: a seção só terá tensões de um
mesmo sinal (compressão ou tra-
ção) de acordo com o sinal da força
Importância: materiais com baixa resistência a
tração. Exemplos: murros de ar-
rimo, chaminés e pilares
LN 1
LN 2
LN 3
y
z
1
2
3
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 17 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
Processo espontâneo de determinação do N.C.a
partir de um número finito de tangentes à seção
da peça: Considerando-as cada uma como uma
linha neutra, podemos determinar os centros de
solicitação das cargas correspondentes, que seria o
contorno deste núcleo.
LN 1
LN 2
LN 3
y
z
1
2
3
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 18 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
Vamos considerar a seção ao lado,
submetida a flexão composta dada or
uma carga de compressão aplicada
em C, que provoca um momento M
e é a excentricidade da carga
n0n0 é e LN na flexão pura
nn é e LN na flexão pura
θ é o ângulo entre a LN na flexão e o
eixo de solicitação
y
z
n0
n0
s
s
ES
n
n
LN
y0
z0
C
M
u
θ
yc
zc
e
s0
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 19 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
A tensão normal se escreve
σx =
N
A
+
Mn
In
u
com
Mn = M sin θ, M = Ne
de onde vem
M = Ne sin θ
A equação da LN (σx = 0) fica
σx =
N
A
+
Ne sin θ
In
u = 0 y
z
n0
n0
s
s
ES
n
n
LN
y0
z0
C
M
u
θ
yc
zc
e
s0
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 19 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
Considerando que u = s0 sin θ vem
N
A
+
Ne sin2
θs0
ρ2
nA
= 0
o que resulta em
1 +
e sin2
θs0
ρ2
n
= 0
Chegamos finalmente em
es0 =
−ρ2
n
sin2θ
⇒ es0 = −r2
n
y
z
n0
n0
s
s
ES
n
n
LN
y0
z0
C
M
u
θ
yc
zc
e
s0
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 19 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
A equação
es0 = −r2
n
relaciona a distância (ao centroide)
do ponto de aplicação da carga com
a distância (ao centroide) do ponto
onde a LN corta o ES
A constante rn = −ρ2
n
sin2θ
depende
a inércia da seção e da posição do
centro de solicitação
y
z
n0
n0
s
s
ES
n
n
LN
y0
z0
C
M
u
θ
yc
zc
e
s0
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 19 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
Ao lado vemos a variação da LN com
a posição do centro de solicitação
O sinal negativo em es0 = −r2
n deve
ser interpretado entendo-se que o
centro de solicitação e o ponto de
passagem da LN estão sempre em
lados opostos do ES dividido pelo
baricentro (antipolaridade)
Temos que
e1s1 = −r2
n
e2s2 = −r2
n
...
ek sk = −r2
n
y
z
n
n1
s
s
ES
s1
s2
s3
e3
e2
e1
n2
n2
n3
n3
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 20 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
Para obterms o NCI de uma seção
qualquer, considere
1 +
yc
ρ2
z
y +
zc
ρ2
y
z = 0
Dado C(yc, zc)m podemos obter a LN
a partir dos pontos onde esta corta os
eixos coordenados
z = 0 ⇒ y = y0 ⇒ y0 = −
ρ2
z
yc
y = 0 ⇒ z = z0 ⇒ z0 = −
ρ2
y
zc
y
z
n
n1
s
s
ES
s1
s2
s3
e3
e2
e1
n2
n2
n3
n3
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 21 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
O processo pode ser realizado de
forma “inversa”:
1 Arbitra-se uma LN tangente à seção
2 Determina-se y0 e z0
3 Obtêm-se as coordenada de yc e zc
yc = −
ρ2
z
y0
zc = −
ρ2
y
z0
4 Repetem-se as operações anteriores
até que se obtenha um conjunto
satisfatórios de pontos para o NCI
y
z
n
n1
s
s
ES
s1
s2
s3
e3
e2
e1
n2
n2
n3
n3
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 21 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
Análise de uma seção retangular (flexão reta)
Vamos determinar a posição do centro de soli-
citação (zc, yc) ao longo do eixo y ⇒ zc = 0
O centro de solicitação tem coordenadas
(0, yc)
Para satisfazer a cndição do NCI, a LN deve
passar por uma das arestas do retângulo (d =
±h
2 )
σx(d) ≤ 0 ⇒ σx(±
h
2
) ≤ 0
Dai temos (para o caso ao lado)
σx =
N
A
1 +
yc
ρ2
z
h
2
≤ 0 ⇒ 1 +
yc
ρ2
z
h
2
≤ 0
y
z
(0, yc < 0)
LN
h
b
d
