O documento discute demonstrações financeiras, formas de análise e informações internas e externas. As demonstrações financeiras incluem o balanço patrimonial, demonstração de resultado, demonstração de fluxo de caixa e outras. O documento também discute os principais usuários, características e análises das demonstrações financeiras, incluindo análises vertical e horizontal e índices de liquidez, atividade, endividamento, rentabilidade e lucratividade.
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
AULA 07 - 20NOV2019.ppt
1. CONTEÚDO DESTA AULA
Demonstrações Financeiras.
Formas de Análise de
Demonstrativos Financeiros.
Informações Internas.
Informações Externas.
2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras podem ser consideradas como o
produto final do processo de apuração contábil. Contém dados
extraídos dos livros, registros e documentos que compõem o
sistema contábil de uma empresa.
Segundo as leis nº 11638 e nº 11941 temos as seguintes
demonstrações financeiras:
• Balanço Patrimonial
• Demonstração de Resultado do Exercício
• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
• Demonstração dos Fluxos de Caixa
• DVA - Demonstrativo do Valor Adicionado (para Cia Aberta)
3. PRINCIPAIS USUÁRIOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
SÓCIOS, ACIONISTAS E QUOTISTAS
ADMINISTRADORES
FORNECEDORES
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
GOVERNO
4. PRINCIPAIS USUÁRIOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Sócio, ou sócia, é a denominação que recebe cada uma das
partes em um contrato de sociedade. Mediante esse
contrato, cada um dos sócios se compromete a aportar um
capital a uma sociedade, normalmente com uma finalidade
empresarial.
Todas as empresas com personalidade jurídica possuem
dois tipos de participação societária. É importante
conhecer as diferenças básicas entre esses dois tipos de
participação societária para que as pequenas e médias
empresas tomem decisões mais informadas ao definir como
será a participação de cada sócio.
5. PRINCIPAIS USUÁRIOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Nas sociedades limitadas, o Capital Social, definido no
Contrato Social, é a soma dos recursos aportados pelos
sócios para compor o patrimônio da empresa. Ele é
dividido em quotas, que podem ser integralizadas em
dinheiro ou bens.
O que diferencia as pessoas que possuem parcelas desse
Capital Social é a função desempenhada no negócio, a
remuneração a que têm direito e suas responsabilidades
perante a sociedade.
6. PRINCIPAIS USUÁRIOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
O sócio-administrador, como o próprio nome indica, é o
responsável por desempenhar todas as funções administrativas
da empresa. É ele quem conduz o dia a dia do negócio,
assinando documentos, respondendo legalmente pela
sociedade, realizando empréstimos e outras ações gerenciais.
Por outro lado, o sócio-quotista não tem qualquer envolvimento
nas atividades administrativas da sociedade. Ainda assim, ele
tem direito à divisão dos lucros, tendo em vista que também
integrou uma parte do Capital Social para montar a empresa.
Acionista é a pessoa natural ou jurídica, proprietária de ações
de um dos tipos de Sociedades Anônimas ou Sociedade em
comandita por ações.
7. CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
BALANÇO PATRIMONIAL
Conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma
entidade empresarial num determinado momento,
susceptíveis de avaliação econômica. Trata-se do
demonstrativo que visa apresentar a situação financeira e
patrimonial da empresa em um determinado momento, ou
seja em uma data específica.
8. CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS – BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE
- Realizável a longo prazo - Exigível a longo prazo
- Investimentos
- Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO
- Intangível
9. CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
A demonstração de resultados do exercício tem como
objetivo básico, apurar o lucro ou prejuízo obtido pela
empresa durante determinado período (exercício social),
com base no regime de competência, independente do que
foi efetivamente pago e/ou recebido.
10. CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO
Receita bruta de vendas de bens ou serviços
(-) Impostos sobre vendas
(-) Devoluções, descontos e abatimentos
(=) Receita operacional líquida
(-) Custo da mercadoria / produto / serviço vendido
(=) Resultado bruto
(-) Despesas administrativas
(-) Despesas comerciais
= Resultado Operacional da Atividade ou Lucro Operacional Próprio
(-) Resultado financeiro líquido (receitas financeiras – despesas financeiras)
(-) Outras receitas/despesas operacionais
(=) Resultado operacional
(-) Receitas não operacionais
(-) Despesas não operacionais
(=) Resultado antes do imposto de renda
(-) Provisão para imposto de renda
(-) Participações no lucro
(=) Lucro ou Prejuízo líquido do exercício
11. CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Esta demonstração nos permite detalhar as principais
modificações que afetaram o patrimônio líquido no período.
