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“ O SURDO “FALA” COM AS
MÃOS E “OUVE” COM OS OLHOS.
SUAS MÃOS PINTAM QUADROS
  DE SEUS PENSAMENTOS E
          IDÉIAS”.
LIBRAS
      ESTUDOS LINGUÍSTICOS
              O QUE É LÍNGUA E LINGUAGEM?

DEFINIÇÕES:
Saussure: “ língua não se confunde com linguagem: é somente
uma parte determinada, essencial dela, indubitavelmente. É, ao
mesmo tempo, um produto social da faculdade de linguagem e
um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo
social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos”.

Chomsky: “O conceito de língua pode ser analisado
considerando-se duas perspectivas: a língua externa e a língua
interna”.

Stokoe: “ as línguas de sinais são, portanto, consideradas pela
linguística como línguas naturais ou como um sistema linguístico
legítimo e não como um problema do surdo ou como uma
patologia da linguagem.”
DEFINIÇÃO DA LIBRAS

Libras é a Língua de Sinais Brasileira,
  utilizada pela comunidade surda, sua
  modalidade é gestual-visual.
A Libras é um sistema de comunicação
  arbitrário, composto por símbolos com
  significados convencionais, dentro de uma
  cultura ou comunidade, por meio das quais
  constroem um conjunto de regras
  gramaticais.
ICONICIDADE E
 ARBITRARIEDADE

Sinais Icônicos: Os sinais se apresentam em
  forma icônica, ou seja, em formas
  linguísticas que tentam imitar o referencial
  real e suas características visuais.




     CARRO           CASA           TELEFONE
ICONICIDADE E
             ARBITRARIEDADE
Sinais Arbitrários: Os sinais arbitrários não
  representam as características visuais do
  referencial real. Na Libras a maioria dos
  sinais são arbitrários, ou seja, abstratos
  ou complexos.



   ACEITAR          ADIAR        ALUGAR
LIBRAS
        ESTUDOS LINGUÍSTICOS
              Desmistificações referente a Libras

Mito 1: A língua de sinais seria uma mistura de pantomima e
gesticulação concreta, incapaz de expressar conceitos abstratos.

Mito 2: Haveria uma única e universal língua de sinais usada por todas
as pessoas surdas.

Mito 3: Haveria uma falha na organização gramatical da língua de
sinais, que seria derivada das línguas de sinais, sendo sem estrutura
própria, subordinado e inferior às línguas orais.

Mito 4: A língua de sinais seria um sistema de comunicação
superficial, com conteúdo restrito, sendo estética, expressiva e
linguisticamente inferior ao sistema de comunicação oral.
LIBRAS
   Fonologia das Línguas de Sinais
 “Contrário ao modo como muitos definem a surdez(...) pessoas
     surdas definem-se em termos culturais e linguísitcos.
                                                ( Wrigley, 1996, p.13)
Fonologia

Fonologia das línguas de sinais é o ramo da linguística que objetiva
identificar a estrutura e a organização dos constituintes fonológicos,
propondo modelos descritivos e explanatórios. A primeira tarefa da
fonologia para língua de sinais é determinar quais são as unidades
mínimas que formam os sinais. A segunda tarefa é estabelecer quais
são os padrões possíveis de combinação entre essas unidades e as
variações possíveis no ambiente fonológico.
LIBRAS
     Fonologia das Línguas de Sinais
“Contrário ao modo como muitos definem a surdez(...) pessoas
       surdas definem-se em termos culturais e linguísitcos.
                                             ( Wrigley, 1996, p.13)


As unidades mínimas (fonemas) de acordo com o Stokoe são:

a)   Configuração de mão (CM)
b)   Locação da mão (L)*
c)   Movimento da mão (M)

* Ponto de Articulação
LIBRAS
Fonologia das Línguas de Sinais
               Configuração de mão

     Conforme Ferreira-Brito,a língua de sinais brasileira
 apresenta 46 CMs, um sistema bastante similar àquele da
 ASL, embora nem todas as línguas de sinais partilhem o
 mesmo inventário. As CMs da língua de sinais brasileira
 foram descritas a partir de dados coletados nas principais
 capitais brasileiras.
CONFIGURAÇÃO DE MÃO E
  ALFABETO MANUAL
LIBRAS
Fonologia das Línguas de Sinais
            Movimento
LIBRAS
Fonologia das Línguas de Sinais
                         Locação
    Friedman afirma que locação “é aquela área no corpo, ou no
espaço de articulação definido pelo corpo, em que ou perto da qual
o sinal é articulado”.
LIBRAS
Fonologia das Línguas de Sinais
                 Orientação da mão (Or)


  Orientação é a direção para a qual a palma da mão aponta na
 produção do sinal. Ferreira- Brito (1995, p.41), na língua de sinais
 brasileira, enumeram seis tipos de orientações da palma da mão:
 para cima, para baixo, para o corpo, para frente, para direita e
 para esquerda.
LIBRAS
    Fonologia das Línguas de Sinais
         Expressões não-manuais ( ENM)
.

