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A HISTÓRIA DE JESUS CONTINUA NA COMUNIDADE
BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
ANO: C – TEMPO LITÚRGICO: FESTA DA ASCENSÃO DO SENHOR – COR: BRANCO
I. INTRODUÇÃO GERAL
1. Celebrar a Ascensão de Jesus é senti-lo eternamente
presente na vida das pessoas e da comunidade cristã. De fato,
a Ascensão é a plenitude da Páscoa de Cristo e dos cristãos,
cuja memória atualizamos e celebramos na Eucaristia (evan-
gelho, Lc 24,46-53). Cabe agora à comunidade cristã mostrá-
lo presente, mediante a práxis capaz de traduzir o curso da
história em atos libertadores (1ª leitura, At 1,1-11). Cristo está
sempre presente no meio de nós, em nossas comunidades, pois
a glória de Deus é estar conosco; e nós o glorificamos quando
o manifestamos e reconhecemos como Senhor Absoluto, Ca-
beça da Igreja, razão da nossa esperança (2ª leitura, Ef 1,17-
23).
II.COMENTÁRIODOSTEXTOSBÍBLICOS
Evangelho (Lc 24,46-53): A história de Jesus continua na
práxis da comunidade
2. O trecho deste domingo é o final do evangelho de Lu-
cas. Dele destacamos os temas mais importantes.
a. Plenitude da Páscoa de Cristo e dos cristãos
3. A Ascensão é a plenitude da Páscoa de Cristo. De fato,
já em 9,31 (episódio da transfiguração), as duas personagens
conversam com Jesus sobre seu êxodo, a se realizar em Jerusa-
lém. Um pouco adiante (9,51), Lucas afirma que estavam para
se completar os dias da assunção de Jesus, e ele tomou resolu-
tamente o caminho de Jerusalém. Nessa cidade realizou-se o
mistério da salvação: ele deu a vida por amor. O Pai o ressus-
citou e, a partir daquele momento, Jesus entrou definitivamen-
te na esfera de Deus. A Ascensão, portanto, é o coroamento da
caminhada libertadora do Filho de Deus, a plenitude de sua
Páscoa. Os cristãos, por sua vez, têm nesse evento um sinal-
esperança capaz de sustentar a árdua tarefa de ser testemunha
desses acontecimentos.
b. Os cristãos: testemunhas do cumprimento das Escrituras
(vv. 45-48)
4. Lucas uniu harmonicamente o final do evangelho e o
início dos Atos dos Apóstolos. No final do evangelho, Jesus
ajuda os discípulos a interpretar as Escrituras, atestando que
ele cumpriu até o fim o projeto de Deus (vv. 44-45). No início
dos Atos dos Apóstolos, os discípulos, representados por Pe-
dro, relêem as Escrituras à luz da paixão, morte, ressurreição e
ascensão de Jesus. De fato, o anúncio básico dos primeiros
cristãos (querigma) baseava-se na comprovação, por meio do
Antigo Testamento, de que Jesus, morto pela sociedade injusta
mas ressuscitado pela justiça de Deus, é a síntese de todo o
projeto do Pai. Eles se sentiam pessoalmente comprometidos
em testemunhar que Jesus cumpriu as Escrituras. E para isso
convocavam todas as pessoas para que se convertessem a
Jesus (ruptura com a sociedade injusta), a fim de que seus
pecados fossem perdoados (cf. vv. 47-48).
5. Os primeiros cristãos releram o Antigo Testamento à luz
dos acontecimentos pascais. Descobriram que Jesus, com sua
prática libertadora, dando a vida para que todos pudessem
viver, é o centro de toda a Bíblia. Dessa releitura nasceu a
missão da comunidade cristã, feita de gestos libertadores,
dando continuidade à história de liberdade e vida inaugurada
por Jesus. De fato, nos primeiros capítulos de Atos os discípu-
los não cessam de afirmar que são testemunhas dessas coisas
(cf. 1ª leitura, At 1,1-11).
