SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 32
Análise das Demonstrações
Contábeis
ANÁLISE NAS DEMONSTRAÇÕES
Prof. Sergio Pontes de Araújo
CONCEITOS
Segundo o Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, ANALISAR é:
1. fazer análise de; separar (um todo) em seus elementos ou
partes componentes; 2. investigar, examinar minuciosamente;
esquadrinhar, dissecar (...).
Segundo Hugo R. Braga “a análise das demonstrações financeiras
tem por objetivo observar e confrontar os elementos
patrimoniais e os resultados das operações, visando ao
conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua
expressão quantitativa, de modo a revelar os fatores
antecedentes e determinantes da situação atual, e, também, a
servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro
da empresa (p. 117)”.
DADOS X INFORMAÇÕES
Isso é o mesmo que dizer que a Análise de Balanços tem o
objetivo de extrair informações das demonstrações financeiras
para subsidiar a tomada de decisões. Ela permite conhecer os
efeitos das decisões adotadas no passado e as causas
determinantes do estado atual, servindo de orientação para a
elaboração de planos futuros.
Segundo MATARAZZO, as demonstrações financeiras fornecem
uma série de dados sobre a empresa, de acordo com
doutrinamento contábil. A análise sobre as referidas
demonstrações transforma esses dados em informações e será
mais eficiente quanto melhores informações produzir.
DADOS X INFORMAÇÕES
Dados: São números ou descrição de objetos ou eventos
que, isoladamente, não provocam nenhuma reação
imediata no usuário.
Informações: Representam, para seus usuários, uma
comunicação que pode produzir reação ou decisão,
frequentemente acompanhada de um efeito-surpresa.
“Medir é importante: o que não é medido não é
gerenciado” (KAPLAN; NORTON, 1997)
ANÁLISE NAS DEMONSTRAÇÕES
ANÁLISE NAS DEMONSTRAÇÕES
A análise financeira deve ser um instrumento que
possibilite o gerenciamento a partir dos dados contábeis.
Assim, um dos fundamentos da análise financeira é
estabelecer métodos que permitam a comparabilidade.
Dentro da empresa, um dos aspectos relevantes é o
acompanhamento de tendência dos indicadores. A
importância desta percepção está na comparabilidade a
que foi referida, além de possibilitar eventualmente inferir
aspectos futuros da empresa.
METODOLOGIA E PROCESSO
ANÁLISE
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL
Os métodos de análise vertical e horizontal prestam valiosa
contribuição à estrutura e à tendência dos números de uma
empresa. De acordo com Pereira da Silva (2010, p. 198), a
análise vertical e horizontal pode auxiliar na análise dos
índices financeiros e em outros métodos de análise. No
entendimento de Matarazzo (2010, p. 170), por intermédio
da análise vertical e horizontal é possível conhecer
pormenores das demonstrações financeiras que escapam à
análise genérica por meio de índices.
ANÁLISE VERTICAL
Segundo Pereira da Silva (2010, p. 199), o primeiro
propósito da análise vertical (AV) é mostrar a participação
relativa de cada item de uma demonstração contábil em
relação a determinado referencial. O percentual de cada
conta revela sua real importância no conjunto. No
entendimento de Iudícibus (2010, p. 86), este tipo de análise
é importante para avaliar a estrutura da composição de
itens.
ANÁLISE VERTICAL
AV = RUBRICA X 100
BASE
Código Balanço Patrimonial 20X1
1 Ativo Total – AT 3.807
1.01 Ativo Circulante – AC 2.206
AV = Análise Vertical
Rubrica = conta contábil que queremos calcular (ex.: ativo circulante)
Base = no BP usamos o ativo total, na DRE usamos as Vendas Operac. Líquidas.
Exemplo:
ANÁLISE VERTICAL
Quanto ao cálculo podemos observar que a análise
vertical toma o ativo total como base 100%, de modo
que o ativo circulante representa 58% do total do ativo.
A análise vertical baseia-se em valores percentuais das
demonstrações financeiras e para isso se calcula o
percentual de cada conta em relação a um valor base.
ANÁLISE HORIZONTAL
Já na análise horizontal (AH), no entendimento de
Pereira da Silva (2010, p. 205), o propósito é permitir o
exame da evolução histórica de cada uma das contas de
uma série que compõe as demonstrações financeiras em
relação à demonstração anterior e/ou em relação a uma
demonstração financeira básica, geralmente a mais
antiga da série. A evolução de cada conta mostra os
caminhos trilhados pela empresa e as possíveis
tendências.
ANÁLISE HORIZONTAL
AH =
RUBRICA EM ANÁLISE EM Xn
X 100
RUBRICA EM ANÁLISE EM X1
Códig
o
Balanço Patrimonial 20X1 20X2
1 Ativo Total – AT 3.80
7
5.07
1
Tanto podemos utilizar a seguinte fórmula:
AH = Análise Horizontal
Xn = Rubrica em 20xn
X1 = Rubrica em 20x1
Exemplo:
ANÁLISE HORIZONTAL
AH = (
RUBRICA EM ANÁLISE EM Xn
RUBRICA EM ANÁLISE EM X1
) -1 ) X 100
AH = Análise Horizontal
