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QUEM É JESUS?Pe. José Bortoline – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
ANO: A – TEMPO LITÚRGICO: 21° DOMINGO TEMPO COMUM – COR: VERDE
I. INTRODUÇÃO GERAL
1. Jesus é o Messias, aquele que se pôs a serviço do Pai para
comunicar a vida. Seu projeto é realizar o desejo do Pai, que é
salvar a todos (2ª leitura Rm 11,33-36). Os que assumem
com ele esse projeto recebem o poder de ligar-desligar, isto é,
de provocar um julgamento em torno do que favorece ou im-
pede a vida. Esse poder delegado, em aberto conflito com as
forças da morte (Evangelho Mt 16,13-20), se traduz em ser-
viço para o bem comum (1ª leitura Is 22,19-23).
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1ª leitura (Is 22,19-23): O exercício do poder em vista do
bem comum
2. Em Isaías há um único oráculo contra uma pessoa (22,15-
23). Essa pessoa é Sobna, provavelmente um estrangeiro que
chegara ao cargo mais elevado após o do rei: o de administra-
dor do palácio real, no tempo de Ezequias, rei de Judá. O
administrador do palácio era uma espécie de primeiro-
ministro, função que correspondia à do vizir egípcio (a de
José, administrador do palácio do faraó, cf. Gn 41,40). Tinha o
encargo de "abrir e fechar" as portas da casa do rei. Era, por-
tanto, cargo de confiança e administração.
3. Num tempo em que a população de Jerusalém passa por
momentos de crise, Sobna se ocupa em construir para si um
túmulo de luxo, cavado na rocha (v. 16). Esse fato serviu para
que Isaías se enfurecesse e, em nome de Javé, decretasse a
perda do cargo (v. 19), prevendo que Sobna iria morrer sem
sepultura e sem memória (vv. 17-18). De fato, os túmulos
tinham (e ainda têm) a função de perpetuar a memória de seus
inquilinos, relembrando, com sua suntuosidade e luxo, a im-
portância de quem aí está enterrado.
4. Para Isaías, a memória do administrador presunçoso e
megalômano não deve subsistir. Nem pode perpetuar-se no
poder e no abuso, visto que o poder, quando tem um só bene-
ficiado, é um poder iníquo. Por isso Sobna é substituído por
Eliacim, filho de Helcias (v. 20), que recebe as insígnias (túni-
ca e cinto, v. 21a). A forma como isso se realiza mostra cla-
ramente que é Deus quem delega o exercício de funções e
cargos, a fim de que o investido seja "um pai para os habitan-
tes de Jerusalém" (v. 21b), e não um tirano ou déspota. O
exercício do poder é, portanto, delegação para o bem comum.
Quando perde essa característica torna-se tirania, e o próprio
Deus decreta a ilegitimidade desse poder. Isto é mais que
desobediência civil, é decretação da inexistência de tal poder.
Grave advertência para todos nós que, mediante o voto, perio-
dicamente escolhemos os que administram a coisa pública.
Nessa escolha, temos discernimento profético como Isaías?
5. O novo empossado terá plenos poderes (vv. 22-23) e seu
poder reviverá os bons tempos da administração de Davi. Será
um poder firme, como um prego que se crava num lugar segu-
ro, porque tem o respaldo e a delegação de Javé.
6. O Novo Testamento aplica esse poder ao Messias (Ap
3,7). O evangelho de hoje se inspira na metáfora das chaves
para mostrar que Jesus delega a Pedro e à comunidade cristã a
função de administrar para que a sociedade e a humanidade
toda encontrem formas de ação que impeçam o poder da mor-
te. Isto porque o projeto de Deus é vida para todos. E a única
memória que merece ser recordada é a do bem que supera o
mal.
