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JESUS É VIDA E LIBERDADE PARA OS POBRES
Pe. José Bortoline – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL *
ANO: A – TEMPO LITÚRGICO: 14° DOMINGO TEMPO COMUM – COR: VERDE
I. INTRODUÇÃO GERAL
1. Em tempos de profundas crises sociais surgem muitos mes-
sias com seus pacotes e planos para uma sociedade nova. A maio-
ria deles acaba se tornando patrocinador de uma tirania maior. E
os que sofrem são cada vez mais envolvidos nas malhas da misé-
ria e da dor, restando-lhes "torcer para que dê certo".
2. A proposta de reflexão deste domingo é revolucionária. Só
há um Messias, e ele é pobre, manso e pacífico (1ª leitura: Zc
9,9-10). Ele desbanca os planos das elites, que o rejeitam. Os
pobres, contudo, encontram nele esperança, descanso e vida
(evangelho: Mt 11,25-30). O messianismo de Jesus continua
hoje na proposta dos que o conhecem e o seguem fielmente,
animados e possuídos pelo Espírito daquele que o ressuscitou dos
mortos. Eles não vêem o mundo e a história como se fossem
dominados pelo fatalismo; pelo contrário, vivendo a vida no
Espírito, optam por um mundo novo e transformado, onde a vida
se manifesta com todo o vigor (2ª leitura: Rm 8,9.11-13).
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS
1ª leitura (Zc 9,9-10): Há uma esperança para o povo que
sofre
3. Os capítulos. 9 a 11 não são do profeta Zacarias. Foram
escritos mais tarde. Formam aquilo que os estudiosos chamam de
Segundo Zacarias. Embora recolham oráculos anteriormente
dispersos, é possível sintetizar esses três capítulos debaixo do
mesmo tema: a vinda do Messias pobre.
4. A época à qual esses três capítulos se referem parece ser a
que vai do fim do império persa (331 a.C.) até a morte de Ale-
xandre Magno (323 a.C.), com a conseqüente divisão do império
grego. Para o povo de Deus, esse é um tempo de grande esperan-
ça num libertador que acabaria com a guerra e os tributos pagos
ao opressor, unificando o povo, reconstruindo o país e reconquis-
tando a soberania nacional, como nos tempos do rei Davi.
5. Deus vai ao encontro desse povo que espera e luta por liber-
dade e vida. E por meio de um profeta anônimo (o Segundo Zaca-
rias) faz a comunidade se levantar e caminhar com as próprias
pernas. Contudo, a comunidade deve estar atenta: a salvação não
vem pela simples substituição dos poderes dominantes (os gregos
que se impõem sobre os persas), mas pela criação de nova socie-
dade, construída em torno do Messias pobre que desmonta o
aparato bélico e cria a paz.
6. O texto de hoje inicia convidando Jerusalém à celebração e à
festa (v. 9a). O motivo é a volta do rei: de agora em diante o povo
não será mais esmagado por nenhum poder opressor, pois o rei
que vem é justo, vitorioso e humilde. Sua justiça consiste em
defender o direito dos pobres; é vitorioso porque lutou a favor da
justiça (v. 9b); é humilde (pobre) porque não se serve do aparato
bélico (cavalos dos dominadores), mas vem montado num burri-
nho (v. 9c). Suas intenções são pacíficas e ele é o pacificador
(note-se o contraste: os reis de Israel montavam mulas; os reis
persas e gregos serviam-se de cavalos como instrumentos de
dominação). Deus vem montado num jumento, que era a montaria
dos juízes (cf. Jz 5,10; 10,4; 12,14): ele é o líder político-
carismático que desmantela os poderes absolutizados que se
impõem pela injustiça, ganância e força repressiva. Ele é o mode-
lo do poder, porque seu poder é comunicar vida e paz ao povo.
7. Se o v. 9 descrevia as características do Messias, o v. 10
deixa claro qual será sua ação. O objetivo fundamental do Messi-
as é destruir os intrumentos de morte para criar o mundo novo,
fundado na paz universal. A atenção do profeta se concentra,
antes de tudo, em Efraim (o antigo Reino do Norte) e em Jerusa-
lém (capital do Reino do Sul). Aí o Messias irá destruir os ins-
trumentos de morte, os carros de combate e os cavalos. Num
tempo de profunda crise social, havia quem dirigisse a atenção ao
comércio de armas com os países opressores (carros de guerra e
cavalos eram comprados do Egito, cf. Dt 17,16). Javé suprimirá o
comércio de armas, banindo e condenando o militarismo como
forma de se obter a paz e o bem-estar social.