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 22 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
Da condição do NCI,
σx =
N
A
1 +
yc
ρ2
z
h
2
≤ 0 ⇒ 1 +
yc
ρ2
z
h
2
≤ 0
o que resulta em
yc ≤ −
2ρ2
z
h
=
2Iz
Ah
= 2
bh3
12
1
bh
1
h
E então temos
yc ≥
−h
6
⇒ yc ≤
h
6
De modo análogo, temos zc ≤ b
6
y
z
(0, yc < 0)
LN
h
b
d
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 22 / 26
Flexão Composta Núcleo central de inércia
Flexão Composta
Núcleo central de inércia
Outros exemplos de NCI
3
3Vitor Dias da Silva, Mechanics and Strength of Materials, Springer-Verlag Berlin Heidelberg 2006,
XVI, 529 p.
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 23 / 26
Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Programa
1 Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Determinação da linha neutra
Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Núcleo central de inércia
Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Exemplos
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 24 / 26
Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Flexão Composta
Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Sejam C(yc, zc) centro de solicitação de um
carregamento e
nn a LN originada pela aplicação de uma
carga em C
Sejam também C (yc, zc) um ponto qualquer
de nn e
n n uma reta passante por C
Temos então a LN associada a C
nn ⇒ 1 +
yc
ρ2
z
y +
zc
ρ2
y
z = 0
y
z
n
n
LN
yc
zc
C (yc, zc)
n
n
LN’
C(yc, zc)
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 24 / 26
Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Flexão Composta
Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Podemos mostrar que se
C ∈ nn ⇒ C ∈ n n
onde n n é a LN associada a uma carga cm
centro de solicitação C
Temos então
C ∈ nn ⇒ 1 +
ycyc
ρ2
z
+
zczc
ρ2
y
= 0
Por outro lado, a equação de n n é
1 +
ycyc
ρ2
z
+
zczc
ρ2
y
= 0 y
z
n
n
LN
yc
zc
C (yc, zc)
n
n
LN’
C(yc, zc)
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 24 / 26
Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Flexão Composta
Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Então, a partir de
1 +
ycyc
ρ2
z
+
zczc
ρ2
y
= 0
concluímos que
Se C ∈ n n então
z = zc, y = yc
o que prova a propriedade
y
z
n
n
LN
yc
zc
C (yc, zc)
n
n
LN’
C(yc, zc)
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 24 / 26
Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Flexão Composta
Propriedade Fundamental da Antipolaridade
A partir de
1 +
ycyc
ρ2
z
+
zczc
ρ2
y
= 0
podemos constatar que
quando o C → C as LN associadas a estes
centros de solicitação giram em torno de C
y
z
n
n
LN
yc
zc
C (yc, zc)
n
n
LN’
C(yc, zc)
C (yc , zc )
n
n
LN”
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 25 / 26
Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Flexão Composta
Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Essa propriedade pode ser usada de forma
inversa:
Dadas duas LN (LN1, LN2) tangentes a uma
seção, que passam por um mesmo ponto,
podemos determinar todos os centros de soli-
citação que passam por uma reta que contem
os centros de solicitação associados (C1, C2)
y
z
n
n
LN
yc
zc
C (yc, zc)
n
n
LN’
C(yc, zc)
C (yc , zc )
n
n
LN”
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 25 / 26
Flexão Composta Exemplos
Programa
1 Flexão Composta
Introdução e casos de ocorrência
Distribuição de tensões normais na flexão composta
Determinação da linha neutra
Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta
Núcleo central de inércia
Propriedade Fundamental da Antipolaridade
Exemplos
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 26 / 26
Flexão Composta Exemplos
Flexão Composta
Exemplos
Determinar o maior valor que a força de tração T,
aplicada no ponto C da seção ao lado, pode atingir.
Determine também o diagrama de tensões final para
a carga calculada.
Dados:
| ¯σc| = | ¯σt| = 150 N/cm2
.
zc = 0.8 cm;
yc = 2.0 cm;
C
20
60
y
z
Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 26 / 26