Evangelho (Mt 16,13-20): A missão de quem reconhece
Jesus
7. O trecho de hoje tem apresentado algumas dificuldades de
ordem literária (isto é: a questão do "primado" remonta a
Jesus ou à comunidade primitiva?), de ordem exegética (liga-
da à interpretação da metáfora pedra-chaves e ao binômio
ligar-desligar) e de ordem teológica (a eclesiologia do trecho,
a eclesiologia de Cristo e a eclesiologia de Paulo: "Ninguém
pode colocar um alicerce diferente daquele que já foi posto:
Jesus Cristo", cf. 1Cor 3,11). Deixando à margem essas ques-
tões, conduziremos nossa reflexão na ótica da função de quem
reconhece Jesus enquanto o Messias, o Filho do Deus vivo.
8. O texto de hoje pertence a uma seção maior, que prova-
velmente se prolonga até o v. 28. É dentro desse contexto que
Pedro recebe a revelação de que Jesus é o Messias. Contudo, o
que Pedro vê em Jesus não é fruto de mera especulação, pois o
messianismo de Jesus passa pela rejeição e morte. Pedro,
pedra sobre a qual Jesus edificará a sua Igreja, torna-se pedra
de tropeço (Satanás), porque não pensa as coisas de Deus; ao
contrário, está agarrado à mentalidade da sociedade estabele-
cida que levará Jesus à morte (vv. 21-23). A seguir, Jesus
mostra as conseqüências para quem reconhece que ele é o
Messias (vv. 24-28). Em síntese, o reconhecimento de Jesus-
Messias conduz ao testemunho e à cruz. O processo de Pedro
é um processo de conversão que o leva a identificar sua vida
com a do Mestre.
a. Quem é Jesus? (vv. 13-16)
9. Jesus e os discípulos estão no território de Cesaréia de
Filipe, região habitada por gentios. Esse lugar recorda o início
da atividade de Jesus e seu objetivo primeiro (cf. 4,12-17).
Jesus leva seus discípulos para longe do centro do poder polí-
tico, econômico e ideológico (a "justiça" que exclui do Reino;
cf. 5,20). Cesaréia de Filipe é uma espécie de "periferia". É a
partir dessa realidade que os discípulos são estimulados a dar
uma resposta plena de quem é Jesus. O episódio tem dois
momentos. No primeiro, Jesus pergunta aos discípulos o que
as pessoas dizem a respeito dele (v. 13). A resposta revela a
diversidade de opiniões, todas insuficientes para responder à
pergunta: "Quem é Jesus?" Ele é visto como simples precursor
dos tempos messiânicos. Percebe-se que circula na sociedade
uma imagem distorcida de Jesus, exatamente por causa de sua
humanidade. Ele se apresenta como "Filho do Homem", título
que o situa no chão da vida de todos os mortais: ele é carne e
osso como qualquer de nós. E justamente por isso é que co-
meçam as distorções: "Alguns dizem que é João Batista; ou-
tros, que é Elias; outros ainda, que é Jeremias, ou algum dos
profetas" (v. 14).
10. No segundo momento, Jesus interpela diretamente os
discípulos que haviam visto sua luta para implantar a justiça
do Reino: "Para vocês, quem sou eu?" (v. 15). A resposta de
Pedro mostra quem é Jesus: o Messias (Cristo), o Filho do
Deus vivo (v. 16). Essa resposta é um dos pontos altos do
evangelho de Mateus, cuja preocupação é a de apresentar
Jesus enquanto o Emanuel (= Deus conosco) e o Salvador
(Jesus = Deus salva; cf. 1,25). Jesus é a realização das expec-
tativas messiânicas, o portador da justiça que cria sociedade e
história novas.
b. A comunidade nasce do reconhecimento de quem é Jesus
(vv. 17-18)
11. Reconhecer Jesus, assim, é ser bem-aventurado, porque
através dele o cristão mergulha no projeto de Deus realizado
em Jesus (v. 17). Ninguém chega a entender "quem é Jesus" a
não ser mediante o compromisso com suas propostas, que são
as mesmas do Pai: a justiça que faz surgir o Reino em nosso
meio.
