SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Baixar para ler offline
RICARDO J. FERREIRA
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS
199
CAPÍTULO 1
CONCEITO E ASPECTOS GERAIS
1.1 CONCEITO
A análise das demonstrações financeiras ou contábeis é a técnica contábil que consiste na
decomposição, comparação e interpretação das demonstrações contábeis.
As demonstrações analisadas podem ser: o balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou
prejuízos acumulados (ou a demonstração das mutações do patrimônio líquido), a demonstração do
resultado do exercício e a demonstração das origens e aplicações de recursos.
A técnica de análise contábil pode também ter aplicação para valores não evidenciados nas
demonstrações, mas que possam ser decompostos, comparados e interpretados. Exemplificando, os
salários, aluguéis, juros etc. podem ser relacionados, por mês de competência, para análise das
variações mensais.
A análise contábil não é exigida por lei. Decorre da necessidade de informações mais detalhadas
sobre a situação do patrimônio e de suas variações.
A análise do ponto de vista econômico é aquela que leva em consideração o processo de formação
dos resultados, ou seja, os lucros ou prejuízos.
A análise do ponto de vista financeiro leva em consideração o fluxo de caixa. Nesse sentido, são
considerados aspectos como, por exemplo, a capacidade de pagamento das obrigações.
Os processos mais utilizados na análise das demonstrações contábeis são:
1. a análise vertical;
2. a análise horizontal;
3. a análise por quocientes.
1.2 ANÁLISE HORIZONTAL
A análise horizontal consiste em se verificar a evolução dos elementos patrimoniais ou de resultado
durante um determinado período. Possibilita a comparação entre os valores de uma mesma conta ou
grupo de contas em diferentes exercícios sociais. Os elementos comparados são homogêneos, mas
os períodos de avaliação são diferentes. Precisamos de pelo menos dois exercícios para efeito de
comparação dos mesmos elementos em demonstrações de períodos distintos.
ATIVO 19X1 19X2
Circulante 100 150
Realizável a Longo Prazo 300 500
Permanente 400 800
Total 800 1.450
Dividindo o ativo circulante de X2 pelo ativo circulante de X1, temos: 150 / 100 = 1,5, que é
equivalente a 150%. Assim, pela análise horizontal, podemos observar que o ativo circulante em
RICARDO J. FERREIRA
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS
200
19X2 era correspondente a 150% do valor de 19X1, ou seja, em 19X2, ele sofreu aumento de 50%
em relação ao ano de 19X1.
1.3 ANÁLISE VERTICAL
Também denominada análise da estrutura, a análise vertical envolve a relação entre um elemento e
o grupo de que ele faz parte. Relaciona a parte com o todo. A análise vertical envolve elementos
homogêneos, mas relativos a um mesmo exercício, ao contrário da análise horizontal, que é relativa,
necessariamente, a exercícios distintos. Difere da análise por quocientes, porque, nessa,
normalmente a razão estabelecida é entre elementos heterogêneos de um mesmo exercício. Já a
análise vertical consiste em se estabelecer uma razão entre elementos homogêneos (a parte em
relação ao todo) de um mesmo exercício.
ATIVO 19X1
Circulante 200 20%
Realizável a Longo Prazo 300 30%
Permanente 500 50%
Total 1.000 100%
Dividindo o ativo circulante de X1 pelo ativo total de X1, temos: 200 / 1.000 = 0,2, que é
equivalente a 20%. Desse modo, pela análise vertical, podemos observar que o ativo circulante
representa 20% do ativo total no ano de 19X1. O grupo do ativo com maior participação é o
permanente, que corresponde a 50% do ativo total.
RICARDO J. FERREIRA
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS
201
CAPÍTULO 2
ANÁLISE POR QUOCIENTES
2.1 ASPECTOS GERAIS
A análise por quocientes é o método de análise mais utilizado. Nela, normalmente é estabelecida a
relação entre dois elementos heterogêneos de um mesmo exercício, indicando-se quantas vezes o
divisor está contido no dividendo, como na operação matemática de divisão.
É o tipo de análise mais utilizado no estudo da solvência, da rotação e da rentabilidade.
Os indicadores obtidos na relação estabelecida na análise por quocientes podem ser classificados
em:
a) Estáticos ou patrimoniais - Quando são obtidos através da relação entre elementos patrimoniais,
como na relação entre o ativo circulante e o passivo circulante na análise da liquidez corrente;
b) Dinâmicos ou operacionais - Quando são obtidos através da relação entre elementos formadores
do resultado, como na relação entre o lucro líquido e as vendas líquidas no cálculo da margem
líquida;
c) De velocidade - Quando são obtidos através da relação entre um elemento patrimonial e um de
resultado, como na relação entre o CMV e o Estoque Final ou Médio no cálculo do número de
renovações dos estoques de mercadorias.
2.2 ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Têm por objetivo avaliar a capacidade de pagamento das exigibilidades. Interessam aos credores na
avaliação dos riscos na concessão de novos créditos e na análise das perspectivas de recebimento
dos créditos já concedidos.
Nem sempre um elevado índice de liquidez traduz boa gerência financeira. Em alguns casos, um
índice alto de liquidez pode representar excesso de disponibilidades, com a conseqüente perda
financeira pela não-aplicação dos recursos; excesso de estoques; prazo excessivamente dilatado de
contas a receber etc.
2.2.1 ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA OU INSTANTÂNEA
LIQUIDEZ IMEDIATA = DISPONIBILIDADES
PASSIVO CIRCULANTE
É utilizado na avaliação do nível de recursos que são mantidos para cumprimento dos
compromissos mais imediatos e também dos eventuais. A companhia não precisa manter como
disponibilidade valores correspondentes a todas as suas dívidas de curto prazo (passivo circulante).
Isso faz com que o índice de liquidez imediata normalmente seja bem menor que 1. Esse índice é
RICARDO J. FERREIRA