c. O Espírito Santo, luz para reler as Escrituras (v. 49)
6. No v. 49 o Espírito Santo é chamado de “Poder do Al-
to”. Para Lucas, esse modo de se referir ao Espírito é muito
importante. De fato, em 1,35 se diz que pelo “Poder do Alto”
Jesus se encarnou no seio de Maria. Agora, por esse mesmo
poder Jesus se encarnará na vida de seus seguidores. O Espíri-
to, portanto, é o poder de Deus presente na caminhada da
comunidade, levando-a a discernir os acontecimentos. À luz
desse Espírito, os cristãos são capazes de desmascarar e des-
truir as estruturas geradoras de morte, a fim de construir a
nova história inaugurada pela prática libertadora de Jesus.
d. Jesus, sumo sacerdote que abençoa e dá vida (vv. 50-51)
7. Jesus pertence, de forma definitiva, à esfera de Deus.
Usando imagem própria do tempo, segundo a qual se pensava
que Deus habitasse além das nuvens, Lucas descreve Jesus
sendo levado para o céu (v. 51). A cena recorda Lv 9,22-24:
“Aarão levantou as mãos em direção ao povo e o abençoou.
Havendo assim realizado o sacrifício pelo pecado… entrou na
Tenda da Reunião… Diante do que via, o povo gritou de ale-
gria e todos se prostraram com o rosto por terra”.
8. Lucas apenas toca um tema muito caro ao autor de He-
breus: Jesus é o sumo sacerdote que, derramando seu sangue,
entrou no santuário da comunhão definitiva com Deus. Dora-
vante os cristãos têm um único sacerdote cuja bênção é ple-
namente eficaz, porque sua bênção decorre da entrega de sua
vida por amor. Portanto, a Ascensão de Jesus não é uma via-
gem para além das nuvens, mas a comunhão definitiva e plena
com Deus.
e. Começa o tempo da comunidade cristã (vv. 52-53)
9. A reação dos discípulos, à semelhança do povo do Anti-
go Testamento (cf. Lv 9,24), é de reconhecimento, expectativa
e alegria: “Eles o adoraram, e depois voltaram para Jerusalém,
com grande alegria” (v. 52). Reconhecem que Jesus realizou o
projeto do Pai. E por isso é merecedor de adoração. Vão a
Jerusalém, na expectativa de receberem o Poder do Alto. Vi-
vem alegres porque Jesus não lhes foi tirado: ele se manifesta-
rá no seu Espírito, o animador e sustentador da caminhada dos
cristãos.
10. O evangelho de Lucas inicia e termina no Templo de
Jerusalém. De fato, após o prólogo, encontramos Zacarias
oficiando no Templo (Lc 1,5ss): é o tempo de Israel que, aos
poucos, dá lugar ao tempo do Espírito que anima a comunida-
de cristã, a fim de que saiba atuar a mesma prática libertadora
de Jesus.
1ª leitura (At 1,1-11): A comunidade cristã: sacramento
das palavras e ações de Jesus
11. Atos dos Apóstolos é o segundo livro que Lucas escre-
veu. No seu plano, o evangelista pretende mostrar que os
ensinamentos e ações de Jesus continuam nos ensinamentos e
ações dos cristãos. Portanto, o livro dos Atos não é um manual
de história da Igreja, mas sim o prolongamento da prática do
Senhor na vida da comunidade cristã. Se no evangelho de
Lucas temos a práxis de Jesus — desde o começo até o dia em
que foi levado para o céu — no livro dos Atos temos a práxis
cristã. E quem deseja ser amigo de Deus, “Teó-filo” (este
nome tem, provavelmente, caráter simbólico, querendo identi-
ficar todos os cristãos), tem na práxis de Jesus e na práxis
cristã as linhas-mestras de inspiração e conduta. A passagem
do primeiro momento para o segundo está nas instruções que
Jesus dá aos apóstolos que tinha escolhido, movido pelo Espí-
rito Santo (v. 2). O mesmo Espírito esteve presente em Jesus e
está presente na práxis cristã da comunidade.
12. Esta tarefa está ancorada na experiência do Cristo res-
suscitado: “Foi a eles que Jesus se mostrou vivo depois da sua
paixão, com numerosas provas” (v. 3a); tem o aval do Pai,
cuja promessa se realiza em Jesus e na comunidade (v. 4b) por
meio da efusão do Espírito (v. 5), que levará a comunidade à
identificação de sua práxis com a de Jesus. Lucas fala de “qua-
renta dias” (v. 3b), durante os quais Jesus apareceu e falou aos
discípulos sobre o Reino de Deus. O fato não tem caráter
cronológico, mas teológico-catequético: a prática cristã nasce
da experiência plena do Cristo ressuscitado, experiência que
Lucas visualiza num contexto de intimidade e comunhão: a
refeição (v. 4a). É dessa intimidade com ele que nasce o tes-
temunho cristão, a missão, a evangelização, pondo em movi-
mento a Boa Notícia trazida por Jesus. E a garantia do sucesso
está no batismo com o Espírito Santo. Ele é a memória conti-
nuamente renovada e atualizada do que Jesus disse e fez (cf.