Xn = Rubrica em 20xn
X1 = Rubrica em 20x1
Quanto Essa fórmula:
ANÁLISE POR ÍNDICES
Segundo PADOVEZE, o objetivo básico dos indicadores
econômico-financeiros é evidenciar a posição atual da
empresa, ao mesmo tempo em que tentam inferir o que pode
acontecer no futuro, com a empresa, caso aquela situação
detectada pelos indicadores tenha sequência.
O uso de quocientes (índices) tem como finalidade principal
permitir ao analista extrair tendências e comparar os
quocientes com padrões preestabelecidos.
A conjugação do uso de índices-padrão e de pesos possibilita
chegar-se a uma avaliação global da empresa analisada, o que
é de extrema utilidade nas tomadas de decisões.
ÍNDICES LIQUIDEZ
Os índices desse grupo evidenciam a base da situação
financeira da empresa, isto é, constituem uma apreciação
sobre sua capacidade de saldar compromissos a partir da
comparação entre os direitos disponíveis e realizáveis com as
obrigações da companhia. Uma empresa com índices de
liquidez superiores à unidade, em tese, tem condições de pagar
suas dívidas.
Cabe salientar que liquidez não é sinônimo de solvência.
Liquidez é a capacidade de liquidar as obrigações em dia, por
meio do giro dos negócios.
ÍNDICES LIQUIDEZ
Liquidez Corrente: Indica quanto a empresa possui em
dinheiro, mais bens e direitos realizáveis no curto prazo
(próximo exercício), comparado com suas dívidas a serem
pagas no mesmo período.
LC = Liquidez corrente
AC = Ativo Circulante
PC = Passivo Circulante
Código Balanço Patrimonial 20X1
1.01 Ativo Circulante – AC 2.206
2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
ÍNDICES LIQUIDEZ
Liquidez Seca: Indica quanto a empresa possui em
disponibilidades (dinheiro, depósitos bancários à vista e
aplicações financeiras de liquidez imediata), aplicações
financeiras de curto prazo e duplicatas a receber, para fazer
frente ante ao seu passivo circulante.
LS = Liquidez seca
AC = Ativo Circulante
Est = Estoques
PC = Passivo Circulante
Código Balanço Patrimonial 20X1
1.01 Ativo Circulante – AC 2.206
1.01.03 Estoques 587
2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
ÍNDICES LIQUIDEZ
Liquidez Geral: Indica quanto a empresa possui em dinheiro,
bens e direitos realizáveis a curto e longo prazos, para fazer
frente as suas dívidas totais (passivo exigível).
LG = Liquidez geral
AC = Ativo Circulante
RLP = Realizável L. Prazo
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
1.01 Ativo Circulante – AC 2.206
1.02.01 Realizávela LongoPrazo– RLP 231
2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
2.02 Passivo Não circulante 1.336
ÍNDICES ENDIVIDAMENTO
Conforme Marion (2010, p. 93) “são os indicadores de
endividamento que nos informam se a empresa se utiliza mais
de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários”. O
autor afirma que a partir destes indicadores é possível saber o
grau de comprometimento com obrigações e se os
vencimentos dos recursos de terceiros são na sua maioria a
curto ou longo prazo.
Os índices de endividamento decorrem das decisões
estratégicas da empresa, relacionadas às decisões financeiras
de investimentos, financiamento e distribuição de dividendos.
ÍNDICES ENDIVIDAMENTO
Participação de Capitais de Terceiros: Indica o percentual de
capital de terceiros em relação ao patrimônio líquido, ou
capital próprio, retratando a dependência da empresa em
relação aos recursos externos a ela.
PCT = Participação de Capitais de Terceiros
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
PL = Patrimônio Líquido
Código Balanço Patrimonial 20X1
2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
2.02 Passivo Não circulante - PNC 1.336
3 Patrimônio Líquido – PL 1.284
ÍNDICES ENDIVIDAMENTO
Composição de Endividamento: Indica quanto da dívida total
da empresa deverá ser paga no curto prazo, isto é, as
obrigações que vencem durante o próximo exercício,
comparadas com todo o exigível da empresa.
CE = Composição do Endividamento
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
Código Balanço Patrimonial 20X1
2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
2.02 Passivo Não circulante - PNC 1.336
ÍNDICES ENDIVIDAMENTO
Endividamento Geral: Esse indicador reforça as conclusões
tiradas a partir do índice Relação Entre as Fontes de Recursos,
revelando o percentual do ativo que é financiado por capitais
de terceiros.
CE = Composição do Endividamento
PC = Passivo Circulante
PNC = Passivo Não Circulante
Código Balanço Patrimonial 20X1
2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
2.02 Passivo Não circulante - PNC 1.336
1 Ativo Total – AT 3.807
ANÁLISE DE PRAZO MÉDIO
Conhecer e entender por meio das demonstrações financeiras,
quantos dias em média a empresa está precisando para
renovação de seus estoques; como podem ser calculados e
