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TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO NO
AUTISMO
José Evaldo Leandro Júnior
Residência médica em Pediatria
Residência médica em Neurologia Infantil
Neuropediatra do NAMI-UNIFOR e da Fundação Casa da Esperança
VAMOS DEIXAR UMA COISA CLARA!
 Terapias comportamentais e
educacionais são as intervenções de
primeira linha no tratamento do TEA.
 A farmacoterapia é um auxílio para
aumentar e melhorar o tratamento dessas
intervenções, diminuindo os
comportamentos disfuncionais.
 O sucesso no tratamento do TEA envolve
uma avaliação criteriosa de diagnósticos
diferenciais, intervenções
multidisciplinares e uso de psicofármacos
com a melhor evidência científica para o
tratamento de sintomas alvos.
 Frazier el al (2010): agressividade foi
melhor manejada com a combinação de
intervenções comportamentais e uso de
antipsicóticos atípicos.
Siegel, M., Child Adolesc Psychiatric Clin N
Am, 2012
Benvenuto et al., Brain & Development, 2013
Mire, S.S. et al., Autism, 2014
Canitano, R., Frontiers in Pediatrics, 2014
PONTOS CHAVE
 Não existe tratamento específico para os sintomas
nuclares
 Risperidona e aripiprazol são as únicas
medicações aprovadas pelo FDA
 O uso de antipsicóticos atípicos deve ser reservado
quanto ao risco-benefício
 No TDAH, o metilfenidato mostrou-se eficaz e a
atomoxetina e os alfa-2-agonistas parecem ser
eficazes
 Os IRSS não são efetivos em diminuir
comportamentos repetitivos e estereotipados
SINTOMAS ASSOCIADOS
 Agressividade
 Auto-agressões
 Impulsividade
 Hiperatividade
 Ansiedade
 Transtornos do humor
USO ATUAL DE PSICOTRÓPICOS NA
POPULAÇÃO COM TEA
 EUA: 30% a 60% das crianças com TEA usam,
pelo menos, 1 medicação psicotrópica.
 Alguns estudos apontam que as seguintes
características aumentam a chance do uso de
psicofármacos:
 Maior idade
 Síndrome de Asperger
 Presença de comorbidade psiquiátrica
 Maior comprometimento cognitivo
Siegel, M., Child Adolesc Psychiatric Clin N
Am, 2012
Benvenuto et al., Brain & Development, 2013
Mire, S.S. et al., Autism, 2014
TABELA 1
Siegel, M., Child Adolesc Psychiatric Clin N
Am, 2012
QUE MEDICAÇÕES TÊM EVIDÊNCIAS
CIENTÍFICAS?
RISPERIDONA
 6 estudos (2 OL e 4 DCRCP), cerca de 370
pacientes
 Dose variando de 0,5 a 4 mg/dia
 Irritabilidade (comportamento disruptivo,
agressividade e auto-agressões), estereotipias,
hiperatividade e funcionamento social
 Ganho de peso, fadiga, aumento no apetite,
sonolência, salivação
Research Units on Pediatric Psychopharmacology Autism, Network. Risperidone in children with autism and
serious behavioral problems. N Engl J Med 2002; 347:314–321.
McDougle C, Scahill L, Aman M, et al. Risperidone for the core symptom domains of autism: results from the
study by the autism network of the research units on pediatric psychopharmacology. Am J Psychiatry 2005;
162:1142–1148.
Research Units on Pediatric Psychopharmacology Autism Network. Risperidone treatment of autistic disorder:
longer-term benefits and blinded discontinuation after 6 months. Am J Psychiatry 2005; 162:1361–1369.
Kent J, Kushner S, Ning X, et al. Risperidone dosing in children and adolescents with autistic disorder: a
double-blind, placebo-controlled study. J Autism Dev Disord 2013; 43:1773–1783.
ARIPIPIPRAZOL
 4 estudos DRCP com cerca de 600 pacientes
 Doses que variavam de 2 a 15 mg/d
 Agitação, auto-agressões, hiperatividade e
estereotipias
 Fadiga, sonolência, ganho de peso
Marcus R, Owen R, Kamen L, et al. A placebo-controlled, fixed-dose study of aripiprazole in children and
adolescents with irritability associated with autistic disorder. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 2009;
48:1110–1119.
Owen R, Sikich L, Marcus R, et al. Aripiprazole in the treatment of irritability in children and adolescents with
autistic disorder. Pediatrics 2009; 124:1533–1540.
Findling RL, Mankoski R, Timko K, et al. A randomized controlled trial investigating the safety and efficacy of
aripiprazole in the long-term maintenance treatment of pediatric patients with irritability associated with autistic
disorder. J Clin Psychiatry 2014; 75:22–30.