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Solução listaexercicios 1º bimestre_2-2016_concretoii
Solução listaexercicios 1º bimestre_2-2016_concretoiiSolução listaexercicios 1º bimestre_2-2016_concretoii
Solução listaexercicios 1º bimestre_2-2016_concretoii
roger forte
 
Apostila de Mecânica dos Solos
Apostila de Mecânica dos SolosApostila de Mecânica dos Solos
Apostila de Mecânica dos Solos
Bruno Castilho
 
52213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-1
52213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-152213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-1
52213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-1
Barto Freitas
 

Mais procurados (20)

Viga em t
Viga em tViga em t
Viga em t
 
Solução listaexercicios 1º bimestre_2-2016_concretoii
Solução listaexercicios 1º bimestre_2-2016_concretoiiSolução listaexercicios 1º bimestre_2-2016_concretoii
Solução listaexercicios 1º bimestre_2-2016_concretoii
 
Apostila de Mecânica dos Solos
Apostila de Mecânica dos SolosApostila de Mecânica dos Solos
Apostila de Mecânica dos Solos
 
Escadas
EscadasEscadas
Escadas
 
Eme302 lista3
Eme302 lista3Eme302 lista3
Eme302 lista3
 
14 resistencia ao cisalhamento
14  resistencia ao cisalhamento14  resistencia ao cisalhamento
14 resistencia ao cisalhamento
 
Vigas de concreto - programa para cálculo
Vigas de concreto - programa para cálculoVigas de concreto - programa para cálculo
Vigas de concreto - programa para cálculo
 
Flexão normal simples e composta
Flexão normal simples e compostaFlexão normal simples e composta
Flexão normal simples e composta
 
Classe d'expositions partie BILAL.pptx
Classe d'expositions partie BILAL.pptxClasse d'expositions partie BILAL.pptx
Classe d'expositions partie BILAL.pptx
 
Cargas em vigas
Cargas em vigasCargas em vigas
Cargas em vigas
 
Apostila Teoria das Estruturas
Apostila Teoria das EstruturasApostila Teoria das Estruturas
Apostila Teoria das Estruturas
 
52213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-1
52213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-152213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-1
52213668 aula-04-pontes-de-concreto-armado-1-1
 
Aulas de concreto armado
Aulas de concreto armadoAulas de concreto armado
Aulas de concreto armado
 
Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)Mecânicas dos Solos (exercícios)
Mecânicas dos Solos (exercícios)
 
cargas em pontes
cargas em pontescargas em pontes
cargas em pontes
 
Exercício Resolvido 1 - Tensão Média
Exercício Resolvido 1 - Tensão MédiaExercício Resolvido 1 - Tensão Média
Exercício Resolvido 1 - Tensão Média
 
Exemplo de calculo de dosagem de concreto
Exemplo de calculo de dosagem de concretoExemplo de calculo de dosagem de concreto
Exemplo de calculo de dosagem de concreto
 
Cisalhamento
CisalhamentoCisalhamento
Cisalhamento
 
Exercícios resolvidos
Exercícios resolvidosExercícios resolvidos
Exercícios resolvidos
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
 

Destaque (6)

Resolução da flexão composta normal e oblíqua por meio de ábacos
Resolução da flexão composta normal e oblíqua por meio de ábacosResolução da flexão composta normal e oblíqua por meio de ábacos
Resolução da flexão composta normal e oblíqua por meio de ábacos
 
Aula i
Aula iAula i
Aula i
 
Clube de engenharia_2012_shcs
Clube de engenharia_2012_shcsClube de engenharia_2012_shcs
Clube de engenharia_2012_shcs
 
Flexão
FlexãoFlexão
Flexão
 
Resistência dos Materiais II
Resistência dos Materiais IIResistência dos Materiais II
Resistência dos Materiais II
 
Resistência dos Materiais II - Unidade 01
Resistência dos Materiais II - Unidade 01Resistência dos Materiais II - Unidade 01
Resistência dos Materiais II - Unidade 01
 

Semelhante a Resistência dos Materiais II - Unidade 02

Apostila resistencia dos_materiais_parte_1
Apostila resistencia dos_materiais_parte_1Apostila resistencia dos_materiais_parte_1
Apostila resistencia dos_materiais_parte_1
Hudson Luiz Pissini
 
1 resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este
1   resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este1   resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este
1 resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este
turmacivil51
 
Tensoes em-vigas (1)
Tensoes em-vigas (1)Tensoes em-vigas (1)
Tensoes em-vigas (1)
thiagolf7
 

Semelhante a Resistência dos Materiais II - Unidade 02 (19)