quantos dias em média, a empresa terá de esperar para
receber suas vendas e quantos dias, a empresa tem para pagar
suas compras.
Prazo Médio de Estoques (PME)
Prazo Médio de Recebimentos (PMR)
Prazo Médio de Pagamentos (PMP)
Prazo Médio de Estoque - PME
O prazo médio de estoques indica quantos dias, em média, os
produtos ficam armazenados na empresa antes de serem vendidos.
O volume de estoques mantidos por uma empresa decorre
fundamentalmente do seu volume de vendas e de sua política de
estocagem. Quanto maiores os estoques, mais recursos as empresas
estão comprometendo com os mesmos.
PME = Prazo médio de estoque
ESTm = Estoque médio
• considerando Ei = estoque inicial que é o valor do estoque final do ano anterior e Ef = estoque final do
exercício atual, dividindo o resultado da soma por dois.
CPV = Custo dos produtos vendidos
Dp = Dias do período considerado (360 dias para um ano)
PME =
ESTm X Dp
CMV
Prazo Médio de Estoque - PME
Código Balanço Patrimonial 20X1 20X2
1.01.03 Estoques 587 675
Código Demonstração do Resultado do Exercício 20X1 20X2
2 (-) Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos 3.870 4.059
Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular o estoque médio de 20X1 e 20X2
Uma vez encontrados os valores do estoque médio prosseguimos com a aplicação da fór-
mula de prazo médio de estoques:
GE =
360 = 6 giros no ano
56
GE =
Dp
PME
Prazo Médio de Recebimentos – PMR
O prazo médio de recebimento das vendas indica quantos dias, em
média, a empresa leva para receber suas vendas. Por meio dele
verifica-se a eficiência da administração na sua política de vendas a
prazo. O volume de duplicatas a receber é decorrência de dois
fatores básicos: montante de vendas a prazo e prazo concedido aos
clientes para pagamento.
PMR = Prazo médio de recebimento das vendas
DRm = Duplicatas a receber médio
• Considerando DRi = Duplicatas a receber inicial, que é o valor das duplicatas a receber ao final do ano anterior
e DRf = Duplicatas a receber ao final do exercício atual, dividindo o resultado da soma por dois. Esta conta, no
balanço patrimonial, é denominada de “Créditos”.
RL = Receita Líquida de Vendas e/ou serviços
Dp = Dias do período considerado (360 dias para um ano)
PMR =
DRm X Dp
RL
Prazo Médio de Recebimentos – PMR
Código Balanço Patrimonial 20X1 20X2
1.01.02 Créditos/Contas a receber/DR 583 737
Código Demonstração do Resultado do Exercício 20X1 20X2
1 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 5.402 5.670
Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular o índice Duplicatas a Receber
médio de 20X1 e 20X2
Uma vez encontrados os valores do “duplicatas a receber médio” prosseguimos com a
aplicação da fórmula de prazo médio de recebimento das vendas:
Prazo Médio de Pagamentos – PMP
O prazo médio de pagamento das compras indica quantos dias, em
média, a empresa tem para pagar seus fornecedores. A partir do
PMC podemos calcular o número de vezes em que são renovadas as
dívidas com fornecedores, ou seja, a rotação da conta que expressa
as compras a prazo, denominada fornecedores.
PMP = Prazo médio de pagamento das compras
DPm = Fornecedores médio
• considerando DPi = fornecedores inicial, que é o valor dos fornecedores final do ano anterior e DPf =
fornecedores final do exercício atual, dividindo o resultado da soma por dois.
MC = Montante de Compras ou Compras do período
Dp = Dias do período considerado (360 dias para um ano)
PMP =
DPm X Dp
MC
DPm =
DPi +DPf
2
Prazo Médio de Pagamentos – PMP
Código Balanço Patrimonial 20X1 20X2
1.01.03 Estoques 587 675
2.01.02 Fornecedores 349 511
Código Demonstração do Resultado do Exercício 20X1 20X2
2 (-) Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos 3.870 4.059
Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular os fornecedores médio de
20X1 e 20X2
DPm 20X2 =
349 + 511 = 430
2
MC = CMV + ESTf - ESTi
Uma vez encontrados os valores dos fornecedores médio, precisamos ainda encontrar o
montante de compras.
MC = Montante de compras
CMV = Custo dos produtos vendidos
ESTi = Estoque inicial (é o valor final dos estoques do exercício anterior) ESTf = Estoque final (é o valor dos estoques final do exercício
atual)
Prazo Médio de Pagamentos – PMP
Trata-se de uma informação indispensável para o cálculo do Prazo Médio de Compras.
Uma vez encontrados os valores dos fornecedores médio e do montante de compras,
pros- seguimos com a aplicação da fórmula de prazo médio de pagamento das compras:
PMP 20X2 = 430 X 360 = 37 dias
4.147
Análise de Ciclos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 1 Introdução à Gestão Financeira 06.04.2011
Aula 1   Introdução à Gestão Financeira 06.04.2011Aula 1   Introdução à Gestão Financeira 06.04.2011
Aula 1 Introdução à Gestão Financeira 06.04.2011Rafael Gonçalves
 