12. O reconhecimento de Jesus não é fruto de especulação ou
de teorias sobre ele, e sim de vivência do seu projeto (prática
da justiça). É a partir de pessoas que o confessam, como Pe-
dro, que nasce a comunidade (v. 18a). Essa confissão é forte
como a rocha. Porém não é fácil confessar. Jesus mostra que a
comunidade cresce e adquire corpo em meio aos conflitos (as
portas do inferno, ou "o poder da morte"), onde forças hostis
procuram derrubar o projeto de Deus.
13. Jesus confia grande responsabilidade de liderança a quem
o confessa como Messias. Qual é a função dessa liderança?
Em primeiro lugar, conservar, em meio aos conflitos que a fé
provoca, a firme convicção de que o projeto de Deus irá triun-
far (o poder da morte não vai vencer). Em segundo lugar,
mediante o contínuo processo de conversão-confissão, teste-
munhar que a salvação e a vida provêm de Deus. O aspecto da
conversão está bem demonstrado nos vv. 21-23, onde Jesus
mostra como realiza seu messianismo, através do sofrimento,
rejeição e morte; e Pedro, antes pedra de edificação, se torna
Satanás, pois propõe um messianismo alternativo, já rejeitado
por Jesus no episódio das tentações (cf. 4,1-11, especialmente
os vv. 5-6). A conversão de Pedro (e dos cristãos) é a conver-
são ao Cristo que luta pela justiça do Reino e por isso sofre, é
rejeitado e morre. Confessar é aderir a ele, com todas as con-
seqüências que a prática da justiça acarreta. Simão Pedro — e
com ele a maioria das pessoas — gostaria que Jesus fosse do
jeito que ele quer. O Mestre não é do jeito que nós imagina-
mos. Mais ainda, pelo fato se ser o Mestre, quer que nós seja-
mos do jeito que ele é.
c. O projeto de Deus continua na comunidade (vv. 19-20)
14. Jesus realiza o projeto de Deus (é o Messias) num contex-
to de conflitos e violência, passando pela morte e vencendo-a.
Seu messianismo é uma luta constante em favor da justiça do
Reino e contra as injustiças que promovem a morte. E o cristi-
anismo, o que é? É o prolongamento da ação de Cristo que
promove a justiça e a torna possível. O poder de Jesus é um
poder que comunica vida. Sua prática o demonstra. Seu nome
o comprova. Ora, ele quer como seus colaboradores aqueles
que estão dispostos a confessá-lo, pois a partir desse testemu-
nho é que nasce a comunidade de Cristo (construirei a minha
Igreja). Jesus faz suas testemunhas participarem do seu poder
de vida (darei as chaves do Reino do Céu).
15. Os projetos de morte têm poder, mas é um poder relativo.
A comunidade de testemunhas do Cristo, por seu lado, tam-
bém possui poder, que é o mesmo do Cristo. Quando o teste-
munho cristão é pleno, é o próprio Jesus quem age na comu-
nidade, permitindo-lhe ligar e desligar. Contudo, a comunida-
de não é proprietária do poder de Jesus. É ele quem construirá
e dará do que é seu. A comunidade administra esse poder a
partir do testemunho que vive e anuncia. Assim agindo, de-
monstra quem é a favor e quem é contra Jesus.
16. O texto fala de Pedro e de sua liderança na comunidade.
Qual é a função dessa liderança? É ser o ponto de união da
comunidade que Cristo edificou com sua vida, morte e ressur-
reição. É organizá-la para que seja a continuadora do projeto
de Deus. É ser aquele que — a partir da prática do Mestre —
leva a comunidade ao discernimento e aceitação daquilo que
promove a vida, e da rejeição de tudo o que patrocina e provo-
ca a morte.