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS
202
extremamente importante no caso de instituições financeiras e de empresas que desenvolvem um
grande número de operações à vista. Elas devem manter um volume mais elevado de
disponibilidades.
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Caixa 5 Fornecedores 40
Bancos C/ Movimento 15 Empréstimos Bancários 60
Duplicatas a Receber 80 Total 100
Estoques 100
Total 200
Nesse caso, as disponibilidades são correspondentes aos saldos das contas Caixa e Bancos Conta
Movimento.
Com base nas informações acima, a liquidez imediata seria calculada da seguinte forma:
LIQUIDEZ IMEDIATA = DISPONIBILIDADES
PASSIVO CIRCULANTE
LIQUIDEZ IMEDIATA = 20
100
LIQUIDEZ IMEDIATA = 0,2 ou 20%
O índice 0,2 indica que as disponibilidades correspondem a 20% do valor das dívidas de curto
prazo. Para cada R$ 1,00 de dívidas, a companhia dispõe de R$ 0,20 de disponibilidades.
2.2.2 ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE OU COMUM
LIQUIDEZ CORRENTE = ATIVO CIRCULANTE
PASSIVO CIRCULANTE
É utilizado para avaliar a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo (passivo
circulante) através dos bens e créditos circulantes.
É fundamental a análise do ciclo operacional da empresa para o estabelecimento de um quociente
ideal de liquidez corrente. Assim, uma empresa industrial deve apresentar um quociente de liquidez
corrente maior do que o quociente de liquidez corrente de uma empresa comercial, em razão de
naquela os recursos aplicados na atividade terem um retorno mais lento. Na indústria, os recursos
permanecem mais tempo dentro do ativo circulante, na forma de estoques de matéria-prima,
produtos em elaboração etc.
RICARDO J. FERREIRA
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS
203
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Caixa 5 Fornecedores 40
Bancos C/ Movimento 15 Empréstimos Bancários 60
Duplicatas a Receber 80 Total 100
Estoques 100
Total 200
Com base nas informações acima, a liquidez corrente seria calculada da seguinte forma:
LIQUIDEZ CORRENTE = ATIVO CIRCULANTE
PASSIVO CIRCULANTE
LIQUIDEZ CORRENTE = 200
100
LIQUIDEZ CORRENTE = 2 ou 200%
O índice 2 indica que os créditos e bens do ativo circulante correspondem a duas vezes o valor das
dívidas de curto prazo. Para cada R$ 1,00 de dívida, a companhia dispõe de R$ 2,00 no ativo
circulante.
A liquidez corrente com índice superior a 1 indica que o capital circulante líquido (AC – PC) é
positivo.
O índice de liquidez corrente menor que 1 normalmente traduz dificuldades no pagamento das
dívidas de curto prazo.
2.2.3 ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA OU TESTE ÁCIDO
LIQUIDEZ SECA = ATIVO CIRCULANTE - ESTOQUES
PASSIVO CIRCULANTE
É utilizado para avaliar a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo sem considerar os
estoques. É um índice adequado para a análise de empresas que operem com estoques de difícil
realização financeira. É o caso das empresas imobiliárias, onde a realização dos estoques é mais
lenta.
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Caixa 5 Fornecedores 40
Bancos C/ Movimento 15 Empréstimos Bancários 60
Duplicatas a Receber 80 Total 100
Estoques 100
Total 200
Com base nas informações acima, a liquidez seca seria calculada da seguinte forma:
RICARDO J. FERREIRA
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS
204
LIQUIDEZ SECA = ATIVO CIRCULANTE - ESTOQUES
PASSIVO CIRCULANTE
LIQUIDEZ SECA = 200 – 100
100
LIQUIDEZ SECA = 1 ou 100%
O índice igual a 1 indica que, sem considerar os recursos provenientes da realização dos estoques, a
companhia tem créditos e bens de valor igual às suas dívidas de curto prazo.
Alguns autores não consideram nesse tipo de análise as despesas antecipadas, uma vez que, apesar
de estarem no ativo circulante, elas não se convertem em moeda. De acordo com esse raciocínio, a
fórmula mais adequada seria:
LIQUIDEZ SECA = DISPONIBILIDADES + CRÉDITOS DE CURTO PRAZO
PASSIVO CIRCULANTE
2.2.4 ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL OU TOTAL
LIQUIDEZ TOTAL = ATIVOCIRCULANTE+ATIVOREALIZÁVELALONGOPRAZO
PASSIVO CIRCULANTE+PASSIVOEXIGÍVELALONGOPRAZO
OU
LIQUIDEZ TOTAL = ATIVOCIRCULANTE+ATIVOREALIZÁVELALONGOPRAZO
PASSIVOEXIGÍVEL
É utilizado para avaliar a capacidade de pagamento de todas as obrigações, tanto de curto quanto de
longo prazo, através de recursos não permanentes (AC e ARLP). O ideal é que este índice não seja
inferior a 1. Sendo o índice menor que 1, a companhia estará financiando, pelo menos em parte, as
aplicações no permanente com recursos de terceiros, o que geralmente provoca grandes dificuldades
de pagamento das obrigações. As aplicações no permanente têm retorno demorado e devem ser
financiadas com recursos próprios, ou com recursos de terceiros amortizáveis a longo prazo.
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Caixa 5 Fornecedores 140
Bancos C/ Movimento 15 Empréstimos Bancários 160
Duplicatas a Receber 180 300
Estoques 200 Exigível a L. P.
400 Financiamentos Banc. 100
Realizável a L. P.
Contas a Receber 170
Empréstimos a Sócios 30
200
Com base nessas informações, a liquidez geral seria calculada da seguinte forma:
RICARDO J. FERREIRA
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS
205
LIQUIDEZ TOTAL = ATIVOCIRCULANTE+ATIVOREALIZÁVELALONGOPRAZO
PASSIVOCIRCULANTE+PASSIVOEXIGÍVELALONGOPRAZO
LIQUIDEZ TOTAL = 400 + 200
300 + 100
LIQUIDEZ TOTAL = 1,5 ou 150%
O índice 1,5 indica que a companhia tem bens e direitos no ativo circulante e realizável a longo
prazo correspondentes a uma vez e meia o valor de suas dívidas e pode saldá-las sem ter que
recorrer aos bens do permanente, vale dizer, sem, que precise alienar bens de uso permanente nas
atividades.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Analise De DemonstraçõEs Financeiras
Analise De DemonstraçõEs FinanceirasAnalise De DemonstraçõEs Financeiras
Analise De DemonstraçõEs Financeiras
admfape
 