Através dela podemos verificar as destinações do resultado
obtido no período, se ocorreram modificações no capital
social através de novos aportes de recursos dos sócios, se
foram constituídas reservas decorrentes de processos de
reavaliação de ativos da empresa, dentre outras situações.
12. CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA
Segundo Silva (2008) “o fluxo de caixa (cash flow) é
considerado por muitos analistas um dos principais
instrumentos de análise, propiciando-lhes identificar o
processo de circulação do dinheiro, através da variação de
caixa (e equivalentes).
A análise do fluxo de caixa examina a origem e aplicação do
dinheiro que transitou pela empresa.”
13. CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
“A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é o informe
contábil que evidencia, de forma sintética, os valores
correspondentes à formação da riqueza gerada pela empresa
em determinado período e sua respectiva distribuição”.
A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor
adicionado, é calculada a partir da diferença entre o valor
de sua produção e o dos bens e serviços produzidos por
terceiros utilizados no processo de produção da empresa.
Conforme Júlio César Zanluca
14. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A Análise das Demonstrações Financeiras visa relatar, com
base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a
posição econômico-financeira atual, as causas que
determinaram a evolução apresentada e as tendências
futuras.
Em outras palavras, pela análise das demonstrações
financeiras extraem-se informações sobre a posição passada,
presente e futura (projetada) de uma empresa.
15. Metodologias de Análise
Análise Vertical
A Análise Vertical é obtida pela transformação dos valores de
um grupo qualquer dos demonstrativos contábeis em
percentuais; com isso, podemos visualizar melhor a
importância de cada grupo no total que estamos
considerando.
A análise vertical é a técnica mais simples e também uma
das mais completas para a realização da análise econômico-
financeira. Ela mede PROPORÇÕES entre valores, ajudando-
nos a determinar quais as contas de maior importância e
relevância para a análise.
16. Metodologias de Análise
Análise Horizontal
A Análise Horizontal mostra evolução histórica dos itens dos
demonstrativos contábeis de um período para outro, visando
caracterizar tendências.
É sempre realizada através de índices. O índice do ano-base
é 100 e os anos subsequentes são expressos em relação ao
ano-base.
35. Metodologias de Análise
Análise por Quocientes / Índices
Quociente, como o próprio nome indica, é o resultado da
divisão de um grupo de contas por outro grupo de contas.
Saber extrair informações úteis desses quocientes (índices) é
o ponto forte da Análise das Demonstrações Financeiras.
Depois de obtermos o índice, não devemos de imediato
afirmar que ele é ruim, regular ou bom. É necessário:
a) compará-lo com o índice do setor de atividade da
empresa;
b) verificar se ele foi apurado de forma consistente;
c) examinar uma série histórica (vários balanços).
36. Metodologias de Análise
Análise por Quocientes / Índices
Podemos, na Análise das Demonstrações Financeiras, dividir
os índices em quatro grupos:
a) Índices de Liquidez
b) Índices da Atividade ou Operacionais
c) Índices de Estrutura de Capital ou Endividamento
d) Índices de Rentabilidade e Lucratividade
37. Metodologias de Análise
ÍNDICES DE LIQUIDEZ
A saúde financeira de uma operação empresarial, em
determinado momento , pode ser avaliada pela capacidade
de cobertura das exigibilidades de curto prazo e de longo
prazo, ou seja, pelos níveis de liquidez observados.
De forma mais simples, os índices de liquidez avaliam
quantos reais a empresa dispõe nos seus Ativos para fazer
face aos compromisso/obrigações assumidas que estão
contempladas nos seus Passivos.
45. ENDIVIDAMENTO / ESTRUTURA DE CAPITAL
A estrutura de capital significa como a apresenta utiliza os
seus recursos próprios ou os recursos de terceiros para
financiar suas atividade ou seus ativos.
É comum a empresa utilizar recursos de terceiros como
forma complementar para financiamento de suas atividades,
e o importante da análise está na verificação da composição
do endividamento, a qual pode comprometer em menor ou
maior escala a sua saúde financeira.
46. ENDIVIDAMENTO / ESTRUTURA DE CAPITAL
ENDIVIDAMENTO DE CURTO PRAZO
ENDIVIDAMENTO A LONGO PRAZO
ENDIVIDAMENTO GERAL
52. LUCRATIVIDADE x RENTABILIDADE
A lucratividade é um indicador utilizado para apontar o ganho de
uma empresa em relação à atividade que ela desenvolve. Ela
aponta se o negócio está justificando ou não a operação, ou
seja, se as vendas são suficientes para pagar os custos e as
despesas e ainda gerar lucro.