Jo 14,26).
13. Os vv. 6-8 contêm a pergunta dos discípulos e a resposta
de Jesus. A pergunta dos discípulos revela a ânsia da comuni-
dade cristã, a fim de que o projeto de Deus se realize comple-
tamente. Estão curiosos por saber se existe um limite até o
qual se possa resistir e lutar corajosamente, e depois “descan-
sar”, sem que haja mais nada por fazer (v. 6). A resposta de
Jesus contém duas indicações. A primeira (v. 7) afirma que o
projeto de Deus não depende de uma data histórica: “Não cabe
a vocês saber os tempos e as datas”. A segunda é conseqüên-
cia da primeira e manifesta qual deve ser a autêntica preocu-
pação da comunidade cristã: sob a ação e força do Espírito,
testemunhar (v. 8a) a práxis de Jesus. O projeto de Deus não
depende de teorias, mas do testemunho que atualize o que
Jesus fez e disse.
14. De fato, o evangelho de Lucas se encerrava falando
desse testemunho (24,48). E aqui Jesus renova o compromisso
dos discípulos (v. 8b). Após o Pentecostes, os discípulos não
cessam de repetir que são testemunhas (At 2,32; 3,15; 4,33;
5,32; 13,3; 22,15). Em palavras e ações, prolongam a práxis
de Jesus. O testemunho, segundo os Atos dos Apóstolos, vai
se espalhando a partir de Jerusalém — onde Jesus deu o tes-
temunho final com a morte e ressurreição — atinge a Judéia e
a Samaria (At 8,1-8) e chega aos confins do mundo (as via-
gens de Paulo). O projeto de Deus está aberto e disponível a
todos.
15. O v. 9 fala do arrebatamento de Jesus. A referência à
nuvem — símbolo teofânico — afirma que Jesus pertence
definitivamente à esfera de Deus. É a certeza da comunidade
de que Jesus cumpriu perfeitamente a vontade do Pai. Contu-
do, não basta sabê-lo. Torna-se necessário descruzar os bra-
ços, deixar de olhar passivamente para o céu, encarar a reali-
dade que nos cerca, perceber que somos “homens da Galiléia”,
comprometidos com o testemunho de Jesus (vv. 10-11). O
texto de hoje termina fazendo referência à volta de Jesus, da
mesma forma como foi visto partir para o céu. Lucas está
falando de parusia ou de teofania? Quando voltará Jesus: no
fim dos tempos, ou no Pentecostes que leva a comunidade
cristã a ser epifania de Jesus, mediante o testemunho?
2ª leitura (Ef 1,17-23): A glória de Deus é a comunidade
cristã
16. A carta aos Efésios é um texto que Paulo (ou um discí-
pulo seu) escreveu para diversas comunidades dos arredores
de Éfeso. Parece que Paulo não conheceu essas comunidades.
Ele só esteve em Éfeso (cf. At 19-20), onde deu início a uma
comunidade cristã que, por sua vez, fez surgir comunidades
nos arredores (por exemplo, a comunidade de Colossas, fun-
dada por Epafras, colaborador de Paulo).
17. Paulo estava preso.Teve notícias do surgimento dessas
comunidades, de sua firmeza na fé, do amor que unia a todos,
e da esperança que animava suas lutas. Mas ficou sabendo
também de alguns riscos trazidos pelas filosofias do tempo,
que pregavam um Deus afastado e ausente da vida das pesso-
as; só através de entidades intermediárias (soberanias, pode-
res, forças, dominações) é que se podia ter acesso a Deus.
Jesus não passaria de uma dessas entidades intermediárias.
Isso trazia conseqüências sérias para toda a vida cristã.