Processo de análise de balanço
Processo de análise de balançoProcesso de análise de balanço
Processo de análise de balanço
admcontabil
 
Ccnccap10 analise demonstracoes financeiras
Ccnccap10 analise demonstracoes financeirasCcnccap10 analise demonstracoes financeiras
Ccnccap10 analise demonstracoes financeiras
capitulocontabil
 
Nocoes basicas de_financas_para_nao_financeiros
Nocoes basicas de_financas_para_nao_financeirosNocoes basicas de_financas_para_nao_financeiros
Nocoes basicas de_financas_para_nao_financeiros
RicardoPassosVieira
 
11 Pdfsam Sumario
11 Pdfsam Sumario11 Pdfsam Sumario
11 Pdfsam Sumario
guest81fa1f
 
Slides módulo3.2
Slides módulo3.2Slides módulo3.2
Slides módulo3.2
Eva Gomes
 
Apostila i analise de balancos
Apostila i   analise de balancosApostila i   analise de balancos
Apostila i analise de balancos
zeramento contabil
 
Analise demonstracoes financeira_aula01
Analise demonstracoes financeira_aula01Analise demonstracoes financeira_aula01
Analise demonstracoes financeira_aula01
contacontabil
 

Mais procurados (20)

Analise De DemonstraçõEs Financeiras
Analise De DemonstraçõEs FinanceirasAnalise De DemonstraçõEs Financeiras
Analise De DemonstraçõEs Financeiras
 
Aula fiscal 01 apostila
Aula fiscal 01   apostilaAula fiscal 01   apostila
Aula fiscal 01 apostila
 
Apostila de Análise das Demonstrações v 200
Apostila de Análise das Demonstrações v 200Apostila de Análise das Demonstrações v 200
Apostila de Análise das Demonstrações v 200
 
Administração financeira análise de balanços
Administração financeira   análise de balançosAdministração financeira   análise de balanços
Administração financeira análise de balanços
 
Analise das demonstrações financeiras
Analise das demonstrações financeirasAnalise das demonstrações financeiras
Analise das demonstrações financeiras
 
Apostila analise de balanco ii
Apostila analise de balanco iiApostila analise de balanco ii
Apostila analise de balanco ii
 
Rácios
RáciosRácios
Rácios
 
4 aud fiscal-apostila
4 aud fiscal-apostila4 aud fiscal-apostila
4 aud fiscal-apostila
 
Análise de Balanços
Análise de BalançosAnálise de Balanços
Análise de Balanços
 
Processo de análise de balanço
Processo de análise de balançoProcesso de análise de balanço
Processo de análise de balanço
 
Apostila controladoria 1
Apostila controladoria 1Apostila controladoria 1
Apostila controladoria 1
 