Departamento financeiro 1
Departamento financeiro 1Departamento financeiro 1
Departamento financeiro 1Hellen Almeida
 
Como constituir uma empresa
Como constituir uma empresaComo constituir uma empresa
Como constituir uma empresaNyedson Barbosa
 
Contabilidade geral conceitos
Contabilidade geral conceitosContabilidade geral conceitos
Contabilidade geral conceitosapostilacontabil
 
Planejamento orçamentário
Planejamento orçamentárioPlanejamento orçamentário
Planejamento orçamentáriofevechi
 
1000 exercicios resolvidos contabilidade
1000 exercicios resolvidos contabilidade1000 exercicios resolvidos contabilidade
1000 exercicios resolvidos contabilidaderazonetecontabil
 
Aula de Contabilidade Basica.ppt
Aula de Contabilidade Basica.pptAula de Contabilidade Basica.ppt
Aula de Contabilidade Basica.pptPedro Luis Moraes
 
Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)
Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)
Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)Adriano Bruni
 
CONTAS A PAGAR E RECEBER
CONTAS A PAGAR E RECEBERCONTAS A PAGAR E RECEBER
CONTAS A PAGAR E RECEBEREdno Santos
 
Aula 01Senac Contas a Pagar, Receber
Aula 01Senac Contas a Pagar, ReceberAula 01Senac Contas a Pagar, Receber
Aula 01Senac Contas a Pagar, ReceberFabiano Moura
 
Aula 4-analise-vertical-e-horizontal
Aula 4-analise-vertical-e-horizontalAula 4-analise-vertical-e-horizontal
Aula 4-analise-vertical-e-horizontalReginaldo Santana
 
Contabilidade de Custos - Conceitos Básicos
Contabilidade de Custos - Conceitos BásicosContabilidade de Custos - Conceitos Básicos
Contabilidade de Custos - Conceitos BásicosDiego Lopes
 
Historia da contabilidade
Historia da contabilidadeHistoria da contabilidade
Historia da contabilidadeLara Alves
 

Mais procurados (20)

Aula 1 Introdução à Gestão Financeira 06.04.2011
Aula 1   Introdução à Gestão Financeira 06.04.2011Aula 1   Introdução à Gestão Financeira 06.04.2011
Aula 1 Introdução à Gestão Financeira 06.04.2011
 
Tesouraria
TesourariaTesouraria
Tesouraria
 
Contabilidade comercial
Contabilidade comercialContabilidade comercial
Contabilidade comercial
 
Departamento financeiro 1
Departamento financeiro 1Departamento financeiro 1
Departamento financeiro 1
 
Como constituir uma empresa
Como constituir uma empresaComo constituir uma empresa
Como constituir uma empresa
 
Contabilidade geral conceitos
Contabilidade geral conceitosContabilidade geral conceitos
Contabilidade geral conceitos
 
Orçamento
OrçamentoOrçamento
Orçamento
 
Planejamento orçamentário
Planejamento orçamentárioPlanejamento orçamentário
Planejamento orçamentário
 
1000 exercicios resolvidos contabilidade
1000 exercicios resolvidos contabilidade1000 exercicios resolvidos contabilidade
1000 exercicios resolvidos contabilidade
 
Análise de Crédito
Análise de CréditoAnálise de Crédito
Análise de Crédito
 
Aula de Contabilidade Basica.ppt
Aula de Contabilidade Basica.pptAula de Contabilidade Basica.ppt
Aula de Contabilidade Basica.ppt
 
Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)
Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)
Aulas de Custos (Margem de Contribuicao)
 
Contabilidade geral ppt
Contabilidade geral   pptContabilidade geral   ppt
Contabilidade geral ppt
 
CONTAS A PAGAR E RECEBER
CONTAS A PAGAR E RECEBERCONTAS A PAGAR E RECEBER
CONTAS A PAGAR E RECEBER
 
Treinamento de gestão de contas a pagar
Treinamento de gestão de contas a pagarTreinamento de gestão de contas a pagar
Treinamento de gestão de contas a pagar
 
Aula 01Senac Contas a Pagar, Receber
Aula 01Senac Contas a Pagar, ReceberAula 01Senac Contas a Pagar, Receber
Aula 01Senac Contas a Pagar, Receber
 
Aula 4-analise-vertical-e-horizontal
Aula 4-analise-vertical-e-horizontalAula 4-analise-vertical-e-horizontal
Aula 4-analise-vertical-e-horizontal
 
Contabilidade de Custos - Conceitos Básicos
Contabilidade de Custos - Conceitos BásicosContabilidade de Custos - Conceitos Básicos
Contabilidade de Custos - Conceitos Básicos
 
Contabilidade Basica
Contabilidade BasicaContabilidade Basica
Contabilidade Basica
 
Historia da contabilidade
Historia da contabilidadeHistoria da contabilidade
Historia da contabilidade
 

Semelhante a Análise das demonstrações contábeis - Aula.pptx

Apostila i analise de balancos
Apostila i   analise de balancosApostila i   analise de balancos
Apostila i analise de balancoszeramento contabil
 