18. O texto de hoje pertence à ação de graças e súplica que
Paulo faz a Deus em vista dessas comunidades (1,15-23). Dá
graças a Deus por causa da fé (adesão a Jesus) e caridade
(resposta da fé, que se visualiza no amor solidário entre as
pessoas) encontradas nos fiéis. Ele suplica. O conteúdo da
súplica é uma espécie de credo cristão. Pela fé e solidariedade
os cristãos vivem sempre mais o ser de Deus que está próximo
e presente na comunidade. Contudo, é preciso conhecê-lo (v.
17) e conhecer a esperança à qual a comunidade foi chamada
(v. 18a).
19. Paulo fala da glória de Deus (v. 18b). E emprega outros
termos, como potência, eficácia, poder e força, que ampliam a
idéia da glória de Deus. O texto é muito denso, e aqui é possí-
vel apresentar só uma síntese do pensamento de Paulo. Longe
de ser distante da humanidade, o dos cristãos é um Deus cuja
glória depende do fato de existir enquanto o Deus da comuni-
dade. A glória de Deus é sua ação concreta na história, na vida
da comunidade cristã, que prolonga a vitória de Jesus sobre a
morte. Em Jesus, Deus fez conhecer a sua glória, mostrando-
se tão próximo à humanidade, a ponto de eleger a comunidade
cristã como o Corpo de Cristo, a plenitude de Cristo, que pre-
enche tudo em todo o universo (v. 23).
20. Paulo não polemiza contra as entidades intermediárias.
Simplesmente mostra às comunidades que existe um único
Senhor, que realizou o projeto do Pai, e que esse Senhor está
presente na história e na vida dos fiéis. A comunidade cristã é
o espaço no qual se revela o projeto de Deus, a realeza absolu-
ta do Cristo ressuscitado.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
21. A história de Jesus continua na práxis da comunidade (evangelho, Lc 24,46-53). Em que consiste o
testemunho cristão numa sociedade como a nossa? O que significa anunciar a conversão das pessoas ao Cristo,
vencedor da sociedade injusta que o matou?
22. A comunidade cristã: sacramento das palavras e ações de Jesus (1ª leitura, At 1,1-11). Recordar os
momentos em que a comunidade descruzou os braços, levando à frente a missão que Jesus recebeu do Pai.
23. A glória de Deus é a comunidade cristã (2ª leitura, Ef 1,17-23). Recordar e agradecer os momentos em
que a comunidade sentiu de perto que Deus caminha com as pessoas.

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Comentário: Domingo da Ascensão do Senhor - Ano C

  • 1. A HISTÓRIA DE JESUS CONTINUA NA COMUNIDADE BORTOLINE, José - Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: C – TEMPO LITÚRGICO: FESTA DA ASCENSÃO DO SENHOR – COR: BRANCO I. INTRODUÇÃO GERAL 1. Celebrar a Ascensão de Jesus é senti-lo eternamente presente na vida das pessoas e da comunidade cristã. De fato, a Ascensão é a plenitude da Páscoa de Cristo e dos cristãos, cuja memória atualizamos e celebramos na Eucaristia (evan- gelho, Lc 24,46-53). Cabe agora à comunidade cristã mostrá- lo presente, mediante a práxis capaz de traduzir o curso da história em atos libertadores (1ª leitura, At 1,1-11). Cristo está sempre presente no meio de nós, em nossas comunidades, pois a glória de Deus é estar conosco; e nós o glorificamos quando o manifestamos e reconhecemos como Senhor Absoluto, Ca- beça da Igreja, razão da nossa esperança (2ª leitura, Ef 1,17- 23). II.COMENTÁRIODOSTEXTOSBÍBLICOS Evangelho (Lc 24,46-53): A história de Jesus continua na práxis da comunidade 2. O trecho deste domingo é o final do evangelho de Lu- cas. Dele destacamos os temas mais importantes. a. Plenitude da Páscoa de Cristo e dos cristãos 3. A Ascensão é a plenitude da Páscoa de Cristo. De fato, já em 9,31 (episódio da transfiguração), as duas personagens conversam com Jesus sobre seu êxodo, a se realizar em Jerusa- lém. Um pouco adiante (9,51), Lucas afirma que estavam para se completar os dias da assunção de Jesus, e ele tomou resolu- tamente o caminho de Jerusalém. Nessa cidade realizou-se o mistério da salvação: ele