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UNIVERSIDADE DE                                                         CABO VERDE




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                                      Licenciado em Filosofia para a Docência



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                                       Paradoxos da Condição Humana
      Pascal                                Grandeza e Miséria
                                          Orientadora: Mestre Elisa Silva
   Blaise Pascal (1623-1662)              Orientando: Arlindo Rocha
                                                                           2010/2011
                    Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana                     1
PERGUNTA DE PARTIDA


 Até que ponto o legado filosófico de Pascal sobre a Condição
  Paradoxal do Homem (Grandeza e Miséria), revela-se actual?




                 Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   2
OBJECTIVOS

 Geral
 Investigar sobre a filosofia pascalina, realçando o aspecto
 paradoxal da condição humana entre “Grandeza e Miséria”,
 como fundamentação o conhecimento humano.

 Específicos
I.   Invstigar o contexto histórico da visão antropológica do homem em
     Pascal;
II. Investigar sobre a condição paradoxal em pascal: miseria e grandeza /
     razãoe fé como problema da fundamentação do conhecimento na
     filosofia de Pascal;
III. Investigar sobre a problematização do racionalismo em pascal;
IV. Relacionar a actualidade do pensamento de pascal com o homem actual

                   Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana         3
Roteiro
 Dividimos o trabalho em três partes:
o I - A parte pré-textual
    Dedicatória; Agradecimentos; Resumo; Introdução; Vida e obras e
        Fundamentação teórica.

o II - A Parte textual:
    Primeiro capítulo (análise história/teológica )
           Antropologia pascalina; Natureza do homem antes do pecado; Natureza do homem
            depois do pecado, e A compreensão do homem
    Segundo capítulo (análise cosmológico/epistemológia)
           Desproporção entre o homem e a natureza; Dimensões do conhecimento; Paradoxos
            da condição humana.
    Terceiro capítulo (análise psicologia)
           Constituição do eu no mundo; Grandeza e miséria do homem e A graça.

o III   - Parte pós textual.
           Conclusão, Referências bibliográficas .

                            Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana                   4
Citação
“O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza.
Mas é um caniço pensante. Não é preciso que o universo inteiro
se arme para esmagá-lo: um vapor, uma gota, de água, bastam
para matá-lo. Mas, mesmo que o universo o esmagasse, o
homem seria mais nobre do que quem o mata, porque sabe que
morre e a vantagem que o universo tem sobre ele; o universo
desconhece tudo isso...”
                                                         Pascal – “Os Pensadores” frag. 347. Pág 123




                Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana                                      5
Fundamentação
 Escolhemos Pascal para elaboração da monografia:
 Pela proposta de ruptura epistemológica, em relação aos
  canônes da Modernidade (pluralismo metodológico)
 Pela genialidade que revelou tendo dedicado a sua vida
  reflectindo sobre a ciência a filosofia e a teologia, tentando
  conciliar a fé e a razão.
 Pela profundidade e actualidade das suas reflexões sobre a
  condição humana.
 Por ter uma vasta rede de comentadores da sua obra e não ter
  uma dimensão académica a altura em Cabo Verde.
 Pretendemos tornar inteligível sua visão antropológica
  enfatizando a miséria, grandeza, insuficiência e desproporção,
  como elementos norteadores do seu pensamento.
                 Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   6
Dados bibliográficos
 Pascal nasceu a 19 de Junho de 1623, em França, Filho de
  Étienne Pascal e Antoniette Bejon;
 Aos13 anos, juntou-se aos sábios do círculo de Mersenne;
 Aos 17 anos, publicou alguns teoremas em geometria
  projectiva, criou uma máquina de calcular...
 A partir de 1647, dedicou ao estudo da aritmética e da física,
 Entre suas obras, citam-se “Novas Experiências sobre o Vácuo;
  Discurso sobre as Paixões do Amor; O Jogo da Geometria; Memorial;
  Oração para pedir a Deus a graça de fazer bom uso das doenças e
  Pensamentos”;
 Morreu em Paris, aos 19 de Agosto de 1662, aos 39 anos.
 Suas últimas palavras foram: "Que Deus jamais me abandone!"
                  Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   7
Resumo