7-lei_hooke.pdf
7-lei_hooke.pdf7-lei_hooke.pdf
7-lei_hooke.pdf
 
Mecânica dos Sólidos - Unidade 03
Mecânica dos Sólidos - Unidade 03Mecânica dos Sólidos - Unidade 03
Mecânica dos Sólidos - Unidade 03
 
Unidade 02 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
Unidade 02 - Fundamentos de Mecânica das EstruturasUnidade 02 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
Unidade 02 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
 
Apostila resistencia dos_materiais_parte_1
Apostila resistencia dos_materiais_parte_1Apostila resistencia dos_materiais_parte_1
Apostila resistencia dos_materiais_parte_1
 
Mecânica dos Sólidos - Unidade 01
Mecânica dos Sólidos - Unidade 01Mecânica dos Sólidos - Unidade 01
Mecânica dos Sólidos - Unidade 01
 
Aula 10 - AVA - Física 3 - Halliday Campus do Sertão UFAL -
Aula 10 - AVA - Física 3 - Halliday Campus do Sertão UFAL -Aula 10 - AVA - Física 3 - Halliday Campus do Sertão UFAL -
Aula 10 - AVA - Física 3 - Halliday Campus do Sertão UFAL -
 
1 resistenciamateriaisestaticasestruturas-importantssimo-usareste-13082817034...
1 resistenciamateriaisestaticasestruturas-importantssimo-usareste-13082817034...1 resistenciamateriaisestaticasestruturas-importantssimo-usareste-13082817034...
1 resistenciamateriaisestaticasestruturas-importantssimo-usareste-13082817034...
 
1 resistenciamateriaisestaticasestruturas-importantssimo-usareste-13082817034...
1 resistenciamateriaisestaticasestruturas-importantssimo-usareste-13082817034...1 resistenciamateriaisestaticasestruturas-importantssimo-usareste-13082817034...
1 resistenciamateriaisestaticasestruturas-importantssimo-usareste-13082817034...
 
1 resistenciamateriaisestaticasestruturas-importantssimo-usareste-13082817034...
1 resistenciamateriaisestaticasestruturas-importantssimo-usareste-13082817034...1 resistenciamateriaisestaticasestruturas-importantssimo-usareste-13082817034...
1 resistenciamateriaisestaticasestruturas-importantssimo-usareste-13082817034...
 
1 resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este
1   resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este1   resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este
1 resistencia materiais-estaticas_estruturas - importantíssimo - usar este
 
14 els
14 els14 els
14 els
 
Tabelas
TabelasTabelas
Tabelas
 
Intefaces
 Intefaces Intefaces
Intefaces
 
Intefaces
 Intefaces Intefaces
Intefaces
 
Flexão.pdf
Flexão.pdfFlexão.pdf
Flexão.pdf
 
Apostila fer
Apostila ferApostila fer
Apostila fer
 
Tensoes em-vigas (1)
Tensoes em-vigas (1)Tensoes em-vigas (1)
Tensoes em-vigas (1)
 
Tensoes em-vigas
Tensoes em-vigasTensoes em-vigas
Tensoes em-vigas
 
Flexao plana.pdf
Flexao plana.pdfFlexao plana.pdf
Flexao plana.pdf
 

Mais de Leonardo Goliatt

Mais de Leonardo Goliatt (10)

Inteligência Computacional Unidade 02 – Redes Neuronais Artificiais
Inteligência Computacional Unidade 02 – Redes Neuronais ArtificiaisInteligência Computacional Unidade 02 – Redes Neuronais Artificiais
Inteligência Computacional Unidade 02 – Redes Neuronais Artificiais
 
Inteligência Computacional Unidade 01 – Introdução
Inteligência Computacional Unidade 01 – IntroduçãoInteligência Computacional Unidade 01 – Introdução
Inteligência Computacional Unidade 01 – Introdução
 
Gnuplot
GnuplotGnuplot
Gnuplot
 
Mecânica dos Sólidos - Unidade 02
Mecânica dos Sólidos - Unidade 02Mecânica dos Sólidos - Unidade 02
Mecânica dos Sólidos - Unidade 02
 
Unidade 01 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
Unidade 01 - Fundamentos de Mecânica das EstruturasUnidade 01 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
Unidade 01 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
 
Unidade 00 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
Unidade 00 - Fundamentos de Mecânica das EstruturasUnidade 00 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
Unidade 00 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
 
Unidade 05 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
Unidade 05 - Fundamentos de Mecânica das EstruturasUnidade 05 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
Unidade 05 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
 