deu a vida por amor. O Pai o ressus- citou e, a partir daquele momento, Jesus entrou definitivamen- te na esfera de Deus. A Ascensão, portanto, é o coroamento da caminhada libertadora do Filho de Deus, a plenitude de sua Páscoa. Os cristãos, por sua vez, têm nesse evento um sinal- esperança capaz de sustentar a árdua tarefa de ser testemunha desses acontecimentos. b. Os cristãos: testemunhas do cumprimento das Escrituras (vv. 45-48) 4. Lucas uniu harmonicamente o final do evangelho e o início dos Atos dos Apóstolos. No final do evangelho, Jesus ajuda os discípulos a interpretar as Escrituras, atestando que ele cumpriu até o fim o projeto de Deus (vv. 44-45). No início dos Atos dos Apóstolos, os discípulos, representados por Pe- dro, relêem as Escrituras à luz da paixão, morte, ressurreição e ascensão de Jesus. De fato, o anúncio básico dos primeiros cristãos (querigma) baseava-se na comprovação, por meio do Antigo Testamento, de que Jesus, morto pela sociedade injusta mas ressuscitado pela justiça de Deus, é a síntese de todo o projeto do Pai. Eles se sentiam pessoalmente comprometidos em testemunhar que Jesus cumpriu as Escrituras. E para isso convocavam todas as pessoas para que se convertessem a Jesus (ruptura com a sociedade injusta), a fim de que seus pecados fossem perdoados (cf. vv. 47-48). 5. Os primeiros cristãos releram o Antigo Testamento à luz dos acontecimentos pascais. Descobriram que Jesus, com sua prática libertadora, dando a vida para que todos pudessem viver, é o centro de toda a Bíblia. Dessa releitura nasceu a missão da comunidade cristã, feita de gestos libertadores, dando continuidade à história de liberdade e vida inaugurada por Jesus. De fato, nos primeiros capítulos de Atos os discípu- los não cessam de afirmar que são testemunhas dessas coisas (cf. 1ª leitura, At 1,1-11). c. O Espírito Santo, luz para reler as Escrituras (v. 49) 6. No v. 49 o Espírito Santo é chamado de “Poder do Al- to”. Para Lucas, esse modo de se referir ao Espírito é muito importante. De fato, em 1,35 se diz que pelo “Poder do Alto” Jesus se encarnou no seio de Maria. Agora, por esse mesmo poder Jesus se encarnará na vida de seus seguidores. O Espíri- to, portanto, é o poder de Deus presente na caminhada da comunidade, levando-a a discernir os acontecimentos. À luz desse Espírito, os cristãos são capazes de desmascarar e des- truir as estruturas geradoras de morte, a fim de construir a nova história inaugurada pela prática libertadora de Jesus. d. Jesus, sumo sacerdote que abençoa e dá vida (vv. 50-51) 7. Jesus pertence, de forma definitiva, à esfera de Deus. Usando imagem própria do tempo, segundo a qual se pensava que Deus habitasse além das nuvens, Lucas descreve Jesus sendo levado para o céu (v. 51). A cena recorda Lv 9,22-24: “Aarão levantou as mãos em direção ao povo e o abençoou. Havendo assim realizado o sacrifício pelo pecado… entrou na Tenda da Reunião… Diante do que via, o povo gritou de ale- gria e todos se prostraram com o rosto por terra”. 8. Lucas apenas toca um tema muito caro ao autor de He- breus: Jesus é o sumo sacerdote que, derramando seu sangue, entrou no santuário da comunhão definitiva com Deus. Dora- vante os cristãos têm um único sacerdote cuja bênção é ple- namente eficaz, porque sua bênção decorre da entrega de sua vida por amor. Portanto, a Ascensão de Jesus não é uma via- gem para além das nuvens, mas a comunhão definitiva e plena com Deus. e. Começa o tempo da comunidade cristã (vv. 52-53) 9. A reação dos discípulos, à semelhança do povo do Anti- go Testamento (cf. Lv 9,24), é de reconhecimento, expectativa e alegria: “Eles o adoraram, e depois voltaram para Jerusalém, com grande alegria” (v. 52). Reconhecem que Jesus realizou o projeto do Pai. E por isso é merecedor de adoração. Vão a Jerusalém, na expectativa de receberem o Poder do Alto. Vi- vem alegres porque Jesus não lhes foi tirado: ele se manifesta- rá no seu Espírito, o animador e sustentador da caminhada dos cristãos. 