Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
A evolução do desenho
1. A evolução do desenho
infantil
Leandra Teixeira Falcão
Fonoaudióloga e Psicopedagoga
2. História do desenho
• Os primeiros estudos sobre a produção
gráfica das crianças datam do final do
século passado e estão fundados nas
concepções psicológicas e estéticas de
então.
• É a psicologia genética que impõe o
estudo científico do desenvolvimento
mental da criança
4. Realismo fortuito
• Começa por volta dos 2 anos e põe
fim ao período chamado rabisco.
• A criança que começou por traçar
signos sem desejo de representação e
descobre por acaso uma analogia com
um objeto e passa a nomear seu
desenho.
8. 2- Realismo fracassado
• Geralmente entre 3 e 4 anos tendo
descoberto a identidade forma-
objeto, a criança procura reproduzir
esta forma.
• Tenta reproduzir o que existe.
9. Realismo intelectual
• Estendendo-se dos 4 aos 10-12
anos, caracteriza-se pelo fato que a
criança desenha do objeto não aquilo
que vê, mas aquilo que sabe.
• Nesta fase ela mistura diversos
pontos de vista ( perspectivas ).
10. Realismo visual
• É geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela
descoberta da perspectiva e a submissa às suas
leis, daí um empobrecimento, um enxugamento
progressivo do grafismo que tende a se juntar as
produções adultas.
• Imita o que o adulto desenha. Decora formas e
enriquece na estética.
• Na maioria das vezes deixa de lado a
representação por meio do desenho.
12. Estágio representativo:
• Entre dois e 3 anos,
• Caracteriza-se pelo aparecimento de
formas isoladas, a criança passa do
traço continuo para o traço
descontinuo,
• Pode haver comentário verbal do
desenho.
13. Estágio vegetativo
motor
• Por volta dos 18 meses,
• O traçado e mais ou menos
arredondado, conexo ou alongado e o
lápis não sai da folha formando
turbilhões.
• A criança desenha círculos
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20. Estágio comunicativo
• Começa entre 3 e 4 anos, se traduz
por uma vontade de escrever e de
comunicar-se com outros.
• Traçado em forma de dentes de
serra, que procura reproduzir a
escrita dos adultos.
22. Garatuja
• Faz parte da fase sensório motora ( 0 a 2
anos) e parte da fase pré-operacional (2 a
7 anos).
• A criança demonstra extremo prazer nesta
fase. A figura humana é inexistente ou
pode aparecer da maneira imaginária.
• A cor tem um papel secundário, aparecendo
o interesse pelo contraste, mas não há
intenção consciente.
23. Garatuja pode ser
dividida em...
• Desordenada: movimentos amplos e
desordenados.
Com relação a expressão, vemos a
imitação "eu imito, porém não
represento".
Ainda é um exercício.
24. Garatuja pode ser
dividida em...
• Ordenada: movimentos longitudinais e
circulares; coordenação viso-motora.
A figura humana pode aparecer de
maneira imaginária, pois aqui existe a
exploração do traçado;
Interesse pelas formas (Diagrama).
25. Pré- Esquematismo
• Dentro da fase pré-operatória, aparece a
descoberta da relação entre
desenho, pensamento e realidade.
• Quanto ao espaço, os desenhos são
dispersos inicialmente, não relacionados
entre si.
• Aparecem as primeiras relações
espaciais, surgindo devido à vínculos
emocionais.
26. Pré- Esquematismo
• A figura humana, torna-se uma procura de
um conceito que depende do seu
conhecimento ativo, inicia a mudança de
símbolos.
• Quanto a utilização das cores, pode
usar, mas não há relação ainda com a
realidade, dependerá do interesse
emocional.
• Dentro da expressão, o jogo simbólico
aparece como: "nós representamos juntos".
27. Esquematismo
• Faz parte da fase das operações concretas
(7 a 10 anos).
• Quanto ao espaço, é o primeiro conceito
definido de espaço: linha de base.