Unidade 04 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
Unidade 04 - Fundamentos de Mecânica das EstruturasUnidade 04 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
Unidade 04 - Fundamentos de Mecânica das Estruturas
 
Introdução ao R
Introdução ao RIntrodução ao R
Introdução ao R
 
Mini R
Mini R Mini R
Mini R
 

Resistência dos Materiais II - Unidade 02

  • 1. Unidade 02 – Flexão Composta Resistência dos Materiais II Elson Toledo Flávia Bastos Leonardo Goliatt Departamento de Mecânica Aplicada e Computacional Universidade Federal de Juiz de Fora versão 13.05 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 1 / 26
  • 2. Flexão Composta Programa 1 Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Distribuição de tensões normais na flexão composta Determinação da linha neutra Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Núcleo central de inércia Propriedade Fundamental da Antipolaridade Exemplos Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 2 / 26
  • 3. Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Programa 1 Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Distribuição de tensões normais na flexão composta Determinação da linha neutra Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Núcleo central de inércia Propriedade Fundamental da Antipolaridade Exemplos Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 2 / 26
  • 4. Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Encontramos diversas situações em Engenharia onde as peças estão solicitadas simultamente pela ação de momentos fletores e esforços normais A esse tipo de solicitação denominamos flexão composta Ocorrências usuais: Pilares de canto Ganchos Sapatas com cargas excêntricas Vigas protendidas Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 2 / 26
  • 5. Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 3 / 26
  • 6. Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Fundações submetidas a cargas excêntricas Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 4 / 26
  • 7. Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Vigas protendidas Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 5 / 26
  • 8. Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Vigas protendidas Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 5 / 26
  • 9. Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Projeto de componentes mecânicos1 1Springer handbook of mechanical engineering, edited by K.-H. Grote and E.K. Antonsson, Springer- Verlag, 2009; pg 349-351 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 6 / 26
  • 10. Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Projeto de componentes mecânicos1 1Springer handbook of mechanical engineering, edited by K.-H. Grote and E.K. Antonsson, Springer- Verlag, 2009; pg 349-351 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 6 / 26
  • 11. Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 7 / 26
  • 12. Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Programa 1 Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Distribuição de tensões normais na flexão composta Determinação da linha neutra Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Núcleo central de inércia Propriedade Fundamental da Antipolaridade Exemplos Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 8 / 26
  • 13. Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Carga normal aplicada no ponto (zc, yc) denominado centro de solicitação Carga aplicada fora do centroide Provoca momentos fletores decorrentes de sua excentricidade α y z P α y z zc yc Mz = Pyc My = Pzc Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 8 / 26
  • 14. Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Carga normal aplicada no ponto (zc, yc) denominado centro de solicitação Carga aplicada fora do centroide Provoca momentos fletores decorrentes de sua excentricidade P y z C(zc, yc) zc yc y z zc yc α ES s s M Mz MyM Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 8 / 26
  • 15. Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Considere y e z eixos principais de inércia Redução da força P em C(zc, yc) ao centroide da seção resulta em uma força e um momento N = P My = −Nzc Mz = Nyc P é aplicada na direção do eixo da peça P é positivo se provoca tração na seção As tensões atuantes são determinadas por su- perposição de efeitos σx = σN x + σ My x + σMz x y z zc yc α s s Mz MyM Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 9 / 26
  • 16. Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta As tensões atuantes são determinadas por su- perposição de efeitos σx = σN x + σ My x + σMz x onde σN x = N A σ My x = − My Iy z σMz x = Mz Iz y o que resulta em σx = N A − My Iy z + Mz Iz y y z zc yc α s s Mz MyM Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 9 / 26