17. O trecho termina com a proibição aos discípulos de divul-
garem que Jesus é o Messias (v. 20; a formulação completa
está na confissão de Pedro, v. 16). Por que Jesus proíbe? Por
duas razões: 1. Seu messianismo poderia ser erroneamente
entendido, como se fosse algo de nacionalista e violento. De
fato, no tempo de Jesus não havia consenso sobre o perfil do
Messias. A maioria acreditava num Messias tradicional, ligado
às elites e comprometido com elas. Mas no meio do povo
sempre existiu um perfil diferente, "popular" do Messias:
alguém ligado com as causas populares, com a libertação e a
vida do povo (cf. 1ª leitura Is 22,19-23). 2. Não se tem acesso
à compreensão do messianismo de Jesus se não houver um
compromisso sério no seguimento e na identificação com seu
projeto. Inútil querer saber quem é Jesus por meio de senten-
ças decoradas. Sabe-se quem ele é por revelação do Pai (dom)
e pelo esforço contínuo de conformação a seu ideal de vida
(compromisso com a prática da justiça).
2ª leitura (Rm 11,33-36): O amor de Deus é para todos
18. Nos capítulos 9-11 da carta aos Romanos Paulo tenta
compreender, à luz do projeto de Deus, por que parte de Israel
rejeitou o Evangelho. E tira algumas conclusões: 1. Embora
parte de Israel não tenha aceito o Cristo, Deus não rejeitou
aquele que foi, ao longo do Antigo Testamento, o povo eleito.
A fidelidade de Deus permanece inalterada. 2. O chamado dos
gentios à fé serve para estimular o ciúme de Israel (11,11). Ele
é a raiz; os gentios, antes desobedientes, são enxertados na
árvore do povo de Deus. 3. Deus tem diante de si a desobedi-
ência de Israel e a dos gentios: a ambas ele cobrirá com sua
misericórdia e amor (v. 32).
19. O texto que lemos hoje é um hino de louvor ao projeto de
Deus que envolve amorosamente a todos. Sua riqueza, sabe-
doria e ciência são abismais, a ponto de seu projeto ser inson-
dável e seus caminhos impenetráveis (v. 33), pois a misericór-
dia divina supera infinitamente nossa capacidade de compre-
ensão.
20. Paulo encontra em Is 40,13.18 uma comprovação bíblica
para confirmar o que está dizendo (vv. 34-35). Mas a perple-
xidade diante da incapacidade de sondar os pensamentos de
Deus se transforma em hino de louvor, em base à seguinte
constatação: o Senhor nos salva não porque atingimos a pleni-
tude do seu conhecimento, e sim porque sua misericórdia
supera os limites dos nossos esforços. O projeto de Deus é
salvar gratuitamente a todos, em Cristo.
21. O v. 36 ressalta o senhorio absoluto do Criador (tudo vem
dele), que dá graciosamente vida e salvação a todos (tudo
existe por ele), encaminhando a humanidade à comunhão com
Deus (tudo existe para ele). A atitude fundamental do cristão é
a do reconhecimento e louvor (a ele a glória pelos séculos). O
Amém é assinatura de quem crê, espera e louva a misericórdia
de divina.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
22. Os textos de hoje podem ser sintetizados nesta pergunta: Quem é Jesus? A resposta virá à medida que as
pessoas forem se identificando com ele. Pelo esforço de assimilação de seu projeto, e pela presença reveladora
do Pai, os cristãos se tornam construtores do mundo novo, capazes de vencer as forças do mal que emperram a
caminhada do bem, pois a convicção que os orienta é a certeza de que Deus é o Deus da vida; por isso podem li-
gar-desligar (Evangelho Mt 16,13-20). Descobrem que todos são convocados, por misericórdia divina que supe-
ra os limites e rejeições, à salvação e à vida (2ª leitura Rm 11,33-36). Crêem que todo poder é delegação em
vista do bem comum, e que a única memória que merece subsistir é a do serviço humilde que conduz à vida (1ª
leitura Is 22,19-23).