A lucratividade de um empreendimento é apurada em valor
percentual, em um cálculo que considera o lucro líquido (lucro
após dedução de custos e despesas) e a receita bruta (valor das
vendas) do empreendimento.
Esta é a fórmula utilizada para o cálculo de lucratividade:
Lucratividade = (lucro líquido/receita bruta) x 100
53. LUCRATIVIDADE x RENTABILIDADE
Imagine que, em uma fábrica que produz eletrodomésticos, cada
ventilador é vendido por R$ 120.
Deste valor, R$ 30 acabam custeando os impostos, R$ 25 se
referem à matéria-prima e outros R$ 25 custeiam a mão de obra.
Dessa forma, a cada peça vendida, R$ 80 são utilizados para o
pagamento de custos e despesas e o que sobra corresponde ao
lucro líquido que, nesse caso, é de R$ 40 por mercadoria
vendida.
Assim, se em um mês a empresa vende 200 ventiladores, sua
receita bruta (total das vendas) corresponde a R$ 24 mil (200 x
120), enquanto seu lucro líquido é de R$ 8 mil (200 x 40). Nesse
caso, o cálculo seria feito desta maneira:
54. LUCRATIVIDADE x RENTABILIDADE
Lucratividade = (8/24) x 100
Lucratividade = 0,33 x 100
Lucratividade = 33,3%
Ao analisar o indicador de lucratividade, é importante verificar
se o resultado atende aquilo que foi estabelecido no
planejamento estratégico da empresa.
A partir dessa avaliação, é possível propor mudanças nos
processos, como a substituição de matéria-prima para reduzir
custos, a alteração de regime tributário, quando possível, ou
uma modificação no quadro de funcionários.
55. LUCRATIVIDADE x RENTABILIDADE
Também é indicado que, além de avaliar a sua lucratividade, a
empresa compare os seus resultados com os de
empreendimentos do mesmo segmento para verificar se são
semelhantes à média do mercado.
De forma geral, quanto maior a lucratividade, melhor para o
negócio.
Da mesma forma que o indicador de lucratividade, o índice de
rentabilidade se baseia no lucro líquido e tem seu resultado em
valor percentual. A diferença é que ele serve para medir o
retorno que um investimento pode proporcionar ao negócio.
56. LUCRATIVIDADE x RENTABILIDADE
O cálculo de rentabilidade é realizado desta maneira:
Rentabilidade = (lucro líquido/investimento) x 100
Imagine que a empresa do nosso exemplo, que produz
eletrodomésticos, tenha investido R$ 20 mil em marketing para
impulsionar a venda dos ventiladores durante o verão, gerando
a venda de 1.500 unidades na estação a R$ 120 cada.
Isso gerou um lucro líquido de R$ 40 por produto ― R$ 60 mil
(1.500 x 40) no total.
Nesse caso, o cálculo seria estruturado dessa forma:
57. LUCRATIVIDADE x RENTABILIDADE
Rentabilidade = (60.000/20.000) x 100
Rentabilidade = 3 x 100
Rentabilidade = 300%
Isso significa que a cada R$ 1 investido, a empresa obteve um
retorno de R$ 3.
Os indicadores de lucratividade e rentabilidade são utilizados
para analisar fatores diferentes em relação às operações de uma
empresa.
Porém, eles devem ser avaliados sempre de forma conjunta. Isso
porque uma empresa pode ser rentável mesmo sem ser lucrativa
ou, ainda, ser lucrativa sem obter um retorno positivo com os
investimentos.
58. LUCRATIVIDADE x RENTABILIDADE
Imagine, por exemplo, que uma empresa tenha lucratividade
de 25%, um resultado positivo para pequenos negócios, mas
que sua rentabilidade seja de 10%, ou seja, o retorno não paga
nem mesmo o investimento.
O contrário também pode ocorrer: uma empresa com 300% de
rentabilidade, isto é, que obtém o triplo do valor que investe,
pode ter uma lucratividade pequena, pois os custos e as
despesas da sua operação são muito altos e consomem grande
parte da receita, interferindo no lucro líquido.
Um resultado positivo pode mascarar um índice negativo e, por
isso, é importante não ignorar nenhum dos indicadores e
avaliá-los constantemente para melhorar as ações e processos
do negócio.
61. Análise Econômica
Lucratividade e Retorno do negócio
Trata-se de uma questão básica a ser considerada em
qualquer análise gerencial.
Um negócio para ser considerado economicamente viável,
deve gerar um nível de lucratividade capaz de remunerar o
capital investido na atividade.
Margem bruta sobre vendas %
Margem EBITDA (%)
Margem líquida (%)
Retorno sobre o ativo %
Rentabilidade do capital próprio %