  • 17. Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Considerando que N = P My = −Nzc Mz = Nyc e substituindo em σx = N A − My Iy z + Mz Iz y temos que σx = N A + Nzc Iy z + Nyc Iz y y z zc yc α s s Mz MyM Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 9 / 26
  • 18. Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Com os eixos principais de inércia σx = N A + Mz Iz y − My Iy z = N A + Nyc Iz y + −Nzc Iy z Definindo o raio de giração tal que Ii = ρ2 i A, podemos reescrever σx = N A  1 + yc ρ2 z y + zc ρ2 y z   Essa é a equação de um plano que não passa pela origem (centroide da seção) Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 10 / 26
  • 19. Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta z y C x yc zc My = Pzc Mz = Pyc P σx = N A  1 + yc ρ2 z y + zc ρ2 y z   Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 11 / 26
  • 20. Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Com o eixo na linha neutra, onde LNC é a posição da LN na flexão composta σx = N A + Mn In u s s M ES LNO f f P LNC σN x = N A σMn x = Mn In u σx = N A + Mn In u Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 12 / 26
  • 21. Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta Flexão Composta Distribuição de tensões normais na flexão composta E se os sistema de eixos não coincidir com os eixos principais de inércia, σx = N A +   MzIy + MyIyz IzIy + I2 yz   y −   MyIz − MzIyz IzIy − I2 yz   z ou σx = N A + (MzIy + MyIyz)y − (MyIz + MzIyz)z IzIy − I2 yz Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 13 / 26
  • 22. Flexão Composta Determinação da linha neutra Programa 1 Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Distribuição de tensões normais na flexão composta Determinação da linha neutra Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Núcleo central de inércia Propriedade Fundamental da Antipolaridade Exemplos Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 14 / 26
  • 23. Flexão Composta Determinação da linha neutra Flexão Composta Determinação da linha neutra Por definição, a linha neutra (LN) é o lugar geométrico onde σx = 0 Usando os eixos principais de inércia, e fazendo σx = N A  1 + yc ρ2 z y + zc ρ2 y z   = 0 temos 1 + yc ρ2 z y + zc ρ2 y z = 0 Esta é uma equação de uma reta que não passa pela origem z y C x yc zc My = Pzc Mz = Pyc P Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 14 / 26
  • 24. Flexão Composta Determinação da linha neutra Flexão Composta Determinação da linha neutra Para determinar as ordenadas y0 e z0, podemos usar a equação 1 + yc ρ2 z y + zc ρ2 y z = 0 e escrever a forma segmentária y y0 + z z0 = 1 Após algum algebrismo, z = 0 ⇒ y = y0 ⇒ y0 = − ρ2 z yc y = 0 ⇒ z = z0 ⇒ z0 = − ρ2 y zc y z n0 n0 s s ES n n LN y0 z0 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 14 / 26
  • 25. Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Programa 1 Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Distribuição de tensões normais na flexão composta Determinação da linha neutra Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Núcleo central de inércia Propriedade Fundamental da Antipolaridade Exemplos Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 15 / 26
  • 26. Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Podemos determinar o paralelismo da LN na flexão composta com a LN da flexão oblíqua Seja β1 a inclinação com relação ao eixo z da LN na flexão pura Seja β a inclinação da LN na flexão composta Vamos mostrar que β = β1 Na flexão oblíqua temos que tan α tan β1 = − Iz Iy y z n0 n0 s s ES n n LN C Mz My α β1 β zc yc Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 15 / 26
  • 27. Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Na flexão composta observamos que tan α = yc zc e que a equação da LN é 1 + zcz ρ2 y + ycy ρ2 z = 0 o que permite escever y = −ρ2 z yc  1 + zcz ρ2 y   = a + bz onde b é a inclinação da LN com relação ao eixo z y z n0 n0 s s ES n n LN C Mz My α β1 β zc yc Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 15 / 26
  • 28. Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta O valor de b pode ser calculado como b = tan β = dy dx = −ρ2 z zc ρ2 yyc Substituindo ρ2 z A = Iz, ρ2 y A = Iy e tan α = yc zc tan β = − Iz Iy yc zc = − Iz Iy 1 tan α Resultando em tan α tan β = − Iz Iy y z n0 n0 s s ES n n LN C Mz My α β1 β zc yc Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 15 / 26
  • 29. Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Flexão Composta Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Comparando os dois resultados tan α tan β1 = − Iz Iy , tan α tan β = − Iz Iy Tem-se imediatamente que tan β1 = tan β ⇒ β = β1 Conclusão: Estando a secão sujeita aos mes- mos momentos fletores, as LN’s na flexão oblíqua e composta têm a mesma inclinação y z n0 n0 s s ES n n LN C Mz My α β1 β zc yc Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 15 / 26