8. Suprimindo o aparato de morte, será possível viver em paz
não só em Israel, mas também entre todas as nações, devolvendo
esperança e vida aos povos. A paz será universal, pois o domínio
do Messias "vai de mar a mar e desde o Eufrates até os confins da
terra", ou seja, de leste a oeste, de norte a sul. Haverá paz e vida
para todos.
9. Um oráculo como esse do Segundo Zacarias é capaz de
suscitar esperança a quantos sofrem o peso da opressão, tanto no
passado quanto no presente. Jesus se identificou com o Messias
pobre, ao entrar em Jerusalém montado num jumentinho (Mt
21,1-5; Mc 11,1-11), assumindo e realizando a expectativa dos
que anseiam pela libertação. Para os que sofrem há uma esperan-
ça que leva à vida.
Evangelho (Mt 11,25-30): Jesus é vida e liberdade para os
pobres
10. Quem é Jesus segundo o evangelho de Mateus? É aquele que
veio realizar a justiça de Deus (cf. 3,15). É, portanto, o mestre da
justiça que se concretiza na solidariedade com a humanidade
sofredora, levando-a a possuir a vida de Deus. É o Emanuel
(1,23), aquele que permanece conosco até o fim dos tempos
(28,20).
11. O evangelho de Mateus, além de um prólogo (capítulos. 1-2)
e a narrativa da morte e ressurreição de Jesus (26,3-28,20), está
organizado em cinco unidades ou livrinhos, contendo cada um
deles uma parte narrativa e um discurso. O texto de hoje pertence
à parte narrativa (capítulos. 11-12) do terceiro livrinho (11,1-
13,52). O tema dessa parte narrativa é o da oposição que Jesus
sofre por parte das lideranças político-religiosas do tempo. O
trecho que lemos na reflexão deste domingo faz parte desse tema.
12. Os vv. 25-30 podem ser divididos em três pequenas estrofes:
vv. 25-26; v. 27; vv. 28-30. Na primeira temos o louvor de Jesus
ao Pai por seu "fracasso" diante dos sábios e inteligentes; na
segunda encontramos um monólogo de Jesus, que salienta seu
estreito relacionamento com o Pai; na terceira Jesus se dirige aos
que estão cansados de carregar o peso do próprio fardo.
a. O "fracasso" do Pai diante dos sábios e inteligentes (vv. 25-26)
13. O texto inicia com a expressão "naquele tempo". Não é pura
notação cronológica, e sim teológica. Com ela Mateus quer unir o
que segue com o que antecede: o louvor de Jesus ao Pai é provo-
cado pela rejeição que sua mensagem sofre por parte das elites:
"Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste
estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeni-
nos" (v. 25). Salta logo à vista a estranheza do gesto de Jesus que
louva o Pai. Nas palavras de Jesus, o Pai aparece como Senhor
absoluto de tudo (céu e terra). Seu senhorio, contudo, não é aceito
pelos sábios e inteligentes. "Jesus agradece ao Pai por seu fracas-
so; mais exatamente: por seu fracasso ante os sábios e inteligen-
tes. Não prefere, por simpatia natural, os pequenos às elites, mas
reconhece que esse fracasso, e o resultado que o acompanha,
corresponde à própria essência da obra que ele realiza a serviço
dos homens e do seu Pai: salvar os pobres, os que os poderosos
desprezam" (P. Bonnard).
14. Os sábios e inteligentes são a elite cultural e religiosa do
tempo de Jesus. Não são capazes de discernir e perceber que,
através das palavras e ações de Jesus ("estas coisas") em favor
dos pobres e marginalizados, está se concretizando o projeto de
Deus, pois sua auto-suficiência e confiança os levaram ao despre-
zo sistemático das camadas populares sofredoras. O v. 26 cimenta
a afirmação de Jesus, garantindo que essa é a vontade do Pai. Mas
será que o Pai de fato revela a uns e oculta a outros seu projeto?
