O documento discute o expressionismo em artes plásticas e literatura. No expressionismo, a realidade é retratada de forma distorcida e subjetiva, enfatizando emoções como medo e solidão. Nas artes plásticas, utilizam-se cores vibrantes aplicadas de forma violenta. Na literatura, usam-se metáforas, verbos incisivos e versos independentes para retratar catástrofes de forma indiferente.
2. Introdução
• Desenvolveu-se na Alemanha, a partir da década de
1880, em todas as artes, e teve seu auge no cinema
europeu das décadas de 1910 e 1920.
• O Expressionismo propunha uma distorção do real,
numa visão a partir da emoção do artista
• Onde realidade era algo assustadora e diferente.
3. Artes Plásticas
• O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se
de uma pintura dramática, subjetiva,
“expressando” sentimentos humanos, o
sentimento do artista. Utilizando cores irreais,
dá forma ao amor, ao ciúme, ao medo, à
solidão, à miséria humana, à prostituição.
• Há predominância dos valores emocionais
sobre os intelectuais.
4. Analise: Artes Plásticas
• Principais características:
• Pesquisa no domínio psicológico.
• Cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas.
• Dinamismo improvisado, abrupto, inesperado. O distanciamento
da pintura acadêmica, ruptura com a ilusão de tridimensionalidade,
resgate das artes primitivas e uso arbitrário de cores fortes.
• Pasta grossa, martelada, áspera. Muitas obras possuem textura
áspera devido à grande quantidade de tinta nas telas.
• Técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e
refazendo, empastando ou provocando explosões. O pintor recusa o
aprendizado técnico e pinta conforme as exigências de sua
sensibilidade.
• Preferência pelo patético, trágico e sombrio. O artista vive não
apenas o drama do homem, mas também da sociedade.
6. Analise: literatura
• Na literaturas os poetas desprezavam a
tradição poética alemã, fazendo uso de
metáforas, verbos incisivos, neologismos e
versos independentes do posterior e do
anterior. Como o poema a seguir de Jakob Van
Hoddis (Fim do Mundo) (1911):
7. Analise: literatura
Fim do Mundo
"O chapéu voa da cabeça do cidadão,
Em todos os ares retumba-se gritaria.
Caem os telhadores e se despedaçam
E nas costas — lê-se — sobre a maré.
A tempestade chegou, saltam à terra
Mares selvagens que esmagam largos diques.
A maioria das pessoas tem coriza.
Os trens precipitam-se das pontes".
8. • O sujeito deste poema não se manifesta como eu lírico
explícito.
• Numera alguns efeitos de uma catástrofe natural com
os quais ou não tem relação emocional alguma ou tem
uma relação bastante cínica.
• Fala com a mesma indiferença em desastres de trem e
outros acidentes letais como a perda de um chapeu e
narizes entupidos.
• Não supõe nenhuma separação entre um eu fictício e
um eu real.
• Em vez disso, considera-se o sujeito do poema uma
versão sublime do poeta ele mesmo.