10. O evangelho de Lucas inicia e termina no Templo de Jerusalém. De fato, após o prólogo, encontramos Zacarias oficiando no Templo (Lc 1,5ss): é o tempo de Israel que, aos poucos, dá lugar ao tempo do Espírito que anima a comunida- de cristã, a fim de que saiba atuar a mesma prática libertadora de Jesus. 1ª leitura (At 1,1-11): A comunidade cristã: sacramento das palavras e ações de Jesus 11. Atos dos Apóstolos é o segundo livro que Lucas escre- veu. No seu plano, o evangelista pretende mostrar que os ensinamentos e ações de Jesus continuam nos ensinamentos e ações dos cristãos. Portanto, o livro dos Atos não é um manual de história da Igreja, mas sim o prolongamento da prática do Senhor na vida da comunidade cristã. Se no evangelho de Lucas temos a práxis de Jesus — desde o começo até o dia em que foi levado para o céu — no livro dos Atos temos a práxis cristã. E quem deseja ser amigo de Deus, “Teó-filo” (este nome tem, provavelmente, caráter simbólico, querendo identi- ficar todos os cristãos), tem na práxis de Jesus e na práxis cristã as linhas-mestras de inspiração e conduta. A passagem do primeiro momento para o segundo está nas instruções que
  • 2. Jesus dá aos apóstolos que tinha escolhido, movido pelo Espí- rito Santo (v. 2). O mesmo Espírito esteve presente em Jesus e está presente na práxis cristã da comunidade. 12. Esta tarefa está ancorada na experiência do Cristo res- suscitado: “Foi a eles que Jesus se mostrou vivo depois da sua paixão, com numerosas provas” (v. 3a); tem o aval do Pai, cuja promessa se realiza em Jesus e na comunidade (v. 4b) por meio da efusão do Espírito (v. 5), que levará a comunidade à identificação de sua práxis com a de Jesus. Lucas fala de “qua- renta dias” (v. 3b), durante os quais Jesus apareceu e falou aos discípulos sobre o Reino de Deus. O fato não tem caráter cronológico, mas teológico-catequético: a prática cristã nasce da experiência plena do Cristo ressuscitado, experiência que Lucas visualiza num contexto de intimidade e comunhão: a refeição (v. 4a). É dessa intimidade com ele que nasce o tes- temunho cristão, a missão, a evangelização, pondo em movi- mento a Boa Notícia trazida por Jesus. E a garantia do sucesso está no batismo com o Espírito Santo. Ele é a memória conti- nuamente renovada e atualizada do que Jesus disse e fez (cf. Jo 14,26). 13. Os vv. 6-8 contêm a pergunta dos discípulos e a resposta de Jesus. A pergunta dos discípulos revela a ânsia da comuni- dade cristã, a fim de que o projeto de Deus se realize comple- tamente. Estão curiosos por saber se existe um limite até o qual se possa resistir e lutar corajosamente, e depois “descan- sar”, sem que haja mais nada por fazer (v. 6). A resposta de Jesus contém duas indicações. A primeira (v. 7) afirma que o projeto de Deus não depende de uma data histórica: “Não cabe a vocês saber os tempos e as datas”. A segunda é conseqüên- cia da primeira e manifesta qual deve ser a autêntica preocu- pação da comunidade cristã: sob a ação e força do Espírito, testemunhar (v. 8a) a práxis de Jesus. O projeto de Deus não depende de teorias, mas do testemunho que atualize o que Jesus fez e disse. 14. De fato, o evangelho de Lucas se encerrava falando desse testemunho (24,48). E aqui Jesus renova o compromisso dos discípulos (v. 8b). Após o Pentecostes, os discípulos não cessam de repetir que são testemunhas (At 2,32; 3,15; 4,33; 5,32; 13,3; 22,15). Em palavras e ações, prolongam a práxis de Jesus. O testemunho, segundo os Atos dos Apóstolos, vai se espalhando a partir de Jerusalém — onde Jesus deu o tes- temunho final com a morte e ressurreição — atinge a Judéia e a Samaria (At 8,1-8) e chega aos confins do mundo (as via- gens de Paulo). O projeto de Deus está aberto e disponível a todos. 