Analisamos em três capítulos:
  A concepção paradoxal do homem na sua
   dimensão antropológica “pré e pós queda” e o
   paradoxo entre miséria e grandeza;
  Os limites do conhecimento do homem
   perante a natureza e o sobrenatural;
  A constituição do “eu” no mundo como ser que
   reconhece a sua verdadeira identidade.

            Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   8
Continuação

 Começamos:
   Estudo antropológico do homem nos dois eixos
   “antes e depois do pecado” e a sua verdadeira
   compreensão (dimensão histórica/teológica do homem)

   A desproporção entre o homem e a natureza, as
   dimensões do conhecimento e os paradoxos da
   condição humana(dimensão cosmológica/epistemológica)

   A constituição do “eu” no mundo, grandeza e
   miséria e a graça (dimensão psicológica)
              Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   9
Introdução
 Pascal desenvolveu uma influente leitura da condição humana,
  principalmente, por tentar conciliar fé e razão.

 Analisamos a visão pascalina sobre a existência humana, partindo
  visão antropológica/ histórica, à constituição do eu no mundo.

 Propõe a tomada da consciência das limitações, para se chegar às
  verdades que ultrapassam os limites do conhecimento racional.

 Mais de três séculos já se passaram após a sua morte, achamos
  oportuno recorda-lo como um pensador preocupado com a
  condição e o destino do homem.



                 Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   10
Primeiro capítulo
 Analisamos as bases teóricas para a compreensão do
 homem pascalino, através do estudo antropológico e
 a      compreensão       histórica/teológica    do
 homem, através dos dois estados da natureza humana
 “antes    e depois do pecado”, para melhor
 fundamentar o conhecimento do homem nas suas
 múltiplas dimensões, como ser natural e
 racionalmente limitado.
 Verificamos  que, Pascal,   demarca dos seus
 contemporâneos, relativamente a aquisição do
 conhecimento;

                Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   11
Continuação

 Mescla a doutrina platónica (corpo e alma) e a
  agostiniana (noção de pecado original)
 Enfatisa a dupla natureza humana (antes e pós queda)
  para melhor compreender o homem.
 Mostra que o homem deve conhecer a si mesmo a partir
  das suas insuficiências “entre duas natutezas antagónicas”
 Concluimos que, Pascal pode ser definido como “anti-
  humanista” (o humanismo significa esquecer o Divino).




                Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   12
Segundo capítulo
 Analisamos a desproporção entre o homem e a
  natureza, as dimensões do conhecimento e os
  paradoxos da condição humana;
 Enfatizamos a situação de desproporção do homem
  entre os dois abismos “o infinitamente grande e o
  pequeno”.
 A incapacidade do homem, em conhecer as verdades
  físicas e ontológicas;
 A situação paradoxal, entre a miséria como
  insuficiência, e a grandeza como racionalidade.

             Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   13
Continuação

 Vimos     que, o duplo infinito impossibilita o homem de
  alcançar o conhecimento, por possuir um corpo finito, e a
  razão ser insuficiente. “está vedado à razão, o alcance das verdades ”.
 Pascal realizou uma “cisão” no conhecimento em duas
  esferas, “coração e razão”. O coração, apreende os
  “primeiros princípios” e a razão segue o percurso lógico-
  demonstrativo.
 O coração tem “o sentimento o instinto,                como outras
  dimensões do conhecimento.