23. Atualizando: Quais são os administradores do bem público que merecem ser recordados? E quais os que
devem ser rejeitados por terem traído a esperança e a confiança do povo?

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  • 1. QUEM É JESUS?Pe. José Bortoline – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: A – TEMPO LITÚRGICO: 21° DOMINGO TEMPO COMUM – COR: VERDE I. INTRODUÇÃO GERAL 1. Jesus é o Messias, aquele que se pôs a serviço do Pai para comunicar a vida. Seu projeto é realizar o desejo do Pai, que é salvar a todos (2ª leitura Rm 11,33-36). Os que assumem com ele esse projeto recebem o poder de ligar-desligar, isto é, de provocar um julgamento em torno do que favorece ou im- pede a vida. Esse poder delegado, em aberto conflito com as forças da morte (Evangelho Mt 16,13-20), se traduz em ser- viço para o bem comum (1ª leitura Is 22,19-23). II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Is 22,19-23): O exercício do poder em vista do bem comum 2. Em Isaías há um único oráculo contra uma pessoa (22,15- 23). Essa pessoa é Sobna, provavelmente um estrangeiro que chegara ao cargo mais elevado após o do rei: o de administra- dor do palácio real, no tempo de Ezequias, rei de Judá. O administrador do palácio era uma espécie de primeiro- ministro, função que correspondia à do vizir egípcio (a de José, administrador do palácio do faraó, cf. Gn 41,40). Tinha o encargo de "abrir e fechar" as portas da casa do rei. Era, por- tanto, cargo de confiança e administração. 3. Num tempo em que a população de Jerusalém passa por momentos de crise, Sobna se ocupa em construir para si um túmulo de luxo, cavado na rocha (v. 16). Esse fato serviu para que Isaías se enfurecesse e, em nome de Javé, decretasse a perda do cargo (v. 19), prevendo que Sobna iria morrer sem sepultura e sem memória (vv. 17-18). De fato, os túmulos tinham (e ainda têm) a função de perpetuar a memória de seus inquilinos, relembrando, com sua suntuosidade e luxo, a im- portância de quem aí está enterrado. 4. Para Isaías, a memória do administrador presunçoso e megalômano não deve subsistir. Nem pode perpetuar-se no poder e no abuso, visto que o poder, quando tem um só bene- ficiado, é um poder iníquo. Por isso Sobna é substituído por Eliacim, filho de Helcias (v. 20), que recebe as insígnias (túni- ca e cinto, v. 21a). A forma como isso se realiza mostra cla- ramente que é Deus quem delega o exercício de funções e cargos, a fim de que o investido seja "um pai para os habitan- tes de Jerusalém" (v. 21b), e não um tirano ou déspota. O exercício do poder é, portanto, delegação para o bem comum. Quando perde essa característica torna-se tirania, e o próprio Deus decreta a ilegitimidade desse poder. Isto é mais que desobediência civil, é decretação da inexistência de tal poder. Grave advertência para todos nós que, mediante o voto, perio- dicamente escolhemos os que administram a coisa pública. Nessa escolha, temos discernimento profético como Isaías? 5. O novo empossado terá plenos poderes (vv. 22-23) e seu poder reviverá os bons tempos da administração de Davi. Será um poder firme, como um prego que se crava num lugar segu- ro, porque tem o respaldo e a delegação de Javé. 6. O Novo Testamento aplica esse poder ao Messias (Ap 3,7). O evangelho de hoje se inspira na metáfora das chaves para mostrar que Jesus delega a Pedro e à comunidade cristã a função de administrar para que a sociedade e a humanidade toda encontrem formas de ação que impeçam o poder da mor- te. Isto porque o projeto de Deus é vida para todos. E a única memória que merece ser recordada é a do bem