Análise de demonstrações contábeis através de índices financeiros
Análise de demonstrações contábeis através de índices financeirosAnálise de demonstrações contábeis através de índices financeiros
Análise de demonstrações contábeis através de índices financeiros
 
Ratios
RatiosRatios
Ratios
 
Ccnccap10 analise demonstracoes financeiras
Ccnccap10 analise demonstracoes financeirasCcnccap10 analise demonstracoes financeiras
Ccnccap10 analise demonstracoes financeiras
 
Nocoes basicas de_financas_para_nao_financeiros
Nocoes basicas de_financas_para_nao_financeirosNocoes basicas de_financas_para_nao_financeiros
Nocoes basicas de_financas_para_nao_financeiros
 
11 Pdfsam Sumario
11 Pdfsam Sumario11 Pdfsam Sumario
11 Pdfsam Sumario
 
Slides módulo3.2
Slides módulo3.2Slides módulo3.2
Slides módulo3.2
 
Apostila i analise de balancos
Apostila i   analise de balancosApostila i   analise de balancos
Apostila i analise de balancos
 
Tecnicas redacionais
Tecnicas redacionaisTecnicas redacionais
Tecnicas redacionais
 
Analise demonstracoes financeira_aula01
Analise demonstracoes financeira_aula01Analise demonstracoes financeira_aula01
Analise demonstracoes financeira_aula01
 

Destaque

Métodos para determinar la tendencia de la demanda
Métodos para determinar la tendencia de la demandaMétodos para determinar la tendencia de la demanda
Métodos para determinar la tendencia de la demanda
Sachiko Nakata
 
Presentacioncableadoestructurado 130620221834-phpapp02
Presentacioncableadoestructurado 130620221834-phpapp02Presentacioncableadoestructurado 130620221834-phpapp02
Presentacioncableadoestructurado 130620221834-phpapp02
MEP en imágenes
 
Mobil pazarlama i̇letişimi
Mobil pazarlama i̇letişimiMobil pazarlama i̇letişimi
Mobil pazarlama i̇letişimi
ilker Şin
 

Destaque (20)

Reviews seo tools
Reviews seo toolsReviews seo tools
Reviews seo tools
 
HIDRAULICA.pdf
HIDRAULICA.pdfHIDRAULICA.pdf
HIDRAULICA.pdf
 
HIDRAULICA.pdf
HIDRAULICA.pdfHIDRAULICA.pdf
HIDRAULICA.pdf
 
Beautiful Web Typography (#5)
Beautiful Web Typography (#5)Beautiful Web Typography (#5)
Beautiful Web Typography (#5)
 
Diseño y gestión del canal de distribución
Diseño y gestión del canal de distribuciónDiseño y gestión del canal de distribución
Diseño y gestión del canal de distribución
 
Ananananaan
AnanananaanAnanananaan
Ananananaan
 
2016 06 21_northface
2016 06 21_northface2016 06 21_northface
2016 06 21_northface
 
Productos Northface 2016
Productos Northface 2016Productos Northface 2016
Productos Northface 2016
 
Métodos para determinar la tendencia de la demanda
Métodos para determinar la tendencia de la demandaMétodos para determinar la tendencia de la demanda
Métodos para determinar la tendencia de la demanda
 
Letra de cambio
Letra de cambio Letra de cambio
Letra de cambio
 
HIDRAULICA.pdf
HIDRAULICA.pdfHIDRAULICA.pdf
HIDRAULICA.pdf
 
Asis revisado
Asis revisadoAsis revisado
Asis revisado
 
Presentacioncableadoestructurado 130620221834-phpapp02
Presentacioncableadoestructurado 130620221834-phpapp02Presentacioncableadoestructurado 130620221834-phpapp02
Presentacioncableadoestructurado 130620221834-phpapp02
 
Mobil pazarlama i̇letişimi
Mobil pazarlama i̇letişimiMobil pazarlama i̇letişimi
Mobil pazarlama i̇letişimi
 
Trabajo de investigacion
Trabajo de investigacionTrabajo de investigacion
Trabajo de investigacion
 
TITULO PRELIMINAR del codigo civil : ARTICULO VI – INTERES PARA OBRAR
TITULO PRELIMINAR del codigo civil : ARTICULO VI – INTERES PARA OBRARTITULO PRELIMINAR del codigo civil : ARTICULO VI – INTERES PARA OBRAR
TITULO PRELIMINAR del codigo civil : ARTICULO VI – INTERES PARA OBRAR
 
Primer Paquete Económico 2017 Zacatecas (3/9)
Primer Paquete Económico 2017 Zacatecas (3/9)Primer Paquete Económico 2017 Zacatecas (3/9)
Primer Paquete Económico 2017 Zacatecas (3/9)
 
Preguntas y respuestas de economia capitulos 1 3 anexo ensayo
Preguntas y respuestas de economia capitulos 1 3 anexo ensayoPreguntas y respuestas de economia capitulos 1 3 anexo ensayo
Preguntas y respuestas de economia capitulos 1 3 anexo ensayo
 