                    Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana      14
Continuação
 A imaginação é a parte enganadora no homem, porque
  conduz ao erro.
 A razão faz ver a miséria, a imaginação molda uma
  realidade cheia de promessas de prazeres e ilusões.
 A razão, por si só não consegue alcançar o
  conhecimento, porque a sua miséria é o resultado dos
  limites do homem.
 Existe       em      Pascal,   uma       desproporção
  teológica, cosmológica e epistemológica quando se
  trata dos limites do conhecimento humano.


              Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   15
Continuação

 Por isso, o homem não é racional por excelência
  (conhecimento local e parcial).
 O coração é o parâmetro mais importante, porque,
  fornece a razão os primeiros princípios, através do
  sentimento e do instinto, de modo imediato;
 A razão possui a memória, a imaginação e o costume
  que apreendem de modo mediato.
 Por isso, existe um conflito entre as faculdades do
  conhecimento “sensações e razão”, uma vez que
  enganam-se mutuamente.


              Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   16
Terceiro capítulo
 Incidimos o estudo na dimensão psicológica do
  homem, abordando a constituição do “eu” no mundo,
  a grandeza e a miséria e a graça.
 Destacamos a fuga do homem pela projecção de um
  ser imaginário e o divertimento como forma de
  esconder a verdadeira condição;
 Destacamos a situação trágica do homem dilacerado
  por traços de grandeza e miséria, e a “graça” como
  sendo a solução pela qual o homem poderá ser
  resgatado.


             Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   17
Continuação

 A conclusão que chegamos é que o “eu” pascalino está
  cheio de misérias, mas quer ser objecto do amor dos
  outros, cria uma imagem de grandeza, mas, necessita do
  outro para reforçar a imagem que constrói.
 Na psicologia pascalina, a construção do eu é marcada
  pela exterioridade, “o ser verdadeiro, opõe-se ao
  imaginário”,    que       nega reconhecer as suas
  imperfeições, e para desviar-se da angústia refugia-se no
  divertimento.
 O homem vive o “império do amor próprio”, que o torna
  escravo da concupiscência, dono e senhor do seu amor.
                Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   18
Continuação

 O homem deve aniquilar-se, para conhecer, opondo
  concupiscência à caridade, reconhecendo os traços de
  miséria, torna-se grande.
 Somente através da graça e da revelação que se pode
  esvaziar-se das suas misérias e insuficiências.
 A compreensão da miséria, será encontrada através de
  Cristo, que, reúne a dualidade da natureza humana e faz
  a mediação entre o homem e Deus .
 Só há solução no campo teológico, ou seja, o retorno à
  “boa insuficiência adâmica”, o homem pode libertar-se
  do mundo empírico.

               Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   19
Conclusão
 Pascal é, acima de tudo, um teólogo com preocupações
  antropológicas e epistemológicas, pela qual pensa o
  destino e as possibilidades do homem.
 Para alcançar a verdade do homem, partimos da visão
  antropológica “antes e depois do pecado” que marca
  uma ruptura entre a criatura e o criador .
 O seu pensamento é marcado pela tensão entre dois
  elementos para a compreensão do pensamento
  moderno: “dualidade fé e razão”
 A razão é insuficiente para alcançar a essência da
  realidade física e ontológica.

              Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   20
Continuação

 Enfatizamos     a insuficiência cosmológica, que
  impossibilita o conhecimento da matéria.
 Na dimensão epistemológica, observamos que “está
  vedado à razão, o alcance de verdades ontológicas, e
  a apreensão racional da essência humana”.
 Relacionamos miséria, insuficiência e contingência,
  “matéria prima” para antropologia pascalina.
 Focalizamos a imaginação e a vontade como faculdades
  produtoras de subjetividade que mascaram a miséria do
  homem.


                Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   21
Continuação
 Vimos que o “eu” concupiscente, nasce pelo desejo de
  independência “suficiência”, do homem tornar-se causa
  do bem. Vimos a oposição entre o divertimento e a
  angústia, como marca do homem empírico.
 A filosofia de Pascal reflecte uma visão trágica do homem
  entre duas exigências contraditórias, “grande pela
  consciência e pequeno pela insuficiência”.
 A verdade aparece inicialmente, em três ordens distintas:
  o corpo (sentidos), a razão (intelecto) e a fé
  (sobrenatural), dispondo cada, dos seus critérios para
  chegar as suas verdades.

                Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   22
Continuação
 Segundo Pascal, para encontrar a verdade é preciso
  mergulhar na miséria e compreender que a escravidão do
  desejo e do amor próprio impede o homem de realizar-se
  como um ser.
 Os paradoxos são remetidos à explicação teológica,
  segunda natureza “miséria e grandeza”.
 O homem só se realiza no desprendimento de si e no
  encontro com o sobrenatural ou seja, o Divino.




               Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   23
Continuação

 Só analizando a verdade, a luz do “drama teológico” é
  que aparece a situação que existimos: “completo vazio
  de comunicação com a verdade”.
 Nossa situação exprime a quebra de elos entre
  Deus/mundo/homem/Deus; o homem vive isolado no
  mundo que não lhe oferece segurança, certeza e verdade.
 A existência humana como ser de natureza é um fracasso
  “o natural é sinónimo de imperfeição, miséria e
  fracasso”.




               Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   24
Continuação

 Para Pascal, antropologia e epistemologia são áreas
  específicas dentro do drama teológico.
 Pascal critica a pretensão da apreensão da verdade
  unicamente, pela razão e mostra a “insuficiência”, em
  que a distância entre as ordens (carne, espírito e vontade)
  impossibilita a explicação dos elementos através uma
  síntese conceitual.




                 Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   25
Continuação

 No conhecimento contemporâneo, permanece a unidade
  de sua obra “um pensamento preocupado com o
  destino do homem”.
 Dúvida, corrupção, inconstância, contingência, angústia,
  são figuras da mesma realidade:
 condição insuficiente,vivida como o exílio do sobrenatural.




                Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   26
Continuação

 Com     certeza Pascal reconheceria, no homem
  contemporâneo, o que definimos hoje como
  NARCISISMO EXACERBADO, que é a materialização da
  paixão pela suficiência ou a substituição do Deus pelo
  amor desmedido por si mesmo.
 Desta forma, concordamos que, o homem é miséria e
  grandeza, mesmo que a sua grandeza esteja em
  reconhecer-se miserável.
 “Conhecer-se       é   reconhecer-se     miserável   e
  insuficiente”.


               Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana   27
Referências bibliográficas
 ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 2ª Ed. Trad. Trad.
  Alfredo Bosi. São Paulo: Mestre Jou, 1983.

 __________. História da Filosofia. Trad. António R. Rosa. Volume 6.
  Portugal: Presença, 2000.

 ADORNO, Francesco Paolo. Pascal. 1ª Ed. São Paulo: Estação Liberdade,
  2008 (col. Figuras do Saber)

 ATTALI, Jacques. Blaise Pascal ou o Gênio Francês. 1ª Ed. Trad. Ivone
  C. Benedetti. São Paulo: EDUSC, 2003

 PASCAL, Blaise. A Arte de Persuadir. 1ª Ed. Trad. Rosemary Costhek
  Abílio, Mário Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2004 (Col. Breves
  Encontros).
                    Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana           28
Continuação
 _________. Pascal. 2ª Ed. Trad. Sérgio Milliet, Marilena Chauí. São Paulo:
  Abril Cultural, 1983 (col. Os Pensadores).

 _________. Pensamentos de Pascal. 1ª Ed. Trd. Luiz A. Charbonneau. São
  Paulo: Abba Press, 2002.

 PONDÉ, Luiz Felipe. O Homem Insuficiente. 1ª Ed.São Paulo: EDUSP, 2001
  (col.Ensaios de Cultura, 19).