que supera o mal. Evangelho (Mt 16,13-20): A missão de quem reconhece Jesus 7. O trecho de hoje tem apresentado algumas dificuldades de ordem literária (isto é: a questão do "primado" remonta a Jesus ou à comunidade primitiva?), de ordem exegética (liga- da à interpretação da metáfora pedra-chaves e ao binômio ligar-desligar) e de ordem teológica (a eclesiologia do trecho, a eclesiologia de Cristo e a eclesiologia de Paulo: "Ninguém pode colocar um alicerce diferente daquele que já foi posto: Jesus Cristo", cf. 1Cor 3,11). Deixando à margem essas ques- tões, conduziremos nossa reflexão na ótica da função de quem reconhece Jesus enquanto o Messias, o Filho do Deus vivo. 8. O texto de hoje pertence a uma seção maior, que prova- velmente se prolonga até o v. 28. É dentro desse contexto que Pedro recebe a revelação de que Jesus é o Messias. Contudo, o que Pedro vê em Jesus não é fruto de mera especulação, pois o messianismo de Jesus passa pela rejeição e morte. Pedro, pedra sobre a qual Jesus edificará a sua Igreja, torna-se pedra de tropeço (Satanás), porque não pensa as coisas de Deus; ao contrário, está agarrado à mentalidade da sociedade estabele- cida que levará Jesus à morte (vv. 21-23). A seguir, Jesus mostra as conseqüências para quem reconhece que ele é o Messias (vv. 24-28). Em síntese, o reconhecimento de Jesus- Messias conduz ao testemunho e à cruz. O processo de Pedro é um processo de conversão que o leva a identificar sua vida com a do Mestre. a. Quem é Jesus? (vv. 13-16) 9. Jesus e os discípulos estão no território de Cesaréia de Filipe, região habitada por gentios. Esse lugar recorda o início da atividade de Jesus e seu objetivo primeiro (cf. 4,12-17). Jesus leva seus discípulos para longe do centro do poder polí- tico, econômico e ideológico (a "justiça" que exclui do Reino; cf. 5,20). Cesaréia de Filipe é uma espécie de "periferia". É a partir dessa realidade que os discípulos são estimulados a dar uma resposta plena de quem é Jesus. O episódio tem dois momentos. No primeiro, Jesus pergunta aos discípulos o que as pessoas dizem a respeito dele (v. 13). A resposta revela a diversidade de opiniões, todas insuficientes para responder à pergunta: "Quem é Jesus?" Ele é visto como simples precursor dos tempos messiânicos. Percebe-se que circula na sociedade uma imagem distorcida de Jesus, exatamente por causa de sua humanidade. Ele se apresenta como "Filho do Homem", título que o situa no chão da vida de todos os mortais: ele é carne e osso como qualquer de nós. E justamente por isso é que co- meçam as distorções: "Alguns dizem que é João Batista; ou- tros, que é Elias; outros ainda, que é Jeremias, ou algum dos profetas" (v. 14). 10. No segundo momento, Jesus interpela diretamente os discípulos que haviam visto sua luta para implantar a justiça do Reino: "Para vocês, quem sou eu?" (v. 15). A resposta de Pedro mostra quem é Jesus: o Messias (Cristo), o Filho do Deus vivo (v. 16). Essa resposta é um dos pontos altos do evangelho de Mateus, cuja preocupação é a de apresentar Jesus enquanto o Emanuel (= Deus conosco) e o Salvador (Jesus = Deus salva; cf. 1,25). Jesus é a realização das expec- tativas messiânicas, o portador da justiça que cria sociedade e história novas. b. A comunidade nasce do reconhecimento de quem é Jesus (vv. 17-18) 11. Reconhecer Jesus, assim, é ser bem-aventurado, porque através dele o cristão mergulha no projeto de Deus realizado em Jesus (v. 17). Ninguém chega a entender "quem é Jesus" a não ser mediante o compromisso com suas propostas, que são