Estariam as elites condenadas ao fatalismo desejado por Deus?
Será que ele se agrada em esconder seu projeto de vida? A res-
posta deve ser procurada no confronto das pessoas com a prática
de Jesus. Deus não oculta, mas revela tudo em seu Filho (cf. v.
27). Acontece que os sábios e inteligentes – pelo fato de se consi-
derarem elite – já rejeitaram o que o Filho faz e diz. Condenam
Jesus porque "é amigo dos cobradores de impostos e dos pecado-
res" (v. 19). Agindo assim rejeitam a revelação de Deus. Os mar-
ginalizados e os pequeninos, pelo contrário, aceitam Jesus e,
conseqüentemente, abraçam o projeto divino, encontrando a vida.
b. Jesus revela plenamente o projeto do Pai (v. 27)
15. O versículo tem sabor joanino. É uma espécie de monólogo
de Jesus, marcando fortemente seu relacionamento com o Pai.
Este confiou todo seu projeto de vida e liberdade a Jesus: "Meu
Pai entregou tudo a mim"; Jesus veio dar pleno acabamento a
esse projeto. Tudo o que ele realiza é demonstração de que o Pai
está agindo nele. A autoridade do Pai foi passada ao Filho na sua
totalidade (cf. 28,18). A autoridade de Jesus havia entrado em
choque com os sábios e inteligentes. Afirmando que possui plena
autoridade, ele desbanca as manipulações e explorações dos sá-
bios e inteligentes sobre as massas. A única autoridade verdadeira
é a de Jesus, e ele a exerce como serviço em favor dos pequeni-
nos.
16. O Pai se revela na ação do Filho e este, por sua ação, dá a
conhecer o Pai. "Ao inaugurar na terra o Reino do seu Pai, cada
um de seus gestos de 'autoridade' em favor dos homens (enfer-
mos, pecadores ou fariseus endurecidos) 'revela' a vontade e o
desígnio de Deus para toda a humanidade" (P. Bonnard).
17. O v. 27 tem servido historicamente para desenvolver a idéia
da predestinação, como se Jesus agisse com dois pesos e duas
medidas em relação às pessoas: a uns revela o Pai, ao passo que a
outros não. O que foi dito a respeito dos vv. 25-26 vale também
aqui. E deve-se descartar a idéia mecanicista e passiva da revela-
ção de Jesus, como se as pessoas devessem esperar passivamente
que o Pai seja revelado. Jesus o revela a partir dos acontecimen-
tos, a partir de suas ações libertadoras. O confronto com a prática
de Jesus, aceitando-o e aderindo a seu projeto, é que irá abrir os
olhos, levando ao discernimento de que o Pai está agindo no
Filho. De fato, Jesus nada revela, nada significa para quem não
assume corajosamente sua práxis em favor dos pequenos. É inútil
atribuir a Deus o que é conseqüência da própria auto-suficiência e
cegueira.
c. Jesus é liberdade e vida para os pobres (vv. 28-30)
18. Jesus agora se dirige aos que "estão cansados de carregar o
peso do seu fardo", interpelando-os para que vão até ele, que lhes
dará descanso (v. 28). O apelo é dirigido aos oprimidos, pisados
pelo fardo imposto pelos sábios e inteligentes. Pede-lhes que
aceitem seu jugo, pois ele é manso e humilde de coração (v. 29).
"Carregar o jugo" era expressão apreciada pelos rabinos e se
referia ao jugo da Torá, dos preceitos. Mas a Lei – que era fonte
de vida – tornara-se nas mãos dos sábios e inteligentes (doutores
da Lei e fariseus) um fardo insuportável (cf. At 15,10). Jesus
convida a freqüentar uma nova escola, pois só assim é que se
obterá o verdadeiro sentido da Lei. Só ele será capaz de fazer dela
um fardo leve, pois ele traz o novo modo de viver: a verdadeira
justiça de Deus, que se revela no amor e na misericórdia.