2016 06 21_dafiti (1)
2016 06 21_dafiti (1)2016 06 21_dafiti (1)
2016 06 21_dafiti (1)
 
Geld verdienen met Facebook
Geld verdienen met FacebookGeld verdienen met Facebook
Geld verdienen met Facebook
 

Semelhante a Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02

Os usuários da informação contábil
Os usuários da informação contábilOs usuários da informação contábil
Os usuários da informação contábil
alir franco
 
Analise das demonstr finance
Analise das demonstr financeAnalise das demonstr finance
Analise das demonstr finance
apostilacontabil
 
Analise das demonstr finance
Analise das demonstr financeAnalise das demonstr finance
Analise das demonstr finance
admcontabil
 
Análise dos demonstrativos contábeis
Análise dos demonstrativos contábeisAnálise dos demonstrativos contábeis
Análise dos demonstrativos contábeis
Veridiana Araújo
 
Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...
Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...
Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...
CEZAR MACHADO
 

Semelhante a Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02 (20)

Analise de liquidez
Analise de liquidezAnalise de liquidez
Analise de liquidez
 
Os usuários da informação contábil
Os usuários da informação contábilOs usuários da informação contábil
Os usuários da informação contábil
 
Analise das demonstr finance
Analise das demonstr financeAnalise das demonstr finance
Analise das demonstr finance
 
Analise das demonstr finance
Analise das demonstr financeAnalise das demonstr finance
Analise das demonstr finance
 
Análise das demonstrações contábeis - Aula.pptx
Análise das demonstrações contábeis - Aula.pptxAnálise das demonstrações contábeis - Aula.pptx
Análise das demonstrações contábeis - Aula.pptx
 
Analise 1.pptx
Analise 1.pptxAnalise 1.pptx
Analise 1.pptx
 
Estudo independente eng. economica indicadores
Estudo independente eng. economica   indicadoresEstudo independente eng. economica   indicadores
Estudo independente eng. economica indicadores
 
Análise dos demonstrativos contábeis
Análise dos demonstrativos contábeisAnálise dos demonstrativos contábeis
Análise dos demonstrativos contábeis
 
Eng. economica análise de custo, volume, lucro e formação de preço
Eng. economica   análise de custo, volume, lucro e formação de preçoEng. economica   análise de custo, volume, lucro e formação de preço
Eng. economica análise de custo, volume, lucro e formação de preço
 
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises Bagagi
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises BagagiAdministração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises Bagagi
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises Bagagi
 
Análise de índices econômico financeiros
Análise de índices econômico financeirosAnálise de índices econômico financeiros
Análise de índices econômico financeiros
 
Indicadores econômico passo 3
Indicadores econômico passo 3Indicadores econômico passo 3
Indicadores econômico passo 3
 
Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...
Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...
Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...
 
AULA 07 - 20NOV2019.ppt
AULA 07 - 20NOV2019.pptAULA 07 - 20NOV2019.ppt
AULA 07 - 20NOV2019.ppt
 
MasterclassV_AnaliseFinanceiranaGestaoEmpresarial.pdf
MasterclassV_AnaliseFinanceiranaGestaoEmpresarial.pdfMasterclassV_AnaliseFinanceiranaGestaoEmpresarial.pdf
MasterclassV_AnaliseFinanceiranaGestaoEmpresarial.pdf
 
Gp contabilidade unidade iv
Gp contabilidade  unidade ivGp contabilidade  unidade iv
Gp contabilidade unidade iv
 
Aula 05
Aula 05Aula 05
Aula 05
 
Analise das Demonstrações Financeiras
Analise das Demonstrações FinanceirasAnalise das Demonstrações Financeiras
Analise das Demonstrações Financeiras
 
Resumos 2º teste.docx
Resumos 2º teste.docxResumos 2º teste.docx
Resumos 2º teste.docx
 
Análise financeira
Análise financeiraAnálise financeira
Análise financeira
 

Mais de Josélia Mendes

Levantamento do mastro de santo antônio
Levantamento do mastro de santo antônioLevantamento do mastro de santo antônio
Levantamento do mastro de santo antônio
Josélia Mendes
 
Levantamento do mastro de são joão 2011
Levantamento do mastro de são joão 2011Levantamento do mastro de são joão 2011
Levantamento do mastro de são joão 2011
Josélia Mendes
 
Abertura dos festejos de nossa senhora d’abadia
Abertura dos festejos de nossa senhora d’abadiaAbertura dos festejos de nossa senhora d’abadia
Abertura dos festejos de nossa senhora d’abadia
Josélia Mendes
 
ROMARIA DE NOSSA SENHORA D'ABADIA
ROMARIA DE NOSSA SENHORA D'ABADIAROMARIA DE NOSSA SENHORA D'ABADIA
ROMARIA DE NOSSA SENHORA D'ABADIA
Josélia Mendes
 
Coroadoadvento 101203181609-phpapp01
Coroadoadvento 101203181609-phpapp01Coroadoadvento 101203181609-phpapp01
Coroadoadvento 101203181609-phpapp01
Josélia Mendes
 