  • 30. Flexão Composta Núcleo central de inércia Programa 1 Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Distribuição de tensões normais na flexão composta Determinação da linha neutra Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Núcleo central de inércia Propriedade Fundamental da Antipolaridade Exemplos Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 16 / 26
  • 31. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia Quando se varia o centro de aplicação da carga, a posição da linha neutra varia O diagrama de tensões pode ser: Bi-triangular: tensões de tração e compressão no campo da seção Trapezoidal: tensão de um único sinal em toda a tensão (a LN não corta a seção); Triangular: a tensão nula se reduz a um único ponto 2 2Vitor Dias da Silva, Mechanics and Strength of Materials, Springer-Verlag Berlin Heidelberg 2006, XVI, 529 p. Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 16 / 26
  • 32. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia Definição: O núcleo central de inércia é o lu- gar geométrico da seção transver- sal, tal que, se nele for aplicada uma carga de compressão P, toda a seção está comprimida. Alternativa- mente, região da seção transversal onde aplicada uma força nor- mal, sua linha neutra não corta a seção LN 1 LN 2 LN 3 y z 1 2 3 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 17 / 26
  • 33. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia Conseqüência: a seção só terá tensões de um mesmo sinal (compressão ou tra- ção) de acordo com o sinal da força Importância: materiais com baixa resistência a tração. Exemplos: murros de ar- rimo, chaminés e pilares LN 1 LN 2 LN 3 y z 1 2 3 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 17 / 26
  • 34. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia Processo espontâneo de determinação do N.C.a partir de um número finito de tangentes à seção da peça: Considerando-as cada uma como uma linha neutra, podemos determinar os centros de solicitação das cargas correspondentes, que seria o contorno deste núcleo. LN 1 LN 2 LN 3 y z 1 2 3 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 18 / 26
  • 35. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia Vamos considerar a seção ao lado, submetida a flexão composta dada or uma carga de compressão aplicada em C, que provoca um momento M e é a excentricidade da carga n0n0 é e LN na flexão pura nn é e LN na flexão pura θ é o ângulo entre a LN na flexão e o eixo de solicitação y z n0 n0 s s ES n n LN y0 z0 C M u θ yc zc e s0 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 19 / 26
  • 36. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia A tensão normal se escreve σx = N A + Mn In u com Mn = M sin θ, M = Ne de onde vem M = Ne sin θ A equação da LN (σx = 0) fica σx = N A + Ne sin θ In u = 0 y z n0 n0 s s ES n n LN y0 z0 C M u θ yc zc e s0 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 19 / 26
  • 37. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia Considerando que u = s0 sin θ vem N A + Ne sin2 θs0 ρ2 nA = 0 o que resulta em 1 + e sin2 θs0 ρ2 n = 0 Chegamos finalmente em es0 = −ρ2 n sin2θ ⇒ es0 = −r2 n y z n0 n0 s s ES n n LN y0 z0 C M u θ yc zc e s0 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 19 / 26
  • 38. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia A equação es0 = −r2 n relaciona a distância (ao centroide) do ponto de aplicação da carga com a distância (ao centroide) do ponto onde a LN corta o ES A constante rn = −ρ2 n sin2θ depende a inércia da seção e da posição do centro de solicitação y z n0 n0 s s ES n n LN y0 z0 C M u θ yc zc e s0 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 19 / 26
  • 39. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia Ao lado vemos a variação da LN com a posição do centro de solicitação O sinal negativo em es0 = −r2 n deve ser interpretado entendo-se que o centro de solicitação e o ponto de passagem da LN estão sempre em lados opostos do ES dividido pelo baricentro (antipolaridade) Temos que e1s1 = −r2 n e2s2 = −r2 n ... ek sk = −r2 n y z n n1 s s ES s1 s2 s3 e3 e2 e1 n2 n2 n3 n3 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 20 / 26
  • 40. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia Para obterms o NCI de uma seção qualquer, considere 1 + yc ρ2 z y + zc ρ2 y z = 0 Dado C(yc, zc)m podemos obter a LN a partir dos pontos onde esta corta os eixos coordenados z = 0 ⇒ y = y0 ⇒ y0 = − ρ2 z yc y = 0 ⇒ z = z0 ⇒ z0 = − ρ2 y zc y z n n1 s s ES s1 s2 s3 e3 e2 e1 n2 n2 n3 n3 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 21 / 26