Os usuários da informação contábil
Os usuários da informação contábilOs usuários da informação contábil
Os usuários da informação contábilalir franco
 
Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02
Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02
Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02Josélia Mendes
 
Analise das Demonstrações Financeiras
Analise das Demonstrações FinanceirasAnalise das Demonstrações Financeiras
Analise das Demonstrações FinanceirasIsabel Castilho
 
aula-4-analise-vertical-e-horizontal.ppt
aula-4-analise-vertical-e-horizontal.pptaula-4-analise-vertical-e-horizontal.ppt
aula-4-analise-vertical-e-horizontal.pptLeonel Ferreira
 
Índices Econômicos Financeiros - Material
Índices Econômicos Financeiros - MaterialÍndices Econômicos Financeiros - Material
Índices Econômicos Financeiros - Materialgenesismatematicaofi
 
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises Bagagi
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises BagagiAdministração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises Bagagi
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises BagagiMoises Bagagi
 
Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...
Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...
Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...CEZAR MACHADO
 
Introdução à análise das demonstrações contábeis
Introdução à análise das demonstrações contábeisIntrodução à análise das demonstrações contábeis
Introdução à análise das demonstrações contábeisGilmar Seco Peres
 
Aps estrutura das demonstrações contábeis sebastiao
Aps   estrutura das demonstrações contábeis sebastiaoAps   estrutura das demonstrações contábeis sebastiao
Aps estrutura das demonstrações contábeis sebastiaoSebastião Matos
 
MasterclassV_AnaliseFinanceiranaGestaoEmpresarial.pdf
MasterclassV_AnaliseFinanceiranaGestaoEmpresarial.pdfMasterclassV_AnaliseFinanceiranaGestaoEmpresarial.pdf
MasterclassV_AnaliseFinanceiranaGestaoEmpresarial.pdfMadalenoVicente
 
Introdução Análise de Balanços
Introdução Análise de BalançosIntrodução Análise de Balanços
Introdução Análise de BalançosJeferson Souza
 
Analis demons financeiras
Analis demons financeirasAnalis demons financeiras
Analis demons financeirasVANDA20002
 
Gp contabilidade slides de aula unidade iv
Gp contabilidade slides de aula   unidade ivGp contabilidade slides de aula   unidade iv
Gp contabilidade slides de aula unidade ivClaudia Patricia
 

Semelhante a Análise das demonstrações contábeis - Aula.pptx (20)

Apostila i analise de balancos
Apostila i   analise de balancosApostila i   analise de balancos
Apostila i analise de balancos
 
Os usuários da informação contábil
Os usuários da informação contábilOs usuários da informação contábil
Os usuários da informação contábil
 
Aula 2.ppt
Aula 2.pptAula 2.ppt
Aula 2.ppt
 
AULA 07 - 20NOV2019.ppt
AULA 07 - 20NOV2019.pptAULA 07 - 20NOV2019.ppt
AULA 07 - 20NOV2019.ppt
 
Analise 1.pptx
Analise 1.pptxAnalise 1.pptx
Analise 1.pptx
 
Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02
Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02
Analisededemonstraesfinanceiras 100209192341-phpapp02
 
Aula fiscal 01 apostila
Aula fiscal 01   apostilaAula fiscal 01   apostila
Aula fiscal 01 apostila
 
Analise das Demonstrações Financeiras
Analise das Demonstrações FinanceirasAnalise das Demonstrações Financeiras
Analise das Demonstrações Financeiras
 
aula-4-analise-vertical-e-horizontal.ppt
aula-4-analise-vertical-e-horizontal.pptaula-4-analise-vertical-e-horizontal.ppt
aula-4-analise-vertical-e-horizontal.ppt
 
4 aud fiscal-apostila
4 aud fiscal-apostila4 aud fiscal-apostila
4 aud fiscal-apostila
 
Índices Econômicos Financeiros - Material
Índices Econômicos Financeiros - MaterialÍndices Econômicos Financeiros - Material
Índices Econômicos Financeiros - Material
 
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises Bagagi
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises BagagiAdministração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises Bagagi
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises Bagagi
 
Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...
Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...
Indicadores financeiros (2)( apenas para estudo e consultas(sem valor para av...
 
Introdução à análise das demonstrações contábeis
Introdução à análise das demonstrações contábeisIntrodução à análise das demonstrações contábeis
Introdução à análise das demonstrações contábeis
 
Analise+das+demonstrações+financeiras
Analise+das+demonstrações+financeirasAnalise+das+demonstrações+financeiras
Analise+das+demonstrações+financeiras
 
Aps estrutura das demonstrações contábeis sebastiao
Aps   estrutura das demonstrações contábeis sebastiaoAps   estrutura das demonstrações contábeis sebastiao
Aps estrutura das demonstrações contábeis sebastiao
 
MasterclassV_AnaliseFinanceiranaGestaoEmpresarial.pdf
MasterclassV_AnaliseFinanceiranaGestaoEmpresarial.pdfMasterclassV_AnaliseFinanceiranaGestaoEmpresarial.pdf
MasterclassV_AnaliseFinanceiranaGestaoEmpresarial.pdf
 