19. As elites do tempo de Jesus chamavam o povo de "maldito"
porque não conhecia, nem entendia e muito menos praticava a
Lei. Na opinião deles, Deus estaria infinitamente distante do povo
empobrecido e inculto. A prática de Jesus demonstra exatamente
o contrário: Deus, na pessoa do Filho, se encarnou na vida dessa
gente.
20. Com isso não se quer afirmar que Jesus seja menos exigente
do que os rabinos do seu tempo. Ele não veio anular a Lei, mas
completá-la (5,17). A diferença está na forma como Jesus age: em
primeiro lugar abre as portas da misericórdia, revela a justiça de
Deus aos pobres e pequeninos, para depois convidá-los a viver na
justiça e na misericórdia que procedem dele e do Pai.
2ª leitura (Rm 8,9.11-13): A vida no Espírito
21. A carta aos Romanos é um texto que Paulo escreveu a uma
comunidade que não fundou. Mas ele conhecia pessoalmente
muitos membros dessa comunidade (cf. 16,1-15), bem como os
problemas que os inquietavam. Os membros dessa comunidade
provinham de raças e culturas diferentes, e viviam em ambiente
hostil e pesado. Um dos motivos pelos quais Paulo escreveu aos
romanos é justamente o de animar e fortalecer o espírito cristão
dentro desse contexto difícil.
22. O capítulo 8 de Romanos pode ser resumido nesta frase: a
vida no Espírito. Neste capítulo, Paulo apresenta os dois princí-
pios básicos que orientam a vida do cristão: o Espírito que comu-
nica vida (vv. 1-13) e a filiação divina (vv. 14-30). Os versículos
restantes do capítulo (vv. 31-39) são um hino a Deus que realiza
seu projeto na história da humanidade.
23. Os versículos da reflexão de hoje, portanto, são o desenvol-
vimento do primeiro princípio básico que orienta a vida do cris-
tão: o Espírito que comunica vida. Paulo apresenta uma das gran-
des antíteses encontradas ao longo de seus escritos: a incompati-
bilidade entre a vida no Espírito e a vida segundo a carne. A vida
segundo a carne é estar longe de Deus, pautando a própria condu-
ta segundo instintos egoístas; é a força que contrasta com o proje-
to de Deus.
24. A sociedade romana defendia certo fatalismo das pessoas
diante dos instintos egoístas, como se fossem determinadas a isso,
sem alternativa de mudança. O ser humano seria, pois, devedor
desse projeto de morte.
25. Para Paulo, há uma força capaz de quebrar esse circuito
fechado de egoísmo, pecado e morte. Essa força é o próprio pro-
jeto de Deus revelado em Jesus morto e ressuscitado, que comu-
nica seu Espírito. Aderir a Jesus na fé e assumir o batismo en-
quanto compromisso com o Espírito de Jesus é a forma de passar
da vida segundo a carne à vida segundo o Espírito. Em Jesus,
Deus anistiou a humanidade envolta e arrastada pelo egoísmo.
Com a ressurreição de Jesus fomos feitos vitoriosos e ressuscita-
dos com ele, aptos a possuir a vida em plenitude. Contudo, passar
da vida segundo a carne à vida no Espírito não é gesto mecânico,
mas comporta grande dose de risco, desafio e morte às obras do
corpo (v. 13). É fruto de opção consciente, acompanhada pelo
sério compromisso de viver segundo o Espírito que animou Jesus,
que é o Espírito de vida. Portanto, fazer viver em nós "o Espírito
daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos" (v. 11) é repro-
duzir, na nossa condição humana, aquelas opções de vida que
orientaram Jesus até o fim, passando do egoísmo à doação plena;
é recompor o ser humano, que não é vítima de fatalismo cego,
mas construtor da vida que reflita a própria vida que Deus deseja
à humanidade. As relações sociais adquirem sua verdadeira fei-
ção, eliminando tudo o que possa conduzir à injustiça e à morte.
26. "Nós somos devedores do fatalismo", afirmava a sociedade
romana. Paulo responde que se somos devedores, certamente não
o somos do fatalismo, mas sim do Espírito. Essa dívida para com
o Espírito da vida deve reforçar nossa opção em favor da vida em
todas as suas manifestações.
III. PISTAS PARA REFLEXÃO
27. Como nos posicionamos diante de Jesus e do seu projeto de vida para todos:
aceitando-o e comprometendo-nos com ele, ou rejeitando-o?