As expressões não manuais (movimento da face,
   dos olhos, da cabeça ou do tronco) prestam-se a
   dois papéis nas línguas de sinais: marcação de
   construções sintáticas e diferenciações de itens
   lexicais. As expressões não-manuais que têm
   função       sintática     marcam      sentenças
   interrogativas        sim-não,     interrogativas,
   topicalizações, concordância e foco.
ALGUMAS EXPRESSÕES
LIBRAS
Fonologia das Línguas de Sinais
  Restrições na formação de sinais

    Restrições físicas e linguísticas especificam possíveis
combinações entre as unidades mínimas ( CM, M e L) na
formação de sinais.
   Há duas restrições fonológicas na produção de diferentes
tipos de sinais envolvendo as duas mãos: a condição de
simetria e a condição de dominância.
Mão
Ativa




Mão
Passiva
BIBLIOGRAFIA

Recortes extraídos:
Livro: “Língua de sinais brasileira – Estudos
Linguísticos”

Autoras: Ronice Muller Quadros
         Lodenir Becker Karnopp

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  • 1. “ O SURDO “FALA” COM AS MÃOS E “OUVE” COM OS OLHOS. SUAS MÃOS PINTAM QUADROS DE SEUS PENSAMENTOS E IDÉIAS”.
  • 2. LIBRAS ESTUDOS LINGUÍSTICOS O QUE É LÍNGUA E LINGUAGEM? DEFINIÇÕES: Saussure: “ língua não se confunde com linguagem: é somente uma parte determinada, essencial dela, indubitavelmente. É, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade de linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos”. Chomsky: “O conceito de língua pode ser analisado considerando-se duas perspectivas: a língua externa e a língua interna”. Stokoe: “ as línguas de sinais são, portanto, consideradas pela linguística como línguas naturais ou como um sistema linguístico legítimo e não como um problema do surdo ou como uma patologia da linguagem.”
  • 3. DEFINIÇÃO DA LIBRAS Libras é a Língua de Sinais Brasileira, utilizada pela comunidade surda, sua modalidade é gestual-visual. A Libras é um sistema de comunicação arbitrário, composto por símbolos com significados convencionais, dentro de uma cultura ou comunidade, por meio das quais constroem um conjunto de regras gramaticais.
  • 4. ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE Sinais Icônicos: Os sinais se apresentam em forma icônica, ou seja, em formas linguísticas que tentam imitar o referencial real e suas características visuais. CARRO CASA TELEFONE
  • 5. ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE Sinais Arbitrários: Os sinais arbitrários não representam as características visuais do referencial real. Na Libras a maioria dos sinais são arbitrários, ou seja, abstratos ou complexos. ACEITAR ADIAR ALUGAR
  • 6. LIBRAS ESTUDOS LINGUÍSTICOS Desmistificações referente a Libras Mito 1: A língua de sinais seria uma mistura de pantomima e gesticulação concreta, incapaz de expressar conceitos abstratos. Mito 2: Haveria uma única e universal língua de sinais usada por todas as pessoas surdas. Mito 3: Haveria uma falha na organização gramatical da língua de sinais, que seria derivada das línguas de sinais, sendo sem estrutura própria, subordinado e inferior às línguas orais. Mito 4: A língua de sinais seria um sistema de comunicação superficial, com conteúdo restrito, sendo estética, expressiva e linguisticamente inferior ao sistema de comunicação oral.
  • 7. LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais “Contrário ao modo como muitos definem a surdez(...) pessoas surdas definem-se em termos culturais e linguísitcos. ( Wrigley, 1996, p.13) Fonologia Fonologia das línguas de sinais é o ramo da linguística que objetiva identificar a estrutura e a organização dos constituintes fonológicos, propondo modelos descritivos e explanatórios. A primeira tarefa da fonologia para língua de sinais é determinar quais são as unidades mínimas que formam os sinais. A segunda tarefa é estabelecer quais são os padrões possíveis de combinação entre essas unidades e as variações possíveis no ambiente fonológico.
  • 8. LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais “Contrário ao modo como muitos definem a surdez(...) pessoas surdas definem-se em termos culturais e linguísitcos. ( Wrigley, 1996, p.13) As unidades mínimas (fonemas) de acordo com o Stokoe são: a) Configuração de mão (CM) b) Locação da mão (L)* c) Movimento da mão (M) * Ponto de Articulação
  • 9.
  • 10. LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais Configuração de mão Conforme Ferreira-Brito,a língua de sinais brasileira apresenta 46 CMs, um sistema bastante similar àquele da ASL, embora nem todas as línguas de sinais partilhem o mesmo inventário. As CMs da língua de sinais brasileira foram descritas a partir de dados coletados nas principais capitais brasileiras.
  • 11. CONFIGURAÇÃO DE MÃO E ALFABETO MANUAL
  • 12. LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais Movimento
  • 13. LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais Locação Friedman afirma que locação “é aquela área no corpo, ou no espaço de articulação definido pelo corpo, em que ou perto da qual o sinal é articulado”.
  • 14. LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais Orientação da mão (Or) Orientação é a direção para a qual a palma da mão aponta na produção do sinal. Ferreira- Brito (1995, p.41), na língua de sinais brasileira, enumeram seis tipos de orientações da palma da mão: para cima, para baixo, para o corpo, para frente, para direita e para esquerda.
  • 15. LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais Expressões não-manuais ( ENM) . As expressões não manuais (movimento da face, dos olhos, da cabeça ou do tronco) prestam-se a dois papéis nas línguas de sinais: marcação de construções sintáticas e diferenciações de itens lexicais. As expressões não-manuais que têm função sintática marcam sentenças interrogativas sim-não, interrogativas, topicalizações, concordância e foco.
  • 17. LIBRAS Fonologia das Línguas de Sinais Restrições na formação de sinais Restrições físicas e linguísticas especificam possíveis combinações entre as unidades mínimas ( CM, M e L) na formação de sinais. Há duas restrições fonológicas na produção de diferentes tipos de sinais envolvendo as duas mãos: a condição de simetria e a condição de dominância.
  • 19. BIBLIOGRAFIA Recortes extraídos: Livro: “Língua de sinais brasileira – Estudos Linguísticos” Autoras: Ronice Muller Quadros Lodenir Becker Karnopp