HALOPERIDOL
 1 estudo RCPD com 45 pacientes
 0,25 mg a 4 mg/dia
 Melhora em sintomas comportamentais
 Nenhum efeito colateral
Anderson L, Campbell M, Adams P, et al. The effects of haloperidol on
discrimination learning and behavioral symptoms in autistic children. J
Autism Dev Disord 1989; 19:227–239.
OLANZAPINA
 1 estudo RCP com 11 pacientes
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 Melhora no funcionamento global
 Ganho de peso, apetite e sedação
Hollander E, Wasserman S, Swanson E, et al. A double-blind
placebocontrolled
pilot study of olanzapine in childhood/adolescent pervasive developmental
disorder. J Child Adolesc Psychopharmacol 2006; 16:541–548.
METILFENIDATO
 4 estudos RDCP, com 150 pacientes
 Melhora na hiperatividade, atenção compartilhada,
impulsividade e auto-regulação
 Irritabilidade, apetite reduzido, comportamentos
explosivos, perda de apetite, dificuldade para
dormir
Research Units on Pediatric Psychopharmacology Autism Network. Randomized, controlled
crossover trial of methylphenidate in pervasive developmental disorders with hyperactivity. Arch
Gen Psychiatry 2005; 62:1266– 1274.
Jahromi L, Kasari C, McCracken J, et al. Positive effects of methylphenidate on social
communication and self-regulation in children with pervasive developmental disorders and
hyperactivity. J Autism Dev Disord 2009; 39:395–404.
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 2 estudos DRCP e um estudo aberto, com 310
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 Melhora na hiperatividade
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emocional
Harfterkamp M, van de Loo-Neus G, Minderaa R, et al. A randomized doubleblind study of
atomoxetine versus placebo for attention-deficit/hyperactivity disorder symptoms in children
with autism spectrum disorder. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 2012; 51:733–741.
Harfterkamp M, Buitelaar J, Minderaa R, et al. Long-term treatment with atomoxetine for
attention-deficit/hyperactivity disorder symptoms in children and adolescents with autism
spectrum disorder: an open-label extension study. J Child Adolesc Psychopharmacol 2013;
23:194–199.
Handen B, King B. Atomoxetine, placebo, and parent training in autism. American Academy of
Child and Adolescent Psychiatry meeting 2014; Symposium 36.
CLONIDINA
 1 estudo RDCP, 9 pacientes
 Impulsividade e auto-estimulação
 Sedação e fadiga
Fankhauser M, Karumanchi V, German M, et al. A double-blind,
placebocontrolled study of the efficacy of transdermal clonidine in
autism. J Clin Psychiatry 1992; 53:77–82.
VALPROATO
 3 estudos RDCP, 70 pacientes
 Dosagem sérica entre 50-100 mcg/ml
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repetitivos
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Hellings J, Weckbaugh M, Nickel E, et al. A double-blind, placebo-controlled study of valproate
for aggression in youth with pervasive developmental disorders. J Am Acad Child Adolesc
Psychiatry 2005; 15:682–692.
Hollander E, Soorya L, Wasserman S, et al. Divalproex sodium vs. placebo in the treatment of
repetitive behaviours in autism spectrum disorder. Int J Neuropsychopharmacol Apr 2006;
9:209–213.
Hollander E, Chaplin W, Soorya L, et al. Divalproex sodium vs placebo for the treatment of
irritability in children and adolescents with autism spectrum disorders.
Neuropsychopharmacology 2010; 35:990–998.
N-ACETILCISTEÍNA
 1 estudo RDCP com 33 pacientes
 900 mg/dia
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Hardan A, Fung L, Libove R, et al. A randomized controlled pilot trial of
oral Nacetylcysteine in children with autism. Biol Psychiatry 2013;
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NALTREXONA
 2 estudos RDCP com 65 pacientes
 0,5 – 1 mg/kg/dia
 Melhora da hiperatividade em um estudo e não
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Campbell M, Anderson L, Small A, et al. Naltrexone in autistic children:
Behavioral symptoms and attentional learning. J Am Acad Child Adolesc
Psychiatry Nov 1993; 32:1283–1291.
Feldman H, Kolmen B, Gonzaga AM. Naltrexone and communication skills
in young children with autism. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1999;
38:587–593.
DISTÚRBIOS DO SONO
 Insônia é descrita em 44% a 86% dos casos de
TEA.
 O tratamento é multifatorial e envolve também
orientações de higiene do sono.
 A única substância estudada para essa condição
no TEA foi a melatonina, demonstrando uma
eficácia modesta (1-3 mg/dia).
 Foi visto uma redução na latência do sono e
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 Outras potenciais opções, como trazodona,
mirtazapina, clonazepam, não foram estudas
adequadamente nessa população.