  • 2. as mesmas do Pai: a justiça que faz surgir o Reino em nosso meio. 12. O reconhecimento de Jesus não é fruto de especulação ou de teorias sobre ele, e sim de vivência do seu projeto (prática da justiça). É a partir de pessoas que o confessam, como Pe- dro, que nasce a comunidade (v. 18a). Essa confissão é forte como a rocha. Porém não é fácil confessar. Jesus mostra que a comunidade cresce e adquire corpo em meio aos conflitos (as portas do inferno, ou "o poder da morte"), onde forças hostis procuram derrubar o projeto de Deus. 13. Jesus confia grande responsabilidade de liderança a quem o confessa como Messias. Qual é a função dessa liderança? Em primeiro lugar, conservar, em meio aos conflitos que a fé provoca, a firme convicção de que o projeto de Deus irá triun- far (o poder da morte não vai vencer). Em segundo lugar, mediante o contínuo processo de conversão-confissão, teste- munhar que a salvação e a vida provêm de Deus. O aspecto da conversão está bem demonstrado nos vv. 21-23, onde Jesus mostra como realiza seu messianismo, através do sofrimento, rejeição e morte; e Pedro, antes pedra de edificação, se torna Satanás, pois propõe um messianismo alternativo, já rejeitado por Jesus no episódio das tentações (cf. 4,1-11, especialmente os vv. 5-6). A conversão de Pedro (e dos cristãos) é a conver- são ao Cristo que luta pela justiça do Reino e por isso sofre, é rejeitado e morre. Confessar é aderir a ele, com todas as con- seqüências que a prática da justiça acarreta. Simão Pedro — e com ele a maioria das pessoas — gostaria que Jesus fosse do jeito que ele quer. O Mestre não é do jeito que nós imagina- mos. Mais ainda, pelo fato se ser o Mestre, quer que nós seja- mos do jeito que ele é. c. O projeto de Deus continua na comunidade (vv. 19-20) 14. Jesus realiza o projeto de Deus (é o Messias) num contex- to de conflitos e violência, passando pela morte e vencendo-a. Seu messianismo é uma luta constante em favor da justiça do Reino e contra as injustiças que promovem a morte. E o cristi- anismo, o que é? É o prolongamento da ação de Cristo que promove a justiça e a torna possível. O poder de Jesus é um poder que comunica vida. Sua prática o demonstra. Seu nome o comprova. Ora, ele quer como seus colaboradores aqueles que estão dispostos a confessá-lo, pois a partir desse testemu- nho é que nasce a comunidade de Cristo (construirei a minha Igreja). Jesus faz suas testemunhas participarem do seu poder de vida (darei as chaves do Reino do Céu). 15. Os projetos de morte têm poder, mas é um poder relativo. A comunidade de testemunhas do Cristo, por seu lado, tam- bém possui poder, que é o mesmo do Cristo. Quando o teste- munho cristão é pleno, é o próprio Jesus quem age na comu- nidade, permitindo-lhe ligar e desligar. Contudo, a comunida- de não é proprietária do poder de Jesus. É ele quem construirá e dará do que é seu. A comunidade administra esse poder a partir do testemunho que vive e anuncia. Assim agindo, de- monstra quem é a favor e quem é contra Jesus. 16. O texto fala de Pedro e de sua liderança na comunidade. Qual é a função dessa liderança? É ser o ponto de união da comunidade que Cristo edificou com sua vida, morte e ressur- reição. É organizá-la para que seja a continuadora do projeto de Deus. É ser aquele que — a partir da prática do Mestre — leva a comunidade ao discernimento e aceitação daquilo que promove a vida, e da rejeição de tudo o que patrocina e provo- ca a morte. 