 ________. Connhecimento na Desgraça. 1ª Ed. São Paulo: EDUSP, 2004 (col.
  Ensaios de cultura, 27).

 GASTON, Henri Gouhier. Blaise Pascal Conversão e Apologética. 1ª Ed.
  Trad Erika Marie Itokazu, Homero Santiago. São Paulo: PAULUS, 2005.

 ROGERES, Ben. Pascal Elogio do Efêmero. 1ª Ed. Trad. Luíz Filipe Pondé.
  São Paulo: UNESP, 2001. (col. Grandes Filósofos).
                      Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana             29
Obrigada!
                                       Julho de 2011
  Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana     30

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PARADOXOS DA CONDIÇÃO HUMA

  • 1. UNIVERSIDADE DE CABO VERDE Monografia para obtenção do grau de Licenciado em Filosofia para a Docência Titulo Paradoxos da Condição Humana Pascal Grandeza e Miséria Orientadora: Mestre Elisa Silva Blaise Pascal (1623-1662) Orientando: Arlindo Rocha 2010/2011 Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 1
  • 2. PERGUNTA DE PARTIDA  Até que ponto o legado filosófico de Pascal sobre a Condição Paradoxal do Homem (Grandeza e Miséria), revela-se actual? Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 2
  • 3. OBJECTIVOS  Geral  Investigar sobre a filosofia pascalina, realçando o aspecto paradoxal da condição humana entre “Grandeza e Miséria”, como fundamentação o conhecimento humano.  Específicos I. Invstigar o contexto histórico da visão antropológica do homem em Pascal; II. Investigar sobre a condição paradoxal em pascal: miseria e grandeza / razãoe fé como problema da fundamentação do conhecimento na filosofia de Pascal; III. Investigar sobre a problematização do racionalismo em pascal; IV. Relacionar a actualidade do pensamento de pascal com o homem actual Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 3
  • 4. Roteiro  Dividimos o trabalho em três partes: o I - A parte pré-textual  Dedicatória; Agradecimentos; Resumo; Introdução; Vida e obras e Fundamentação teórica. o II - A Parte textual:  Primeiro capítulo (análise história/teológica )  Antropologia pascalina; Natureza do homem antes do pecado; Natureza do homem depois do pecado, e A compreensão do homem  Segundo capítulo (análise cosmológico/epistemológia)  Desproporção entre o homem e a natureza; Dimensões do conhecimento; Paradoxos da condição humana.  Terceiro capítulo (análise psicologia)  Constituição do eu no mundo; Grandeza e miséria do homem e A graça. o III - Parte pós textual.  Conclusão, Referências bibliográficas . Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 4
  • 5. Citação “O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza. Mas é um caniço pensante. Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo: um vapor, uma gota, de água, bastam para matá-lo. Mas, mesmo que o universo o esmagasse, o homem seria mais nobre do que quem o mata, porque sabe que morre e a vantagem que o universo tem sobre ele; o universo desconhece tudo isso...” Pascal – “Os Pensadores” frag. 347. Pág 123 Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 5
  • 6. Fundamentação  Escolhemos Pascal para elaboração da monografia:  Pela proposta de ruptura epistemológica, em relação aos canônes da Modernidade (pluralismo metodológico)  Pela genialidade que revelou tendo dedicado a sua vida reflectindo sobre a ciência a filosofia e a teologia, tentando conciliar a fé e a razão.  Pela profundidade e actualidade das suas reflexões sobre a condição humana.  Por ter uma vasta rede de comentadores da sua obra e não ter uma dimensão académica a altura em Cabo Verde.  Pretendemos tornar inteligível sua visão antropológica enfatizando a miséria, grandeza, insuficiência e desproporção, como elementos norteadores do seu pensamento. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 6