Mais de Josélia Mendes (16)

49 387-1-pb
49 387-1-pb49 387-1-pb
49 387-1-pb
 
Novena de santa luzia
Novena de santa luziaNovena de santa luzia
Novena de santa luzia
 
FESTEJOS DE NOSSA SENHORA APARECIDA / 2011
FESTEJOS DE NOSSA SENHORA APARECIDA / 2011FESTEJOS DE NOSSA SENHORA APARECIDA / 2011
FESTEJOS DE NOSSA SENHORA APARECIDA / 2011
 
Assembleia dos vicentinos
Assembleia dos vicentinosAssembleia dos vicentinos
Assembleia dos vicentinos
 
Levantamento do mastro de santo antônio
Levantamento do mastro de santo antônioLevantamento do mastro de santo antônio
Levantamento do mastro de santo antônio
 
Levantamento do mastro de são joão 2011
Levantamento do mastro de são joão 2011Levantamento do mastro de são joão 2011
Levantamento do mastro de são joão 2011
 
Abertura dos festejos de nossa senhora d’abadia
Abertura dos festejos de nossa senhora d’abadiaAbertura dos festejos de nossa senhora d’abadia
Abertura dos festejos de nossa senhora d’abadia
 
ROMARIA DE NOSSA SENHORA D'ABADIA
ROMARIA DE NOSSA SENHORA D'ABADIAROMARIA DE NOSSA SENHORA D'ABADIA
ROMARIA DE NOSSA SENHORA D'ABADIA
 
Coroadoadvento 101203181609-phpapp01
Coroadoadvento 101203181609-phpapp01Coroadoadvento 101203181609-phpapp01
Coroadoadvento 101203181609-phpapp01
 
Oficina de equipamentos tecnológicos
Oficina de equipamentos tecnológicosOficina de equipamentos tecnológicos
Oficina de equipamentos tecnológicos
 
Curso 100 Hs Unidade 01
Curso 100 Hs  Unidade 01Curso 100 Hs  Unidade 01
Curso 100 Hs Unidade 01
 
UNIDADE 01 - TECNOLOGIA NA SOCIEDADE, NA VIDA E NA ESCOLA
UNIDADE 01 - TECNOLOGIA NA SOCIEDADE, NA VIDA E NA ESCOLAUNIDADE 01 - TECNOLOGIA NA SOCIEDADE, NA VIDA E NA ESCOLA
UNIDADE 01 - TECNOLOGIA NA SOCIEDADE, NA VIDA E NA ESCOLA
 
Unidade 3
Unidade 3Unidade 3
Unidade 3
 
Unidade 9
Unidade 9Unidade 9
Unidade 9
 
Unidade 5
Unidade 5Unidade 5
Unidade 5
 
A P R E S E N T AÇÃ O U N I D A D E 02
A P R E S E N T AÇÃ O  U N I D A D E 02A P R E S E N T AÇÃ O  U N I D A D E 02
A P R E S E N T AÇÃ O U N I D A D E 02
 

Último

8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 

Último (20)

8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUAO PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
O PLANETA TERRA E SEU SATÉLITE NATURAL - LUA
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 

Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02

  • 1. RICARDO J. FERREIRA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS 199 CAPÍTULO 1 CONCEITO E ASPECTOS GERAIS 1.1 CONCEITO A análise das demonstrações financeiras ou contábeis é a técnica contábil que consiste na decomposição, comparação e interpretação das demonstrações contábeis. As demonstrações analisadas podem ser: o balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (ou a demonstração das mutações do patrimônio líquido), a demonstração do resultado do exercício e a demonstração das origens e aplicações de recursos. A técnica de análise contábil pode também ter aplicação para valores não evidenciados nas demonstrações, mas que possam ser decompostos, comparados e interpretados. Exemplificando, os salários, aluguéis, juros etc. podem ser relacionados, por mês de competência, para análise das variações mensais. A análise contábil não é exigida por lei. Decorre da necessidade de informações mais detalhadas sobre a situação do patrimônio e de suas variações. A análise do ponto de vista econômico é aquela que leva em consideração o processo de formação dos resultados, ou seja, os lucros ou prejuízos. A análise do ponto de vista financeiro leva em consideração o fluxo de caixa. Nesse sentido, são considerados aspectos como, por exemplo, a capacidade de pagamento das obrigações. Os processos mais utilizados na análise das demonstrações contábeis são: 1. a análise vertical; 2. a análise horizontal; 3. a análise por quocientes. 1.2 ANÁLISE HORIZONTAL A análise horizontal consiste em se verificar a evolução dos elementos patrimoniais ou de resultado durante um determinado período. Possibilita a comparação entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas em diferentes exercícios sociais. Os elementos comparados são homogêneos, mas os períodos de avaliação são diferentes. Precisamos de pelo menos dois exercícios para efeito de comparação dos mesmos elementos em demonstrações de períodos distintos. ATIVO 19X1 19X2 Circulante 100 150 Realizável a Longo Prazo 300 500 Permanente 400 800 Total 800 1.450 Dividindo o ativo circulante de X2 pelo ativo circulante de X1, temos: 150 / 100 = 1,5, que é equivalente a 150%. Assim, pela análise horizontal, podemos observar que o ativo circulante em
  • 2. RICARDO J. FERREIRA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS 200 19X2 era correspondente a 150% do valor de 19X1, ou seja, em 19X2, ele sofreu aumento de 50% em relação ao ano de 19X1. 1.3 ANÁLISE VERTICAL Também denominada análise da estrutura, a análise vertical envolve a relação entre um elemento e o grupo de que ele faz parte. Relaciona a parte com o todo. A análise vertical envolve elementos homogêneos, mas relativos a um mesmo exercício, ao contrário da análise horizontal, que é relativa, necessariamente, a exercícios distintos. Difere da análise por quocientes, porque, nessa, normalmente a razão estabelecida é entre elementos heterogêneos de um mesmo exercício. Já a análise vertical consiste em se estabelecer uma razão entre elementos homogêneos (a parte em relação ao todo) de um mesmo exercício. ATIVO 19X1 Circulante 200 20% Realizável a Longo Prazo 300 30% Permanente 500 50% Total 1.000 100% Dividindo o ativo circulante de X1 pelo ativo total de X1, temos: 200 / 1.000 = 0,2, que é equivalente a 20%. Desse modo, pela análise vertical, podemos observar que o ativo circulante representa 20% do ativo total no ano de 19X1. O grupo do ativo com maior participação é o permanente, que corresponde a 50% do ativo total.
  • 3. RICARDO J. FERREIRA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS 201 CAPÍTULO 2 ANÁLISE POR QUOCIENTES 2.1 ASPECTOS GERAIS A análise por quocientes é o método de análise mais utilizado. Nela, normalmente é estabelecida a relação entre dois elementos heterogêneos de um mesmo exercício, indicando-se quantas vezes o divisor está contido no dividendo, como na operação matemática de divisão. É o tipo de análise mais utilizado no estudo da solvência, da rotação e da rentabilidade. Os indicadores obtidos na relação estabelecida na análise por quocientes podem ser classificados em: a) Estáticos ou patrimoniais - Quando são obtidos através da relação entre elementos patrimoniais, como na relação entre o ativo circulante e o passivo circulante na análise da liquidez corrente; b) Dinâmicos ou operacionais - Quando são obtidos através da relação entre elementos formadores do resultado, como na relação entre o lucro líquido e as vendas líquidas no cálculo da margem líquida; c) De velocidade - Quando são obtidos através da relação entre um elemento patrimonial e um de resultado, como na relação entre o CMV e o Estoque Final ou Médio no cálculo do número de renovações dos estoques de mercadorias. 2.2 ÍNDICES DE LIQUIDEZ Têm por objetivo avaliar a capacidade de pagamento das exigibilidades. Interessam aos credores na avaliação dos riscos na concessão de novos créditos e na análise das perspectivas de recebimento dos créditos já concedidos. Nem sempre um elevado índice de liquidez traduz boa gerência financeira. Em alguns casos, um índice alto de liquidez pode representar excesso de disponibilidades, com a conseqüente perda financeira pela não-aplicação dos recursos; excesso de estoques; prazo excessivamente dilatado de contas a receber etc. 2.2.1 ÍNDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA OU INSTANTÂNEA LIQUIDEZ IMEDIATA = DISPONIBILIDADES PASSIVO CIRCULANTE É utilizado na avaliação do nível de recursos que são mantidos para cumprimento dos compromissos mais imediatos e também dos eventuais. A companhia não precisa manter como disponibilidade valores correspondentes a todas as suas dívidas de curto prazo (passivo circulante). Isso faz com que o índice de liquidez imediata normalmente seja bem menor que 1. Esse índice é