Siegel, M., Child Adolesc Psychiatric Clin N
Am, 2012
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  • 1. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO NO AUTISMO José Evaldo Leandro Júnior Residência médica em Pediatria Residência médica em Neurologia Infantil Neuropediatra do NAMI-UNIFOR e da Fundação Casa da Esperança
  • 2. VAMOS DEIXAR UMA COISA CLARA!  Terapias comportamentais e educacionais são as intervenções de primeira linha no tratamento do TEA.  A farmacoterapia é um auxílio para aumentar e melhorar o tratamento dessas intervenções, diminuindo os comportamentos disfuncionais.  O sucesso no tratamento do TEA envolve uma avaliação criteriosa de diagnósticos diferenciais, intervenções multidisciplinares e uso de psicofármacos com a melhor evidência científica para o tratamento de sintomas alvos.  Frazier el al (2010): agressividade foi melhor manejada com a combinação de intervenções comportamentais e uso de antipsicóticos atípicos. Siegel, M., Child Adolesc Psychiatric Clin N Am, 2012 Benvenuto et al., Brain & Development, 2013 Mire, S.S. et al., Autism, 2014 Canitano, R., Frontiers in Pediatrics, 2014
  • 3. PONTOS CHAVE  Não existe tratamento específico para os sintomas nuclares  Risperidona e aripiprazol são as únicas medicações aprovadas pelo FDA  O uso de antipsicóticos atípicos deve ser reservado quanto ao risco-benefício  No TDAH, o metilfenidato mostrou-se eficaz e a atomoxetina e os alfa-2-agonistas parecem ser eficazes  Os IRSS não são efetivos em diminuir comportamentos repetitivos e estereotipados
  • 4. SINTOMAS ASSOCIADOS  Agressividade  Auto-agressões  Impulsividade  Hiperatividade  Ansiedade  Transtornos do humor
  • 5. USO ATUAL DE PSICOTRÓPICOS NA POPULAÇÃO COM TEA  EUA: 30% a 60% das crianças com TEA usam, pelo menos, 1 medicação psicotrópica.  Alguns estudos apontam que as seguintes características aumentam a chance do uso de psicofármacos:  Maior idade  Síndrome de Asperger  Presença de comorbidade psiquiátrica  Maior comprometimento cognitivo Siegel, M., Child Adolesc Psychiatric Clin N Am, 2012 Benvenuto et al., Brain & Development, 2013 Mire, S.S. et al., Autism, 2014
  • 6. TABELA 1 Siegel, M., Child Adolesc Psychiatric Clin N Am, 2012
  • 7. QUE MEDICAÇÕES TÊM EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS?
  • 8. RISPERIDONA  6 estudos (2 OL e 4 DCRCP), cerca de 370 pacientes  Dose variando de 0,5 a 4 mg/dia  Irritabilidade (comportamento disruptivo, agressividade e auto-agressões), estereotipias, hiperatividade e funcionamento social  Ganho de peso, fadiga, aumento no apetite, sonolência, salivação Research Units on Pediatric Psychopharmacology Autism, Network. Risperidone in children with autism and serious behavioral problems. N Engl J Med 2002; 347:314–321. McDougle C, Scahill L, Aman M, et al. Risperidone for the core symptom domains of autism: results from the study by the autism network of the research units on pediatric psychopharmacology. Am J Psychiatry 2005; 162:1142–1148. Research Units on Pediatric Psychopharmacology Autism Network. Risperidone treatment of autistic disorder: longer-term benefits and blinded discontinuation after 6 months. Am J Psychiatry 2005; 162:1361–1369. Kent J, Kushner S, Ning X, et al. Risperidone dosing in children and adolescents with autistic disorder: a double-blind, placebo-controlled study. J Autism Dev Disord 2013; 43:1773–1783.
  • 9. ARIPIPIPRAZOL  4 estudos DRCP com cerca de 600 pacientes  Doses que variavam de 2 a 15 mg/d  Agitação, auto-agressões, hiperatividade e estereotipias  Fadiga, sonolência, ganho de peso Marcus R, Owen R, Kamen L, et al. A placebo-controlled, fixed-dose study of aripiprazole in children and adolescents with irritability associated with autistic disorder. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 2009; 48:1110–1119. Owen R, Sikich L, Marcus R, et al. Aripiprazole in the treatment of irritability in children and adolescents with autistic disorder. Pediatrics 2009; 124:1533–1540. Findling RL, Mankoski R, Timko K, et al. A randomized controlled trial investigating the safety and efficacy of aripiprazole in the long-term maintenance treatment of pediatric patients with irritability associated with autistic disorder. J Clin Psychiatry 2014; 75:22–30.
  • 10. HALOPERIDOL  1 estudo RCPD com 45 pacientes  0,25 mg a 4 mg/dia  Melhora em sintomas comportamentais  Nenhum efeito colateral Anderson L, Campbell M, Adams P, et al. The effects of haloperidol on discrimination learning and behavioral symptoms in autistic children. J Autism Dev Disord 1989; 19:227–239.