Introdução Análise de Balanços
Introdução Análise de BalançosIntrodução Análise de Balanços
Introdução Análise de Balanços
 
Analis demons financeiras
Analis demons financeirasAnalis demons financeiras
Analis demons financeiras
 
Gp contabilidade slides de aula unidade iv
Gp contabilidade slides de aula   unidade ivGp contabilidade slides de aula   unidade iv
Gp contabilidade slides de aula unidade iv
 

Análise das demonstrações contábeis - Aula.pptx

  • 1. Análise das Demonstrações Contábeis ANÁLISE NAS DEMONSTRAÇÕES Prof. Sergio Pontes de Araújo
  • 2. CONCEITOS Segundo o Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, ANALISAR é: 1. fazer análise de; separar (um todo) em seus elementos ou partes componentes; 2. investigar, examinar minuciosamente; esquadrinhar, dissecar (...). Segundo Hugo R. Braga “a análise das demonstrações financeiras tem por objetivo observar e confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando ao conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar os fatores antecedentes e determinantes da situação atual, e, também, a servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro da empresa (p. 117)”.
  • 3. DADOS X INFORMAÇÕES Isso é o mesmo que dizer que a Análise de Balanços tem o objetivo de extrair informações das demonstrações financeiras para subsidiar a tomada de decisões. Ela permite conhecer os efeitos das decisões adotadas no passado e as causas determinantes do estado atual, servindo de orientação para a elaboração de planos futuros. Segundo MATARAZZO, as demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com doutrinamento contábil. A análise sobre as referidas demonstrações transforma esses dados em informações e será mais eficiente quanto melhores informações produzir.
  • 4. DADOS X INFORMAÇÕES Dados: São números ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação imediata no usuário. Informações: Representam, para seus usuários, uma comunicação que pode produzir reação ou decisão, frequentemente acompanhada de um efeito-surpresa. “Medir é importante: o que não é medido não é gerenciado” (KAPLAN; NORTON, 1997)
  • 6. ANÁLISE NAS DEMONSTRAÇÕES A análise financeira deve ser um instrumento que possibilite o gerenciamento a partir dos dados contábeis. Assim, um dos fundamentos da análise financeira é estabelecer métodos que permitam a comparabilidade. Dentro da empresa, um dos aspectos relevantes é o acompanhamento de tendência dos indicadores. A importância desta percepção está na comparabilidade a que foi referida, além de possibilitar eventualmente inferir aspectos futuros da empresa.
  • 8. ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL Os métodos de análise vertical e horizontal prestam valiosa contribuição à estrutura e à tendência dos números de uma empresa. De acordo com Pereira da Silva (2010, p. 198), a análise vertical e horizontal pode auxiliar na análise dos índices financeiros e em outros métodos de análise. No entendimento de Matarazzo (2010, p. 170), por intermédio da análise vertical e horizontal é possível conhecer pormenores das demonstrações financeiras que escapam à análise genérica por meio de índices.
  • 9. ANÁLISE VERTICAL Segundo Pereira da Silva (2010, p. 199), o primeiro propósito da análise vertical (AV) é mostrar a participação relativa de cada item de uma demonstração contábil em relação a determinado referencial. O percentual de cada conta revela sua real importância no conjunto. No entendimento de Iudícibus (2010, p. 86), este tipo de análise é importante para avaliar a estrutura da composição de itens.
  • 10. ANÁLISE VERTICAL AV = RUBRICA X 100 BASE Código Balanço Patrimonial 20X1 1 Ativo Total – AT 3.807 1.01 Ativo Circulante – AC 2.206 AV = Análise Vertical Rubrica = conta contábil que queremos calcular (ex.: ativo circulante) Base = no BP usamos o ativo total, na DRE usamos as Vendas Operac. Líquidas. Exemplo:
  • 11. ANÁLISE VERTICAL Quanto ao cálculo podemos observar que a análise vertical toma o ativo total como base 100%, de modo que o ativo circulante representa 58% do total do ativo. A análise vertical baseia-se em valores percentuais das demonstrações financeiras e para isso se calcula o percentual de cada conta em relação a um valor base.
  • 12. ANÁLISE HORIZONTAL Já na análise horizontal (AH), no entendimento de Pereira da Silva (2010, p. 205), o propósito é permitir o exame da evolução histórica de cada uma das contas de uma série que compõe as demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série. A evolução de cada conta mostra os caminhos trilhados pela empresa e as possíveis tendências.
  • 13. ANÁLISE HORIZONTAL AH = RUBRICA EM ANÁLISE EM Xn X 100 RUBRICA EM ANÁLISE EM X1 Códig o Balanço Patrimonial 20X1 20X2 1 Ativo Total – AT 3.80 7 5.07 1 Tanto podemos utilizar a seguinte fórmula: AH = Análise Horizontal Xn = Rubrica em 20xn X1 = Rubrica em 20x1 Exemplo:
  • 14. ANÁLISE HORIZONTAL AH = ( RUBRICA EM ANÁLISE EM Xn RUBRICA EM ANÁLISE EM X1 ) -1 ) X 100 AH = Análise Horizontal Xn = Rubrica em 20xn X1 = Rubrica em 20x1 Quanto Essa fórmula:
  • 15. ANÁLISE POR ÍNDICES Segundo PADOVEZE, o objetivo básico dos indicadores econômico-financeiros é evidenciar a posição atual da empresa, ao mesmo tempo em que tentam inferir o que pode acontecer no futuro, com a empresa, caso aquela situação detectada pelos indicadores tenha sequência. O uso de quocientes (índices) tem como finalidade principal permitir ao analista extrair tendências e comparar os quocientes com padrões preestabelecidos. A conjugação do uso de índices-padrão e de pesos possibilita chegar-se a uma avaliação global da empresa analisada, o que é de extrema utilidade nas tomadas de decisões.
  • 16. ÍNDICES LIQUIDEZ Os índices desse grupo evidenciam a base da situação financeira da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre sua capacidade de saldar compromissos a partir da comparação entre os direitos disponíveis e realizáveis com as obrigações da companhia. Uma empresa com índices de liquidez superiores à unidade, em tese, tem condições de pagar suas dívidas. Cabe salientar que liquidez não é sinônimo de solvência. Liquidez é a capacidade de liquidar as obrigações em dia, por meio do giro dos negócios.
  • 17. ÍNDICES LIQUIDEZ Liquidez Corrente: Indica quanto a empresa possui em dinheiro, mais bens e direitos realizáveis no curto prazo (próximo exercício), comparado com suas dívidas a serem pagas no mesmo período. LC = Liquidez corrente AC = Ativo Circulante PC = Passivo Circulante Código Balanço Patrimonial 20X1 1.01 Ativo Circulante – AC 2.206 2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
  • 18. ÍNDICES LIQUIDEZ Liquidez Seca: Indica quanto a empresa possui em disponibilidades (dinheiro, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras de liquidez imediata), aplicações financeiras de curto prazo e duplicatas a receber, para fazer frente ante ao seu passivo circulante. LS = Liquidez seca AC = Ativo Circulante Est = Estoques PC = Passivo Circulante Código Balanço Patrimonial 20X1 1.01 Ativo Circulante – AC 2.206 1.01.03 Estoques 587 2.01 Passivo Circulante – PC 1.187
  • 19. ÍNDICES LIQUIDEZ Liquidez Geral: Indica quanto a empresa possui em dinheiro, bens e direitos realizáveis a curto e longo prazos, para fazer frente as suas dívidas totais (passivo exigível). LG = Liquidez geral AC = Ativo Circulante RLP = Realizável L. Prazo PC = Passivo Circulante PNC = Passivo Não Circulante 1.01 Ativo Circulante – AC 2.206 1.02.01 Realizávela LongoPrazo– RLP 231 2.01 Passivo Circulante – PC 1.187 2.02 Passivo Não circulante 1.336
  • 20. ÍNDICES ENDIVIDAMENTO Conforme Marion (2010, p. 93) “são os indicadores de endividamento que nos informam se a empresa se utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários”. O autor afirma que a partir destes indicadores é possível saber o grau de comprometimento com obrigações e se os vencimentos dos recursos de terceiros são na sua maioria a curto ou longo prazo. Os índices de endividamento decorrem das decisões estratégicas da empresa, relacionadas às decisões financeiras de investimentos, financiamento e distribuição de dividendos.
  • 21. ÍNDICES ENDIVIDAMENTO Participação de Capitais de Terceiros: Indica o percentual de capital de terceiros em relação ao patrimônio líquido, ou capital próprio, retratando a dependência da empresa em relação aos recursos externos a ela. PCT = Participação de Capitais de Terceiros PC = Passivo Circulante PNC = Passivo Não Circulante PL = Patrimônio Líquido Código Balanço Patrimonial 20X1 2.01 Passivo Circulante – PC 1.187 2.02 Passivo Não circulante - PNC 1.336 3 Patrimônio Líquido – PL 1.284
  • 22. ÍNDICES ENDIVIDAMENTO Composição de Endividamento: Indica quanto da dívida total da empresa deverá ser paga no curto prazo, isto é, as obrigações que vencem durante o próximo exercício, comparadas com todo o exigível da empresa. CE = Composição do Endividamento PC = Passivo Circulante PNC = Passivo Não Circulante Código Balanço Patrimonial 20X1 2.01 Passivo Circulante – PC 1.187 2.02 Passivo Não circulante - PNC 1.336
  • 23. ÍNDICES ENDIVIDAMENTO Endividamento Geral: Esse indicador reforça as conclusões tiradas a partir do índice Relação Entre as Fontes de Recursos, revelando o percentual do ativo que é financiado por capitais de terceiros. CE = Composição do Endividamento PC = Passivo Circulante PNC = Passivo Não Circulante Código Balanço Patrimonial 20X1 2.01 Passivo Circulante – PC 1.187 2.02 Passivo Não circulante - PNC 1.336 1 Ativo Total – AT 3.807