• Já tem um conceito definido quanto a
figura humana, porém aparecem desvios do
esquema como:
exagero, negligência, omissão ou mudança
de símbolo.
28. Esquematismo
• Aqui existe a descoberta das relações
quanto a cor; cor-objeto, podendo haver
um desvio do esquema de cor expressa por
experiência emocional.
• Aparece na expressão o jogo simbólico
coletivo ou jogo dramático e a regra.
29. Realismo
• Também faz parte da fase das operações
concretas, mas já no final desta fase.
• Existe uma consciência maior do sexo e
autocrítica pronunciada.
• No espaço é descoberto o plano e a
superposição. Abandona a linha de base.
• Na figura humana aparece o abandono das
linhas.
30. Realismo
• As formas geométricas aparecem.
• Maior rigidez e formalismo.
• Acentuação das roupas diferenciando os sexos.
• Aqui acontece o abandono do esquema de cor, a
acentuação será de enfoque emocional.
• Tanto no Esquematismo como no Realismo, o jogo
simbólico é coletivo, jogo dramático e regras
existiram.
31. Pseudo-Naturalismo
• Estamos na fase das operações abstratas (10 anos
em diante)
• É o fim da arte como atividade espontânea.
• Inicia a investigação de sua própria personalidade.
• Aparece aqui dois tipos de tendência: visual
(realismo, objetividade); háptico ( expressão
subjetividade)
• No espaço já apresenta a profundidade ou a
preocupação com experiências emocionais (espaço
subjetivo).
32. Pseudo-Naturalismo
• Na figura humana as características sexuais são
exageradas, presença das articulações e
proporções.
• A consciência visual (realismo) ou acentuação da
expressão, também fazem parte deste período.
• Uma maior conscientização no uso da cor, podendo
ser objetiva ou subjetiva.
• A expressão aparece como: "eu represento e você
vê" Aqui estão presentes o exercício, símbolo e a
regra.
33. A evolução do desenho
de acordo com
psicólogos e pedagogos
34. De 1 a 3 anos
• É a idade das famosas garatujas: simples riscos
ainda desprovidos de controle motor, a criança
ignora os limites do papel e mexe todo o corpo
para desenhar, avançando os traçados pelas
paredes e chão.
• As primeiras garatujas são linhas longitudinais
que, com o tempo, vão se tornando circulares
e, por fim, se fecham em formas
independentes, que ficam soltas na página.
• No final dessa fase, é possível que surjam os
primeiros indícios de figuras humanas, como
cabeças com olhos
35. De 3 a 4 anos
• Já conquistou a forma e seus
desenhos têm a intenção de
reproduzir algo.
• Ela também respeita melhor os limites
do papel. Mas o grande salto é ser
capaz de desenhar um ser humano
reconhecível, com
pernas, braços, pescoço e tronco.
36. De 4 a 5 anos
• É uma fase de temas clássicos do desenho
infantil, como
paisagens, casinhas, flores, super-
heróis, veículos e animais, varia no uso das
cores, buscando um certo realismo.
• Suas figuras humanas já dispõem de novos
detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a
distribuição dos desenhos no papel
obedecem a uma certa lógica, do tipo céu
no alto da folha.
37. De 4 a 5 anos
• Aparece ainda a tendência à
antropomorfização, ou seja, a
emprestar características humanas a
elementos da natureza, como o
famoso sol com olhos e boca.
• Esta tendência deve se estender até
7 ou 8 anos.
38. De 5 a 6 anos
• Os desenhos sempre se baseiam em
roteiros com começo, meio e fim.
• As figuras humanas aparecem vestidas e a
criança dá grande atenção a detalhes como
as cores.
• Os temas variam e o fato de não terem
nada a ver com a vida dela são um indício
de desprendimento e capacidade de contar
histórias sobre o mundo
39. De 7 a 8 anos
• O realismo é a marca desta fase, em que
surge também a noção de perspectiva. Ou
seja, os desenhos da criança já dão uma
impressão de profundidade e distância.