  • 41. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia O processo pode ser realizado de forma “inversa”: 1 Arbitra-se uma LN tangente à seção 2 Determina-se y0 e z0 3 Obtêm-se as coordenada de yc e zc yc = − ρ2 z y0 zc = − ρ2 y z0 4 Repetem-se as operações anteriores até que se obtenha um conjunto satisfatórios de pontos para o NCI y z n n1 s s ES s1 s2 s3 e3 e2 e1 n2 n2 n3 n3 Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 21 / 26
  • 42. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia Análise de uma seção retangular (flexão reta) Vamos determinar a posição do centro de soli- citação (zc, yc) ao longo do eixo y ⇒ zc = 0 O centro de solicitação tem coordenadas (0, yc) Para satisfazer a cndição do NCI, a LN deve passar por uma das arestas do retângulo (d = ±h 2 ) σx(d) ≤ 0 ⇒ σx(± h 2 ) ≤ 0 Dai temos (para o caso ao lado) σx = N A 1 + yc ρ2 z h 2 ≤ 0 ⇒ 1 + yc ρ2 z h 2 ≤ 0 y z (0, yc < 0) LN h b d Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 22 / 26
  • 43. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia Da condição do NCI, σx = N A 1 + yc ρ2 z h 2 ≤ 0 ⇒ 1 + yc ρ2 z h 2 ≤ 0 o que resulta em yc ≤ − 2ρ2 z h = 2Iz Ah = 2 bh3 12 1 bh 1 h E então temos yc ≥ −h 6 ⇒ yc ≤ h 6 De modo análogo, temos zc ≤ b 6 y z (0, yc < 0) LN h b d Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 22 / 26
  • 44. Flexão Composta Núcleo central de inércia Flexão Composta Núcleo central de inércia Outros exemplos de NCI 3 3Vitor Dias da Silva, Mechanics and Strength of Materials, Springer-Verlag Berlin Heidelberg 2006, XVI, 529 p. Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 23 / 26
  • 45. Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade Programa 1 Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Distribuição de tensões normais na flexão composta Determinação da linha neutra Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Núcleo central de inércia Propriedade Fundamental da Antipolaridade Exemplos Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 24 / 26
  • 46. Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade Sejam C(yc, zc) centro de solicitação de um carregamento e nn a LN originada pela aplicação de uma carga em C Sejam também C (yc, zc) um ponto qualquer de nn e n n uma reta passante por C Temos então a LN associada a C nn ⇒ 1 + yc ρ2 z y + zc ρ2 y z = 0 y z n n LN yc zc C (yc, zc) n n LN’ C(yc, zc) Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 24 / 26
  • 47. Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade Podemos mostrar que se C ∈ nn ⇒ C ∈ n n onde n n é a LN associada a uma carga cm centro de solicitação C Temos então C ∈ nn ⇒ 1 + ycyc ρ2 z + zczc ρ2 y = 0 Por outro lado, a equação de n n é 1 + ycyc ρ2 z + zczc ρ2 y = 0 y z n n LN yc zc C (yc, zc) n n LN’ C(yc, zc) Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 24 / 26
  • 48. Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade Então, a partir de 1 + ycyc ρ2 z + zczc ρ2 y = 0 concluímos que Se C ∈ n n então z = zc, y = yc o que prova a propriedade y z n n LN yc zc C (yc, zc) n n LN’ C(yc, zc) Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 24 / 26
  • 49. Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade A partir de 1 + ycyc ρ2 z + zczc ρ2 y = 0 podemos constatar que quando o C → C as LN associadas a estes centros de solicitação giram em torno de C y z n n LN yc zc C (yc, zc) n n LN’ C(yc, zc) C (yc , zc ) n n LN” Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 25 / 26
  • 50. Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade Flexão Composta Propriedade Fundamental da Antipolaridade Essa propriedade pode ser usada de forma inversa: Dadas duas LN (LN1, LN2) tangentes a uma seção, que passam por um mesmo ponto, podemos determinar todos os centros de soli- citação que passam por uma reta que contem os centros de solicitação associados (C1, C2) y z n n LN yc zc C (yc, zc) n n LN’ C(yc, zc) C (yc , zc ) n n LN” Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 25 / 26
  • 51. Flexão Composta Exemplos Programa 1 Flexão Composta Introdução e casos de ocorrência Distribuição de tensões normais na flexão composta Determinação da linha neutra Paralelismo das LN’s na flexão oblíqua e composta Núcleo central de inércia Propriedade Fundamental da Antipolaridade Exemplos Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 26 / 26
  • 52. Flexão Composta Exemplos Flexão Composta Exemplos Determinar o maior valor que a força de tração T, aplicada no ponto C da seção ao lado, pode atingir. Determine também o diagrama de tensões final para a carga calculada. Dados: | ¯σc| = | ¯σt| = 150 N/cm2 . zc = 0.8 cm; yc = 2.0 cm; C 20 60 y z Elson, Flávia, Leonardo (MAC/UFJF) Resistência dos Materiais II versão 13.05 26 / 26