28. O que significa, hoje, passar da vida segundo a carne à vida no Espírito?
29. Reconhecemos, hoje, que Jesus está do lado dos pobres e nos convida a um
posicionamento cristão coerente?

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Comentário: 14° Domingo Tempo Comum - Ano A

  • 1. JESUS É VIDA E LIBERDADE PARA OS POBRES Pe. José Bortoline – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: A – TEMPO LITÚRGICO: 14° DOMINGO TEMPO COMUM – COR: VERDE I. INTRODUÇÃO GERAL 1. Em tempos de profundas crises sociais surgem muitos mes- sias com seus pacotes e planos para uma sociedade nova. A maio- ria deles acaba se tornando patrocinador de uma tirania maior. E os que sofrem são cada vez mais envolvidos nas malhas da misé- ria e da dor, restando-lhes "torcer para que dê certo". 2. A proposta de reflexão deste domingo é revolucionária. Só há um Messias, e ele é pobre, manso e pacífico (1ª leitura: Zc 9,9-10). Ele desbanca os planos das elites, que o rejeitam. Os pobres, contudo, encontram nele esperança, descanso e vida (evangelho: Mt 11,25-30). O messianismo de Jesus continua hoje na proposta dos que o conhecem e o seguem fielmente, animados e possuídos pelo Espírito daquele que o ressuscitou dos mortos. Eles não vêem o mundo e a história como se fossem dominados pelo fatalismo; pelo contrário, vivendo a vida no Espírito, optam por um mundo novo e transformado, onde a vida se manifesta com todo o vigor (2ª leitura: Rm 8,9.11-13). II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Zc 9,9-10): Há uma esperança para o povo que sofre 3. Os capítulos. 9 a 11 não são do profeta Zacarias. Foram escritos mais tarde. Formam aquilo que os estudiosos chamam de Segundo Zacarias. Embora recolham oráculos anteriormente dispersos, é possível sintetizar esses três capítulos debaixo do mesmo tema: a vinda do Messias pobre. 4. A época à qual esses três capítulos se referem parece ser a que vai do fim do império persa (331 a.C.) até a morte de Ale- xandre Magno (323 a.C.), com a conseqüente divisão do império grego. Para o povo de Deus, esse é um tempo de grande esperan- ça num libertador que acabaria com a guerra e os tributos pagos ao opressor, unificando o povo, reconstruindo o país e reconquis- tando a soberania nacional, como nos tempos do rei Davi. 5. Deus vai ao encontro desse povo que espera e luta por liber- dade e vida. E por meio de um profeta anônimo (o Segundo Zaca- rias) faz a comunidade se levantar e caminhar com as próprias pernas. Contudo, a comunidade deve estar atenta: a salvação não vem pela simples substituição dos poderes dominantes (os gregos que se impõem sobre os persas), mas pela criação de nova socie- dade, construída em torno do Messias pobre que desmonta o aparato bélico e cria a paz. 6. O texto de hoje inicia convidando Jerusalém à celebração e à festa (v. 9a). O motivo é a volta do rei: de agora em diante o povo não será mais esmagado por nenhum poder opressor, pois o rei que vem é justo, vitorioso e humilde. Sua justiça consiste em defender o direito dos pobres; é vitorioso porque lutou a favor da justiça (v. 9b); é humilde (pobre) porque não se serve do aparato bélico (cavalos dos dominadores), mas vem montado num burri- nho (v. 9c). Suas intenções são pacíficas e ele é o pacificador (note-se o contraste: os reis de Israel montavam mulas; os reis persas e gregos serviam-se de cavalos como instrumentos de dominação). Deus vem montado num jumento, que era a montaria dos juízes (cf. Jz 5,10; 10,4; 12,14): ele é o líder político- carismático que desmantela os poderes absolutizados que se impõem pela injustiça, ganância e força repressiva. Ele é o mode- lo do poder, porque seu poder é comunicar vida e paz ao povo. 7. Se o v. 9 descrevia as características do Messias, o v. 10 deixa claro qual será sua ação. O objetivo fundamental do Messi- as é destruir os intrumentos de morte para criar o mundo novo, fundado na paz universal. A atenção do profeta se concentra, antes de tudo, em Efraim (o antigo Reino do Norte) e em Jerusa- lém (capital do Reino do Sul). Aí o Messias irá destruir os ins- trumentos de morte, os carros de combate e os cavalos. Num tempo de profunda crise social, havia quem dirigisse a atenção ao comércio de armas com os países opressores (carros de guerra e cavalos eram comprados do Egito, cf. Dt 17,16). Javé suprimirá o comércio de armas, banindo e condenando o militarismo como forma de se obter a paz e o bem-estar social. 