  • 4. RICARDO J. FERREIRA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS 202 extremamente importante no caso de instituições financeiras e de empresas que desenvolvem um grande número de operações à vista. Elas devem manter um volume mais elevado de disponibilidades. Ativo Passivo Circulante Circulante Caixa 5 Fornecedores 40 Bancos C/ Movimento 15 Empréstimos Bancários 60 Duplicatas a Receber 80 Total 100 Estoques 100 Total 200 Nesse caso, as disponibilidades são correspondentes aos saldos das contas Caixa e Bancos Conta Movimento. Com base nas informações acima, a liquidez imediata seria calculada da seguinte forma: LIQUIDEZ IMEDIATA = DISPONIBILIDADES PASSIVO CIRCULANTE LIQUIDEZ IMEDIATA = 20 100 LIQUIDEZ IMEDIATA = 0,2 ou 20% O índice 0,2 indica que as disponibilidades correspondem a 20% do valor das dívidas de curto prazo. Para cada R$ 1,00 de dívidas, a companhia dispõe de R$ 0,20 de disponibilidades. 2.2.2 ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE OU COMUM LIQUIDEZ CORRENTE = ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE É utilizado para avaliar a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo (passivo circulante) através dos bens e créditos circulantes. É fundamental a análise do ciclo operacional da empresa para o estabelecimento de um quociente ideal de liquidez corrente. Assim, uma empresa industrial deve apresentar um quociente de liquidez corrente maior do que o quociente de liquidez corrente de uma empresa comercial, em razão de naquela os recursos aplicados na atividade terem um retorno mais lento. Na indústria, os recursos permanecem mais tempo dentro do ativo circulante, na forma de estoques de matéria-prima, produtos em elaboração etc.
  • 5. RICARDO J. FERREIRA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS 203 Ativo Passivo Circulante Circulante Caixa 5 Fornecedores 40 Bancos C/ Movimento 15 Empréstimos Bancários 60 Duplicatas a Receber 80 Total 100 Estoques 100 Total 200 Com base nas informações acima, a liquidez corrente seria calculada da seguinte forma: LIQUIDEZ CORRENTE = ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE LIQUIDEZ CORRENTE = 200 100 LIQUIDEZ CORRENTE = 2 ou 200% O índice 2 indica que os créditos e bens do ativo circulante correspondem a duas vezes o valor das dívidas de curto prazo. Para cada R$ 1,00 de dívida, a companhia dispõe de R$ 2,00 no ativo circulante. A liquidez corrente com índice superior a 1 indica que o capital circulante líquido (AC – PC) é positivo. O índice de liquidez corrente menor que 1 normalmente traduz dificuldades no pagamento das dívidas de curto prazo. 2.2.3 ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA OU TESTE ÁCIDO LIQUIDEZ SECA = ATIVO CIRCULANTE - ESTOQUES PASSIVO CIRCULANTE É utilizado para avaliar a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo sem considerar os estoques. É um índice adequado para a análise de empresas que operem com estoques de difícil realização financeira. É o caso das empresas imobiliárias, onde a realização dos estoques é mais lenta. Ativo Passivo Circulante Circulante Caixa 5 Fornecedores 40 Bancos C/ Movimento 15 Empréstimos Bancários 60 Duplicatas a Receber 80 Total 100 Estoques 100 Total 200 Com base nas informações acima, a liquidez seca seria calculada da seguinte forma:
  • 6. RICARDO J. FERREIRA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS 204 LIQUIDEZ SECA = ATIVO CIRCULANTE - ESTOQUES PASSIVO CIRCULANTE LIQUIDEZ SECA = 200 – 100 100 LIQUIDEZ SECA = 1 ou 100% O índice igual a 1 indica que, sem considerar os recursos provenientes da realização dos estoques, a companhia tem créditos e bens de valor igual às suas dívidas de curto prazo. Alguns autores não consideram nesse tipo de análise as despesas antecipadas, uma vez que, apesar de estarem no ativo circulante, elas não se convertem em moeda. De acordo com esse raciocínio, a fórmula mais adequada seria: LIQUIDEZ SECA = DISPONIBILIDADES + CRÉDITOS DE CURTO PRAZO PASSIVO CIRCULANTE 2.2.4 ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL OU TOTAL LIQUIDEZ TOTAL = ATIVOCIRCULANTE+ATIVOREALIZÁVELALONGOPRAZO PASSIVO CIRCULANTE+PASSIVOEXIGÍVELALONGOPRAZO OU LIQUIDEZ TOTAL = ATIVOCIRCULANTE+ATIVOREALIZÁVELALONGOPRAZO PASSIVOEXIGÍVEL É utilizado para avaliar a capacidade de pagamento de todas as obrigações, tanto de curto quanto de longo prazo, através de recursos não permanentes (AC e ARLP). O ideal é que este índice não seja inferior a 1. Sendo o índice menor que 1, a companhia estará financiando, pelo menos em parte, as aplicações no permanente com recursos de terceiros, o que geralmente provoca grandes dificuldades de pagamento das obrigações. As aplicações no permanente têm retorno demorado e devem ser financiadas com recursos próprios, ou com recursos de terceiros amortizáveis a longo prazo. Ativo Passivo Circulante Circulante Caixa 5 Fornecedores 140 Bancos C/ Movimento 15 Empréstimos Bancários 160 Duplicatas a Receber 180 300 Estoques 200 Exigível a L. P. 400 Financiamentos Banc. 100 Realizável a L. P. Contas a Receber 170 Empréstimos a Sócios 30 200 Com base nessas informações, a liquidez geral seria calculada da seguinte forma:
  • 7. RICARDO J. FERREIRA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS 205 LIQUIDEZ TOTAL = ATIVOCIRCULANTE+ATIVOREALIZÁVELALONGOPRAZO PASSIVOCIRCULANTE+PASSIVOEXIGÍVELALONGOPRAZO LIQUIDEZ TOTAL = 400 + 200 300 + 100 LIQUIDEZ TOTAL = 1,5 ou 150% O índice 1,5 indica que a companhia tem bens e direitos no ativo circulante e realizável a longo prazo correspondentes a uma vez e meia o valor de suas dívidas e pode saldá-las sem ter que recorrer aos bens do permanente, vale dizer, sem, que precise alienar bens de uso permanente nas atividades.