  • 7. Dados bibliográficos  Pascal nasceu a 19 de Junho de 1623, em França, Filho de Étienne Pascal e Antoniette Bejon;  Aos13 anos, juntou-se aos sábios do círculo de Mersenne;  Aos 17 anos, publicou alguns teoremas em geometria projectiva, criou uma máquina de calcular...  A partir de 1647, dedicou ao estudo da aritmética e da física,  Entre suas obras, citam-se “Novas Experiências sobre o Vácuo; Discurso sobre as Paixões do Amor; O Jogo da Geometria; Memorial; Oração para pedir a Deus a graça de fazer bom uso das doenças e Pensamentos”;  Morreu em Paris, aos 19 de Agosto de 1662, aos 39 anos.  Suas últimas palavras foram: "Que Deus jamais me abandone!" Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 7
  • 8. Resumo Analisamos em três capítulos: A concepção paradoxal do homem na sua dimensão antropológica “pré e pós queda” e o paradoxo entre miséria e grandeza; Os limites do conhecimento do homem perante a natureza e o sobrenatural; A constituição do “eu” no mundo como ser que reconhece a sua verdadeira identidade. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 8
  • 9. Continuação  Começamos:  Estudo antropológico do homem nos dois eixos “antes e depois do pecado” e a sua verdadeira compreensão (dimensão histórica/teológica do homem)  A desproporção entre o homem e a natureza, as dimensões do conhecimento e os paradoxos da condição humana(dimensão cosmológica/epistemológica)  A constituição do “eu” no mundo, grandeza e miséria e a graça (dimensão psicológica) Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 9
  • 10. Introdução  Pascal desenvolveu uma influente leitura da condição humana, principalmente, por tentar conciliar fé e razão.  Analisamos a visão pascalina sobre a existência humana, partindo visão antropológica/ histórica, à constituição do eu no mundo.  Propõe a tomada da consciência das limitações, para se chegar às verdades que ultrapassam os limites do conhecimento racional.  Mais de três séculos já se passaram após a sua morte, achamos oportuno recorda-lo como um pensador preocupado com a condição e o destino do homem. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 10
  • 11. Primeiro capítulo  Analisamos as bases teóricas para a compreensão do homem pascalino, através do estudo antropológico e a compreensão histórica/teológica do homem, através dos dois estados da natureza humana “antes e depois do pecado”, para melhor fundamentar o conhecimento do homem nas suas múltiplas dimensões, como ser natural e racionalmente limitado.  Verificamos que, Pascal, demarca dos seus contemporâneos, relativamente a aquisição do conhecimento; Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 11
  • 12. Continuação  Mescla a doutrina platónica (corpo e alma) e a agostiniana (noção de pecado original)  Enfatisa a dupla natureza humana (antes e pós queda) para melhor compreender o homem.  Mostra que o homem deve conhecer a si mesmo a partir das suas insuficiências “entre duas natutezas antagónicas”  Concluimos que, Pascal pode ser definido como “anti- humanista” (o humanismo significa esquecer o Divino). Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 12
  • 13. Segundo capítulo  Analisamos a desproporção entre o homem e a natureza, as dimensões do conhecimento e os paradoxos da condição humana;  Enfatizamos a situação de desproporção do homem entre os dois abismos “o infinitamente grande e o pequeno”.  A incapacidade do homem, em conhecer as verdades físicas e ontológicas;  A situação paradoxal, entre a miséria como insuficiência, e a grandeza como racionalidade. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 13
  • 14. Continuação  Vimos que, o duplo infinito impossibilita o homem de alcançar o conhecimento, por possuir um corpo finito, e a razão ser insuficiente. “está vedado à razão, o alcance das verdades ”.  Pascal realizou uma “cisão” no conhecimento em duas esferas, “coração e razão”. O coração, apreende os “primeiros princípios” e a razão segue o percurso lógico- demonstrativo.  O coração tem “o sentimento o instinto, como outras dimensões do conhecimento. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 14