17. O trecho termina com a proibição aos discípulos de divul- garem que Jesus é o Messias (v. 20; a formulação completa está na confissão de Pedro, v. 16). Por que Jesus proíbe? Por duas razões: 1. Seu messianismo poderia ser erroneamente entendido, como se fosse algo de nacionalista e violento. De fato, no tempo de Jesus não havia consenso sobre o perfil do Messias. A maioria acreditava num Messias tradicional, ligado às elites e comprometido com elas. Mas no meio do povo sempre existiu um perfil diferente, "popular" do Messias: alguém ligado com as causas populares, com a libertação e a vida do povo (cf. 1ª leitura Is 22,19-23). 2. Não se tem acesso à compreensão do messianismo de Jesus se não houver um compromisso sério no seguimento e na identificação com seu projeto. Inútil querer saber quem é Jesus por meio de senten- ças decoradas. Sabe-se quem ele é por revelação do Pai (dom) e pelo esforço contínuo de conformação a seu ideal de vida (compromisso com a prática da justiça). 2ª leitura (Rm 11,33-36): O amor de Deus é para todos 18. Nos capítulos 9-11 da carta aos Romanos Paulo tenta compreender, à luz do projeto de Deus, por que parte de Israel rejeitou o Evangelho. E tira algumas conclusões: 1. Embora parte de Israel não tenha aceito o Cristo, Deus não rejeitou aquele que foi, ao longo do Antigo Testamento, o povo eleito. A fidelidade de Deus permanece inalterada. 2. O chamado dos gentios à fé serve para estimular o ciúme de Israel (11,11). Ele é a raiz; os gentios, antes desobedientes, são enxertados na árvore do povo de Deus. 3. Deus tem diante de si a desobedi- ência de Israel e a dos gentios: a ambas ele cobrirá com sua misericórdia e amor (v. 32). 19. O texto que lemos hoje é um hino de louvor ao projeto de Deus que envolve amorosamente a todos. Sua riqueza, sabe- doria e ciência são abismais, a ponto de seu projeto ser inson- dável e seus caminhos impenetráveis (v. 33), pois a misericór- dia divina supera infinitamente nossa capacidade de compre- ensão. 20. Paulo encontra em Is 40,13.18 uma comprovação bíblica para confirmar o que está dizendo (vv. 34-35). Mas a perple- xidade diante da incapacidade de sondar os pensamentos de Deus se transforma em hino de louvor, em base à seguinte constatação: o Senhor nos salva não porque atingimos a pleni- tude do seu conhecimento, e sim porque sua misericórdia supera os limites dos nossos esforços. O projeto de Deus é salvar gratuitamente a todos, em Cristo. 21. O v. 36 ressalta o senhorio absoluto do Criador (tudo vem dele), que dá graciosamente vida e salvação a todos (tudo existe por ele), encaminhando a humanidade à comunhão com Deus (tudo existe para ele). A atitude fundamental do cristão é a do reconhecimento e louvor (a ele a glória pelos séculos). O Amém é assinatura de quem crê, espera e louva a misericórdia de divina. III. PISTAS PARA REFLEXÃO 22. Os textos de hoje podem ser sintetizados nesta pergunta: Quem é Jesus? A resposta virá à medida que as pessoas forem se identificando com ele. Pelo esforço de assimilação de seu projeto, e pela presença reveladora do Pai, os cristãos se tornam construtores do mundo novo, capazes de vencer as forças do mal que emperram a caminhada do bem, pois a convicção que os orienta é a certeza de que Deus é o Deus da vida; por isso podem li- gar-desligar (Evangelho Mt 16,13-20). Descobrem que todos são convocados, por misericórdia divina que supe- ra os limites e rejeições, à salvação e à vida (2ª leitura Rm 11,33-36). Crêem que todo poder é delegação em vista do bem comum, e que a única memória que merece subsistir é a do serviço humilde que conduz à vida (1ª leitura Is 22,19-23). 23. Atualizando: Quais são os administradores do bem público que merecem ser recordados? E quais os que devem ser rejeitados por terem traído a esperança e a confiança do povo?