  • 24. ANÁLISE DE PRAZO MÉDIO Conhecer e entender por meio das demonstrações financeiras, quantos dias em média a empresa está precisando para renovação de seus estoques; como podem ser calculados e quantos dias em média, a empresa terá de esperar para receber suas vendas e quantos dias, a empresa tem para pagar suas compras. Prazo Médio de Estoques (PME) Prazo Médio de Recebimentos (PMR) Prazo Médio de Pagamentos (PMP)
  • 25. Prazo Médio de Estoque - PME O prazo médio de estoques indica quantos dias, em média, os produtos ficam armazenados na empresa antes de serem vendidos. O volume de estoques mantidos por uma empresa decorre fundamentalmente do seu volume de vendas e de sua política de estocagem. Quanto maiores os estoques, mais recursos as empresas estão comprometendo com os mesmos. PME = Prazo médio de estoque ESTm = Estoque médio • considerando Ei = estoque inicial que é o valor do estoque final do ano anterior e Ef = estoque final do exercício atual, dividindo o resultado da soma por dois. CPV = Custo dos produtos vendidos Dp = Dias do período considerado (360 dias para um ano) PME = ESTm X Dp CMV
  • 26. Prazo Médio de Estoque - PME Código Balanço Patrimonial 20X1 20X2 1.01.03 Estoques 587 675 Código Demonstração do Resultado do Exercício 20X1 20X2 2 (-) Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos 3.870 4.059 Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular o estoque médio de 20X1 e 20X2 Uma vez encontrados os valores do estoque médio prosseguimos com a aplicação da fór- mula de prazo médio de estoques: GE = 360 = 6 giros no ano 56 GE = Dp PME
  • 27. Prazo Médio de Recebimentos – PMR O prazo médio de recebimento das vendas indica quantos dias, em média, a empresa leva para receber suas vendas. Por meio dele verifica-se a eficiência da administração na sua política de vendas a prazo. O volume de duplicatas a receber é decorrência de dois fatores básicos: montante de vendas a prazo e prazo concedido aos clientes para pagamento. PMR = Prazo médio de recebimento das vendas DRm = Duplicatas a receber médio • Considerando DRi = Duplicatas a receber inicial, que é o valor das duplicatas a receber ao final do ano anterior e DRf = Duplicatas a receber ao final do exercício atual, dividindo o resultado da soma por dois. Esta conta, no balanço patrimonial, é denominada de “Créditos”. RL = Receita Líquida de Vendas e/ou serviços Dp = Dias do período considerado (360 dias para um ano) PMR = DRm X Dp RL
  • 28. Prazo Médio de Recebimentos – PMR Código Balanço Patrimonial 20X1 20X2 1.01.02 Créditos/Contas a receber/DR 583 737 Código Demonstração do Resultado do Exercício 20X1 20X2 1 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 5.402 5.670 Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular o índice Duplicatas a Receber médio de 20X1 e 20X2 Uma vez encontrados os valores do “duplicatas a receber médio” prosseguimos com a aplicação da fórmula de prazo médio de recebimento das vendas:
  • 29. Prazo Médio de Pagamentos – PMP O prazo médio de pagamento das compras indica quantos dias, em média, a empresa tem para pagar seus fornecedores. A partir do PMC podemos calcular o número de vezes em que são renovadas as dívidas com fornecedores, ou seja, a rotação da conta que expressa as compras a prazo, denominada fornecedores. PMP = Prazo médio de pagamento das compras DPm = Fornecedores médio • considerando DPi = fornecedores inicial, que é o valor dos fornecedores final do ano anterior e DPf = fornecedores final do exercício atual, dividindo o resultado da soma por dois. MC = Montante de Compras ou Compras do período Dp = Dias do período considerado (360 dias para um ano) PMP = DPm X Dp MC DPm = DPi +DPf 2
  • 30. Prazo Médio de Pagamentos – PMP Código Balanço Patrimonial 20X1 20X2 1.01.03 Estoques 587 675 2.01.02 Fornecedores 349 511 Código Demonstração do Resultado do Exercício 20X1 20X2 2 (-) Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos 3.870 4.059 Devemos observar que neste exemplo poderemos calcular os fornecedores médio de 20X1 e 20X2 DPm 20X2 = 349 + 511 = 430 2 MC = CMV + ESTf - ESTi Uma vez encontrados os valores dos fornecedores médio, precisamos ainda encontrar o montante de compras. MC = Montante de compras CMV = Custo dos produtos vendidos ESTi = Estoque inicial (é o valor final dos estoques do exercício anterior) ESTf = Estoque final (é o valor dos estoques final do exercício atual)
  • 31. Prazo Médio de Pagamentos – PMP Trata-se de uma informação indispensável para o cálculo do Prazo Médio de Compras. Uma vez encontrados os valores dos fornecedores médio e do montante de compras, pros- seguimos com a aplicação da fórmula de prazo médio de pagamento das compras: PMP 20X2 = 430 X 360 = 37 dias 4.147