  • 15. Continuação  A imaginação é a parte enganadora no homem, porque conduz ao erro.  A razão faz ver a miséria, a imaginação molda uma realidade cheia de promessas de prazeres e ilusões.  A razão, por si só não consegue alcançar o conhecimento, porque a sua miséria é o resultado dos limites do homem.  Existe em Pascal, uma desproporção teológica, cosmológica e epistemológica quando se trata dos limites do conhecimento humano. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 15
  • 16. Continuação  Por isso, o homem não é racional por excelência (conhecimento local e parcial).  O coração é o parâmetro mais importante, porque, fornece a razão os primeiros princípios, através do sentimento e do instinto, de modo imediato;  A razão possui a memória, a imaginação e o costume que apreendem de modo mediato.  Por isso, existe um conflito entre as faculdades do conhecimento “sensações e razão”, uma vez que enganam-se mutuamente. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 16
  • 17. Terceiro capítulo  Incidimos o estudo na dimensão psicológica do homem, abordando a constituição do “eu” no mundo, a grandeza e a miséria e a graça.  Destacamos a fuga do homem pela projecção de um ser imaginário e o divertimento como forma de esconder a verdadeira condição;  Destacamos a situação trágica do homem dilacerado por traços de grandeza e miséria, e a “graça” como sendo a solução pela qual o homem poderá ser resgatado. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 17
  • 18. Continuação  A conclusão que chegamos é que o “eu” pascalino está cheio de misérias, mas quer ser objecto do amor dos outros, cria uma imagem de grandeza, mas, necessita do outro para reforçar a imagem que constrói.  Na psicologia pascalina, a construção do eu é marcada pela exterioridade, “o ser verdadeiro, opõe-se ao imaginário”, que nega reconhecer as suas imperfeições, e para desviar-se da angústia refugia-se no divertimento.  O homem vive o “império do amor próprio”, que o torna escravo da concupiscência, dono e senhor do seu amor. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 18
  • 19. Continuação  O homem deve aniquilar-se, para conhecer, opondo concupiscência à caridade, reconhecendo os traços de miséria, torna-se grande.  Somente através da graça e da revelação que se pode esvaziar-se das suas misérias e insuficiências.  A compreensão da miséria, será encontrada através de Cristo, que, reúne a dualidade da natureza humana e faz a mediação entre o homem e Deus .  Só há solução no campo teológico, ou seja, o retorno à “boa insuficiência adâmica”, o homem pode libertar-se do mundo empírico. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 19
  • 20. Conclusão  Pascal é, acima de tudo, um teólogo com preocupações antropológicas e epistemológicas, pela qual pensa o destino e as possibilidades do homem.  Para alcançar a verdade do homem, partimos da visão antropológica “antes e depois do pecado” que marca uma ruptura entre a criatura e o criador .  O seu pensamento é marcado pela tensão entre dois elementos para a compreensão do pensamento moderno: “dualidade fé e razão”  A razão é insuficiente para alcançar a essência da realidade física e ontológica. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 20
  • 21. Continuação  Enfatizamos a insuficiência cosmológica, que impossibilita o conhecimento da matéria.  Na dimensão epistemológica, observamos que “está vedado à razão, o alcance de verdades ontológicas, e a apreensão racional da essência humana”.  Relacionamos miséria, insuficiência e contingência, “matéria prima” para antropologia pascalina.  Focalizamos a imaginação e a vontade como faculdades produtoras de subjetividade que mascaram a miséria do homem. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 21