15. O v. 9 fala do arrebatamento de Jesus. A referência à nuvem — símbolo teofânico — afirma que Jesus pertence definitivamente à esfera de Deus. É a certeza da comunidade de que Jesus cumpriu perfeitamente a vontade do Pai. Contu- do, não basta sabê-lo. Torna-se necessário descruzar os bra- ços, deixar de olhar passivamente para o céu, encarar a reali- dade que nos cerca, perceber que somos “homens da Galiléia”, comprometidos com o testemunho de Jesus (vv. 10-11). O texto de hoje termina fazendo referência à volta de Jesus, da mesma forma como foi visto partir para o céu. Lucas está falando de parusia ou de teofania? Quando voltará Jesus: no fim dos tempos, ou no Pentecostes que leva a comunidade cristã a ser epifania de Jesus, mediante o testemunho? 2ª leitura (Ef 1,17-23): A glória de Deus é a comunidade cristã 16. A carta aos Efésios é um texto que Paulo (ou um discí- pulo seu) escreveu para diversas comunidades dos arredores de Éfeso. Parece que Paulo não conheceu essas comunidades. Ele só esteve em Éfeso (cf. At 19-20), onde deu início a uma comunidade cristã que, por sua vez, fez surgir comunidades nos arredores (por exemplo, a comunidade de Colossas, fun- dada por Epafras, colaborador de Paulo). 17. Paulo estava preso.Teve notícias do surgimento dessas comunidades, de sua firmeza na fé, do amor que unia a todos, e da esperança que animava suas lutas. Mas ficou sabendo também de alguns riscos trazidos pelas filosofias do tempo, que pregavam um Deus afastado e ausente da vida das pesso- as; só através de entidades intermediárias (soberanias, pode- res, forças, dominações) é que se podia ter acesso a Deus. Jesus não passaria de uma dessas entidades intermediárias. Isso trazia conseqüências sérias para toda a vida cristã. 18. O texto de hoje pertence à ação de graças e súplica que Paulo faz a Deus em vista dessas comunidades (1,15-23). Dá graças a Deus por causa da fé (adesão a Jesus) e caridade (resposta da fé, que se visualiza no amor solidário entre as pessoas) encontradas nos fiéis. Ele suplica. O conteúdo da súplica é uma espécie de credo cristão. Pela fé e solidariedade os cristãos vivem sempre mais o ser de Deus que está próximo e presente na comunidade. Contudo, é preciso conhecê-lo (v. 17) e conhecer a esperança à qual a comunidade foi chamada (v. 18a). 19. Paulo fala da glória de Deus (v. 18b). E emprega outros termos, como potência, eficácia, poder e força, que ampliam a idéia da glória de Deus. O texto é muito denso, e aqui é possí- vel apresentar só uma síntese do pensamento de Paulo. Longe de ser distante da humanidade, o dos cristãos é um Deus cuja glória depende do fato de existir enquanto o Deus da comuni- dade. A glória de Deus é sua ação concreta na história, na vida da comunidade cristã, que prolonga a vitória de Jesus sobre a morte. Em Jesus, Deus fez conhecer a sua glória, mostrando- se tão próximo à humanidade, a ponto de eleger a comunidade cristã como o Corpo de Cristo, a plenitude de Cristo, que pre- enche tudo em todo o universo (v. 23). 20. Paulo não polemiza contra as entidades intermediárias. Simplesmente mostra às comunidades que existe um único Senhor, que realizou o projeto do Pai, e que esse Senhor está presente na história e na vida dos fiéis. A comunidade cristã é o espaço no qual se revela o projeto de Deus, a realeza absolu- ta do Cristo ressuscitado. III. PISTAS PARA REFLEXÃO 21. A história de Jesus continua na práxis da comunidade (evangelho, Lc 24,46-53). Em que consiste o testemunho cristão numa sociedade como a nossa? O que significa anunciar a conversão das pessoas ao Cristo, vencedor da sociedade injusta que o matou? 22. A comunidade cristã: sacramento das palavras e ações de Jesus (1ª leitura, At 1,1-11). Recordar os momentos em que a comunidade descruzou os braços, levando à frente a missão que Jesus recebeu do Pai. 23. A glória de Deus é a comunidade cristã (2ª leitura, Ef 1,17-23). Recordar e agradecer os momentos em que a comunidade sentiu de perto que Deus caminha com as pessoas.