8. Suprimindo o aparato de morte, será possível viver em paz não só em Israel, mas também entre todas as nações, devolvendo esperança e vida aos povos. A paz será universal, pois o domínio do Messias "vai de mar a mar e desde o Eufrates até os confins da terra", ou seja, de leste a oeste, de norte a sul. Haverá paz e vida para todos. 9. Um oráculo como esse do Segundo Zacarias é capaz de suscitar esperança a quantos sofrem o peso da opressão, tanto no passado quanto no presente. Jesus se identificou com o Messias pobre, ao entrar em Jerusalém montado num jumentinho (Mt 21,1-5; Mc 11,1-11), assumindo e realizando a expectativa dos que anseiam pela libertação. Para os que sofrem há uma esperan- ça que leva à vida. Evangelho (Mt 11,25-30): Jesus é vida e liberdade para os pobres 10. Quem é Jesus segundo o evangelho de Mateus? É aquele que veio realizar a justiça de Deus (cf. 3,15). É, portanto, o mestre da justiça que se concretiza na solidariedade com a humanidade sofredora, levando-a a possuir a vida de Deus. É o Emanuel (1,23), aquele que permanece conosco até o fim dos tempos (28,20). 11. O evangelho de Mateus, além de um prólogo (capítulos. 1-2) e a narrativa da morte e ressurreição de Jesus (26,3-28,20), está organizado em cinco unidades ou livrinhos, contendo cada um deles uma parte narrativa e um discurso. O texto de hoje pertence à parte narrativa (capítulos. 11-12) do terceiro livrinho (11,1- 13,52). O tema dessa parte narrativa é o da oposição que Jesus sofre por parte das lideranças político-religiosas do tempo. O trecho que lemos na reflexão deste domingo faz parte desse tema. 12. Os vv. 25-30 podem ser divididos em três pequenas estrofes: vv. 25-26; v. 27; vv. 28-30. Na primeira temos o louvor de Jesus ao Pai por seu "fracasso" diante dos sábios e inteligentes; na segunda encontramos um monólogo de Jesus, que salienta seu estreito relacionamento com o Pai; na terceira Jesus se dirige aos que estão cansados de carregar o peso do próprio fardo. a. O "fracasso" do Pai diante dos sábios e inteligentes (vv. 25-26) 13. O texto inicia com a expressão "naquele tempo". Não é pura notação cronológica, e sim teológica. Com ela Mateus quer unir o que segue com o que antecede: o louvor de Jesus ao Pai é provo- cado pela rejeição que sua mensagem sofre por parte das elites: "Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeni- nos" (v. 25). Salta logo à vista a estranheza do gesto de Jesus que louva o Pai. Nas palavras de Jesus, o Pai aparece como Senhor absoluto de tudo (céu e terra). Seu senhorio, contudo, não é aceito pelos sábios e inteligentes. "Jesus agradece ao Pai por seu fracas- so; mais exatamente: por seu fracasso ante os sábios e inteligen- tes. Não prefere, por simpatia natural, os pequenos às elites, mas reconhece que esse fracasso, e o resultado que o acompanha, corresponde à própria essência da obra que ele realiza a serviço dos homens e do seu Pai: salvar os pobres, os que os poderosos desprezam" (P. Bonnard). 14. Os sábios e inteligentes são a elite cultural e religiosa do tempo de Jesus. Não são capazes de discernir e perceber que, através das palavras e ações de Jesus ("estas coisas") em favor dos pobres e marginalizados, está se concretizando o projeto de Deus, pois sua auto-suficiência e confiança os levaram ao despre- zo sistemático das camadas populares sofredoras. O v. 26 cimenta a afirmação de Jesus, garantindo que essa é a vontade do Pai. Mas