  • 22. Continuação  Vimos que o “eu” concupiscente, nasce pelo desejo de independência “suficiência”, do homem tornar-se causa do bem. Vimos a oposição entre o divertimento e a angústia, como marca do homem empírico.  A filosofia de Pascal reflecte uma visão trágica do homem entre duas exigências contraditórias, “grande pela consciência e pequeno pela insuficiência”.  A verdade aparece inicialmente, em três ordens distintas: o corpo (sentidos), a razão (intelecto) e a fé (sobrenatural), dispondo cada, dos seus critérios para chegar as suas verdades. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 22
  • 23. Continuação  Segundo Pascal, para encontrar a verdade é preciso mergulhar na miséria e compreender que a escravidão do desejo e do amor próprio impede o homem de realizar-se como um ser.  Os paradoxos são remetidos à explicação teológica, segunda natureza “miséria e grandeza”.  O homem só se realiza no desprendimento de si e no encontro com o sobrenatural ou seja, o Divino. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 23
  • 24. Continuação  Só analizando a verdade, a luz do “drama teológico” é que aparece a situação que existimos: “completo vazio de comunicação com a verdade”.  Nossa situação exprime a quebra de elos entre Deus/mundo/homem/Deus; o homem vive isolado no mundo que não lhe oferece segurança, certeza e verdade.  A existência humana como ser de natureza é um fracasso “o natural é sinónimo de imperfeição, miséria e fracasso”. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 24
  • 25. Continuação  Para Pascal, antropologia e epistemologia são áreas específicas dentro do drama teológico.  Pascal critica a pretensão da apreensão da verdade unicamente, pela razão e mostra a “insuficiência”, em que a distância entre as ordens (carne, espírito e vontade) impossibilita a explicação dos elementos através uma síntese conceitual. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 25
  • 26. Continuação  No conhecimento contemporâneo, permanece a unidade de sua obra “um pensamento preocupado com o destino do homem”.  Dúvida, corrupção, inconstância, contingência, angústia, são figuras da mesma realidade: condição insuficiente,vivida como o exílio do sobrenatural. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 26
  • 27. Continuação  Com certeza Pascal reconheceria, no homem contemporâneo, o que definimos hoje como NARCISISMO EXACERBADO, que é a materialização da paixão pela suficiência ou a substituição do Deus pelo amor desmedido por si mesmo.  Desta forma, concordamos que, o homem é miséria e grandeza, mesmo que a sua grandeza esteja em reconhecer-se miserável.  “Conhecer-se é reconhecer-se miserável e insuficiente”. Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 27
  • 28. Referências bibliográficas  ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 2ª Ed. Trad. Trad. Alfredo Bosi. São Paulo: Mestre Jou, 1983.  __________. História da Filosofia. Trad. António R. Rosa. Volume 6. Portugal: Presença, 2000.  ADORNO, Francesco Paolo. Pascal. 1ª Ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2008 (col. Figuras do Saber)  ATTALI, Jacques. Blaise Pascal ou o Gênio Francês. 1ª Ed. Trad. Ivone C. Benedetti. São Paulo: EDUSC, 2003  PASCAL, Blaise. A Arte de Persuadir. 1ª Ed. Trad. Rosemary Costhek Abílio, Mário Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2004 (Col. Breves Encontros). Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 28
  • 29. Continuação  _________. Pascal. 2ª Ed. Trad. Sérgio Milliet, Marilena Chauí. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (col. Os Pensadores).  _________. Pensamentos de Pascal. 1ª Ed. Trd. Luiz A. Charbonneau. São Paulo: Abba Press, 2002.  PONDÉ, Luiz Felipe. O Homem Insuficiente. 1ª Ed.São Paulo: EDUSP, 2001 (col.Ensaios de Cultura, 19).  ________. Connhecimento na Desgraça. 1ª Ed. São Paulo: EDUSP, 2004 (col. Ensaios de cultura, 27).  GASTON, Henri Gouhier. Blaise Pascal Conversão e Apologética. 1ª Ed. Trad Erika Marie Itokazu, Homero Santiago. São Paulo: PAULUS, 2005.  ROGERES, Ben. Pascal Elogio do Efêmero. 1ª Ed. Trad. Luíz Filipe Pondé. São Paulo: UNESP, 2001. (col. Grandes Filósofos). Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 29
  • 30. Obrigada! Julho de 2011 Arlindo Rocha - Paradoxos da Condição Humana 30