  • 11. OLANZAPINA  1 estudo RCP com 11 pacientes  7,5 a 12,5 mg/d  Melhora no funcionamento global  Ganho de peso, apetite e sedação Hollander E, Wasserman S, Swanson E, et al. A double-blind placebocontrolled pilot study of olanzapine in childhood/adolescent pervasive developmental disorder. J Child Adolesc Psychopharmacol 2006; 16:541–548.
  • 12. METILFENIDATO  4 estudos RDCP, com 150 pacientes  Melhora na hiperatividade, atenção compartilhada, impulsividade e auto-regulação  Irritabilidade, apetite reduzido, comportamentos explosivos, perda de apetite, dificuldade para dormir Research Units on Pediatric Psychopharmacology Autism Network. Randomized, controlled crossover trial of methylphenidate in pervasive developmental disorders with hyperactivity. Arch Gen Psychiatry 2005; 62:1266– 1274. Jahromi L, Kasari C, McCracken J, et al. Positive effects of methylphenidate on social communication and self-regulation in children with pervasive developmental disorders and hyperactivity. J Autism Dev Disord 2009; 39:395–404.
  • 13. ATOMOXETINA  2 estudos DRCP e um estudo aberto, com 310 pacientes  0,3 a 1,8 mg/dia  Melhora na hiperatividade  Náusea, fadiga, perda de apetite, labilidade emocional Harfterkamp M, van de Loo-Neus G, Minderaa R, et al. A randomized doubleblind study of atomoxetine versus placebo for attention-deficit/hyperactivity disorder symptoms in children with autism spectrum disorder. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 2012; 51:733–741. Harfterkamp M, Buitelaar J, Minderaa R, et al. Long-term treatment with atomoxetine for attention-deficit/hyperactivity disorder symptoms in children and adolescents with autism spectrum disorder: an open-label extension study. J Child Adolesc Psychopharmacol 2013; 23:194–199. Handen B, King B. Atomoxetine, placebo, and parent training in autism. American Academy of Child and Adolescent Psychiatry meeting 2014; Symposium 36.
  • 14. CLONIDINA  1 estudo RDCP, 9 pacientes  Impulsividade e auto-estimulação  Sedação e fadiga Fankhauser M, Karumanchi V, German M, et al. A double-blind, placebocontrolled study of the efficacy of transdermal clonidine in autism. J Clin Psychiatry 1992; 53:77–82.
  • 15. VALPROATO  3 estudos RDCP, 70 pacientes  Dosagem sérica entre 50-100 mcg/ml  Irritabilidade, agressividade, comportamentos repetitivos  Aumento do apetite, ganho de peso, alergia de pele, agressividade Hellings J, Weckbaugh M, Nickel E, et al. A double-blind, placebo-controlled study of valproate for aggression in youth with pervasive developmental disorders. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 2005; 15:682–692. Hollander E, Soorya L, Wasserman S, et al. Divalproex sodium vs. placebo in the treatment of repetitive behaviours in autism spectrum disorder. Int J Neuropsychopharmacol Apr 2006; 9:209–213. Hollander E, Chaplin W, Soorya L, et al. Divalproex sodium vs placebo for the treatment of irritability in children and adolescents with autism spectrum disorders. Neuropsychopharmacology 2010; 35:990–998.
  • 16. N-ACETILCISTEÍNA  1 estudo RDCP com 33 pacientes  900 mg/dia  Melhora na irritabilidade  Agitação e irritabilidade Hardan A, Fung L, Libove R, et al. A randomized controlled pilot trial of oral Nacetylcysteine in children with autism. Biol Psychiatry 2013; 71:956–961
  • 17. NALTREXONA  2 estudos RDCP com 65 pacientes  0,5 – 1 mg/kg/dia  Melhora da hiperatividade em um estudo e não houve melhora da comunicação em relação ao placebo em outro  Sedação transitória Campbell M, Anderson L, Small A, et al. Naltrexone in autistic children: Behavioral symptoms and attentional learning. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry Nov 1993; 32:1283–1291. Feldman H, Kolmen B, Gonzaga AM. Naltrexone and communication skills in young children with autism. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry 1999; 38:587–593.
  • 18. DISTÚRBIOS DO SONO  Insônia é descrita em 44% a 86% dos casos de TEA.  O tratamento é multifatorial e envolve também orientações de higiene do sono.  A única substância estudada para essa condição no TEA foi a melatonina, demonstrando uma eficácia modesta (1-3 mg/dia).  Foi visto uma redução na latência do sono e aumento no tempo total de sono.  Outras potenciais opções, como trazodona, mirtazapina, clonazepam, não foram estudas adequadamente nessa população. Siegel, M., Child Adolesc Psychiatric Clin N Am, 2012 Benvenuto et al., Brain & Development, 2013