  • 2. será que o Pai de fato revela a uns e oculta a outros seu projeto? Estariam as elites condenadas ao fatalismo desejado por Deus? Será que ele se agrada em esconder seu projeto de vida? A res- posta deve ser procurada no confronto das pessoas com a prática de Jesus. Deus não oculta, mas revela tudo em seu Filho (cf. v. 27). Acontece que os sábios e inteligentes – pelo fato de se consi- derarem elite – já rejeitaram o que o Filho faz e diz. Condenam Jesus porque "é amigo dos cobradores de impostos e dos pecado- res" (v. 19). Agindo assim rejeitam a revelação de Deus. Os mar- ginalizados e os pequeninos, pelo contrário, aceitam Jesus e, conseqüentemente, abraçam o projeto divino, encontrando a vida. b. Jesus revela plenamente o projeto do Pai (v. 27) 15. O versículo tem sabor joanino. É uma espécie de monólogo de Jesus, marcando fortemente seu relacionamento com o Pai. Este confiou todo seu projeto de vida e liberdade a Jesus: "Meu Pai entregou tudo a mim"; Jesus veio dar pleno acabamento a esse projeto. Tudo o que ele realiza é demonstração de que o Pai está agindo nele. A autoridade do Pai foi passada ao Filho na sua totalidade (cf. 28,18). A autoridade de Jesus havia entrado em choque com os sábios e inteligentes. Afirmando que possui plena autoridade, ele desbanca as manipulações e explorações dos sá- bios e inteligentes sobre as massas. A única autoridade verdadeira é a de Jesus, e ele a exerce como serviço em favor dos pequeni- nos. 16. O Pai se revela na ação do Filho e este, por sua ação, dá a conhecer o Pai. "Ao inaugurar na terra o Reino do seu Pai, cada um de seus gestos de 'autoridade' em favor dos homens (enfer- mos, pecadores ou fariseus endurecidos) 'revela' a vontade e o desígnio de Deus para toda a humanidade" (P. Bonnard). 17. O v. 27 tem servido historicamente para desenvolver a idéia da predestinação, como se Jesus agisse com dois pesos e duas medidas em relação às pessoas: a uns revela o Pai, ao passo que a outros não. O que foi dito a respeito dos vv. 25-26 vale também aqui. E deve-se descartar a idéia mecanicista e passiva da revela- ção de Jesus, como se as pessoas devessem esperar passivamente que o Pai seja revelado. Jesus o revela a partir dos acontecimen- tos, a partir de suas ações libertadoras. O confronto com a prática de Jesus, aceitando-o e aderindo a seu projeto, é que irá abrir os olhos, levando ao discernimento de que o Pai está agindo no Filho. De fato, Jesus nada revela, nada significa para quem não assume corajosamente sua práxis em favor dos pequenos. É inútil atribuir a Deus o que é conseqüência da própria auto-suficiência e cegueira. c. Jesus é liberdade e vida para os pobres (vv. 28-30) 18. Jesus agora se dirige aos que "estão cansados de carregar o peso do seu fardo", interpelando-os para que vão até ele, que lhes dará descanso (v. 28). O apelo é dirigido aos oprimidos, pisados pelo fardo imposto pelos sábios e inteligentes. Pede-lhes que aceitem seu jugo, pois ele é manso e humilde de coração (v. 29). "Carregar o jugo" era expressão apreciada pelos rabinos e se referia ao jugo da Torá, dos preceitos. Mas a Lei – que era fonte de vida – tornara-se nas mãos dos sábios e inteligentes (doutores da Lei e fariseus) um fardo insuportável (cf. At 15,10). Jesus convida a freqüentar uma nova escola, pois só assim é que se obterá o verdadeiro sentido da Lei. Só ele será capaz de fazer dela um fardo leve, pois ele traz o novo modo de viver: a verdadeira justiça de Deus, que se revela no amor e na misericórdia. 19. As elites do tempo de Jesus chamavam o povo de "maldito" porque não conhecia, nem entendia e muito menos praticava a Lei. Na opinião deles, Deus estaria infinitamente distante do povo empobrecido e inculto. A prática de Jesus demonstra exatamente o contrário: Deus, na pessoa do Filho, se encarnou na vida dessa gente. 