1. “Uma câmera na mão e uma
idéia na cabeça.”
(Glauber Rocha)
2. Cinema Novo
“Como nasceu esse movimento? De forma espontânea,
natural e algo complexa. Pode-se dizer que em seu núcleo
central originou-se de um grupo de jovens idealistas que se
reunia nas sessões semanais da Cinemateca do Museu de Arte
Moderna. Esses jovens, através de um sentimento misto de
displicência e obstinação, resolveram trazer a chancela de arte
para uma atividade artística que vinha sendo desviada de suas
verdadeiras características.”
3. Características
Surgido nos anos 1960, o Cinema Novo mescla elementos
do cinema francês e italiano, configurando-se na primeira grande
escola cinematográfica do Terceiro Mundo reconhecida pela
crítica mais exigente. Sua montagem enfatiza a liberdade
narrativa; imagens com pouco movimento e cortes; diálogos
longos e refletidos ou curtos e agressivos; preferência por temas
políticos e sociais; interpretações espontâneas e despojadas,
mescladas com gestos de grandes vigor e violência; cenários
rústicos e iluminação natural; introdução gradual da linguagem
metafórica para compor as cenas e os personagens .
4. Poética do Cinema Novo
“[...] o cinema novo prima justamente por
uma unidade dentro da diversificação
estilística. As causas desse fenômeno residem
de modo especial na formação independente
de cada realizador [...]”
5. Obras sugeridas
Vidas Secas (Nelson Pereira dos Santos, 1963);
Deus e o diabo na terra do sol (Glauber Rocha,
1964);
Os fuzis (Ruy Guerra, 1964);
Terra em transe (Glauber Rocha, 1967).