Este documento descreve a Geração de 70, um movimento acadêmico de Coimbra que revolucionou a cultura portuguesa no século 19, introduzindo o realismo. A geração incluiu figuras como Antero de Quental e Eça de Queirós. Eles questionaram os valores estabelecidos e defenderam que a arte deveria refletir a sociedade e as ideias modernas.
3. Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da
disciplina de História, com ele pretendemos
aprofundar os nossos conhecimentos da Unidade 5,
incindido no tema Geração de 70 que nos foi
atribuído.
4. Geração de 70 – Século XIX
A "Geração de 70" foi um movimento
académico de Coimbra que veio revolucionar várias
dimensões da cultura portuguesa, da política à
Literatura, onde a renovação se manifestou com a
introdução do realismo.
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7. A partir de 1865, o grupo fez-se notar, com Antero de
Quental, como figura de destaque, e com Ramalho Ortigão,
Guerra Junqueiro, Teófilo Braga, Eça de Queirós, Oliveira
Martins, Jaime Batalha Reis e Guilherme de Azevedo.
8. Estes homens, juntos e depois seguindo caminhos
diferentes, marcaram a cultura portuguesa, na
literatura, na crítica literária, na história, no ensino e
na política.
9. Tiveram a
possibilidade de
contactar com a cultura
mais avançada da
Europa, o que não era
presente em Portugal.
Aperceberam-se da
diferença no estado das
ciências, das artes, da
filosofia e das formas
de organização social
no país.
10. O seu descontentamento
manifestou-se em diversas
ocasiões. Em 1865 surgiu a
Questão Coimbrã.
Houve uma grande polémica,
na qual as grandes diferenças ao
nível das referências estéticas e
ideológicas, se verificaram.
11. Em consequência,
grupo não se revia nos
formalismos estéticos nem
naquilo que consideravam
ser a estagnação social,
institucional, económica e
cultural do país.
12. Embora a atitude
crítica e de intervenção
cultural e política se
mantivesse, os membros
do grupo seguiram
caminhos
independentes,
dedicando-se mais a
atividades específicas.
13. Questão Coimbrã
O nascimento da Questão Coimbrã deu-se com a
polémica da publicação de uma carta, onde Castilho
elogiou o "Poema da Mocidade", de Pinheiro Chagas.
Nessa carta, Castilho, aproveitou também, para
censurar um grupo de jovens de Coimbra, que ele
acusava de exibicionismo, de obscuridade propositada e
de, nos seus poemas, tratarem de temas que nada
tinham a ver com a poesia.
14. Esse grupo de jovens, A Geração de 70, no qual se
destacou Antero Quental que, numa carta, “Bom Senso e Bom
Gosto” respondeu as provocações de Castilho.
O nome da carta surgiu depois de, Castilho afirmar que,
ao grupo lhe faltava bom senso e bom gosto.
Quental, na sua carta, ataca “os valores convencionais
das camarilhas instaladas”.
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17. Pouco tempo depois, Antero desenvolve as suas ideias no
folheto “A Dignidade das Letras e Literaturas Oficiais”,
apelando a necessidade de uma literatura que acompanhasse
o pensamento moderno e que tratasse dos temas da
atualidade.
O principal motivo desta “luta” literária, era a diferente
conceção de arte.
18. Castilho defendia a arte pela
arte, já Antero, achava que a arte
deveria estar ao serviço das
transformações socias,
considerando a poesia, como “a voz
da revolução”.
Esta nova conceção de arte e
literatura abriu caminho á
introdução do realismo em
Portugal.
19. Realismo
O Realismo em Portugal iniciou-se em 1865,
época em que liberais e representantes da velha
monarquia disputavam. Foi um movimento de
renovação e uma tentativa de modernização,
trazendo ao país as ideias filosóficas e científicas
que estavam em destaque na Europa.
20. Foca em questões sociais e na realidade sem a distorcer;
Não é baseado em idealizações;
Opiniões subjetivas sobre realidade;
Descrição de pessoas comuns, com problemas e limitações;
Foca a vida quotidiana e denúncia falsos valores.
21. Poesia
A poesia realista portuguesa divide-se em vários tipos:
- Foco na realidade e na vida quotidiana das diferentes
classes sociais (Poesia do Quotidiano);
- Foco político, uma poesia com crítica social e um caráter
revolucionário (Poesia Realista);
- Foco nas questões sobre vida, morte e Deus (Poesia
Metafísica).
22. Prosa
A prosa realista tem também diferentes tipos, tal como a
poesia.
Ataques à burguesia, ao clero, aos falsos valores, ao
governo, são muito frequentes, notando-se uma preocupação
com a moral real.
Exemplos de artistas da época: Antero de Quental, Teófilo
Braga, Abel Botelho, Guerra Junqueira e Eça de Queirós.
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24. As Conferências do Casino foram mais uma forma de
manifestar o descontentamento do grupo, sobre a sociedade
portuguesa e de debater sobre os temas da época.
Estas reuniões foram no Casino Lisbonense, no ano de
1871 pelo grupo do Cenáculo, formado, pelos ex-estudantes
de Coimbra que constituem a Geração de 70.
25. A ideia destas palestras surgiu numa reunião do
Cenáculo.
Foi no jornal "Revolução de Setembro" que foi feita a
propaganda destas Conferências.
26. Conferências Realizadas
1ª "O Espírito das Conferências",22 de Maio
2ª "Causas da Decadência dos Povos Peninsulares",24 de Maio
3º "Literatura Portuguesa"
4ª "O Realismo como nova expressão da arte”
5ª "O Ensino",19 de Julho
27. ‘’Vencidos da Vida’’
Esta é a denominação dada à fase final da Geração de 70
que corresponde ao fim do século.
É a fase em que Eça de Queirós, Antero de Quental e
Oliveira Martins renunciam à ação política e ideológica
imediata. Surge a idealização vaga de uma aristocracia
iluminada, contraponto do socialismo utópico.
28. Exemplo disto é o elogio de Eça ao rei, a defesa de
uma monarquia agonizante:
“O Rei surge como a única força que no
País ainda vive e opera.”
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29. A denominação decorre da renúncia destes
intelectuais às suas aspirações de juventude.
Esta desilusão e desistência patente
neste grupo, é confirmada pelo suicídio de
Antero no ano de 1891.
30. Conclusão
Após a realização deste trabalho,
aprofundamos os nossos conhecimentos sobre
o nosso tema, Geração de 70.
Particularmente adoramos trabalha – lo
pois, teve um misto de revolta com uma forma
inteligente e clássica no discurso destas várias
personalidades.