20. Com isso não se quer afirmar que Jesus seja menos exigente do que os rabinos do seu tempo. Ele não veio anular a Lei, mas completá-la (5,17). A diferença está na forma como Jesus age: em primeiro lugar abre as portas da misericórdia, revela a justiça de Deus aos pobres e pequeninos, para depois convidá-los a viver na justiça e na misericórdia que procedem dele e do Pai. 2ª leitura (Rm 8,9.11-13): A vida no Espírito 21. A carta aos Romanos é um texto que Paulo escreveu a uma comunidade que não fundou. Mas ele conhecia pessoalmente muitos membros dessa comunidade (cf. 16,1-15), bem como os problemas que os inquietavam. Os membros dessa comunidade provinham de raças e culturas diferentes, e viviam em ambiente hostil e pesado. Um dos motivos pelos quais Paulo escreveu aos romanos é justamente o de animar e fortalecer o espírito cristão dentro desse contexto difícil. 22. O capítulo 8 de Romanos pode ser resumido nesta frase: a vida no Espírito. Neste capítulo, Paulo apresenta os dois princí- pios básicos que orientam a vida do cristão: o Espírito que comu- nica vida (vv. 1-13) e a filiação divina (vv. 14-30). Os versículos restantes do capítulo (vv. 31-39) são um hino a Deus que realiza seu projeto na história da humanidade. 23. Os versículos da reflexão de hoje, portanto, são o desenvol- vimento do primeiro princípio básico que orienta a vida do cris- tão: o Espírito que comunica vida. Paulo apresenta uma das gran- des antíteses encontradas ao longo de seus escritos: a incompati- bilidade entre a vida no Espírito e a vida segundo a carne. A vida segundo a carne é estar longe de Deus, pautando a própria condu- ta segundo instintos egoístas; é a força que contrasta com o proje- to de Deus. 24. A sociedade romana defendia certo fatalismo das pessoas diante dos instintos egoístas, como se fossem determinadas a isso, sem alternativa de mudança. O ser humano seria, pois, devedor desse projeto de morte. 25. Para Paulo, há uma força capaz de quebrar esse circuito fechado de egoísmo, pecado e morte. Essa força é o próprio pro- jeto de Deus revelado em Jesus morto e ressuscitado, que comu- nica seu Espírito. Aderir a Jesus na fé e assumir o batismo en- quanto compromisso com o Espírito de Jesus é a forma de passar da vida segundo a carne à vida segundo o Espírito. Em Jesus, Deus anistiou a humanidade envolta e arrastada pelo egoísmo. Com a ressurreição de Jesus fomos feitos vitoriosos e ressuscita- dos com ele, aptos a possuir a vida em plenitude. Contudo, passar da vida segundo a carne à vida no Espírito não é gesto mecânico, mas comporta grande dose de risco, desafio e morte às obras do corpo (v. 13). É fruto de opção consciente, acompanhada pelo sério compromisso de viver segundo o Espírito que animou Jesus, que é o Espírito de vida. Portanto, fazer viver em nós "o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos" (v. 11) é repro- duzir, na nossa condição humana, aquelas opções de vida que orientaram Jesus até o fim, passando do egoísmo à doação plena; é recompor o ser humano, que não é vítima de fatalismo cego, mas construtor da vida que reflita a própria vida que Deus deseja à humanidade. As relações sociais adquirem sua verdadeira fei- ção, eliminando tudo o que possa conduzir à injustiça e à morte. 26. "Nós somos devedores do fatalismo", afirmava a sociedade romana. Paulo responde que se somos devedores, certamente não o somos do fatalismo, mas sim do Espírito. Essa dívida para com o Espírito da vida deve reforçar nossa opção em favor da vida em todas as suas manifestações. III. PISTAS PARA REFLEXÃO 27. Como nos posicionamos diante de Jesus e do seu projeto de vida para todos: aceitando-o e comprometendo-nos com ele, ou rejeitando-o? 28. O que significa, hoje, passar da vida segundo a carne à vida no Espírito? 29. Reconhecemos, hoje, que Jesus está do lado dos pobres e nos convida a um posicionamento cristão coerente?