• Extremamente exigentes, muitas deixam
de desenhar, se acham que seus trabalhos
não ficam bonitos.
41. • O que pode ser avaliado:
• 1.O desenho como instrumento de avaliação;
2.Fases do desenho infantil;
3.Quadrantes da folha e seus significados;
4.Pressão no desenhar;
5.Tamanho das figuras
6.Detalhes nas figuras desenhadas
7.Desenho da Família
8.Desenho da Figura Humana
9.Desenho do Vinculo Escolar
10.Cores: o que elas podem indicar.
11.A subjetividade das Histórias.
42. • Como podemos perceber a linha de
evolução é similar entre os
pesquisadores, mudando com maior
ênfase o enfoque em alguns aspectos.
•
43. • O importante é respeitar os ritmos
de cada criança e permitir que ela
possa desenhar livremente, sem
intervenção direta, explorando
diversos materiais, suportes e
situações.
44. • Para tentarmos entender melhor o
universo infantil muitas vezes
buscamos interpretar os seus
desenhos, devemos porém lembrar
que a interpretação de um desenho
isolada do contexto em que foi
elaborado não faz sentido.
45. • É aconselhável, ao professor, que ofereça às
crianças o contato com diferentes tipos de
desenhos e obras de artes, que elas façam à
leitura de suas produções e escutem a de
outros e também que sugira a criança
desenhar a partir de observações diversas
(cenas, objetos, pessoas) para que possamos
ajudá-la a nutrisse de informações e
enriquecer o seu grafismo.
• Assim elas poderão reformular suas idéias e
construir novos conhecimentos.
46. Enfim, o desenho infantil
é um universo cheio de
mundos a serem
explorados!
47. Lembre-se
• Cada criança é um mundo, e isso se vê
em seus desenhos. Se você pede a um
grupo de crianças que desenhe uma
casinha de campo, todos os desenhos
sairão diferentes. Podem parecer-se em
algo, mas jamais serão iguais.
48. O desenho evolui paralelamente ao
desenvolvimento da criança. O
desenho não se ensina, sai de dentro
da criança. Pode-se estimular um
bebê de um ano e meio, por
exemplo, deixando-o ter contato
com algum lápis. Convém utilizar os
de cera que tem a ponta
arredondada e são mais gordinhos.
Nessa idade, muitas crianças já
poderão segurar um lápis e fazer
seus primeiros rabiscos.
49. Além disso, deve-se considerar que os
desenhos também seguem algumas etapas
que poderíamos apontar como:
- a etapa do rabisco (garatujas) - dos 3 aos
6 anos de idade
- a etapa do realismo fortuito - dos 6 aos 9
anos de idade
- a etapa do realismo falhado - dos 9 aos 12
anos de idade
- a etapa do realismo intelectual - dos 12
aos 14 anos de idade
- a etapa do realismo virtual - a partir dos
14 anos de idade.
51. • LUQUET, G.H. Arte Infantil. Lisboa: Companhia Editora do Minho, 1969.
MALVERN, S.B. "Inventing 'child art': Franz Cizek and modernism" In: British
Journal of Aesthetics, 1995, 35(3), p.262-272.
MEREDIEU, F. O desenho Infantil. São Paulo: Cultrix, 1974.
• NAVILLE, Pierre. "Elements d'une bibliographie critique". In: Enfance, 1950, n.3-
4, p. 310. Parsons, Michael J. Compreender a Arte. Lisboa: Ed. Presença, 1992.
PIAGET, J. A formação dos símbolos na Infância. PUF, 1948
• RABELLO, Sylvio. Psicologia do Desenho Infantil. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1935.
READ, HEBERT. Educação Através da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1971.
RIOUX, George. Dessin et Structure Mentale. Paris: Presses Universitaires de
France, 1951.
ROUMA, George. El Lenguage Gráfico del Niño. Buenos Aires: El Ateneo, 1947.
• REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL.
Ministério da Educação e do Desporto, secretaria de Educação Fundamental.
Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.